Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Dulce

Isso costumava ser um tempo de paz para mim. Limpeza após o fechamento. Limpava as mesas, aspirava, varria, esfregava e pensava em nada. Apenas trabalhando silenciosamente e sozinho. Nesta semana, as coisas tinham sido diferentes. Eu olhei para a porta da cozinha onde uma música alta e horrível estava tocando. Eu nem sabia como chamar isso. Diesel estava batendo lá dentro algumas vezes cantando ainda mais alto que a música. Ele estava arruinando minha paz.

Eu disse a Ethel que eu poderia fechar. Ela argumentou que eu trabalho demais e Diesel nos daria uma folga. Se eu soubesse que menino bom ele era mais uma vez, eu começaria a gritar e jogar merda. Possivelmente aquela salada de batata que estava causando tanto barulho com a multidão mais velha. Imaginei jogar uma tigela disso no rosto sorridente de Diesel e isso me fez sentir melhor. Eu gostei dessa ideia.

“Você quer um pouco dessa torta de manteiga de amendoim? É incrível", gritou Diesel da porta. Olhei para trás e vi ele parado ali com o prato de torta nas mãos e um garfo.

“Servimos fatias dessa torta para os clientes. Você está comendo seriamente fora do prato de torta? Não podemos servir isso agora." Idiota que eu queria adicionar e não fiz. Quão estúpido!

“Acalme-se, chefe. Ethel me disse para comer o resto. Ela disse que tem dois dias e não serve depois de dois dias."

Ele tinha me chamado de chefe e eu odiava. Assim como eu odiava suas covinhas. Assim como eu odiava o canto dele. E sua atitude sempre feliz. Ele estava na prisão pelo amor de Deus! Ele não deveria estar com raiva do mundo?

"Fale agora ou estou terminando. É muito bom".

Como se eu comesse em um prato do qual ele estava comendo. Não é provável. Então eu deixei o snarky sair. "Depois de comer comida na prisão, tenho certeza de que não é preciso muito para fazer você feliz." Eu estava cansada. Eu queria silêncio. Ele pediu falando comigo.

Ele estremeceu de brincadeira, depois riu antes de dar outra mordida. "Você é uma vadia, não é? Parei de fazer o café, tentei tirar o lixo antes que você o levasse a cabo e até tentei compartilhar minha boa sorte em comida com você. Mas nem uma polegada. Você não deu uma polegada. Diga-me, Dulce, o que há comigo? Você me odeia, mas você nem me conhece.”

Isto. Ele queria conversar. Desperdiça meu tempo. Me irrita. Encante os clientes. Faça-os rir. Receba grandes dicas. O nome estúpido dele. Ugh. Tudo isso.

"É o pacote", eu bati, depois peguei o balde de esfregão para enchê-lo com água fresca. Recusei-me a esfregar com água uma vez que começou a ficar suja.

"O pacote... Ooookaaaay, e o que isso significa exatamente? Qual é o pacote?”

Eu pisei por ele na cozinha. A música alta era melhor do que suas conversas constantes. Eu não precisaria dizer nada aqui. Ele não podia me ouvir se eu o fizesse. Eu gostava desse trabalho. Foi uma fuga. Eu trabalhei duro. Me exausto, depois vou para casa dormir. Agora, eu tive que lidar com Diesel. Ele estava arruinando a vida já de merda que tenho.

Jogando a água pela porta dos fundos, me virei para enchê-la e a música foi cortada. Revirando os olhos, eu não olhei para ele.

"Gostaria que sejamos amigos. Nós trabalhamos juntos. Estou tentando superar o muro de gelo que você construiu ao seu redor como uma fortaleza. Me ajude,” sua voz estava mais baixa que o normal. Era como se ele estivesse tentando entender.

Frustrado, cortei a água e levantei meu olhar para encontrar o dele. "Eu não preciso de amigos."

Ele franziu a testa. "Sim você precisa."

"Não. Eu não. Eu tenho amigos. Eu não quero mais."

“Você tem um emprego em que trabalha o tempo todo. Você sai para dormir e depois volta. Você não pode ter amigos", argumentou.

"Por que você não para de tentar descobrir minha vida? Isso seria bom. Não estou perguntando sobre seu tempo de prisão ou seu nome estúpido. Faça-me um favor e fique de fora dos meus negócios.”

Peguei o balde de esfregão e voltei para a sala de jantar, esperando entender meu ponto de vista.

“Shane. Ele é meu melhor amigo desde os seis anos. A namorada dele teve um bebê. Eles precisam da sua renda para viver. Quando ele optou por vender maconha por dinheiro extra e eu fui parado enquanto dirigia o carro dele porque o meu estava na loja, os policiais encontraram a maconha que eu não sabia que estava lá. Se eu alegasse que era dele, ele teria sido preso. Eles já estavam atrás dele. Ele estava vendendo para crianças do ensino médio. Eu assumi a culpa.” Eu parei de andar e estava ouvindo, porque, embora não tivesse perguntado, a história era interessante.

“Quando eu tinha oito anos, Pop me disse para colocar gasolina em seu caminhão enquanto pagava. Eu não queria dizer a ele que não sabia como. Meu pai nunca esteve em casa. Eu estava aqui visitando Pop e El. Pop me dizendo para bombear gás me fez sentir grande. Eu não queria decepcioná-lo. Enchi o tanque com óleo diesel. E ele teve que rebocá-lo e drená-lo.”

Levei um momento para perceber que eu estava sorrindo enquanto olhava para a porta na minha frente que eu ainda não tinha atravessado. O nome dele era um apelido. Um que ele recebeu de um erro de infância. Não porque era um nome legal da prisão. Fiz-me parar de sorrir e respirei fundo antes de voltar a olhar para ele.

Ele encolheu os ombros. “Pop me chamou de Diesel a partir daquele dia. Em casa, eu sou Charlie."

Charlie. O nome dele era Charlie. Combinava melhor com ele. Ele era um ex-presidiário, mas não se parecia em nada com um. Talvez fosse isso que mais me irritasse. Eu mentiria se o motivo de ir para a prisão não estivesse me afetando um pouco. Meu primeiro pensamento foi que foi além da amizade, mas então percebi que faria o mesmo por Dixie. Eu pensaria que ela era louca e precisava levar um tapa, mas eu faria a mesma coisa.

"Charlie combina com você", eu finalmente disse.

Ele assentiu. "É o que minha mãe diz. Ela odeia quando me chamam de Diesel. Mas eu gosto. Lembra-me de uma época em que a vida era simples.”

Minha infância nunca foi tão simples. Eu não respondi

"Você não precisa me dizer por que me odeia. Mas pelo menos me diga por que você nunca sorri.”

Prefiro dizer a ele por que eu o odiava. Eu não tinha mais certeza disso. Como eu poderia odiar um cara que fez algo tão desinteressado por seu melhor amigo? "Eu não te odeio", eu disse, então levantei meu balde um pouco. "Eu preciso terminar de limpar."

Ele apenas sorriu e balançou a cabeça.

Comecei a abrir a porta e depois parei. Ele não fez nada comigo. Eu estava sentindo minha frustração e dor nele. Ser difícil não era justo. Ele estava trabalhando tão duro quanto eu. Voltando para ele, sorri. "Se houver alguma torta, eu gostaria de um pedaço. Estou faminta."

Seu sorriso aumentou, então ele estendeu o prato de torta. "É seu."

Sentei o balde e me aproximei para pegar o prato. Quando meus dedos tocaram a lata fria, eu disse: "Concedido que você não tem uma doença grave na prisão que eu deveria conhecer antes de comer depois de você".

Ele ainda estava sorrindo quando respondeu: “Apenas os piolhos. Consegui das pessoas no jardim de infância de Jamie Quinn e não consegui me livrar delas."

Ouvi-lo dizer piolhos me fez rir. Realmente ri. Estava bem.