Fanfic: Revanche - Vondy | Tema: Vondy

Christopher 

Sinto leves caricinhas em meu rosto, uma brisa boa invade o lugar, eu coço os olhos e então os abro, dou de cara com um bela morena, as imagens de ontem estão bem nítidas na minha cabeça, me lembro de tudo, menos do nome dela que eu não tenho a minima ideia de qual seja. Bocejo e me sento na cama de costas pra ela, que passa a acariciar minhas costas. 

" Bom dia gatinho " ela diz com sua voz nada sedutora 

Eu me levanto, e procuro minha calça " bom dia ... hum ... " estreito os olhos a encarado " Luana ? " 

Ela cruza os braços " Luane " 

" Essa foi quase " dou um risinho sem graça e pego minha camisa no chão " então, foi muito bom enquanto durou, você esteve ótima " vejo ela abrir um enorme sorriso " quanto eu te devo ? " retiro a carteira do bolso e a abro 

O sorriso que antes ela tinha no rosto some completamente, ela parece irritada, e então se enrola no lençol, e caminha até mim, estala um tapa na minha cara, e cata suas roupas " cafageste " ela grita, e sai irritada do quarto. 

Pablo aparece,se escora na porta e ri " é, seu cafageste " diz irônico 

" Você viu isso ? " nego com a cabeça " ela transa com um desconhecido e eu que não presto " dou de ombros 

" Você tem que parar de trazer essas mulheres pra minha casa po/rra, meu vizinhos estão achando que isso aqui virou uma casa do swing " Pablo reclama 

Arqueio a sobrancelha, colocando meu cinto " e não é ? " 

" Não cara/lho " ele responde irritado 

Dou um risinho " relaxa ok ? seus vizinhos não tem nada aver com sua vida, ou com quem frequenta sua casa " ensaco minha camisa, e vou até o banheiro " não vai ficar careta só por que eles fuxicam " comento, enquanto jogava uma água no rosto 

Pablo revira os olhos " é serio Christopher, se quiser fuder essas garotas, leve elas pra um motel " 

Saiu do banheiro " ta ta, mas, Belinda eu posso trazer não é ? " pergunto, ele fica calado " qual é, você sabe que ela é minha gata oficial " 

" Gata oficial ? vocês não tem nada " ele rebate

" Mas, é a unica que eu transo mais de uma vez, prometo não trazer as outras mas, Belinda você tem que deixar " digo 

Pablo suspira " tudo bem,a Belinda pode " 

Sorriu " valeu, você é um amigão cara " digo saindo do quarto, ele me segue 

"Já vai ? " ele pergunta me seguindo 

" Sim, o clima lá em casa ta tenso, meu pai cada dia piora, acho bom eu fazer o papel de bom filho e estar presente caso algo acontece "  explico, e Pablo assente " a gente se vê mais tarde " digo saindo. 

Peguei minha moto e sigo pra casa, não ficava tão longe da de Pablo. Cheguei em casa, guardei a moto e entrei, subi as escadas ouvindo murmurinhos, a movimentação estava estranha, os enfermeiros entravam e saiam, mamãe estava na porta do quarto do meu pai, e minha irmã ao seu lado chorando desesperadamente. 

" Ei, o que houve ? " pergunto me aproximando 

Annie se vira pra mim " ele esta morto, ele acabou de morrer Christopher " ela pula sobre mim e me abraça enquanto soluçava sem parar " nosso pai acabou de morrer " diz 

Encaro minha mãe " mamãe ? " eu falo ainda abraçado a Annie 

Minha mãe abaixa a cabeça, vejo poucas lágrimas molharem sua bochecha " eu sinto muito querido " diz com pesar 

" Calma, calma " eu digo tentando confortar Annie que ainda chorava desesperada 

Annie funga " por que Deus teve que levar ele ? por que ? " ela perguntava 

Dou de ombros, acariciando seus cabelos " as coisas são assim Annie, as pessoas morrem " eu digo, e dou de ombros, eu era péssimo pra consolar. 

Enquanto continuo tentando conforta minha irmã, um ultimo enfermeiro sai do quarto deixando a porta aberta, observo de longe o corpo do meu pai inerte, durante esses meses foi dificil vê ele ali, o cancer o deixou magro e muito fraco, muito diferente do homem forte, e autoritário que eu conheci durante toda minha vida. Papai e eu nunca tivemos uma relação muito boa, ele me achava um vagabundo completo mas, ainda tinha fé que eu pudesse mudar, eu sabia disso

Apesar dessa fé de que um dia eu mudaria meu estilo de vida, ele nunca maneirou pro meu lado, sempre foi rigido, e isso nos causou muitas brigas, inumeras na verdade, mas, não posso negar que me doia vê-lo daquela maneira, me doeu muito nos ultimos meses, agora parece doer um pouco mais.

Minha mãe se junta ao nosso abraço " agora teremos que ser fortes meus amores, seremos só nos três " sussurra 

" Eu vou sentir falta dele mamãe " Annie resmunga 

" Todos vamos querida, todos vamos mas, seu pai não gostaria de vê-la dessa maneira, não fique assim, você era a princesinha dele se lembra ? ele não gostaria de vê-la assim meu amor " ela diz tentando consolar minha irmã 

Eu deixo Annie ser abraçada pela nossa mãe, e entro no quarto, observo meu pai pálido, deitado em sua cama, me aproximo, e me abaixo em frente a ele, seguro suas mãos geladas, vendo o brilho de seu anel luxuoso de casamento em seu dedo. 

Respiro fundo " eu sei que nunca fui o filho que o senhor gostaria de ter ... " sussurro e abaixo a cabeça " mas, quero que saiba que eu te amei pai, e estou sofrendo com sua partida " desvio os olhos,e suspiro " não queria que as coisas tivessem terminado assim, mas, já que não tem como voltar atrás só posso desejar que o senhor descanse em paz " me levanto, e dou um beijo em sua testa " eu te amo pai, me perdoe se fui uma decepção pro senhor " me viro e sigo até o corredor, mamãe continuava abraçada a Annie " ele esta em paz maninha, ele esta em paz " 

Annie solta nossa mae e me encara " ele te amava, eu sei que acha o contrário mas, ele sempre te amou como me amou " ela diz chorosa. 

" Eu sei disso, também o amava " admito, e noto que minha voz esta embargada. 

" Ah Christopher " Annie se atira em mim, chorando mais. " o que será que nós ? o que será de nós sem o papai ? "  ela lamenta, e eu não digo nada, apenas a aperto em meus braços