Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capitulo 10:

Point Of View:Dulce:

Eu acordei com Benjamin pulando em minha cama, ele ainda estava muito feliz que seu time havia ganhado o jogo da noite passada. Arrumei-me rapidamente, e me apressei para tomar café porque estava atrasada para a consulta com Christopher, e hoje precisávamos recuperar o dia de ontem. Logo que entro na casa dos Uckermann´s Lorenzo me leva para a sala que sempre usamos, acho estranho porque Christopher sempre me espera na sala de estar, mas não me preocupo. Quando entro encontro ele com uma cara nada agradável, mas isto é algo que já estou acostumada, arrumo meus materiais para fazer o FES, conhecido como estimulação elétrica. Ele funciona da seguinte maneira utilizamos correntes de baixas frequências nos músculos, ele ajuda em músculos enfraquecidos provocando neles impulsos, em media dura 30min. Explico para Uckermann, tudo o que vai ocorrer, possíveis sensações, duração, ele apenas concorda com a cabeça.

- E começou- liga o ultimo fio, e senta na poltrona de frente para ele que não está a encarando- Christopher está tudo bem?

-Sim.

-E Ayla?

-Está bem.

-Sua família ficou feliz com a notícia de ontem?- se inclina para ver melhor a expressão de Christopher.

-Ficou, Maria- revira os olhos, e pega seu celular.

-Tudo bem então- levanta as mãos e sobrancelhas em sinal de rendição.

A sala estava em um completo silêncio, e eu em duvida por não entender o comportamento tão bipolar dele. Ele estava quase cochilando, confiro no relógio do celular e vejo que faltam apenas 10min para acabar, então o aviso. De repente escuto alguém o chamando, logo reconheço a voz, é Maite.

-Christopher!- bate a porta fortemente atrás de si- Christopher- começa a procurar o irmão.

-Aqui Maite- chama a irmã para o cômodo que estava- O que aconteceu?- ao olhar para o rosto da irmã que está pálida.

-Ucker, você precisa me ajudar- entra e nem percebe a presença de Dulce- Perdemos quatro de nossos seis investidores.

-Como isso aconteceu May?

-Depois do lançamento de fracasso, algumas pessoas sofreram com alergias severas e pediram devolução ou iriam nos processar, esses investidores pagaram os prejuízos, mas decidiram sair do banco de investimento da Firts Place- passa as mãos pelos cabelos- estamos falindo lentamente- começa a chorar- e os outros dois que ficaram querem até segunda uma nova proposta de lançamento, com garantia de sucesso, caso contrário também vão sair dos investimentos.

-Temos menos de dois dias para criar alguma coisa, eles têm que entender que não é fácil assim.

-Eu sei, mas eles não querem mais saber de adiamentos. O meu medo é que eles nos processem, pedindo reembolso de todo investimento. Nem mesmo advogado tem o que vamos fazer?- apoia se na maca que o irmão está deitado- Não estou me sentindo bem- coloca uma das mãos sobre a testa.

-Você está gelada- diz Ucker, que toca a mão de May que está sobre a maca.

-May, se sente aqui- Dulce se levanta e direciona-a até a poltrona.

-Desculpa Dul... Não tinha te visto- senta-se- aí...

-O que foi?- Ucker pergunta preocupado após ouvir o gemido da irmã.

-Uma fisgada- coloca a mão sobre a barriga- aí...

-May, precisa de ajuda?- Dulce se aproxima. E arregala os olhos ao olhas para as coxas de May- Está sangrando.

-Aiii- começa a gritar de dor, e o sangramento aumenta.

-Dulce, ajuda minha irmã- Ucker tenta se levantar, e retira os fios que estavam conectados aos seus músculos.

-Meu bebê, Christopher- começa a chorar. Até que Dulce a ajuda a levantar- liga para o William.

-Não da tempo, eu te levo- olha para Ucker que ainda está em cima da maca- Lorenzo- logo vê ele adentrar, o mesmo se espanta com o estado de Maite, e entende que tem que ajudar Christopher- devagar...isso- caminha até a entrada da casa.

Eu não sabia o que estava acontecendo, não queria demonstrar preocupação. Coloco Maite dentro do meu carro no banco de trás, pelo retrovisor vejo a mesma se contorcendo de dor. Eu dirijo o mais rápido que posso, e ao mesmo tempo ligo para Ester para que chame um medico e fique a minha espera logo no estacionamento do hospital.

-Dulce não deixe eu perder o meu bebê de novo- chora ainda mais alto.

-Isso não vai acontecer May- acelera ainda mais o carro.

Chegamos ao hospital, quando entro no estacionamento avisto Ester e uma médica, segurando uma cadeira de rodas. Desço do carro e abro a porta de trás, elas colocam Maite na cadeira e levam para o hospital. Alguns minutos esperando, meu celular começa a tocar, uma chamada de “Ayla”.

-Alô? Olá Alexandra, bom chegamos há pouco tempo, mas ela já está sendo atendida. Se acalme vai dar tudo certo, estamos no hospital Mount Sinai. Ainda não tive nenhuma notícia- troca o celular de ouvido- ok! Eu espero você, imagina, tchau.

Solto um suspiro, ao lembrar o que Maite falou quando estávamos no carro “Dulce não deixe eu perder o meu bebê de novo”. Concluo que o desespero dela era mais por passar está situação de novo, uma vez que eu deduzo que ela já passou. Encosto na cadeira de espera, e jogo minha cabeça para trás, até que sinto alguém se aproximar.

-Não sabia que você tinha paciente aqui hoje- senta-se na cadeira ao lado.

-Miguel- se surpreende quando reconhece a voz, e se ajeita na cadeira- e não tenho.

-O que faz aqui então?- pega sua prancheta e começa a anotar algo.

-Uma amiga não passou muito bem- evita os detalhes.

-Amiga? Qual?

-Você não a conhece- dá de ombros- que curiosidade!

-Só estou me preocupando com você- bufa.

-Tudo bem, mas agora não quero conversar, Miguel- diz rispidamente.

-Tudo bem- se levanta- precisamos...

-Dulce!- uma mulher loira se aproxima e abraça a mesma.

-Ale- a abraça também- Ainda não tive notícia dela- vê Ale se sentar ao seu lado e Lorenzo se aproxima com Christopher.

-E minha irmã Dulce?

-Bom Christopher como eu disse ainda não tenho notícia!

-Se você quiser Dul, posso entrar e tentar saber alguma coisa. Sabe quem a atendeu?- Miguel se intromete.

-E você é?- Ucker faz pouco caso ao se referir a Miguel.

- Miguel Bernardeau, médico neurologista- estende a mão em direção de Ucker, que aperta.

-Christopher Uckermann.

- Você pode fazer isso por mim, Miguel? Se não me engano foi a Renta que a atendeu, Ester estava junto- pensa para ver se lembra de mais alguma coisa- Maite Perroni Beorlegui, é o nome da paciente, está grávida e entro com quadro de sangramento- percebe Miguel anotar o que ela fala, no canto de uma folha.

-Ok. Já volto- deixa o pequeno grupo que conversava. E Dulce se vira para ficar de frente com Alexandra.

- São amigos?- refere- se á Dulce e Miguel.

-Sim. Acho que um pouco mais que isso- levanta as sobrancelhas.

- Namorados?- indaga Christopher em tom de curiosidade.

-Já fomos agora só amigos mesmo.

- Humm...

-Ele parece gostar de você- afirma Ale.

-Ah... Temos um carinho muito grande um pelo outro, ainda mais que temos um filho- Ale e Christopher se surpreende.

-Você tem um filho?

-Tenho sim.

-Quantos anos?- Ale pergunta.

- 5 anos- sorri.

-Qualquer dia poderia conhecer ele- Ale sorri- deve ser uma graça.

-Claro!

-Vou tomar água- Christopher sai com Lorenzo.

-Dul- toca a mão dela- Obrigada pelo que fez pela May hoje, e pela paciência com o Christopher- diz emocionada.

-Imagina, May precisou de ajuda e Christopher apenas desempenho meu trabalho- sorri.

-Sei que é seu trabalho, mas o carinho que você tem até mesmo por Ayla- a abraça- nunca vou conseguir agradecer- algumas lágrimas saem de seus olhos e ela limpa rapidamente- desculpa.

-Imagina- olha carinhosamente- se quiser desabafar- comenta por perceber a aflição dela.

-Depois de toda a tragédia que ocorreu na minha família, fazia tempo que não os via feliz, como vi ontem Christopher e Ayla- faz uma pausa, para não chorar- e tudo está conectado a você de alguma forma, Dul. E isso para eu como mãe, é extremamente reconfortante. Até da uma esperança- engole um soluço.

-Sempre que precisar de alguma coisa, estarei aqui- toca o ombro dela- Você tem uma amiga agora- abre um meio sorriso.

-Licença- direciona seu olhar a Dulce- Dul, consegui notícias, realmente foi Renata que a atendeu, e conseguiu normalizar o quadro a tempo. Maite está no quarto já- abre espaço para Christopher entrar na conversa- daqui mais ou menos uma hora ela vai poder receber visita. Agora está no soro com sedativos.

-Obrigada- Ale o abraça- me desculpe, é que fiquei muito feliz- se senta novamente.

- Tudo bem- assenti com a cabeça.

-Obrigada, Miguel- sorri.

-Imagina Dul. Ah... Será que posso jantar com Benjamin hoje?- coça a nuca- Esta semana vou viajar e vou ficar mais tempo fora, quero me despedir.

- Claro, vou avisar meu pai para que avise Ben, ele vai gostar.

- Eh... Até mais- se retira e vai em direção ao corredor.

-Dul, se quiser ir para a casa, está um sábado bonito aproveite!

-Depois que eu ver May, eu vou embora, por enquanto vou ficar aqui com vocês- se senta na cadeira.

-Obrigada- senta-se ao lado dela.

-Fiquei muito preocupado com ela mãe. Parecia que aquele dia iria se repetir- diz com um olhar distante, pensando em algo.

- Aquele dia?- Dul faz uma expressão confusa.

-Maite, já teve uma gravidez, e acabou perdendo o bebê um mês depois de descobrir. Foi muito difícil, por isso ela se atolou tanto em trabalho.

-Nossa- se surpreende com a informação.

Um tempo se passa e Renata se apresenta em nossa frente, explica o quadro de Maite e libera nossa entrada no quarto. Neste momento Lorenzo havia voltado para casa, para resolver algumas coisas e avisar Ayla do ocorrido. Então eu fico responsável por empurrar a cadeira de Christopher. Entramos no quarto e Maite acabou de acordar. Ale, se posiciono do lado direito de Maite, eu e Christopher ficamos do lado esquerdo.

- Olá querida- Ale pega a mão de Maite, e fala baixo.

-Mamãe... Christopher... Dul- passa a mão na cabeça e percebe o soro em sua mão- a quanto tempo estamos aqui?

-Já faz um tempinho, se sente melhor filha?

-Sim, e o meu bebê como está?-em tom de preocupação.

-Calma, May, com você e ele está tudo bem!-afirmo.

-Ah que bom-fecha os olhos novamente- ainda estou com sono, mas também como fome- solta um sorriso.

-Pedi que Lorenzo mandasse preparar algo bem saboroso para quando chagássemos- aperta a mão da filha em forma de carinho.

-Com licença- entra no quarto- Maite, como está?- diz a médica se posicionando em frente a maca.

-Me sinto bem, um pouco de sono, mas bem. Quando vou ter alta?

-Daqui umas duas horinhas, é o que falta para o soro acabar- aponta para o suporte do lado de Maite- Dul, será que podemos conversar?

-Ah claro- segue a para a fora do quarto, e a vê fechar a porta.

-Bom Dul, percebi que você é amiga da família e por ser da área acho que vai conseguir melhor passar essa informação. É normal tem sangramento no início da gravidez, porque é o momento que o feto se acomoda no colo do útero, então o episódio de hoje não foi um começo de aborto. Porém a paciente teve um sangramento maior que o esperado, e também tem taxas muito baixas de algumas vitaminas no sangue, e de anticoagulantes. E tudo isso é resultado de uma má alimentação e episódios de muito estresse.

-Entendo.

-O que eu quero dizer é que hoje não foi nada, mas se ela continuar a ter o estilo de vida que tem vai acabar perdendo o filho. Para que isso não aconteça é melhor que ela pare de trabalhar pelo menos agora no começo, tive acesso algumas fichas dela e pude ver que ela já teve um aborto, não é?

-Sim, mas não sei muitos detalhes.

-Enfim Dul acho que você vai saber melhor passar essa informação para a família e para ela. Depois volto para conversar com ela sobre o Pré- natal- sorri- Agora tenho que ir.

-Obrigada pela ajuda Renata- aperto a mão dela.

-Imagina, tchau- se direciona a um dos corredores.

Entro no quarto e Maite está cochilando. Ale está sentada em uma poltrona do lado da filha enquanto lê uma revista. Então decido levar Ucker para a cafeteria, para podermos conversar sobre o estado da irmã dele.

Essa família não tem um minuto de paz né gente?! O que estão achando? Acha que eu devo parar? Que tem algo para melhorar? Adoro quando vocês interagem com a história. Boa leitura meus amores, e até sexta!

Atena_