Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capítulo 26°: 

  Point Of View: Dulce Maria:

Não me sentia bem, meu corpo dói, minha cabeça dói. Eu realmente estava mal e poucas coisas me deixam assim, eu queria me manter na cama o máximo possível, mas sabia que este não era o caminho. 

Porém eu resolvi ficar mais um tempo na cama, nem me levantar para ir ao banheiro fiz questão. Estava com os olhos fechados, até que escutei minha porta se abrir, e uma pequena cabeça aparecer, e depois um corpinho. Benjamin era muito fofo com seu pijama de cachorrinho e seu urso de algum desenho animado. 

Com muita dificuldade ele conseguiu subir em minha cama, e continue a fingir que estava dormindo. 

Tocou devagar o ombro de Dulce —  Mamãe, mãe, mamãe.- Continuando tocando de forma mais insistente o ombro de Dulce. 

Abri um sorriso e depois os olhos.—  Bom dia meu amor. — Abri espaço para Ben deitar ao seu lado. 

—Já acordou?— Perguntou se virando para mim. 

— Sim.—Ri pela pergunta meio óbvia dele. 

— Está triste mamãe?— Começou a passar a pequena mãozinha pelo cabelo de Dul. 

Por alguns minutos desviei o olhar, não queria responder. Então forcei um sorriso, e resolvi me convencer com minha própria resposta.—  Não estou, querido.—  Passei minha mão pelo cabelo de Ben, queria desviar os pensamentos da noite passada de minha cabeça. 

— Então porque seus olhinhos estão caídos?—  Disse ainda intrigado. 

-Como os olhos caem, Ben?- Eu soltei um pequeno riso, meu filho era muito perceptivo. 

— Vovô me falou que quando as pessoas estão triste ficam assim.— Piscou algumas vezes os olhos, e depois deixou o olhar baixo tentando me explicar.—  Ele também disse que os olhos são a porta de algum lugar, mas não me lembro.—  Deu de ombros. 

— Você e seu vovô são muito espertos, quase uma dupla dinâmica. Eu só estou cansada mesmo.-— Tentei desviar o assunto. 

— Não se canse, mamãe. Eu estou aqui.— Tentou me envolver em um pequeno abraço. 

Eu não me aguentei e algumas lágrimas caíram.

—  Obrigada! 

A força sempre via de várias formas, poderia vir do interior, de outras pessoas, ou do pequeno abraço do meu filho e esta última forma é a minha preferida. Enrolamos mais um pouco na cama, e ele me contou sobre algumas coisas de sua escola. 

Nós levantamos, e começamos a preparar um café “surpresa” para o vovô. Por alguns minutos Benjamin correu rapidamente pela escada, e depois logo voltou com um boneco de personagem, e colocou na cadeira ao lado da que ele intitulou “Do vovô”. 

— Quem é este?— Perguntei para ele sobre o brinquedo. 

—Não o conhece?— Neguei com a cabeça. — Bom é porque ele está disfarçado.—  Falou um pouco mais baixo, e logo depois tampou os ouvidos do boneco.— Ele é o Peter, Peter Parker, mamãe.— Esbocei uma feição confusa. — O homem aranha!

Agora sabia de quem se tratava, e apenas ri.

— Vou pegar uma xícara para o Peter— Falei em um sussurro o imitando. — Fui até o armário e peguei. Benjamin me observou colocar a xícara em frente ao seu boneco. 

— Ele está muito contente de tomar o café com o vovô. E também achou você muito bonita. 

— Ah muito obrigada!

Realmente meu filho e sua doçura eram as coisas que eu mais gostava. Alguns minutos se passaram, e meu pai finalmente acordou. Tomamos café em meio a risadas, que Ben provocava. 

— Acho que está na hora do Homem- Aranha ir salvar o mundo!- Sugeriu para Ben que assentiu e correu pelas escadas com o boneco na mão, quando sua figura sumiu de nossas vistas meu pai levou o olhar a mim.—  Uma figura não?— Se referindo a Benjamin. 

— Sim.-—Ri e tomei mais um pouco de café. 

— Foi um grande lançamento, vi hoje pela manhã em um site.- Meu pai me olhava de forma atenta.E com isso eu sabia que ele já sabia.

Engoli seco.— Sim foi tudo muito bonito. 

— O que mais gostou, o anúncio do relançamento ou de seu namoro?

Eu parei o que estava fazendo, eu imaginava que ele sabia, mas não esperava que fosse tão direto assim.

—  Como sabe disso?

— Todos os sites noticiaram o retorno ao campo amoroso de Christopher Uckermann.— Disse tentando copiar o tom de alguma matéria. — Mas em tudo isso me importo em como você está!

Eu respirei fundo, não sabia ao certo o que responder.

— Estou bem, pai.— Disse sem animação alguma, eu deveria tentar ser mais convincente. 

— Para quem está amando, não parece estar muito bem.— Meu pai me conhecia, e eu também deveria estar com uma cara péssima. 

Todo o ar que prendi em algum minuto soltei de uma vez, e com isso me veio lágrimas nos olhos.

— Está tudo uma merda.—Vi os olhos de meu pai se arregalaram. E tratei de explicar rápido.—  As coisas entre mim e Christopher, estão bem, estamos felizes juntos. O problema é Ayla, a filha dele, ela dormiu aqui uma vez lembra?— Ele assentiu com a cabeça.— Depois do anúncio ela surtou, me falou palavras duras e cruéis.— Ele tocou minha mão e depois meu queixo.

—Querida relacionamentos não são tão simples quanto parecem, mas você já me mostrou desde que era pequena que é forte e determinada, e mesmo que se abale uma hora se levanta. Mostre a esta menina que você ama o pai dela, e que também a ama, que eu sei.- Eu sorri nesta parte.— Você o conquistou é apenas uma questão de tempo para reconquistá-la. 

— Não é só isso.—Me ajeite na cadeira.—  A mãe dela, Belinda, que foi a primeira e única esposa de Christopher, faleceu. E todos tem uma memória afetiva muito apegada a ela. As vezes sinto que vivo por pura ansiedade de me parecer com ela, de ser tão perfeita quanto. 

— Dulce.— Meu pai me chamou de um jeito carinhoso.—  Não é fácil perder alguém que se ama, nós sabemos disso.—Ele baixou um pouco a cabeça, minha mãe foi o único amor do meu pai.- Mas eu acho que você tentar ser ela, se comparar, vai fazer com que seu relacionamento acabe.— Isso me assustou de certa forma.—Christopher sempre irá amar Belinda, porque ela foi um amor único—Neste momento fiz um bico, até meu pai iria elogiá-la?— Entenda o que quero dizer. Nós amamos as pessoas de formas diferentes, e Christopher te ama, sinto isso, mas te ama por você não se parecer com ela entende? Se for para amar uma pessoa exatamente igual a outra, é melhor que fiquemos com a primeira. 

— É talvez você tenha razão.— Dei um pequeno sorriso.-—  Obrigada pai.— O abracei e respirei fundo.— Eu precisava disso. 

-Eu vou sempre estar aqui!

Por mais que não nós falássemos sempre meu coração e deu meu pai sempre estavam alinhados, sempre que buscava por ele, sabia que tudo dentro de mim se resolverá da melhor forma. E sempre foi assim, desde a morte da minha mãe ele sempre foi meu cúmplice. 

O dia se passava calmo, havia tirado folga, precisava de um tempo para mim mesma. Meu celular tocou, e eu fiquei feliz por receber a notícia que Danna viria me visitar. E neste momento ela estava em minha frente boquiaberta com tudo que eu contei sobre ontem.

-Faz agora todo o sentido o mau-humor hoje mais cedo de Poncho.- Concluiu. -Ai que menina chata Dulce, se fosse eu já teria jogado ela de uma escada.- Eu ri, Danna realmente tinha um jeito muito peculiar de resolver seus problemas. 

-Credo Danna.- E ela deu de ombros.- Por mais que ela tenha feito isso eu ainda a amo muito. 

— Você é trouxa isso sim.— Disse de forma simples, e dei um leve tapa em seu braço. - Ué é a mais pura verdade. -Revirei os olhos e mostrei a língua.

— O que achou da lembrancinha, Alfonso te entregou?

—Sim me entregou. Não gostei do perfume— Deu de ombros, assim como Alfonso ela também não tinha gostado. 

— Poncho também não gostou, não entendo eu achei tão agradável.

— Dulce, eu não vou ficar usando o cheiro de gente morta.-Meus olhos se arregalaram com esse comentário, Dan nunca conseguia controlar a língua. 

— Danna!- A repreendi.- Não é assim também. 

— Já se ele fizesse um com seus cheirinho, eu iria usar.- Eu riu com esse comentário. 

Balancei a cabeça ainda rindo, realmente Danna não controlava as palavras.—  Isso não vai rolar!

—É bom que role ok? Imaginou eu amiga de Dulce Maria que tem até perfume.-Encarava o nada imaginando a cena.- Seria…— Fez uma pausa para pensar.—Unglaublich.-— Disse em um sotaque irreconhecível. 

—O que você falou?— Eu deveria estar com uma feição muito confusa porque ela começou a gargalhar. 

—Ardilla de mi vida.— Meu coração ficou quentinho era o apelido que ela me deu quando ainda éramos crianças.— Eu estou aprendendo alemã, não te disse? Paul o novo cara que conheci é alemão, às vezes me derreto quando ele fala em alemão, outras fico com medo de ele estar me xingando—- Explicou e eu apenas ri, minha amiga era boa demais para existir. 

  Point Of View: Maite: 

Eu precisava sair um pouco de casa, eu iria explodir se continuasse ouvindo a discussão interminável de Christopher e Ayla. Desde de o dia do lançamento os dois quando se viam discutiam. Discussões que demoravam horas para acabar, e sempre começavam em qualquer lugar como: durante um filme, no meio do almoço como agora, de noite antes de dormir. 

Ayla se levantou com as palavras finais de Christopher, e como sempre ela balbuciou um palavrão, que irritante. 

— Precisa se acalmar filho.—  Minha mãe se pronunciou. 

—Ela precisa se acalmar, mamãe.—  Eu a corrigi. Amar minha sobrinha não me impedia de a repreender quando estava errada. Toquei a mão de Ucker, senti uma grande tensão.— Vai dar tudo certo!

— Eu também pensava assim Mai, mas olha- Apontou para onde Ayla antes estava sentada.—tudo está se tornando muito insuportável nesta casa e tudo isso por minha culpa.

—Sua culpa não, culpa da ignorância da Ayla de não entender que você tem uma chance de ser feliz.—Sinceramente eu estava tendo uma postura que nem eu mesma esperava.  

Ouvi um pequeno riso atrás de mim, e levei meu olhar e lá estava minha sobrinha.

— Então é você que está apoiando isso?— Ela colocou as mãos na cintura e arqueou a sobrancelha igual quando Belinda e eu brigávamos. 

Me levantei, me colocando frente a frente com ela. Esse meu gesto fez com que ela recuasse um pouco para trás.

— Eu apoio. 

— Me admira muito você dizia que me amava, mas apoia essa-essa coisa— Disse em tom de indignação. 

— Ayla você realmente é apenas uma criança, acha mesmo que Dulce foi a primeira após sua mãe? Houve outras que não merecem nem serem apresentadas. Já Dul, uma pessoa que seu pai realmente AMA— Sim, dei ênfase de propósito.— você implica? Por favor. — Consegui ver o ódio em seus olhos, e ela nada disse apenas saiu pisando fundo. Me virei para Christopher que tinha um sorriso no lábios, por conta da minha defesa, e apenas sorri de volta.

Acordei assustada, depois de toda a briga no almoço, resolvi descansar um pouco. Descanso esse que foi interrompido por gritos vindo do andar de baixo, e que reconhecia pela voz de Ayla. 

Meu Deus o que essa menina aprontou desta vez. Desci as escadas mais rápido possível, e seguindo o som de vozes alteradas, dei na sala de exercícios que Ucker e Dul usava, merda!

-Você não PODE FAZER ISSO. VOCÊ QUER QUE ELE MORRA.- Me aproximei devagar da porta da sala, e tive a visão de Ayla, e sim, ela discutia com os pombinhos, e lá ia eu de novo defendê-los.

-O que está acontecendo?- Entrei de uma vez na sala, e me deparei com uma cena de cortar o coração, Dul sentada em uma poltrona chorando e Christopher a consolando. Ok, Ayla poderia abalar o psicológico deles, mas o meu não.

— O QUE ESTÁ ACONTECE? ESSA VADIA DE MERDA QUE QUER…-Ela puxou fôlego, realmente estava muito nervosa.—  QUER QUE MEU PAI OPERE. TODOS NÓS SABEMOS QUE ELE NÃO PODE!

-Dulce se levantou, e pude ver seu rosto em pura lágrimas.- Eu já tentei te explicar....-Se aproximou de Ayla.—  Eu fiz alguns exames e seu pai tem grande chances de voltar a andar se submeter a uma cirurgia, confie, por favor. —Era um tom de súplica, eu apenas queria abraçá-la e garantir que tudo ficaria bem. 

Um estralo alto fez com Christopher se aproximasse rapidamente e de forma bruta, passando com a cadeira em cima do meu pé, o sangue corria tão rápido em minhas veias que me impedia de sentir dor. Ayla acabara de dar um tapa no rosto de Dulce. Dul não fez nada e nem levou a mão ao local, apenas virou pegou sua bolsa na poltrona. 

-Em frente a porta de saída.-Até a próxima consulta, Ucker...mi amor!

AFRONTOSA, achei muita classe a Dulce fazer se fosse comigo está em prantos e desespero. E aí o que estão achando do que está acontecendo? Comentem bastante. 

To tentando sempre atualizar a fanfic nos dias combinados, obrigada pelo apoio! Até sexta!

Me sigam no twitter: @VondyArdilla

Boa leitura meus amados, bebam água, protejam os animais, e exalte cada vez mais o trabalho dos nossos artistas! Até segunda!

 Ardilla_