Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Christopher

Voltar para Dulce era importante, mas antes de chegar lá eu tinha uma última coisa a fazer. Parei na casa dos pais dela. O caro carro de luxo de sua mãe estava no caminho. Eu conhecia vários caras do ensino médio que haviam fodido a mulher. Todos na cidade sabiam dela. O marido dela tinha que saber. No entanto, eles ainda estavam casados. O bastardo não deve dar a mínima.

Saio do meu caminhão velho e desci a calçada em direção à porta da frente. Eu nunca estive nesta casa. Dulce raramente ficava aqui. Na maioria das vezes, ela era encontrada na casa de Dixie ou com Dixie. Não na casa dela. Eu nunca questionei isso porque fazia sentido para mim.

A porta era elaborada, mas precisava de alguma manutenção. Isso me lembrou uma casa que alguém comprou e que não podia dar ao luxo de cuidar. Olhando ao redor, vi plantas mortas, tinta que estava descascando há muito tempo, e todo o edifício precisava de uma boa lavagem. Mamãe ficaria enojada se visse isso.

Toquei a campainha e esperei. Nada. Aguardei alguns minutos e toquei novamente. Foi depois do almoço. A mulher tinha que estar acordada. Eu estava prestes a tocar pela terceira vez quando a porta se abriu e a mãe de Dulce abriu a porta. Ela estava em um curto vestido de noite revelador. O cabelo dela estava bagunçado pelo sono e o rímel manchava sob os olhos, onde ela dormia com a maquiagem.

Ela passou os olhos por mim lentamente, depois sorriu. "Olá", ela ronronou.

"Sra. Espinoza, sou Christopher Uckermann, senhora, e estou aqui para pegar as coisas de Dulce.” Eu não pedi por eles. Eu queria deixar claro que não havia espaço para discussão. Eu sabia que Dulce disse que as coisas dela tinham sumido, mas eu queria ter certeza.

Ela se endireitou então. Um olhar comprimido de aborrecimento no rosto. "Por que você quer as coisas de Dulce?" ela perguntou não tão acolhedora como antes.

“Ela precisa deles. Vou levá-los para ela." A mulher não precisava de mais explicações além disso.

Ela me estudou um momento. O rosto dela amoleceu novamente. "Você está dormindo com minha filha, Christopher Uckermann?" Não era uma pergunta normal, e a maneira como ela fez isso também não era. Parecia quase glamour. Como se falar da minha vida sexual com a filha fosse um desafio. Cadela doente.

Ignorando-a, repeti "Suas coisas?" Não deixei espaço para discussão. Minha carranca foi suficiente para deixar essa mulher saber que eu estava falando sério.

"Irritado e mandão", disse ela, fazendo um movimento estranho que balançou os seios para mim. "Eu gosto disso."

Jesus, não admira que Dulce nunca quis voltar para casa. "Sra. Espinoza, se eu conseguir as coisas de Dulce, preciso estar a caminho. Não estou aqui para mais nada."

Ela deu um passo em minha direção. “Você tem certeza disso, querido? Eu mostrei a muitos jovens com fome da sua idade uma coisa ou duas."

"Então eles estavam desesperadamente fodidos", eu disse sem rodeios.

Ela recuou como se eu tivesse lhe dado um tapa. "Seu pequeno bastardo."

"Posso pegar as coisas de Dulce ou devo entrar em contato com o pai dela para obtê-las? Posso explicar que tentei obtê-las de você, mas não obtive sucesso.” Eu não tinha ideia de qual era o acordo deles. O homem tinha que saber que sua esposa era uma prostituta, mas imaginei que ela não queria que eu ligasse para ele para contar sobre esse encontro.

Ela revirou os olhos. "Ele não sabe nem se importa onde está a merda dela", disse ela agora parecendo irritada. “A porcaria está no galpão lá atrás. Está trancado. O código é 123456." Simples e fácil o suficiente. Ela estava fechando a porta na minha cara, mas hesitou. Seus olhos fizeram uma rápida varredura do meu corpo novamente. "Você não tem ideia do que eu poderia fazer com um garoto como você."

Eu deveria ter ido embora então. Ignorando-a. Mas essa mulher precisava lembrar quantos anos ela tinha. "Eu já tive mulheres mais velhas antes. Como você, desgastada, mas uma vez atraente. Ainda segurando a beleza fugaz. E não senhora, eu não gostei. E eu me arrependeria.”

Com isso me afastei, depois circulei pela casa até o galpão a que ela estava se referindo nos fundos.

“Rude de merda! Eu casei com homens me implorando por essa buceta! ME IMPLORANDO!" ela gritou alto o suficiente para os vizinhos ouvirem. Espero que não tenham sido aqueles homens casados ​​que ela mencionou.

Continuei e encontrei o galpão e com certeza o código estúpido funcionou. Por que ter um bloqueio se o código seria tão estúpido?

A porta grande se abriu e eu achei o interruptor da luz fácil o suficiente para a esquerda da porta. Havia três caixas de papelão no centro da sala. Cada um tinha a letra D em um marcador preto. Fui até lá e abri a de cima para ver uma camisa que me lembrava de Dulce vestindo. O conteúdo era dela. Eu verifiquei ao redor para ver se havia mais alguma coisa, mas era isso. Como os pertences de uma adolescente se encaixavam em três caixas? A cadela devia ter se livrado de suas coisas como Dulce disse que tinha.

Desgostoso com essa realidade e com o pouco que eles se importavam com a filha, levei as caixas para a minha caminhonete e as coloquei atrás do banco. Uma última vez, fui ao depósito e verifiquei que não havia mais nada lá fora que pudesse ser de Dulce. Parado no galpão, examinei as paredes. Ferramentas empoeiradas que pareciam nunca terem sido usadas estavam penduradas nas paredes. Um carrinho de mão que ainda tinha etiquetas na maçaneta estava em um canto. Uma grande caixa de madeira estava no outro canto. Fui até a caixa de madeira e levantei a tampa. Alguns bonecos que pareciam velhos demais para serem de Dulce estavam lá dentro. Um cobertor feito à mão e, devido à descoloração, também não poderia ter sido de Dulce. Comecei a fechá-lo quando o canto de um livro chamou minha atenção. Estava aparecendo debaixo de uma das bonecas. Estendi a mão e tirei.

Não era tão velho assim. O material rosa brilhante estava gasto e parecia sujo de uso ou manuseio. As letras prateadas na frente diziam Meu diário. Pertencia a uma criança. O estilo e o material não eram os outros itens da caixa. Não se encaixava no prazo. Este livro pertencia a outra pessoa. Alguém que não tinha 45 anos. Mas mais como vinte.

Eu segurei um momento. Não tenho certeza se a abertura foi justa. Eu sabia que era do Dulce. Não havia mais ninguém que poderia ser. Lutando com meus costumes e maldita curiosidade, finalmente decidi que iria abri-lo. Eu me certificaria de que era da Dulce e depois levaria para ela. Ela não gostaria que isso fosse deixado aqui com essas pessoas.

Lentamente, levantei a capa e, por dentro, vi uma caligrafia infantil e cursiva. Como alguém que estava apenas aprendendo a assinar seu nome. Dizia Dulce Espinoza. Era dela. Eu fiz o que eu disse que faria. Agora, feche e leve para ela.

Eu tinha boas intenções. Eu tenho. Eu não estava pensando em deixar meus olhos vagarem para a primeira página para ver como ela começou suas entradas. Ou mesmo se ela já tivesse escrito uma entrada real.

Ela escreveu. E as primeiras palavras me agarraram com tanta força que fiquei ali incapaz de me mover. Ou parar de ler.