Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capitulo: 12:

Point Of View: Dulce Maria:

O dia realmente tinha sido cansativo, acabei chegando mais tarde que o esperado quando sai do hospital. Estou prestes a colocar as chaves na fechadura de meu apartamento, escuto altas gargalhadas gostosas vindo dele. Quando abro a porta encontro Miguel enchendo Benjamin de cocegas, me junto a eles e também faço cocegas nele.

Depois de um tempo Ben dorme, e Miguel o leva para cama. Enquanto isso preparo algo simples para comer. Porque apenas o lanche natural que eu havia comido mais cedo não iria me sustentar. Viro-me e dou de cara com Miguel me observando encostado no balcão da cozinha.

-Ele dormiu?- com um prato e um copo na mão, e vai em direção á sala e é seguida por Miguel.

-Sim. Ficou um pouco chateado com a notícia de que vou viajar, mas prometi que vamos nós falar com frequência- senta-se de frente para Dul- E como ficou a sua amiga?

-Bem- toma um gole de seu suco- Foi apenas um susto.

- Que bom! Aquele que estava junto com você era o arrogante...

-Christopher- o corrige- acho que mudei um pouco os conceitos sobre ele. Por que vai viajar desta vez?- percebe que Miguel se incomoda com a pergunta.

-Já te disse, por conta de um congresso.

-Não fiquei sabendo de nenhum congresso- indaga- Se não te conhecesse diria que está mentindo para mim- diz irônica.

Miguel solta um riso pelo nariz- Não tem jeito, não consigo mentir para você Dulce Maria.

-Então por que tenta?- questiona.

- Porque não quero te magoar- explica.

- Me magoar?- rola os olhos- e por que me magoaria?

-Porque essa viaje é para eu ir conhecer Ester melhor, e seus pais- percebe o semblante de surpresa no rosto de Dul.

- Nossa estão bem rápidos neste relacionamento- toma mais um gole de suco.

-Talvez você que não prestou atenção quando ela começou, e por isso que acha que está rápido.

-Tem razão, mas isso também não me interessa- se levanta- a vida é sua- e vai para a cozinha.

-Sabe que tudo isso só está acontecendo por sua culpa, não é?- segue a mesma.

-Minha culpa, por favor, menos Miguel- ri ironicamente.

-Estou dando uma chance para ela, porque sei que você nunca daria uma chance para nós- se aproxima de Dul.

-Que bom que sabe- se afasta- porque eu te considero como um grande amigo, e torço por você e sua felicidade. Porém espero de coração que o que está aí- aponta para o peitoral de Miguel- seja verdadeiro por Ester, porque ela é uma pessoa incrível é não merece ser feita de babaca!

- Dulce...- é interrompido.

-Escuta aqui vocês dois, vocês terão um problema bem grande comigo, se meu neto acordar com essa falação- Fernando começa descer as escadas- Miguel já está na sua hora né- acompanha o mesmo até a porta.

-Que conversar?- fecha a porta e se vira para Dul.

-Sim- se senta no sofá e seu pai senta ao lado.

-O que aconteceu?

-Miguel está namorando uma amiga e enfermeira do hospital- suspira- e vai viajar para conhecer a família dela.

-Que bom- vê o olhar confuso de Dulce- Dul, você sabe que não acho saudável a relação que você tem com Miguel- passa o abraço sobre o ombro da filha- por mais que digam que são amigos, você ainda sentem algo... Que uma hora ou outra iria acabar magoando um dos dois. Esse passo que Miguel tomou talvez seja bom até mesmo para você.

-Como?

-Porque assim você abre esse coração para se apaixonar- abraça a filha- Querida, meus conselhos nunca chegaram aos pés do de sua mãe. Mas escute, se deixe apaixonar, e viver.

-Pensa isso de verdade?- fala cautelosamente.

-Sim!- Dul abraça o pai- quero que você e meu neto sejam felizes- beija o topo da cabeça da filha.

O dia tinha sido tranquilo, durante o almoço recebi uma mensagem de Ayla, que pedia para acompanhar ela até o shopping. Quando termino minhas consultas assim faço, logo que entro no estacionamento, e desço do meu carro avisto a mesma na entrada.

Andamos por várias lojas, e ela escolhe algumas roupas com minha ajuda. Porém ainda está em duvida do que vestir. Terminamos as compras e nos direcionamos a praça de alimentação, e esperamos nossos pedidos.

-Adorei este vestido Dulce- retira um vestido preto de uma sacola- o que acha?

-Realmente é muito bonito- vê Ayla abrir um sorriso- Fiquei feliz com o convite- comenta.

-Fiquei feliz por ter aceitado- coloca o vestido de volta a sacola- Minha tia May ainda muito concentrada nas coisas do bebê, e minha tia Annie está cheia de pacientes- afirma.

-Sua tia Annie?- diz confusa.

-Irmã da minha mãe, você deveria a conhecer- seus olhos brilham quando fala da tia- ela é muito legal, e extremamente importante para mim- emociona ao falar da tia.

-Espero ansiosamente para conhece-la- sorri.

Logo após pegamos nossas refeições e comemos. E continuamos conversando.

-Nunca foi a uma festa?

-Não... Depois que minha mãe morreu meu pai quis evitar que eu saísse- Dul perceber o olha dela se entristecer.

-Se não quiser falar...

-Não tudo bem. Quando mamãe morreu tudo ficou muito difícil para nós, e papai ficou extremamente protetor comigo- dá de ombros.

-Ayla, como aconteceu o acidente?- se inclina mais em cima da mesa- só sei o que Maite e os sites comentaram. Nada muito esclarecedor.

-Bom...- hesita em falar.

-Me desculpa, fui indelicada, perdoe-me...- é interrompida.

-Imagina, talvez seja bom falar com alguém, já que todos evitaram até hoje falar sobre isso comigo- diz confiante e se ajeita na cadeira- Bom minha mãe sempre gostou muito de festas, era meu aniversário de 12 anos. E como sempre mamãe não queria passar nada em branco, e planejou uma grande festa. Tão grande que resolveu de última hora mudar o local, para uma casa de festas afastada da cidade. Enfim, um dia antes resolvemos ir finalizar os último detalhes do local, fomos eu, papai e mamãe, a tinha Annie também iria, mas acabou tento um compromisso. Quando estamos voltando, estava tudo normal. A música estava alta, minha mãe e meu pai sorriam muito- sorri ao lembrar do dia- mas de repente meu pai falou algo, como “os freios” e bum! Tudo ficou escuro, acordei e estava de ponta cabeça- a respiração fica pesada- olhei para frente e meu pai estava desacordado, no banco da minha mãe só havia sangue e mais nada, meu olho doía- funga e olhos se enchem de lagrimas- foi horrível.

-Ayla eu sinto muito- se levanta, se senta ao lado dela e a abraça.

-Para mim o pior de tudo foi o luto- chora ainda mais- eu enterrei um caixão vazio, perdi uma das minhas visões. Mas meu pai não chorou, é como se ele estivesse anestesiado, no dia do aniversário eu enterrei minha mãe- abraça forte mente Dul, e se afasta- mas o pior foi quando cheguei em casa... E encontrei uma grande festa, que meu pai tinha organizado- Dul limpa suas lagrimas- fomos assunto de todas as revistas e jornais.Nunca entendi porque meu pai tinha feito aquilo. Mas hoje vendo como ele haja e trata as pessoas entendo que ele evitou o luto.

-Nossa, imagino como isso deve ter sido difícil. Sabe Ayla- percebe a menina voltar seu olhar atento para ela- admiro sua força, como conseguiu seguir sua vida, sendo essa garota incrível- sorri- quando minha mãe morreu...

-Sinto muito Dul- abraça ela.

-Eu era um pouco mais velha que você, tinha 15 anos. Lembro que eu me revoltei, me fechei para o mundo. Por isso admiro sua força.

-Obrigada Dul- abraça fortemente- Eu estou aqui para você!

-Eu também estou aqui para você meu amor!

No caminho para casa de Ayla, observo cada movimento dela, enquanto escuta uma música que não conheço. Admiro a força que ela teve para enfrentar tudo isso “sozinha”, queria ter tido essa força quando mais jovem. Deixo a mesma em sua casa e sigo para minha.

Desculpem não ter postado ontem, não me sinto bem, e não sei se você estão gostando da Fanfic. Se não gostarem de algo falem. Boa leitura, meu amores!

Atena_