Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capiulo 15:

Point Of View:Dulce Maria:

Estar tão próxima de Christopher fez com que meu coração disparasse, fazia tempo que não sentia aquela sensação de formigamento no pé do estomago, meu coração estava quente, mas minhas mãos frias, por que isso estava acontecendo?

Ele aos poucos foi diminuindo os centímetros que separavam nossas bocas, de 5cm passou para 3cm, que mudou para 2cm e...

-Olha o que eu acabei de fazer- abre a porta com uma bandeja em mãos.

-Em um movimento rápido, me jogo para o lado- Ah oi Alexandra- alterno meu olhar que antes estava em Christopher para ela.

-Atrapalhei alguma coisa?- coloca a bandeja em cima de um móvel- acabei de fazer esse suco, aprendi esses dias, queria a opinião de vocês- desvia seu olhar para Christopher que está com um semblante estranho- Christopher, Christopher- fala enquanto se aproxima de seu filho.

Ele parecia confuso, seu olhar me entregava isso, ele me olhava de forma estranha, como se não soubesse mais como agir. Por que Christopher estava deste jeito? Eu queria entender, mas está não era a hora certa, havia muitos sentimentos dentro de mim, e todos eles estavam gritando alto demais, para eu ouvir alguém.

-Ah... o que foi?- sai do transe, e olha para sua mãe.

-Christopher está tudo bem?- toca a testa de seu filho com a mão- Não tem febre, por que está com essa cara esquisita?- direciona seu olhar para mim.

-Bom hoje o dia foi bem puxado, muitos exercícios- falo a primeira coisa que me veem a cabeça- terminamos por hoje sr. Uckermann- pego minha bolsa- Alexandra, pode pedir para o Lorenzo ajudar, Christopher?

-Posso sim- levanta uma sobrancelha- Dul, aconteceu alguma coisa?

-Não, não aconteceu nada- corro rapidamente meu olhar para Christopher, que continua me encarando- Eu realmente tenho que ir agora, até semana que vem- aceno com as mãos para os dois, e saio quase correndo da sala, mas antes de sair escuto Ale me chamar.

-Mas e o suco?

Saio o mais rápido possível daquela casa, entro no meu carro e me debruço sobre o volante. Merda! Merda! O que estava acontecendo com a gente? Quando esse sentimento se é que pode se dizer, era uma relação extremamente profissional, e de repente... Eu queria que ele me beijasse?

Queria! Sim, eu queria! Era estranho, mas eu queria saber o gosto e a sensação que era beijar Christopher. Talvez meu pai tenha razão, talvez eu me machuque, talvez eu esteja sendo intrometida demais nesta família. O que eu faço agora?

De repente meu telefone toca, e saio dos meus devaneios, e me dou conta ainda estou na casa de Christopher. Quando finalmente chego em casa, pego meu celular para ver quem me ligava.

-Oi Danna- fecho a porta do meu apartamento, e observo meu pai fazendo almoço e Ben brincando na mesa da cozinha- tudo bem e você? Claro, posso falar sim- jogo minhas chaves na mesa de centro da sala, e me sento no sofá- acabei de chegar da minha consulta única de hoje- meu pai acena para mim da cozinha, e Ben corre até mim, me abraçando, e sentando no meu colo- Hum o que moveu Danna Paola a cozinhar?- meu coração se enche de alegria com a noticia que Dan me dá- Não acredito! Afonso chega hoje- olho para meu filho que presta atenção em cada palavra minha. Afasto o celular da orelha e comunico Benjamin- Tio Poncho, chega hoje de viagem- volto o celular ao ouvido, e vejo a alegria dele enquanto pula pela sala- Claro que eu e Ben vamos jantar aí, estou morrendo de saudades de Afonso- riu com o drama de Danna- Você sabe que também estou com saudades suas. Besos, tchau!- desligo.

-Vai jantar fora hoje, querida?- meu pai se aproxima limpando a mão em um pano.

-Sim- sorrio, realmente estou feliz em rever meu amigo- Afonso chega de viagem, e Danna quer que eu e Ben vamos lá.

-Uhul eu vou ver o tio Poncho, vovô- pula no colo de meu pai.

-Sim você vai ver- concorda com o neto- Que bom que ele voltou, é um bom rapaz.

-Pai, não começa- reviro os olhos- eu e Poncho somos apenas amigos- gesticulo com as mãos.

-Eu sei- dá de ombros- mas não custa lembrar que queria ele como genro- dá uma risada.

 Passo o dia da melhor forma possível, na companhia de Benjamin, brincamos, conversamos. As vezes quando tudo está tão confuso dentro de mim, gosto de ficar com ele, porque ele é a prova viva de qualquer coisa pode dar certo.

Estou calma também por saber, que hoje vou conversar com Poncho. Sempre fomos amigos, era amiga dele antes mesmo de ser amiga da irmã dele, confesso que quando mais jovens ficamos algumas vezes, mas nada supera nossa cumplicidade, e amizade. Lembro até hoje do dia que minha mãe morreu Poncho durante todo o enterro em nenhum momento, soltou minhas mãos.

Realmente ele é uma ótima pessoa, a mulher que casar com ele será imensamente feliz além de ter um marido muito atraente, mas neste caso não sou eu, e a cada pensamento Christopher me vem a mente. Que droga!

Christopher realmente era muito atraente, ele tinha ombros largos, e um cabelo cacheado marrom escuro, seus olhos eram brilhantes, quando olhavam para mim. Por mais que mal humorado, seu jeito era carinhoso com sua família e ele sempre demonstrou isso. Fico imaginando se ele seria carinhoso com Benjamin, peraí... Por que eu estou pensando isso? Nós nem temos nada, e nem vamos ter!

Point Of View: Christopher:

Estava me sentindo desconfortável porque Dulce havia fugido do nosso possível beijo! Talvez eu tenha me precipitado pensando que ela queria também me beijar, ela pode ter me achado abusivo por querer beija-la.

Será que eu tinha feito merda? Precisava pedir desculpas para ela. Havia muito tempo que não sentia vontade de beijar alguém, não essa vontade que tive com Dulce agora, ela era uma mulher forte e determinada, seus traços eram delicados, e ela era muito, muito bonita mesmo. Seu cheiro era inconfundível, seus lábios de uma cor viva, e seus olhos como eu já havia dito de uma imensidão.

Será que estou apaixonado? Depois da morte de Belinda, eu tentei me relacionar com outras mulheres, mas nada passava de um encontro. Depois disso elas mandavam uma mensagem com: “Chris, você é lindo. Mas não estou preparada para cuidar de você”, outras apenas me bloqueavam.

O engraçado é que em nenhum momento, eu pedia ajuda, pedia para ser cuidado. Eu apenas queria um jantar, um encontro, beijos. Mas é difícil as pessoas olharem para o seu caráter, jeito, traços, quando você vive em uma cadeira de rodas. Quando você tem a minha condição as pessoas apenas conseguem sentir compaixão, dó, e sinônimos disso.

As pessoas pensam que você para de sentir, raiva, amor, tesão, elas passam a imaginar você como uma coisa que precisa de alguém 24h por dia. Tenho medo de estar confundindo os sentimentos, de estar criando um sentimento amoroso por Dulce, porque ela me tratou sempre de igual para igual, mas de alguma forma ela me faz sentir vivo, e tudo que está em volta dela está vivo. Minha filha, minha irmã, eu, minha família.

 -Ficou surdo?- abre a porta do meu quarto de repente.

-Anahí- me assusto, quando vejo a loira entrar de repente- Tudo bem?- ela me abraça e confirma com a cabeça.

-Faz dez minutos que estou te chamando- se senta na minha cama- pensei que tinha se afogado na banheira- diz ironicamente.

-há há há- forço a risada- quando eu fizer isso você será a primeira a saber- constato- Veio falar sobre a Ayla?

-Sim, como sabe?- faz uma expressão surpresa.

-Dulce me falou- desvio o olhar, quando digo- ela me contou meio por cima não entendi muito.

- Que bom que Dul, já tenha te falado- respira fundo- Ucker, estou preocupada com minha sobrinha!

Annie me conta o que aconteceu com Ayla, como assim minha filha estava alucinando? Ela nunca tinha tido este comportamento, crises de ansiedade, e pesadelos sempre, mas alucinar com Belinda ainda não.

-Você realmente acha que ela está alucinando como eu?- aponto para mim mesmo.

-Eu não sei o que dizer, mas só pode ser isso, lembra que no começo você também via Belinda- me faz lembrar- Christopher, ela precisa voltar a terapia- me adverte, e concordo com a cabeça.

-É verdade, Annie. Nunca deveria ter tirado minha filha da terapia- digo em tom de arrependimento e passo a mão pelos cabelos- Pode providenciar isso?

- Na verdade já providenciei- sorri de forma vitoriosa.

-Você é rápida- constato, e ela me dá uma piscadela.

-Quando o assunto é minha sobrinha, eu não durmo no ponto- nós dois gargalhamos com essa expressão- Marquei uma consulta com Angelique, ela é uma ótima colega de profissão. E não se preocupe eu me encarrego de levar Ayla, nas consultas.

- Muito disposta você!- sorrio rapidamente.

-Eu sou- diz convencida, e depois toca minha perna- vai ficar tudo bem com ela- tenta me despreocupar.

-Às vezes me sinto culpado- meus olhos enchem de lagrimas, mas limpo para que elas não caiam- não me sinto um bom pai.

-Não fala isso, você é um ótimo pai, e ela te ama, e tem tanto orgulho- confidencia, e isso me deixa feliz-  e outra quando você não da conta, ela é rodeada de pessoas que amam ela que vão ampara-la. E claro rodeada de mulheres fortes, como eu- se gaba- Ale, Maite, Dul...

-Ela se interrompe quando solto um sorriso- que foi?- ela me olhava de forma engraçada.

-Está gostando da Dulce, Christopher?- ela fica curiosa.

-Não, não estou- tento negar para mim mesmo- de onde tirou isso?

-Pelo jeito que seus olhos brilham quando fala dela.

-Annie sabe que eu não sou muito de me abrir né- ela assenti- Maite está ocupada com o bebê, Christian está viajando e também não somos próximos- explico- Sinto falta de quando éramos amigos!

-Ei- chama minha atenção- por mais que você me estresse, seja mandão, e vários outros adjetivos- pega minha mão- ainda somos os mesmo amigos do ensino médio, estou aqui para te escutar sempre.

-Você tem razão, acho que sinto algo por Dulce- desvio meu olhar- pareço um adolescente- reviro os olhos.

 -Sabia, EU SABIA- se levanta e dá pulinhos de felicidade.

-Anahí- a repreendo- alguém pode ouvir- olho para porta para conferir que ninguém entre.

-Me desculpa- sussurra, e se senta novamente- Eu ficaria feliz se você e ela tivesse algo, ela gosta da minha sobrinha, é gentil, conquistou o coração de pedra do meu cunhadinho- coloca a mão sobre meu peito.

-Não está brava?- levanto minha sobrancelha-Pensei que ficaria por conta de ser...

-Irmã de Belinda- ela completa, e eu apenas concordo com a cabeça- Minha irmã, Christopher sempre foi apaixonada por você e isso era um fato. Outro fato é que ela faria de tudo para ver a sua felicidade e de Ayla, e se Dulce trouxer isso para vocês, eu vou torcer para que de certo- coloca a mão sobre meu ombro- Bel ficaria feliz de vê você vivendo novamente- ela dá um sorriso e logo depois as lagrimas escorrem.

-Obrigado- a abraço e ela começa a soluçar.

 Lembro de quando Anahí recebeu a noticia da morte da irmã, foi como se uma parte dela tivesse morrido. Ela ficou um tempo sem falar, andar, comer, qualquer tipo de ação Annie parou de ter. A depressão que ela teve foi muito forte, e me mantive junto dela sempre.

Muito antes de conhecer Belinda, eu tinha uma amizade com Anahí e foi assim que acabei sabendo da existência da Bel, éramos um trio e tanto. Depois que tudo aconteceu Annie se afastou de todos, menos de Ayla. Sou orgulhoso por ser amigo dela, e agora me sinto completo em dividir esse sentimento com ela. A compreensão que ela teve, me faz querer viver qualquer experiência com Dulce.

Oi meus amados, tudo bom? Mais um capitulo para vocês estou amando essa interação, COMENTEM MUITO e vão ganhar uma maratona, o que acham??

Ahh eu amo a amizade de Barken e tão sincera. Desculpa iludir vocês com beijo vondy, mas não foi desta vez! Mas calma que está próximo.

Besos boa leitura!

Ardilla_