Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capitulo: 2: 

Point Of View: Dulce Maria:

Estou no último exercício de John, que também tem problema de má postura. Neste momento faço o exercício com rolo nele, que consiste em colocar um colchonete no chão e pegar algo parecido com um rolo, podendo ser uma toalha. Mando John ficar de joelhos e coloco o rolo estofado em seu abdômen, peço que coloque as mãos para trás e leve sua cabeça ao chão, sem retirar a parte traseira dos pés. Isso vai ajudar na circulação e nas dores nas costas. E de repente eu sinto uma presença no quarto além da minha e do paciente. E eu já imagino quem seja.

- Ficando o tempo toda arqueado deste jeito, daqui a pouco é você que vai precisar de fisioterapia- solta um riso.

- Miguel, estava com saudades- abraça o amigo.

- Também estava com saudades de você Dul, e do meu filhote. Como ele está?

- Está cada dia mais inteligente, e teimoso- ri quando lembrar-se de um momento de teimosia do filho. Mas sai de seus pensamentos quando escuta um gemido de seu paciente- Olha John por hoje já está bom. Faça uns alongamentos básicos e já está liberado.

-Obrigada doutora Dulce. Até semana que vem!

-Até- sai da sala acompanhada de Miguel- E você como foi à Califórnia?

-Foi bem acho que vamos conseguir o patrocínio para o hospital, mas isso não é graças a mim, mas sim a fama que o hospital Mount Sinai tem.

- Sim, é um dos melhores hospitais de Nova York, por isso logo depois da minha residência resolvi trabalhar aqui.

- É por pessoas como você que o hospital continua com essa fama Dul- pega na mão dela.

- Hum vou levar isso como um elogio.

- O que acha de tomarmos um café?

- Ahh eu gostaria muito, mas já marquei com uma colega daqui.

-Ué, mas podemos ir os três, porque com certeza eu a devo conhecer.

- Você não a conhece, foi contratada logo depois que você foi para a Califórnia, se chama Ester é a nova enfermeira padrão. Ei você tem razão, podemos ir os três e assim vocês se conhecem e você pode dar uns conselhos para ela. O que acha?

-Claro, vamos então?- estende a mão em direção a Dulce.

-Vamos.

Chegando a cafeteria do hospital, logo á visto Ester sentada em uma cadeira. Aceno para ela junto a Miguel, e ela logo sorri de volta. Sentei, eu de frente para Ester e Miguel ao meu lado. Começamos uma conversa de como cada vez mais estamos cansados, porém felizes com o reconhecimento que o hospital recebe.  E de repente me pego olhando para Miguel e como ele é atraente. Miguel é o pai do meu filho, o conheci aqui mesmo quando comecei a fazer residência. Começamos a sair e logo me apaixonei e um tempo depois veio Benjamin, a coisa mais fofa que eu tenho. Sim, tentamos um relacionamento, porém percebemos que não sentíamos a mesma coisa para manter aquilo. E resolvemos nos separar e continuar uma amizade. Mas ainda continuo o achando muito atraente. Torço para que ele encontre alguém legal e eu também! Ele sempre está viajando, mas sempre que retorna a Nova York a primeira coisa que faz é passar um tempo com o Ben, e isso me agrada muito. Sinto meu celular vibrar no bolso da frente, da minha calça. Pego e vejo na tela o nome de “Danna”.

- Oi Dan, tudo sim e você? Acabei de atender meu último paciente agora. Claro que posso te cobrir, mas fica me devendo essa sua maluca. Tá bom... Besos!- desliga o telefone e interrompe a conversa de Ester e Miguel- Desculpa gente, mas já vou ter que ir. Acabou que a minha amiga marcou dois pacientes no mesmo horário na clinica e vou precisar cobrir ela- levanta e pega o copo de café- Desculpa Ester, outra hora tomamos café de novo pode ser?

-Imagina Dul, eu entendo- olha para seu relógio de pulso- e bom em cinco minutos meu intervalo acaba. Tchau querida- beija a bochecha de Dulce.

-Até- retribui o mesmo gesto da amiga.

Vou até o estacionamento e entro no meu carro. Dirijo até a clinica de Danna. Eu e ela somos amigas há muito tempo, desde a época que morávamos no México, ela foi a primeira saber quando eu passei na faculdade aqui, em Nova York. E quando ela resolveu abrir a clinica dela, fui a primeira a apoiar e até hoje trabalhamos juntas mesmo ela sendo meio desorganizada. Estaciono, e já a visto Dan na frente da clinica dando pulinhos de felicidade por me ver.

-Amigaa- diz pulando em cima de Dul- Ainda bem que você veio, salvou meu encontro.

- Encontro? Mas você falou que tinha marcado duas consultas no mesmo horário.

- Então eu tinha marcado, mas consegui desmarcar, porém ainda tenho um encontro.

- É com o estagiário?

-Ahh você é tão boa amiga e ainda mais em adivinhar- sorri para ela- Mas agora tenho que ir viu. Besos.

-Besos- manda um beijo no ar para Danna.

Entro na clinica que é muito bonita e bem decorada, minha amiga tem bom gosto. Coloco meu jaleco e fico a espera dos pacientes. Na agenda diz que o primeiro é Lucas um menino de cinco anos, que nasceu com uma doença que o faz paraplégico.

Point Of View: Christopher:

Logo após de deixarmos Ayla no colégio, minha mãe dirige para a empresa. Chegando lá como sempre há pessoas me olhando e comentando “Nossa, coitado!” “ Era tão ativo”. Entro no elevador e aperto o botão para o décimo quarto andar, sala que era minha, mas agora é da minha irmã. Eu não falo muito, mas sei que minha irmã foi essencial na minha vida, ela me ajudou muito depois da morte de Belinda, tanto na empresa, na vida pessoal e com a Ayla. A porta do elevador se abre e dou de cara com Maite em pé, a nossa espera, e com uma cara nada agradável.

- Vocês sabem que estão atrasados né- se vira e caminha para sala de reuniões.

- Sim, nós sabemos, mas é que tivemos imprevistos- segue a irmã, com a mãe empurrando a cadeira.

- Ok sem mais desculpas. Nossos sócios estão impacientes- abre a porta e deixa o irmão e a mãe encararem os sócios nada felizes- Desculpem o atraso, mas agora estamos todos aqui- se senta na cadeira logo a frente do projetor- Bom convoquei está reunião porque eu e William tivemos uma ideia para a nova campanha da Firts Place, o novo perfume é...

- Sem caráter?- indaga um dos sócios.

- Temos que concordar que nosso marca sim já produziu perfumes melhores, mas hoje o que temos é este, e vamos fazer de tudo para que ele seja bem avaliado- argumenta Maite.

-Maite, sejamos sinceros viemos a está reunião porque confiamos na sua administração, e sabemos o quanto você se esforça. Mas não a mais nada nesta empresa ou marca que nos agrade, vocês se transformaram em algo sem qualidade e sem personalidade. Algo que antes era o que nós apreciávamos- olha em volta e os outros sócios concordam- Não vamos investir neste perfume, já que sabemos que será o mesmo fracasso de quatro lançamentos atrás.

-Vocês não vão nem escutar a ideia da minha irmã?- Christopher interrompe nervoso.

- Concordo com o Christopher. Pelo menos deixem eu e Maite mostrarmos nossa proposta- William fala indo rumo ao projetor.

-Não William, não precisam perder tempo- todos se levantam- e sr. Uckermann, sua empresa já foi boa, agora podemos dizer que ela não vai bem das pernas não é mesmo!- olha com um tom irônico para Christopher- Bom é melhor decretarem falência e guardem o dinheiro que ainda lhes resta.

- Olha vocês me respeitem... - é interrompido por Maite.

-Obrigada pela presença de todos, vamos Christopher- começa a empurrar a cadeira do irmão para fora da sala- Você quase estragou tudo não sabe?- vê o olhar do irmão se abaixar- Sei que é complicado para você está situação, mas tende me ajudar. Nós precisamos, eu, a mamãe, e a empresa. Por favor, me ajuda a criar um perfume. Assim como você criou o da Belinda. Eu te ajudo o que você precisa? Podemos fazer um laboratório em casa com tudo que você vai usar- diz com um brilho nos olhos.

-Preciso de inspiração, de uma musa, você consegue isso?

-NÃO CHRISTOPHER- diz alterada, batendo a mão na mesa. E logo em seguida solta um suspiro fundo- Não, Christopher. Não consigo uma musa e muito menos inspiração. Mas puta que pariu hein... Você precisa se lamentar tanto, e reclamar tanto. Foi horrível o acidente, nunca ninguém imaginaria que Belinda iria tão cedo. Mas já faz quase três anos. Ucker há vida após a morte sim, a vida de quem fica, mas parece que você morreu- percebe que o irmão começa a chorar- Não chore, eu te amo muito- limpa a lagrima do irmão, e encosta sua testa na dele- Você precisa parar com isso, precisa voltar a viver. Eu sei administrar, porém não sei criar como você- pega a mão do irmão.

-Eu sei que você tem razão, e isso me irrita- solta um sorriso junto com Maite- Mas eu não faço ideia por onde começar. Sei que minha família e ainda mais Ayla precisa de mim. Mas como?

- Você poderia começar por se cuidar, fazer a barba, voltar a fazer suas sessões no psicólogo, sua fisioterapia. E aos poucos voltar á rotina.

- Tudo bem, você acha que isso pode ajudar na recuperação de Ayla?

- Eu tenho certeza. Prometa-me que você vai tentar, e não vai tratar mais mal as pessoas como tem feito- estende o dedo mindinho.

- Só concordo, se eu não precisar ir ao psicólogo- entende o dedinho.

-Tudo bem, sei que você não é muito de conversa, mas Ayla precisa voltar- junta o dedo mindinho com do irmão.

-Ok. Outra coisa nada de contratar as amigas da mamãe como fisioterapeuta, elas são meio taradas- após isso os dois riem.

- Tá bom, pode deixar que me encarrego de contratar. Agora vamos almoçar que eu estou faminta- pega sua bolsa que estava em cima da cadeira- Vamos hoje vai ser um almoço só de irmãos.

-Ahh então quer dizer que vocês brigam, fazem as pazes, e vão almoçar e não falam nada com a mãe de vocês- abre a porta, e para avaliando os filhos- Pois bem, agora também vou ao shopping almoçar com as minhas amigas- empina o nariz, como se estivesse magoada.

-Ahh que drama, você sabe que a gente te ama- Christopher e Maite falam juntos- Precisamos de um tempo de irmãos, mamãe- diz Maite e logo em seguida abraçando a mãe.

- Eu entendo, só não percebi quando vocês cresceram assim. Eu amo vocês- abraça os dois filhos- Só falta o Chris, estou morrendo de saudades dele.

Point Of View: Maite:

Levo Christopher até meu carro. E quando enfim decidimos o restaurante, começo o percurso. No trajeto escutamos música, e rimos com coisas banais. E percebo o quanto sinto falta do meu antigo irmão, aquele da época que Belinda estava viva. Mesmo eu não gostando de Belinda, á aceitava porque sabia o bem que ela fazia para Ucker, e quando ela teve Ayla eu me derreti, na minha sobrinha. Sei que posso parecer rude com ele, mas é porque sei que ele tem oportunidades ainda de ser feliz e de voltar a ter uma carreira. E ainda mais se reaproximar de Ayla. O acidente foi algo muito trágico, e Christopher se culpou muito porque ele estava dirigindo. Até hoje ele se culpa pela morte da esposa, e pela perde de uma visão de Ayla. Para de pensar quando escuto ele me avisar que chegamos.

-Ahh como é bom cheiro de comida mexicana- senta-se em uma mesa perto da janela do restaurante- Faz tanto tempo que não comia... Bom desde minha gravidez- abaixa a cabeça mostrando incomodo com o assunto.

-Ei você tem outras chances de engravidar, tenha paciência- pega a mão da irmã.

-Eu sei- sorri para Ucker.

Point Of View: Dulce Maria:

O dia enfim acaba. E chego em casa, sendo recebida por Benjamin que trás um papel nas mãos, onde há algo parecido comigo só que de heroína . Ele explica que a professora pediu para desenhar seu super-herói preferido, e ele falou que o dele era eu. Derreto-me né. E depois ele me conta que recebeu um telefonema do papai contando que amanhã ambos vão passar o dia juntos. Depois de jantar, e colocar Ben na cama. Vou para meu quarto. Onde entro no banho mais demorado da minha vida, deixo a água cair por todo meu corpo, para ver se relaxo. Me troco e por fim vou dormir.

Gostaram?

Atena_