Fanfic: Revanche - Vondy | Tema: Vondy

Dulce 

Desço as escadas, arrumando meus óculos no rosto, e vejo Christian sentado no sofá " Christian, então, como foi o encontro ? " pergunto 

Christian abre um sorriso " foi perfeito, eu mal via a hora de vê-los de novo, você entende não é ? eu estava com tanta saudade " 

" Eu sei que vocês sentem muito a falta do outro, mas, preciso alertar que esses encontros constantes podem ser perigosos, se Esteban sonhar que vocês andam se vendo ... " nego com a cabeça " .. eu não quero nem imaginar o que ele seria capaz de fazer com a Mai ou até mesmo com Vitor " digo preocupada

" Você acha que não penso nisso Dul ? todos os dias penso na possibilidade dele descobrir sobre nossos encontros mas, o que posso fazer ? não dá pra não querer vê eles dois, são minha vida, é meu filho e minha mulher eu não posso abrir mão deles " afirma 

" Não estou pedindo pra abrir mão Christian, apenas que tomem cuidado, procurem se vê menos, eu sei que é doloroso mas, isso é pro próprio bem deles " aconselho 

" Pode deixar, vamos tomar cuidado, eu prometo " afirma, e eu assinto, ele abre um sorriso " eu queria te agradecer por deixar que a gente se encontre aqui, se não fosse pela sua ajuda eu nem conseguiria estar com eles, mesmo que sejam apenas uns minutos é muito importante pra mim " 

Dou um sorriso, e seguro as mãos dele " eu sempre vou ajuda-los, eu amo vocês dois, são meus amigos e o que eu puder fazer por vocês e pelo Vitor pode ter certeza que vou fazer " digo 

Ele me abraça " obrigado Dul, obrigado mesmo " 

" Não precisa agradecer " sussurro, durante o abraço " se eu tivesse o poder de mudar as coisas, eu mudaria " digo saindo do abraço 

" Eu também " ele pigarreia, e passa a mão pelo cabelo " bem, acho melhor eu ir indo, já deu tempo suficiente pra sair, Mai já foi com Vitor tem uns minutos ninguém vai desconfiar " ele sorri novamente pra mim " meu filho esta crescendo tão rápido " 

Dou um sorriso " esta sim, logo logo ele estará um homem " 

" Não queria perder isso " ele diz com pesar 

" Você não vai perder, mesmo que seja de longe você vai poder vê seu filho crescer, e se depender de mim vocês vão se encontrar sempre que for possível" afirmo 

" Obrigado " agradece, e então segue até a porta " eu já vou indo, a gente se vê na empresa quando você aparecer por lá " 

" Espere, vou te acompanhar, vou dar uma passada no orfanato " eu digo seguindo com ele até a porta. 

Christian e eu saimos, e ele fecha a porta " como estão as crianças lá ? " pergunta 

" Estão bem, recebemos uma boa doação de brinquedos no mês passado, elas ficaram tão felizes " comento animada 

" O que você faz por essas crianças é demais Dul, sério, você é uma mulher fantastica " ele me elogia 

Dou um riso sem graça " deixa de coisa, você diz isso por que é meu amigo " 

" Não, não é por isso, eu digo por que é a verdade, é uma das mulheres mais especiais que já conheci " ele afirma, me deixando envergonhada. 

Me despedi de Christian, e segui até meu carro enquanto ele ia pro dele. Dispensei meu motorista, quando eu ia pro orfanato perdia a noção do tempo, e não gostava de fazer meu motorista me esperar por tanto tempo. Assim que cheguei, estacionei o carro, o travei, e segui até a entrada, as freiras abriram pra mim, e logo as crianças avançaram em minha direção. 

Dou uma risada, recebendo muitos abraços " calma, calma crianças, eu vou falar com todos mas, antes preciso conversar com a madre Teresa " digo 

Madre Teresa se aproxima " crianças, vocês ouviram a senhorita Savinon, ela vai falar com todos depois, anda, vão brincar " ela diz, e as crianças saem correndo " elas adoram a senhorita " diz sorrindo 

Sorriu amplamente " e eu adoro cada uma delas " digo 

" Eu sei disso, é nítido o quanto elas são importantes pra senhorita " afirma " é bom que tenha vindo por que eu queria justamente agradece-la , recebemos boas doações de alimentos em nome da sua empresa " ela comenta, enquanto caminhava ao meu lado pelo grande corredor 

" Não me agradeça madre Teresa, as doações foram feitas pelo meu irmão Dário, é a ele que a senhora deveria agradecer " afirmo 

Madre teresa assente " pois então, leve meu agradecimento a ele " 

" Eu vou levar, pode deixar" afirmo, e então coloco a mão no bolso retirando minha chave "  tome essa é a chave do meu carro, esta estacionado em frente ao orfanato, peça ao seu celestino que o abra e pegue as bolsas que estão na mala, são casacos para as crianças, o inverno esta em nossa cidade e não queremos que nenhuma delas passe frio " digo erguendo a chave pra ela 

" Oh meu deus, obrigado senhorita Savinon, a senhorita é um anjo na vida dessas crianças " ela diz sorridente, pegando a chave do meu carro 

" Não tem que agradecer, tudo que faço é por amor a elas " afirmo, e ela assente. 

Passei boa parte do meu dia no orfanato brincando com as crianças, eu amava ajuda-las, e me sentia parte deles por que também sou orfã, eu me senti sozinha quando meus pais morreram, mesmo tendo meu irmão comigo, nada mudaria o sentimento de solidão que eu tinha, essas crianças me ajudavam a aplacar um pouco a dor que ainda estava em mim por perde-los, ajudando-as eu me ajudava também. 

 " Eu voltarei com mais doações pras crianças " digo pra madre teresa que acenava pra mim, sorriu, destravando o carro, abro a porta de trás e me inclino pra guardar os desenhos que ganhei das crianças, a fecho, e me viro pra abrir a do motorista, quando vejo Christoper do outro lado da rua, ele me vê mas, continua caminhando " Christopher ? " o chamo 

Ele para, ergue a cabeça, e estreita os olhos " nos conhecemos ?  "  pergunta atravessando a rua 

Sorri como uma boba " sim, sou Dulce, amiga da sua irmã " 

" ah claro, me desculpa não ter te cumprimentado, é que eu não te reconheci " ele me olha dos pés a cabeça e faz uma breve careta " você estava bem diferente no enterro " 

" Sim, eu entendo, eu estava de óculos escuro e de chapeu " digo sem graça 

" É eu lembro " ele dá um risinho, e então assente " eu tenho que ir, mas, foi legal te vê " 

" Claro claro, eu também tenho que ir " digo nervosa, abrindo a porta do carro 

Ele assente novamente " a gente se vê por ai " diz se afastando 

Sorriu como boba " é, claro, a gente se vê " ele já estava longe, apenas suspiro entrando no carro

"" 

Dulce é tão boazinha .... 

Curtindo ? 

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