Fanfic: Revanche - Vondy | Tema: Vondy

Christopher 

Respiro fundo e dou outra batida na porta " Annie, qual é, abre pra mim vai, eu não quero que pense que estou te abandonando " digo 

Poncho se escora na parede e cruza os braços " meu amor, seu irmão só vai se mudar isso não é o fim do mundo, alias não é a primeira vez que ele sai da mansão, quando ele casou com Dulce ele também se mandou " comenta 

" Mas, antes eu ainda tinha a mamãe aqui, agora vou ficar sozinha, abandonada " Annie berra do outro lado da porta 

" Quanta besteira, Poncho vivi mais aqui do que na casa dele, as vezes acho que ele se mudou pra cá e só nós ainda não sabemos  " rebato 

" Ei, eu tenho um apartamento " Poncho protesta 

" Que você nem pisa "  digo 

" Isso é sobre mim agora ? " Poncho pergunta 

" Não, isso é sobre mim, é sobre meu irmão ir embora e me deixar " Annie berra de dentro do quarto 

Reviro os olhos "Annie, pelo o amor de deus você vai casar, Poncho vai se mudar oficialmente pra cá você não vai ficar sozinha, além disso preciso de um lugar pra mim, um lugar que eu possa ter pras minhas filhas " digo 

" Essa mansão é enorme, minhas sobrinhas vão ter espaço, não coloque elas nisso Christopher, você esta indo por quer quer " Ela diz dramática 

Encaro Poncho " me ajuda " 

" Eu disse que não era uma boa hora pra falar com ela, agora se vire " Poncho diz dando de ombros 

" Eu te odeio " Digo entre os dentes pra Poncho, e ele ri " Annie, abra a porta vai, vamos conversar eu tenho certeza que se você me ouvir vai entender por que quero um lugar meu " digo 

" Eu nunca vou entender por que você quer me deixar Christopher, não quando nossa relação de irmãos tem estado tão boa e ... " Ela se cala quando meu celular começa a tocar " de quem é o celular ? " 

" Meu " coloco a mão no bolso, e retiro olhando a tela " oh meu deus " digo fazendo uma careta 

" Quem é ? " Poncho pergunta 

" Belinda, era só o que me faltava " resmungo 

" Por que a puta da Belinda esta te ligando ? " Annie pergunta 

Encaro a porta ainda fechada " eu não sei ok ? na nossa ultima conversa ela deixou claro que me queria longe, não sei por que esta me ligando agora " comento 

" Atende, ela é bem insistente " Poncho diz 

Suspiro, e atendo o celular levando até a orelha " Oi Belinda, estou em casa por que ? como ? espera, fala devagar não estou entendendo, isso tem a ver com Pablo ? tiveram alguma noticia dele ?  hã ? Dulce? espera, como sabe disso ? calma calma, foi só uma pergunta ok ? sabe pra onde a levaram ? ok, obrigado Belinda, tchau " desligo e encaro Poncho " oh meu deus " 

" O que houve ? " ele pergunta 

" Dulce entrou em trabalho de parto, minhas filhas estão nascendo " eu digo eufórico 

Poncho abre um sorriso "  as meinas estão chegando " diz animado 

A porta se abre a Annie surge de olhos arregalados " minhas sobrinhas estão nascendo ? " 

" Sim, sim " eu me aproximo de Annie e a abraço forte, ela me empurra e me dá um tapa no braço " ai, por que isso cara/lho ? " pergunto 

" Pra você deixar de ser idiota e ir logo até a Dulce, anda seu mané, suas filhas estão nascendo, vamos logo " Annie grita, e então corre em direção as escadas, eu corro atrás sendo seguido por Poncho. 

Eu estava suando frio, estava nervoso, minha boca estava seca, o nascimento das meninas esta adiantado, Dulce esta apenas com 7 meses de gravidez, e eu estava rezando pra que tudo desse certo. Poncho estacionou em frente ao hospital, e eu tirei o cinto de segurança e corri como um doido. Trombei em alguns enfermeiros enquanto corria pelos corredores do hospital, meu coração estava acelerado de um modo que nunca ficou antes. 

" Christopher " Marta diz me nome e corre até mim, me abraçando 

" Onde ela esta ? onde esta ? " Pergunto saindo do abraço 

Dario estava escorado na parede em branco, e suspira " na sala de parto entrou a algum tempo já " 

" Não deram nenhuma noticia ? " pergunto aflito 

Annie corre até nós com Poncho ao lado " e então, as bebês nasceram ? " pergunta 

" Não sabemos, Dulce esta lá dentro já tem um tempo, eles não deram noticias nenhuma " Dario diz, e se aproxima de Poncho o abraçando 

Poncho sai do abraço e coloca a mão no ombro do primo " vai dar tudo certo, Dulce é forte " afirma 

" Quero entrar, quero estar do lado dela, ela precisa de mim " digo, e corro até um enfermeiro " com licença, minha esposa Dulce Uckermann deu entrada ela esta dando a luz as minhas filhas e eu quero acompanhar o parto " digo 

O enfermeiro me olha dos pés a cabeça " como disse que ela se chamava ? " diz descendo os olhos pra prancheta em mãos 

" Dulce Uckermann, minha esposa " afirmo 

" Certo, ela esta em trabalho de parto já tem um tempo, não acho que seja prudente o senhor entrar ... " 

" Eu sou o pai, e o marido, e pode ter certeza que eu vou entrar com ou sem permissão mas, eu preferia que fosse com permissão Po/rra " digo entre os dentes 

" Christopher, não fale assim " Annie me repreende 

" Ele não quer deixar eu entrar cara/lho, como você queria que eu falasse ? " Digo entre os dentes 

Annie faz um bico " me desculpa moço, é que ele é pai de primeira viagem e vieram logo três, o senhor entende que ele não quer perder esse momento não é ? será que pode liberar a entrada dele ? " pergunta gentilmente 

O enfermeiro assente " tudo bem, eu vou liberar, venha senhor, precisa se vestir pra entrar na sala de parto " ele comenta, e sai, eu faço um joinha pra Annie enquanto o seguia. 

Me vesti como o enfermeiro pediu, e então o acompanhei até a sala de parto, quando entrei vi Dulce fazendo força, ela estava suada, os médicos parecem agitados, Dulce estava cansada, e quando me viu um brilho diferente surgiu em seus olhos, ela abriu um pequeno sorriso. 

Me aproximei, e acariciei seu rosto " ei, você esta aqui " ela diz bem baixinho 

Sorriu emocionado " claro que estou, como eu poderia perder o nascimento das minhas meninas ? " pergunto 

Ela ofega, e então segura minha mão " me desculpa, me desculpa por tudo, eu te amo, e deveria ter acreditado em você " 

" Xiu, xiu, nao fala nada meu amor, você tem um trabalho a fazer, precisa trazer nossas meninas ao mundo, hum, depois conversaremos sobre o que você quiser " digo, e beijo sua testa " te amo , te amo " afirmo, e ela assente 

" Dulce, preciso que faça força " O médico diz 

A encaro, e aperto um pouco sua mão " faça força amor, traga nossas meninas ao mundo, elas estão loucas pra nos conhecer " incentivo, Dulce assente e solta um grito fazendo força, eu continuo ao seu lado apertando sua mão. 

Quando minha primeira menina nasceu, e abriu o berreiro, eu chorei como uma criança, na segunda e na terceira não foi diferente, observei as três nos braços dos enfermeiros e me emocionei ainda mais, elas eram perfeitas, talvez fossem as únicas coisas boas que fui capaz de fazer. 

Se tem algo que é capaz de ser maior que o orgulho, que o rancor, e que uma mágoa profunda, isso era com certeza o milagre do nascimento, quando os enfermeiros se aproximaram pra Dulce vê nossas filhas, ela chorou e me encarou, e em seus olhos em pude vê que ela já não tinha mágoa, ela só tinha amor, amor pelas nossas filhas. 

" Obrigado por ter me dado elas " ela sussurra fechando os olhos, estava realmente cansada 

Me inclino, e beijo sua testa novamente " obrigado por tudo " sussurro.