Fanfic: Revanche - Vondy | Tema: Vondy

Dulce 

Como planejei fui ao orfanato e passei grande parte do dia lá brincando com as crianças, lá era o único lugar que eu me sentia realmente mais leve, e de bem comigo mesma, as crianças eram seres puros, e só elas eram capazes de me deixarem a vontade. 

Estava brincando de boneca com uma das meninas quando olhei pela janela " ah meu deus, já anoiteceu, podemos brincar outro dia querida ? eu tenho mesmo que ir embora agora " digo 

A menininha abaixa a cabeça e assente " promete ? " 

" Claro que prometo " beijo sua testa " toma, guarde pra quando eu voltar sim ? " entrego a boneca pra ela que assente, e me levanto saindo do quarto " madre, já vou indo, mas, venho outro dia pra continuar as brincadeiras " digo sorridente 

Madre Teresa " claro querida, estaremos esperando " 

" Obrigado por me receber tão bem de novo " dou um rápido abraço nela " até outro dia " caminho pra saída 

" Cuidado no caminho, parece que vai cair um temporal daqueles " Madre Teresa grita pelo corredor 

Corro pra fora " pode deixar " grito, e olho meu carro estacionado logo em frente, abro minha bolsa e retiro a chave do carro, dou um pulo quando ouço um trovão, destravo o carro e corro pra ele já sentindo os primeiros pingos da chuva " essa foi por pouco " dou um risinho já dentro do carro

Coloco a chave na inguinição, e então a chuva forte chega, eu dou outro risinho feliz por ter conseguido me safar, é quando vejo uma sombra do outro lado da rua, eu ligo o limpador de parabrisa, e reconheço Christopher, ele caminhava na chuva com uma garrafa de cachaça em mãos, eu rapidamente saiu do carro e vou até ele. 

Christopher para e me encara com os olhos estreitos " Dulce ? " 

Sorriu " você me reconhececeu " 

" O que faz aqui ? minha irmã te mandou pra me vigiar? " Ele pergunta meio embolado 

" Esta bêbado " digo 

" Parabéns Sherlock " ele diz debochado, e então cambaleia, eu me aproximo o segurando " me solta " 

" Eu estou te ajudando "  sussurro 

" Não preciso da ajuda de ninguém, muito menos da sua " ele diz entre os dentes, e então me empurra de leve, acaba cambaleando pra trás e quando tenta se apoiar a garrafa se quebra em sua mão " ai inferno " 

" Se machucou ? deixa que eu ... " tento me aproximar e ele se afasta, suspiro " Christopher, por favor, eu só quero te ajudar " digo baixo 

Ele me encara, e então abaixa a cabeça " esta sangrando " 

" Precisa cuidar antes de infeccione " afirmo 

" Não quero ir pra casa " ele diz num sussurro " pelo menos não agora " 

" Pode vim comigo " digo, ele ergue o rosto e me encara uns segundos, dou de ombros " se você quiser é obvio, mas, se não quiser pode ficar aqui no meio da rua debaixo da chuva sangrando até morrer " digo irônica 

" Tudo bem, eu vou com você " afirma. 

Dou um meio sorriso " perfeito, vem comigo, quando chegarmos lá eu cuido do seu machucado " eu vou pro carro, e ele e segue calado. 

Durante o caminho pra minha mansão, Christopher se manteve calado apertando a mão cortada, enquanto olhava pela janela do carro, eu o olhei algumas vezes de rabo de olho, mesmo ele estando desorientado pela bebida, e carrancudo continuava lindo como da primeira vez que o vi. Estacionei o carro, e o destravei, sai e Christopher saiu me seguindo pra dentro da mansão. 

" Mansão bonita " ele diz olhando minha sala 

" Nunca esteve aqui ? " pergunto curiosa colocando minha bolsa sobre o sofá

Ele me encara " não, por que acha que eu já estive ? " 

" Poncho morava aqui quando estudava com você, pensei que já tivesse vindo, pelo menos pra fazer alguma trabalho com ele, eram amigos não ?  " digo dando de ombros 

" Sim, eramos muito amigos mas sempre faziamos os trabalhos na minha mansão, eu nunca vim aqui " ele responde 

" Entendi " dou um meio sorriso " vem, no meu quarto tem um kit de primeiros socorros, é por aqui " eu sigo até a escada, e ele assente me seguindo " sente-se " digo apontando pra cama, eu vou pro banheiro, me abaixo e pego uma caixinha, volto pro quarto " esta doendo muito ? " pergunto, me sentando do seu lado. 

Christopher suspira " um pouco " 

" Deixa que eu cuido disso " eu pego a mão dele, e ele geme baixo, pego soro " vou lavar " jogo soro, podia sentir o olhar de Christopher em mim " esta me deixando sem graça " comento 

" Eu não consigo parar de olhar " sussurra 

Arqueio a sobrancelha, e ele desvia os olhos rapidamente, reviro os olhos " olha, talvez isso doa " digo, e jogo o remédio, ele geme mais alto " eu disse que doeria " 

" Pu/ta merda é uma dor desgraçada " diz fechando os olhos 

Dou uma risadinha " nao seja fraco " 

Ele fecha a cara " eu não sou fraco " 

" Foi um jeito de falar ok ? relaxa " eu faço um curativo, e enfaixo " prontinho, terminei " me levanto " é melhor você tirar essa roupa, eu vou vê se tem alguma do Poncho aqui, se eu não achar com certeza vai ter do Dario, então, enquanto isso você pode se sentir a vontade esta bem ? eu não demoro " afirmo, ele assente e eu saio

Quando fecho a porta me escoro na parede e respiro fundo sentimento meu coração descompensado. Christopher estava na minha casa, no meu quarto, eu tinha que me manter calma. Fui num dos outros quartos e achei roupas de Poncho, voltei pro meu quarto e encontrei Christopher em pé observando algumas das minhas fotografias na prateleira 

Faço um barulho e e ele se vira pra me encarar " São seus pais ? " pergunta apontando pro porta retrato 

" Sim, são " afirmo 

Christopher assente " parece terem sido boas pessoas " comenta

" Eles eram sim " sussurro e pigarreio " olha, achei algumas roupas do Poncho, você pode vê qual fica melhor, já sabe onde é o banheiro " digo 

Ele assente e pega as roupas, cabaleia um pouco e coloca a mão no rosto " acho que bebi demais " 

" Você acha ? " pergunto irônica 

Ele faz careta " pode me ajudar a me vestir  ? " 

" Co .. como ? " pergunto sentindo minha garganta secar 

" Perguntei se pode me ajudar a vestir " ele repete 

" Eu .. eu não acho que ... certo, eu posso fazer isso " digo, acho que mais pra mim mesma do que pra ele 

" Legal " Christopher diz, seguindo pro meu banheiro 

Coloco a mão no peito e respiro fundo " que deus me ajude " sussurro, e o sigo até o banheiro, Christopher coloca as roupas sobre a pia e me encara " que foi ? " pergunto 

Ele abre os braços " você disse que ia me ajudar, então, me ajuda " diz irônico, o observo dos pés a cabeça já me arrependendo de ter dito que ajudaria.

"" 

Eita ... parece que o Henrique deixou uma brecha no testamento ... 

Gostei tanto dos comentários que postei mais um capítulo rs

Espero que gostem 

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