Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Christopher

Foi um momento de fraqueza. Descansando a cabeça no banco, esperei na minha caminhonete Dulce deixar seu emprego no restaurante. Dallas escrevera esse endereço no verso de um recibo e o colara na porta do meu quarto três dias atrás. Eu peguei e segurei na mão. Considerei jogar fora, mas sabia que não. Em vez disso, coloquei-o na minha gaveta da mesa de cabeceira. Maldito se essa coisa não me provocava todos os dias.

Agora aqui estava eu. Cedendo. Esperando por ela. O familiar Camaro branco ao qual eu havia estacionado estava nos fundos do prédio. Quando eu levantei as luzes estavam apagadas lá dentro. Mas o carro dela estava aqui, então eu esperei. Eu não esperava que ela estivesse feliz em me ver. Considerando que ela não atenderia minhas mensagens de texto ou ligações, minha apresentação não a emocionaria.

Foda-se se eu me importasse. Ela ia falar comigo. Isso me ignorando não estava funcionando para mim. Eu senti falta dela. Quando não estava me ocupando, pensava nela. Ela estava sempre lá na minha cabeça. Às vezes juro que podia sentir o cheiro dela.

A porta dos fundos se abriu e, sob a iluminação externa, pude ver seu rosto. Ela estava sorrindo. Rindo até. Confuso, sentei-me ereto e tentei descobrir o que ela estava tão feliz quando o vi. Um cara. Atrás dela. Sair sorrindo como se estivesse satisfeito consigo mesmo.

Quem diabos ele era?

Abrindo a porta da minha caminhonete, saí. O som chamou sua atenção. Os olhos de Dulce se encontraram com os meus quando eu fechei a porta do carro com muita firmeza. Cruzando os braços sobre o peito, encostei-me na porta fechada e segurei seu olhar. Ela era linda, mesmo cansada e suja das mesas de espera o dia todo.

"Dulce, você o conhece?" O cara perguntou cautelosamente.

Ela assentiu e deu um passo na minha direção.

"O que você está fazendo?" ela me perguntou.

"Você ignorou meu texto e minhas ligações", foi minha resposta simples. Não, eu senti sua falta como um louco e tinha que te ver.

"Então você veio aqui?" ela perguntou parecendo confusa.

Eu acenei para ela. O cara ainda estava lá, parado atrás dela como se ele precisasse protegê-la. Pau no cu. Ele precisava ir embora.

"Eu saí, Christopher." A declaração dela teria me feito sorrir se eu não estivesse tão tenso com o cara parado perto dela. Quase a tocando.

“Sim, eu estava lá. Vi você ir embora,” eu a lembrei.

Ela deu de ombros desta vez como se eu devesse ter deixado que ela fosse embora e acabasse com isso.

"Sinto sua falta, Dulce." Lá, eu disse.

Ela deixou cair a cabeça nas mãos. O cara colocou as mãos nos ombros dela e foi isso. Não mais. Empurrando a caminhonete com o braços, dei vários passos longos até estar na frente dela.

Eu não queria reconhecer sua existência, mas suas mãos precisavam sair dela agora. Estendendo a mão, peguei uma das mãos dela e a puxei delicadamente do rosto. Ela levantou o olhar para mim, olhos arregalados de surpresa por eu estar tão perto agora.

"Baby, ele precisa tirar as mãos de você", eu disse com uma voz suave e firme. Não era hora de perder a cabeça, porra. Mas falar com ele provavelmente me faria fazê-lo.

Ela franziu a testa como se não tivesse certeza do que eu quis dizer. Ela nem percebeu que as mãos dele estavam nela? Finalmente, ocorreu-lhe e ela se virou para olhar para ele. "Eu estou bem, Diesel. Obrigada." Ela se afastou dele para que suas mãos caíssem.

Diesel? Que porra de nome era esse?

“Christopher, este é Diesel. Nós trabalhamos juntos. Diesel, este é Christopher, meu... Fomos... Ele é... Um amigo." Ela gaguejou sobre suas palavras como se não soubesse o que dizer. Como me explicar.

"Então você está bem?" ele perguntou, precisando de tranquilidade.

Ela assentiu. "Sim. Estou bem."

Ele não queria ir embora. Seus olhos estavam em mim tentando determinar que tipo de amigo eu era. Se ele não fosse embora, eu entraria e o faria. Deixá-la lidar com isso foi difícil. Se eu queria uma chance de deixá-la sozinha, sabia que tinha que deixá-la fazer isso. Ou ela nos deixaria de pé aqui no escuro.

Eu mal olhei para ele. Dulce fez uma jogada errada ao fugir. Manter meus olhos nela e implorar silenciosamente que ela falasse comigo era tudo que eu podia fazer.

Ela me estudou alguns momentos e depois respirou fundo. "Podemos pegar seu carro", ela me disse finalmente.

Eu queria suspirar de alívio, mas não o fiz. "Bom", eu respondi e estendi minha mão para ela pegar. Ela olhou para ele, depois deslizou a mão na minha. Envolvendo meus dedos em sua mão delicada, me senti bem.

Ela se moveu para ficar ao meu lado, depois começou a caminhar em direção a minha caminhonete. Embora ela cheirasse a frituras e alvejantes, eu ainda queria inalar profundamente. Mergulhe o máximo que puder dela. Ela não olhou para o Sr. Gasoline. Isso tornou mais fácil aceitar que ele a estava fazendo rir quando cheguei lá.

"Dulce", ele chamou. "Você quer que eu te traga seu carro?"

Ela virou a cabeça para olhar para ele. "Não, obrigada", ela respondeu. "Eu vou buscá-lo mais tarde."

“Nós entendemos. Vou garantir que ela tenha o que precisa,” acrescentei com um sorriso. Então eu a alcancei, pressionando meu corpo contra o dela quando abri a porta do lado do passageiro para ela entrar.

Colocando minha mão em seus quadris, eu a ajudei. Quando ela estava no assento, ela olhou de volta para mim. "Eu não precisava de um impulso."

"Não? Bem, eu precisava colocar minhas mãos em você,” eu disse, depois pisquei antes de fechar a porta e caminhar pela frente do caminhão. Cortando meus olhos em direção ao cara com o nome estúpido, vi que ele ainda estava lá nos observando. Fodidamente irritante.

“Você é de quem ela fugiu? Por que ela trabalha até a morte?” Ele perguntou alto.

Eu parei. Virou-se para encará-lo e sustentou seu olhar arrojado com um dos meus. "Se fosse sua história, ela teria lhe contado."

Seus ombros foram jogados para trás para ficar mais altos. "Não brinque com ela. Ela está mais feliz ultimamente.”

Não gostei desse comentário e não fui informado do que fazer. Dei um passo em sua direção quando senti a escuridão começar a queimar lentamente enquanto corria através de mim. Ele passou de durão para recuar um passo.

“Eu sei como fazê-la feliz. Não precisa de conselhos sobre isso." Antes que eu pudesse dizer mais, Dulce estava na minha frente. Suas mãos no meu peito chamaram minha atenção do filho da puta lá fora e de volta para ela.

"Não. Apenas entre no carro. Por favor." Ela parecia assustada. De mim ou do que ela pensou que eu ia fazer, não tinha certeza. Eu não queria ser a razão pela qual a felicidade dela se transformou em medo.

Eu balancei a cabeça e segurei seu rosto com as mãos, depois a beijei. Ela ficou tensa por apenas um momento. Lentamente, seu corpo se inclinou para o meu e seus lábios se abriram para mim. Eu provei e explorei enquanto ela se pressionava contra mim. Isso pode nos impedir de ficar muito longe do estacionamento. Eu precisava marcar meu território na frente do merdinha. Eu não tinha pensado na minha fome tomando conta e em não ser capaz de parar com isso se eu começasse.

Quando ele pigarreou, Dulce recuou rapidamente, suas respirações rápidas fazendo com que seu peito subisse e caísse rapidamente quando ela olhou para mim. "Devemos sair", ela ofegou.

Eu sorri "Sim, deveríamos."

Suas bochechas coraram. Ela correu de volta para o carro e subiu. Eu atirei a Diesel um último sorriso divertido, depois subi no carro. Deixe ele se lembrar dessa merda. Ela era minha. Ela mostrou a ele isso claramente.

"Pare de parecer tão presunçoso", disse Dulce quando saí do estacionamento.

Eu não conseguia parar de sorrir. "Não estou, bebê."

Ela soltou uma risada aguda. "Sim você está. Eu escalei todo o seu corpo por aí.”

Estendendo a mão, coloquei a mão em sua coxa. "Não me lembre, ou não chegaremos ao seu lugar."

Dulce suspirou e descansou a cabeça no assento do carro. "Por quê você está aqui?" ela perguntou mais uma vez.

“Porque eu sinto sua falta, porra. Não é só o sexo. Eu sinto falta do seu sorriso. Sua risada. Sinto falta de estar perto de você. Sinto sua falta, Dul.”

Ela ficou em silêncio por um momento, depois se sentou perto de mim. "Oh", foi sua resposta sussurrada. Então a cabeça dela descansou no meu ombro.

Cavalgamos em silêncio alguns momentos antes de eu dizer. "A culinária do campo cheira bem a você."

Sua risada era quente e brilhante. Afugentou minha escuridão.