Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capítulo 27°: 

  Point Of View: Dulce Maria:

Passei o mais depressa possível pela aquela porta, mas antes fiz questão de ressaltar que nada daquilo mudaria meu amor por Christopher. Logo que sai, esbarrei em Lorenzo que tinha um olhar piedoso e tentou me abraçar, porém este não era o melhor momento para continuar naquela casa.

Assim que fechei a porta do meu carro, todo o nó da minha garganta veio para os olhos. As lágrimas caiam de forma pesada, eram grossas, nelas tinha minha vergonha, humilhação e decepção porque Ayla havia feito isso comigo? Eu amava seu pai, e também a amava. 

A velocidade de meu carro me trazia a sensação de que em algum momento todos aqueles sentimentos ruins presente em meu peito cairiam para fora do veículo e se perderiam pela estrada. 

Porém a verdade não era tão confortante e fácil assim, eu poderia devolver o tapa e me sentir vingada, ou feliz talvez, mas isso seria momentâneo perto da culpa que sentiria deste ato, e não queria me igualar a Ayla. 

Mais uma vez eu conferia o relógio as horas se passavam arrastando, eu ainda tinha muito trabalho naquele hospital, as vezes sentia que não podia aguentar que qualquer momento iria chorar. 

  Point Of View: Christopher:

Eu não sabia como reagir a isso, era minha filha se tornando algo que desconhecia. Me doía o olhar de Dulce, por mais que ela tenha se mostrado forte ao sair, eu a conhecia melhor que ninguém, e sabia que ela tinha se quebrado com tudo. 

Minha filha se tornou algo que desconhecia, então ela encontraria um pai também desconhecido, não poderia achar está ação normal, ou aceitar isso com a minha futura noiva, sim eu planejava construir uma vida com Dulce, só não havia contado isso a ela ainda. 

-Ela me olha com todo o ódio do mundo, e eu podia senti-lo sobre mim.- Ayla…-Mai e ela me olham de forma atenciosa.- por que fez isso com a Dulce?-Maite pareceu não entender a pergunta, ou talvez o tom de calma que tentava demonstrar. 

-Minha filha desviou o olhar por alguns instantes e depois volto ele a mim.- Ela é uma vaca.- Disse de forma simples e isso me irritou.- Quer roubar o espaço especial que minha mãe tem dentro de você pai.- Se aproximou, e começou a falar de forma mais calma.- Apenas estou protegendo o que você criou todos esses anos.- Ficou frente a frete comigo. 

-Acha que sua mãe se orgulharia disso.- A medi com desdém. Neguei com a cabeça.- Ela teria tanta vergonha, e agora sinto essa vergonha por mim e por ela, e isso me pesa.- Segurei firme seus braços e ela começou a se debater.- Fique quieta e preste atenção, eu abomino seu comportamento, e as coisas que você faz. Está de castigo…- Por um momento ela parou e me olhou fixamente. 

-Você não pode me colocar de castigo, você-você nunca me colocou de castigo.-Ela parecia confusa, e Mai apenas escutava tudo. 

-Tem razão, nunca coloquei minha filha de castigo.- Gesticulei com as mãos.- Agora isto que está na minha frente não é minha filha, e apenas uma menina mimada o suficiente que prefere um pai paraplégico e infeliz jogado de um lado.

-Alguns lágrimas caíram de forma involuntária, e ela fez questão de limpá-las o mais rápido.- Não...não…- Ela parecia negar para si mesma, mas logo seu olhar voltou a ser de ódio sobre mim.- Vocês não entendem- Se referindo a mim e a sua tia.- é isso que ela está fazendo, nos separando.- Desviou seu olhar completamente para mim.- Está nos separando é isso que quer?- Era tão absurdo o que ela falava que nada respondi e logo depois ela saiu da sala. 

-Alguns minutos em silêncio e Mai se aproximou e tocou meu ombro.- Pode parecer difícil agora ser duro com ela, mas isso será importante para a própria formação dela.- Levantei meu olhar a ela, e cobri sua mão que estava no meu ombro com a minha.- Mais uma coisa, por favor, toda vez que você for dar um corretivo nela tenta não passar em cima do meu pé.- E soltou um pequeno riso, olhei para o pé dela que estava um pouco vermelho. 

-Me desculpa, Mai. Acabei nem percebendo.- Tento me justificar. 

-Pensa mesmo em operar.- Ela se sentou na poltrona e eu a acompanhei.- Não tinha me falado isso. 

-Não tinha comentado com ninguém, apenas eu e Dulce ultimamente vínhamos conversando muito sobre isso. Após pegar uns exames ela garante que tenho chances na cirurgia, e o que me custa tentar?- Dei de ombros, realmente pensava isso não tinha muitas esperanças sobre minha paraplegia. 

-Independe da sua decisão eu te apoio.- Sorriu ao final. 

-Obrigado Mai, seu apoio é essencial para mim. 

  Point Of View: Dulce Maria:

Estava na cafeteria do hospital, meus olhos pesavam eu havia chorado demais. Estava tudo tão péssimo! Meu celular vibrou e isso fez minha atenção se voltar para ele, e na barra de notificação apareceu: “VISITA A MAMÃE SE APROXIMA”. 

Eu não iria aguentar, meus olhos se encheram de água, o dia de los muertos se aproximava e eu havia me esquecido, nem mesmo passagem para o México havia comprado. Olhando para a tela com o lembrete eu chorava, não me importava mais que percebessem. 

-Quer conversar?- A voz de Miguel veio do meu lado, e logo ele se sentou na minha frente.- Hey… por que está assim?- Esticou a mão e pegou a minha a acariciando. 

-Com a voz embargada me pronunciei.- Está tudo uma merda.- Limpe minhas lágrimas e me inclinei em direção a ele.- Nem sei por onde começar…

-O começo é uma boa ideia.- Soltei um riso pelo nariz. 

-Não leve para o pessoal, preciso que seja meu amigo agora ok?- Ele concordou com a cabeça.- Eu e Christopher começamos um relacionamento…-Parei um pouco para prestar atenção na expressão de Miguel, que apenas se tornou mais atenta.- porém a filha dele Ayla- comecei a chorar novamente, e ele apertou minha mão.- está me tratando da pior forma, antes me xingou e hoje me deu um tapa.- A expressão de Miguel se tornou rude. 

-Como ele deixa uma menina bater em você, Dulce.- Ele parecia indignado.- E você ainda vai continuar com ele?

-Sorri de forma amargar, não acreditava nisso.- Realmente me enganei, te pedi para que fosse meu amigo, e você levou para o lado pessoal sério? Me respeite, respeite Christopher, e Ester, por favor!

-Ele mudou para uma expressão mais amena.- Apenas me preocupo com você e Benjamin! Meu filho vai conviver nesta família.- Explica. 

-Eu te entendo, mas disso eu cuido. 

-Tinha pensado que estava assim porque- Exitou um pouco.- os dias dos mortos se aproxima, meu computador me notificou de comprar as suas passagens para o México.- Miguel sempre me apoiou em tudo, e esse dia ele sempre resolvia tudo para mim, mesmo quando terminamos. Ele entendia toda a complexidade para mim de ir visitar minha mãe, nunca levei ninguém. Meu pai nunca quis ir, e nunca me abri profundamente para levar alguém até lá. -Queria saber se ainda quer que eu compre?

-Eu sorri, o carinho dele era inconfundível.- Sim...sim, faria isso por mim?

-Sempre, e tudo por você.- Ele sorriu.- Quantos dias?

-Talvez uns 5 ou 4, vê o melhor tá bom?- Me levantei.- Tenho que ir, tenho pacientes ainda para atender.- Me aproximei dele, e dei um abraço apertado.- Obrigada!

  Point Of View: Alfonso: 

A todo momento eu olhava para Maite, ela estava nervosa eu sentia isso. Era a primeira audiência do divórcio, seu ex marido, o tal de William não expressava nada. Parecia que até se sentia a vontade com tudo isso. 

Infelizmente teríamos mais uma seção ele continuava muito resistente na partilha de bens, um típico cretino. Maite andava pelo corredor depressa, talvez não quisesse encontrar seu ex, e isso era compreensível. 

-Podemos correr se quiser.- Disse de forma brincalhona, e ela sorriu, seu sorriso se encaixava tão bem com todo seu rosto.

-Eu queria fugir na verdade.- Ela confessa e abaixou seu olhar. - Tudo isso e tão distante do que eu sonhei…

-E o que você sonhou?- Me aproximo dela. 

-Ter uma família, ser feliz, ter um filho.- Ela fez uma breve pausa, e me lembrei da história que Dulce tinha me contado.- Traição, e casamento forçado não era muito bem o que eu esperava.- Não tinha entendido a parte do casamento. 

-Como assim casamento forçado?- Tratei de prestar mais atenção. 

-No dia de nosso casamento, William tentou fugir, mas Christopher e Christian o impediram fazendo um acordo.- Ela disse tudo de uma vez.- Um dia de bebedeira e William me contou, isso me cortou de uma forma, mas eu ainda o amava.  

-Eu gostaria de ser obrigado a casar com você.- Ela riu.- Estou falando sério!- Afimo. 

-Ai Alfonso…- Foi interrompida por alguém a chamando. 

-Maite, Maite!- William correu até nós.- Quero conversar com você!

-Ela parecia confusa.- Pode falar. 

-A sós.- Ele acrescentou me olhando. 

-Isso não será possível.- Ela cruzou os braços e tomou uma postura forte, amava isso. - O que tiver de falar, fale na frente do meu advogado. 

-É sério isso?- Mai apenas levantou a sobrancelha.- Não me diga que está tão na seca que também está abrindo as pernas para ele.- Apontou para mim e eu tive vontade de socar aquela cara horrenda de filha da puta.

-Se abrir ou deixei de abrir isso diz respeito a mim, porque com você não tenho mais nada.- Ela está nervosa. 

-Superada você!- Ele estava com raiva, isso estava bom. - Mas lembre- se você é enjoativa!- Então ele queria sair por cima? Olhei para Mai, ela estava constrangida, não acabaria assim. Soltei minha pasta, e puxei Maite para meus braços. Eu a olhei como se pedisse permissão para beijá-la, ela colocou as mãos em meu rosto e me beijou. Era o beijo mais doce de toda minha vida, não queria soltar aquela mulher, mas seria apenas esse instante. 

-O olhei e sorri limpando meus lábios. Me aproximei e o ódio dele parecia sair pelos olhos.- Poderia beijar ela todos os dias que ainda seria sedento por seus beijos e toques, se você enjoou é um problema exclusivo seu!- Peguei minha pasta e a mão de Mai, e saímos daquele tribunal sorrindo. 

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Boa leitura meus amados, bebam água, protejam os animais, e exalte cada vez mais o trabalho dos nossos artistas! Até segunda!

 Ardilla_