Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capitulo 16:

-Hum...eu adorei tia Dan- disse Ben, repetindo pela segunda vez a sobremesa- já posso abrir meu presente?- olhou para Afonso.

-Claro- Afonso deu uma piscadela para ele.

Point Of View: Dulce Maria:

Realmente Danna tinha me surpreendido estava uma delícia todo o jantar, desde o cozido até a tentativa de torta de frutas vermelhas, que acabou desmoronando antes mesmo de chegar a mesa, mas estava uma delícia. Nós não conseguíamos esconder a felicidade de estarmos reunidos de novo.

Afonso havia trazido mais um brinquedo para Benjamin, mas prometeu entregar para ele só após o jantar, e neste momento via o mesmo se afastar da mesa e correr para pegar o presente que estava no quarto de visitas.

-Acho que ele vai gostar!- toma mais um pouco de suco- é um daqueles brinquedos de montar com várias peças pequenas- em tom provocativo, por saber do pequeno incidente de uma dessas pecinhas entrarem no meu calcanhar da última vez.

-Eu vou amar, quando jogar todos no lixo- mostro a língua para ele.

-Você não seria capaz?- me desafia.

-Você está me desafiando?- estreito os olhos de forma brincalhona- Mas me diga como foi o trabalho no México? – mudo de assunto.

- Foi complicado, a empresa tinha muitos processos, mas nada que eu não conseguisse resolver- se gaba- Ganhamos o processo!

- Parabéns- felicito-o.

-E como vai a clinica?- direciona a pergunta para mim e Danna.

-Está indo, nada muito empolgante- Dan se pronuncia- Perdi minha maior companheira- faz um bico direcionado a mim.

-Me desculpa- me inclino sobre a mesa- Mas é que realmente está difícil conciliar meu trabalho no hospital e na clinica. Prometo que assim que possível voltou atender na clinica- gesticulo com as mãos juntas.

-Tudo bem- ela afirma.

-E quando volta para o México?- tomo mais um pouco de suco.

- Não volto- informa- Não consigo mais conciliar meu escritório aqui e nem o de lá- explica.

-Mas está é uma ótima noticia- sorrio- Já sabia Dan?

-Sim, você acha mesmo que me prestaria a cozinhar só porque Poncho voltou de viagem?- diz de forma brincalhona.

Mais um pouco de conversa e Benjamin pede para que Poncho assista a um filme com ele. E todos vão para sala, logo de começo Benjamin e Danna dormem.

-Vem Dulce- me puxa pela mão me fazendo levantar do sofá.

- Tá- o sigo e voltamos à mesa da cozinha, ele se senta e eu me sento logo depois.

-Me conte o que está acontecendo.

-Como assim?- estou confusa.

-Percebi, durante o jantar todo está meio avoada- explica- O que está acontecendo?

-Solto um riso pelo nariz, ele realmente me conhecia- Te odeio- novamente mostro a língua- Você realmente me conhece- confesso.

-Está acontecendo alguma coisa na clinica? No Hospital?- em tom de preocupação.

- Não, não. Está acontecendo algo aqui dentro, Poncho- aponto para meu coração.

-Pode me dizer, sabe disso- se inclina sobre a mesa e toca minha mão- Sabe que pode confiar em mim.

-Estou confusa- ele esboça uma feição confusa- Comecei a tratar um paciente, comecei a me envolver com a família dele. E na nossa ultima consulta, ele ou eu, não sei- passo minhas mãos no rosto- queríamos nos beijar.

-Acha que está apaixonada?

-Não sei- digo em um sussurro- Por favor, não comente com Danna, ainda não falei nada disso para ela. E se ela souber é bem provável, que já planeje o casamento- nos dois rimos.

-Ele me encara por alguns instantes e se pronuncia- Acho que você deveria conversar com ele- dá de ombros- é bom que você veja se está ficando louca, imaginando um romance, ou se ele também é louco de gostar de você- quebra o clima, e nos dois rimos.

- Reviro os olhos- chato!

-Sabe que me preocupo com você, e com aquele pequeno ali- aponta para o sofá- Saiba, que se alguém seja quem for esse cara, magoar você eu mesmo acabo com ele- cerra os punhos.

-Nem começamos nada- levanto uma sobrancelha.

-Mas é bom que ele esteja avisado. Na real quem é esse cara?

-Se chama Christopher Uckermann, é dono da...- penso um pouco- Firts place.

-Humm- pensa um pouco, e se pronuncia- Já trabalhei uma vez para eles, são bem honestos e corretos nos negócios. Tomara que sejam assim com as relações intimas.

-É- o encaro com ternura.

- O que foi?

-É bom ter você de volta- entrelaço nossos dedos.

-É bom estar ao seu lado de volta!

O silêncio era torturante dentro daquela sala, Christopher fazia os alongamentos e em nenhum momento me encarava. E todas as vezes que me aproximava de alguma forma ele recuava.

Continuamos assim até o final da consulta, como iria conversar com ele como Afonso falou se nem um oi ele havia me dado no começo. Talvez eu estivesse alucinando e aquela vontade de beijar apenas fosse minha.

Terminamos a consulta e eu o guio para a sala de estar, no mesmo silêncio de antes.

-Bom... Até a próxima consulta- estendo a mão para ele.

-Até- a perna minha mão com desdém.

-Dul- Ayla desce as escadas. E vem até mim.

-Tudo bem?- a abraço.

-Estou sim, parece que faz tanto tempo que não nos vemos. Tenho tanta coisa para te contar agora que comecei a terapia. Poderia almoçar com a gente hoje, o que acha papai?- se vira para encarar Christopher que dá de ombros, e isso de alguma forma me chateia.

-Ah...- sou interrompida.

-Não aceito, um não como resposta e aposto que minha avó também não vai aceitar- corre o olhar pela sala- onde ela está? – olha para o topo da escada onde está Lorenzo- Lorenzo cadê a minha avó?

-Ela saiu senhorita Ayla, ela disse que foi fazer comprar para abastecer a dispensa- informa.

-Ah... tudo bem, obrigada!- retorna seu olhar para mim, e depois ao seu celular que começa a tocar- Oi tia May, tia May, eu não estou te entendendo- tapa o outro ouvido- Onde você está? Tia? Tia?- diz em tom de preocupação- Calma, já estamos indo para aí, fique calma ok?- quando ela retorna seu olhar para nós, eu e Christopher podemos ver seus olhos marejados.

-Ayla o que aconteceu?- dizemos juntamente.

-Tia May- começa a chorar- não sei o que aconteceu, mas ela está sangrando e passando muito mal na casa dela, precisa da nossa ajuda- informa- Ela estava muito desesperada, pai.

-Dulce, pode nos levar?- Christopher dirige se a mim pela primeira vez.

-Claro- falo quase de imediato.

Christopher me explica todo o caminho, enquanto no banco de trás Ayla tentava falar com Maite no celular, mas a mesma não estava conseguindo. Quando chegamos lá o portão principal está aberto, entramos na casa que está em completo silêncio, até que escutamos um gemido vindo do escritório, e Ucker nos guia até lá.

-May!- corro até a mesma que está no chão- o que aconteceu?

-Dul- diz em um fio de voz- eu..eu- e desmaia nos meus braços.

-Tia!- Ayla se coloca ao meu lado- Dul, o que ela tem?

-Eu não sei, mas preciso que me ajude a levar ela para o carro. Vamos para o hospital- informo.

Estou dirigindo o mais rápido que posso, enquanto Christopher está com meu celular ligando para todos meus contatos do hospital. Ayla está no banco de trás, de vez em quando olho pelo espelho, e vejo a aflição nos olhos dela.

Em um trecho da rodovia, o trânsito começa a ficar lento. Lento ao ponto de parar, começo a me estressar, até que resolvo sair do carro.

-Não dá para esperar- retiro meu sinto, e recebo o olhar apreensivo de Christopher.

-Aonde você vai, Dulce?- ele me olha de forma assustada.

-Vou ver o que está acontecendo, faz mais de 10min que estamos parados aqui- saio do carro, e avisto um policial mais a frente, e vou até ele- Olá tudo bem?

-Olá!

-O que está acontecendo?

-Ocorreu um acidente mais a frente, estamos esperando retirar os corpos para poder soltar o tráfico.

-Um acidente?- ele assente- tem alguma ambulância?

-Sim- e ao ele receber essa informação, saio correndo em direção ao meu carro que estava com a porta aberta- Christopher, tem uma ambulância aqui, será mais rápido se colocarmos a Maite nela.

-Mas como vamos levar ela?- Ayla indaga.

-Eu tive uma ideia- Christopher chama atenção minha e da filha- Dulce, coloque May sentada no meu coloco e me leve até lá, será mais rápido e fácil.

E assim a gente faz, retira Christopher do carro em sua cadeira e coloca Maite sentada em seu colo. Quando as pessoas entende o que está acontecendo abre caminho para que nós possamos passar, e assim chegamos até a ambulância.

-Preciso que a coloque nessa ambulância- chamo a atenção de um dos socorristas- ela está grávida, e está tendo uma hemorragia- explico.

-Ok, podemos fazer isso. Ei vocês peguem está moça e coloquem em uma maca- e outros dois socorristas fazem isso- Preciso que alguém a acompanhe.

-Vamos Dulce- Ucker chama minha atenção.

-Christopher, vai você. Preciso voltar para o carro, lembra?

-Verdade- ele passa a mão pelo rosto.

-Se acalme vai dar tudo certo- coloco a mão no ombro dele, e depois vejo ele entrar na ambulância.

O que vocês acham que aconteceram com a May?

Dupla dinâmica essa hein.

Comentemmm muitooo, amo vocês, boa leitura.

Ardilla_