Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Dulce

Isso foi potencialmente estúpido. Não... Foi estúpido. Eu sabia que era uma má ideia. Mas ele me pegou em um momento de fraqueza. Eu fiquei emocionada assistindo Asher e Dixie dançarem. Vendo a felicidade deles.

A mão de Christopher nas minhas costas parecia como se estivesse colocada no ponto mais sensível do meu corpo. Não foi, é claro, mas todos os meus nervos formigaram nessa área em todo o meu corpo. Lembrando-me como aquelas mãos se sentiram em outros lugares. O que elas fizeram comigo e as memórias eróticas que estavam gravadas para sempre em meu cérebro. Havia coisas que uma garota nunca poderia esquecer. Sexo com Christopher Uckermann era uma dessas coisas.

Eu fui uma das muitas. Eu fui uma das muitas. Repeti esse mantra na minha cabeça quando Christopher me levou para a pista de dança e me puxou para seus braços, assim que o Perfect de Ed Sheeran começou a tocar nos alto-falantes, tomando o lugar da banda. Dixie amou essa música.

Normalmente, eu o desliguei quando tocou no rádio. A letra era muito doce. Muito romântico. Todas as coisas que eu não conseguiria na vida. Mas isso se encaixa bem na história de amor de Dixie e Asher. Quase como se tivesse sido escrito para eles.

O olhar de Christopher estava em mim. Mas eu não tinha olhado para ele ainda. Eu estava lutando contra isso. Dançar tão perto dele em seus braços já era bastante difícil. Olhar nos olhos dele era outra coisa. Eu assisti os outros ao nosso redor dançarem. Christovão parecia tomado por Sadie. O sorriso dele era genuíno. Real. Algo que eu estava realmente feliz em ver.

Steel e Meg estavam rindo enquanto dançavam. Eu me perguntei se havia algo lá. Do jeito que Meg falou sobre Christopher, eu duvidava.

"Onde você está morando?" Christopher me perguntou. Sua voz baixa e rouca. A música melodia tornando impossível não sentir nada.

"Por quê?" foi a minha resposta quando mudei meus olhos para cima para encontrar os dele.

“Apenas curioso. Não pretendo te encontrar. Eu recebi sua mensagem no celeiro com bastante clareza.” Sua voz parecia magoada. Isso me pegou desprevenido.

"Robertsdale, Alabama", eu disse a ele. Não há razão para manter isso em segredo agora. Christovão e Christopher haviam se curado. Christovão seguiu em frente. Christopher e eu conversamos. Acabou. Eu não precisava me preocupar que ele viesse me encontrar.

"Escolha interessante." Ele sorriu. "Eu pensaria que você escolheu algo mais emocionante."

"Tive toda a emoção que posso suportar. Eu precisava do oposto.” Prova de que esse homem não me conhecia.

Ele ergueu as sobrancelhas e seu sorriso torto permaneceu no lugar. “Você deixou a emoção aqui. E perdeu todo o drama quando você correu.”

Eu havia enfrentado meu próprio drama. Foi chamado de luta para sobreviver. O mundo real. Livrar-me dos monstros que assombraram minha mente. Isso manchou minha alma antes que eu tivesse a chance de viver.

"Fiz o que precisava ser feito", eu disse.

Ele me puxou para mais perto dele. Era sutil, mas cada nova parte do meu corpo que tocava a dele ganhava vida com o contato. "Vou ter que discordar de você."

Eu tinha certeza que ele faria. Christopher era sobre autoindulgência. Na cabeça dele, minha partida era toda sobre ele. Ele foi o impulso que eu precisava para finalmente correr. Começar uma nova vida.

"Acabou. Não há razão para discutir isso agora.”

“Então volte para casa. Se acabou, por que ficar longe? A menos que você ame sua nova vida e não possa deixar para trás."

Pensei no meu trailer, no meu trabalho, na solidão. Eu não amei. Eu me agarrei a isso. Se algum dia eu teria uma chance de normal e saudável, precisava da minha nova vida. Nenhuma dessas coisas que ele precisava ouvir. Talvez eu gostaria que ele quisesse mais do que sexo, mas isso era tudo que sempre fomos.

Christopher era um vício. Eu o amava. Eu sabia. Eu queria não amá-lo. Eu queria poder ir embora e nunca mais pensar nele. Não pude. Dizer que eu precisava dele de muleta, uma maneira de sobreviver, era injusto. Eu sabia depois de estar aqui com ele que, sim, tinha sido amor. Tinha sido mais.

Dixie estava casada agora. Não haveria mais festas do pijama, noites de garotas, festas de fofocas. Ela tinha marido. Ela gostaria de estar com ele. A casa dela não seria um lugar para onde eu pudesse encontrar segurança. Aqueles dias foram uma lembrança.

"Eu não me encaixo mais aqui. Não há lugar para mim. Encontrei meu lugar lá." Meu lugar lá pode parecer chato e solitário para outra pessoa. Não foi. Não para mim.

Ele fez uma careta. Ele desviou os olhos de mim, ele olhou com raiva por cima do meu ombro. Ou alguém o estava deixando louco ou ele não gostou da minha resposta. Eu fiquei calada. A música terminou e eu parei de dançar. Comecei a me afastar dele quando seus braços me seguraram com firmeza. Seus olhos voltaram para mim.

“Vá a algum lugar comigo. Antes que partas."

Era aqui que uma garota inteligente dizia não e ia embora. A coisa certa a fazer era deixá-lo, dar um beijo de despedida em Dixie, desejar-lhe o melhor, prometer ligar e sair. Eu voltaria para o meu trailer vazio. Dormir na minha cama e prepare-se para enfrentar o trabalho pela manhã. Eu não precisava de três dias de folga. Era isso que eu deveria fazer. O que eu precisava fazer.

"Onde?" Eu perguntei, ignorando todos os bons conselhos que acabei de me dar. Aquela garota que eu deixei para trás parecia estar escondida nas sombras tentando sair novamente agora que eu estava nos braços de Christopher.

“Apenas entre no carro e vá comigo. Agora mesmo."

Péssima ideia. Péssima ideia. Péssima ideia. Eu olhei para ele pronta para dizer que era uma má ideia. Que estávamos em um casamento e devíamos ficar aqui.

"E Dixie e Asher?" Eu perguntei a ele.

Ele ergueu as sobrancelhas e olhou para elas. Eles estavam rindo e dançando novamente. Ninguém existia além dos dois. O mundo era deles. "Eles parecem bem para mim", ele demorou. Ele fixou seus olhos que eu sonhava em mim. Suas pálpebras estavam pesadas. O olhar ali me disse que não era um convite para conversar ou conversar.

Meu estômago palpitou. O desejo começou a me puxar, fazendo meu corpo formigar. Tudo o que eu pude fazer foi assentir. Dizer as palavras me fez sentir vergonha disso. Da minha fraqueza. Mas eu também queria. Mesmo que fosse por um momento. Eu iria embora e ele passaria para outra pessoa amanhã.

Onde estava minha força de vontade?

Sua mão agarrou a minha com força e estávamos nos movendo. Rapidamente. Diretamente fora da tenda e em direção aos carros estacionados em frente. Eu quase tive que correr para acompanhar o ritmo dele. Gostaria de saber se alguém tinha nos notado sair, mas não olhei para trás para verificar. Se eles fizessem isso não me impediria. Agora que cedi. Estava afundado. Eu não podia voltar agora. Meu corpo se rebelaria contra mim.

Ele abriu a porta do passageiro do carro azul e me arrastou para dentro como se eu não pudesse fazer isso sozinho. A porta bateu e ele estava no banco do motorista rápido demais. Era como se ele estivesse em uma corrida.

"Por que estamos com tanta pressa?" Eu perguntei a ele enquanto ele acelerava a colina e em direção à estrada principal.

Ele lançou um olhar para mim. A escuridão estava lá me atraindo. Eu conhecia aquele olhar. Assombrou meus sonhos. "Porque se eu não te foder logo eu vou explodir."

Minha respiração ficou presa. Fechei meus olhos com força. A expectativa pelo que eu sabia que estava por vir me fez sentir viva pela primeira vez em meses. Uma boa garota, uma garota normal, não faria isso quando Christopher Uckermann disse a ela que queria transar com ela. Ela esperaria... Não, ela exigiria mais respeito. Ou pelo menos carinho, até amor.

Eu não. Eu estava pronta para me despir, pois o homem sabia que isso não passava de atração física. Conseguir o que lhe disseram que ele não poderia ter.

"Juro por Deus que se você estiver sentado lá, mudando de ideia, farei você implorar por isso com minha cabeça entre suas pernas."

E foi por isso que Christopher Uckermann era impossível de resistir. Ele era bonito por fora e o diabo por dentro.