Fanfic: Revanche - Vondy | Tema: Vondy

Dulce 

Eu estava sentada no sofá, com um pequeno macacão branco nas mãos, Marta que tinha dado, é o primeiro presente que meu bebê recebe, com tudo que aconteceu eu nem tive tempo de comprar algo pra ele, quando esse pensamento passa pela minha cabeça uma onda de culpa me invade, eu estava tão preocupada em me vingar da Alexandra, e do Christopher que acabei deixando um pouco de lado meu bebê. 

Toco minha barriguinha que já estava um pouco grandinha " me desculpa meu amor, mamãe promete que vai melhorar, e então eu vou fazer o possível pra você ser a pessoa mais feliz desse mundo e que se sinta amado por mim todos os dias  " sussurro 

" Eu quero que se sinta amada por mim todos os dias " Foi o que Christopher me disse no dia do nosso casamento, ao lembrar disso sinto uma dor no peito, tudo foi uma mentira ?  eu estava me questionando isso nos ultimos dias, eu sei o que ouvi aquele dia no escritório, eu ouvi o plano dele com a mãe mas, não quero acreditar que meu bebê seja fruto de uma mentira, acreditar nisso me doia muito.

Batem na porta, ou melhor surram a porta, eu arregalo os olhos, e Marta corre em minha direção " o que é isso ? quem esta batendo desse jeito ? " pergunta assustada 

Me levanto, e me encolho enquanto me aproximava de Marta " seja quem for, parece estar bem irritado " comento temerosa, e quase automaticamente coloco a mão sobre a barriga, temia que algo pudesse acontecer com meu bebê 

" Dulce abra já essa porta " Berram e então há mais batidas violentas na porta 

Eu olho Marta, e fico apavorada " é o Christopher " digo ao reconhecer a voz 

" É melhor abrir " Marta sugere 

" Não " eu seguro ela pelo braço " ele não aparece aqui desde que foi embora, algo me diz que se esta aqui não é por uma coisa boa " comento 

" Temos que abrir, se não ele vai por essa porta abaixo, além disso, vocês precisam conversar " Marta diz séria, se livrando do meu toque 

" Não Marta por favor " imploro 

" Chega disso Dulce, não vê o quanto toda essa história de vingança te sobrecarregou ? não fez bem pra ninguém, nem pra você e muito menos pra ele, e eu já te disse não vou permitir que use esse bebê como uma revanche nessa guerrinha entre vocês " Ela afirma 

Faço um bico " Marta, presta atenção, ele esta fora de si, sabe deus o por que, é bom não abrimos a porta, deixa que sobre o bebê eu conto depois, posso ir até a mansão da Annie quando ele estiver mais calmo " sugiro 

Marta nega com a cabeça " não vou cair nessa Dulce, você esta a 1 mês dizendo que vai contar e só enrola " 

" Mas, dessa vez é sério, eu vou contar mas, não agora, ele esta louco " Eu digo apontando pra porta que continuava sendo esmurrada por Christopher 

" Ouça bem Dulce, se não abrir essa po/rra de porta vou começar a jogar pedras até destruir tudo, vou quebrar suas janelas, vou quebrar essa maldita porta e ai você não vai ter como se esconder de mim  " Ele grita 

" Se ousar fazer isso eu vou ligar pra policia Christopher " grito 

Outro estrondo na porta, e eu dou um pulo de susto " faça isso, eu estou agora mesmo com uma pedra na mão e vou começar pela janela do seu quarto " ameaça 

" Seu maluco, eu vou te denunciar " Grito de volta e pego o telefone pronta pra ligar pra policia

Marta caminha até a porta " chega, chega, isso esta ridiculo " ela abre a porta e nega com a cabeça " vocês dois são adultos, não crianças, então parem de agir como uma " diz séria " Senhor Uckermann solte já essa pedra " manda, Christopher solta a pedra que segurava, Marta então me encara " Dulce solte o telefone " manda 

" Ele ia jogar pedras na minha casa " insisto 

" O telefone, solte, agora " manda séria, eu solto o telefone contrariada " muito bem, Senhor Uckermann pode entrar " Christopher entra me encarando com os olhos estreitos, e Marta fecha a porta " agora quero que conversem como adultos, vou deixar vocês sozinhos mas, é bom que não se matem nesse meio tempo, comportem-se " ela diz se retirando em seguida

Respiro fundo, e ergo o queixo " o que deu em você pra quase derrubar minha porta ? " pergunto 

Vejo os olhos dele, descerem pra minha barriga, e rapidamente pigarreio numa tentativa de tirar sua atenção de lá, ele poderia notar o volume " Eu achei que era loucura ... " ele diz e passa a mão no rosto " eu achei que por mais que eu tenha sido um cafageste com você, que por mais que eu tenha te feito mal, que tenha te feito chorar, você nunca seria capaz disso ...  " 

" Do que esta falando ? "  pergunto o interrompendo 

" ... Mas então eu repensei e vi que sim, você seria capaz disso, você, a Dulce que voltou querendo me punir, a Dulce que destruiu a Dulce que eu amava, você sim é capaz de tudo pra me ferir até mesmo disso  " ele diz apontando pra mim, vejo seus olhos marejados 

Nego com a cabeça " não entendo " 

Ele pega o macacão sobre o sofá, e prendo a respiração sentido meu coração bater acelerado " Um bebê, você escondeu que esta grávida de mim, por que ? " pergunta, e nega com a cabeça " você ia me esconder isso até quando ? quando a barriga crescesse o suficiente o que ia fazer ? hum ? viajar ? e ai voltaria com um bebê nos braços dizendo mil mentiras ? e tudo isso pra que ? pra me punir ? iria esconder esse filho de mim pra se vingar ? " me enche de perguntas 

" Não é nada disso " digo 

" Então o que é po/rra ? " ele grita, jogando o macacão sobre o sofá com raiva " meu deus, eu te fiz tanto mal assim ? " 

O olho com ódio " me perguntar  isso só mostra que continua sendo o mesmo idiota " 

" Não sou o mesmo " ele responde " e se você tivesse parado pra me enxergar você saberia disso Dulce, você saberia que nosso casamento não foi por causa da mer/da do seu dinheiro, foi por causa do amor que sinto por você, esse amor maldito que não me deixa " ele suspira, e passa a mão no cabelo " eu não me lembro de ter te feito tão mal assim, não a ponto de você querer me privar do meu próprio filho " 

" Você mentiu pra mim, me usou, me fez de idiota, e ainda diz que não me fez tanto mal ? qual é o seu problema ? " Eu digo 

" Meu problema é você não enxergar o que esta bem na sua cara " ele rebate, e então se aproxima, eu dou um passo pra trás nervosa " Eu nunca menti pra você, quando conversavamos sobre como eu me sentia em relação ao meu pai, eu te disse coisas que nunca fui capaz de dizer nem pra minha irmã, quando transamos a primeira vez eu disse que te amava e eu falei isso por que eu te amava, eu nunca diria isso se não fosse verdade, só que você esta tão cega de ódio que nunca nem sequer pensou em acreditar em mim, nunca pensou que momentos como os nossos nunca poderiam ser fingidos, nunca "  diz, e eu faço o possivel pra me manter firme diante dele.