Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Dulce

Eu ouvi pessoas que têm momentos em que ficam completamente sem palavras. Nenhuma palavra pôde se formar. A boca deles não se mexe. Nem um grunhido. Eu não acreditava que isso fosse realista. Quero dizer, quem não pode pelo menos grunhir?

Eu fiquei corrigido. É possível. Porque eu não tinha certeza se o oxigênio estava se movendo pelos meus pulmões. Choque pode fazer muitas coisas a uma pessoa. Este deve ser um deles. Isso durou apenas alguns momentos. Então o medo que eu entendi mal se instalou. Isso fez mais sentido. Christopher tinha dito algo que ouvi incorretamente.

Ele se moveu em minha direção e eu observei, minha cabeça inclinada quando ele se aproximou para que eu pudesse manter contato visual. Eu estava esperando eles brilharem com a risada de sua piada cruel. Isso era mais parecido com o Christopher do que esse homem que eu pensei que tinha acabado de dizer que queria estar onde eu estava.

Amá-lo, precisar dele, era tudo tão difícil de fazer. Ele tornou impossível não o querer. Quando ele era doce, eu me apeguei a ele, esperando que o momento nunca terminasse, mas sempre terminava. Fui deixada oca pela experiência que era muito passageira.

"Parece que isso vai acabar com rosas e chocolate, mas eu preciso que esses clientes sejam atendidos antes que todos se levantem e saiam", a voz de Ethel soou na sala de jantar. Assustada, ofeguei e me virei. Eu esqueci onde estávamos. O que eu deveria estar fazendo. Tudo. Christopher fez isso comigo. E como eu odiava isso.

"Diesel, pegue a torta de limão e comece a dar a todos que tiveram que sentar aqui e assistir ao drama enquanto engasgavam com a comida devido a nada para beber, uma fatia grátis", ordenou Ethel, depois apontou para Christopher. “Você encontra um assento. Fique nele. Se você sair correndo de novo, sou capaz de tirar minha espingarda da parede do meu escritório e persegui-lo. Estamos entendidos?"

Eu empalideci. Ethel estava ameaçando Christopher. Oh meu Deus. Eu não olhei para ele, mas o riso baixo do peito foi minha segunda surpresa para a noite. "Sim, senhora. Nós somos claros.”

Ele parecia respeitoso. Não é sarcástico. Comecei a olhar para ele e Ethel estalou os dedos. "Não, você não! O foco é assim, querida.” Ela piscou para mim e voltou para a cozinha.

Diesel passou por mim seguindo-a. Ou ele argumentaria que Christopher precisava sair ou estava com raiva de dar a torta. Eu tinha certeza que era o primeiro. Ele estava com raiva de Christopher. Não que fosse problema dele. Eu me perguntei quanto tempo eles estavam lá discutindo quando eu saí. Christopher teve um temperamento brusco e ver Diesel avançando sobre ele daquele jeito me deixou em pânico. Eu não sabia o que Christopher faria a seguir, mas uma imagem de Diesel espalhada pelo chão passou pela minha mente.

Agarrando a jarra de água, comecei a me preparar para reabastecer bebidas e verificar os poucos clientes que restavam. Minhas bochechas estavam quentes pela mancha rosa nelas. Todos os olhos estavam em nós três.

"Dois jovens de boa aparência como eles brigando por você", disse a Sra. Warrior em um sussurro alto e um sorriso enquanto eu enchia seu copo com água. "Lembra-me dos meus dias mais jovens."

O Sr. Warrior emitiu um som na garganta. "Quem estava brigando por você, Jane? Eu deveria ter dado a eles e eles poderiam ter me poupado muitos problemas e dinheiro.”

Os Warrio estavam casados ​​há sessenta anos. Eu sabia disso porque eles me disseram mais de uma vez. Eles também brigavam regularmente e a sra. Warrior flertava com os outros homens idosos do lugar. Ela deve ter sido bonita uma vez porque se comportou como se todos estivessem olhando para ela.

“Eu deveria ter escolhido um dos garotos ricos que queria me cortejar. Teria sido uma vida mais emocionante. Eu teria visto a cidade de Nova York. Eu sempre quis ver aquela árvore enorme no Natal que eles têm lá.”

O Sr. Warrior revirou os olhos. “Que meninos ricos? Tem certeza de que não está confundindo sua vida com uma dessas histórias que assiste?"

A Sra. Warrior se endireitou na cadeira, corrigindo minha suposição de que não era possível que ela sentasse mais ereta. "O pessoal do verão", disse ela, como se o Sr. Warrior estivesse muito abaixo dela para saber o que era aquilo. "Na época, os ricos chegaram às praias por se afastarem da cidade grande", ela me disse com naturalidade. "Minha mãe trabalhou para vários deles."

“Sua mãe limpou o banheiro. Pare de tagarelar como se estivesse falando alto e deixe a garota fazer o trabalho dela,” resmungou o Sr. Warrior.

Eu sorri e corri para a mesa seguinte. Eu sabia que, por experiência, permanecer me colocaria no meio da briga e não estava interessada. Eu arrisquei um olhar de volta para Christopher para ver que ele ainda estava aqui. Seu olhar me seguindo. Ele não parecia zangado ao receber ordens para se sentar. Ou com pressa de sair. Ele era... Diferente.

"Posso tomar um café, querida?" o homem na minha próxima mesa perguntou e eu voltei a atenção tentando não pensar em Christopher. Ainda não, de qualquer maneira. Mas ele estava aqui. Ele não me deixou. Ele saiu para voltar para mim. Eu não sabia o que pensar sobre isso. Ou se eu pudesse acreditar.

"Não acho que alguém esteja saindo", disse o homem, depois piscou para mim.

Minhas bochechas já quentes ardiam com calor e eu corri para pegar um café para ele para ir para a estrada. Pude notar pelo cheiro de tabaco, roupas amassadas e consumo infinito de café que ele pertencia ao caminhão semitruck do lado de fora.

Diesel estava saindo com a torta e uma carranca no rosto quando cheguei à estação de bebidas.

"Você é mais esperta do que isso, Dulce", ele disse baixinho.

Eu não respondi a ele. Era um cara que dirigia o carro de seu amigo traficante e fora preso por ele. Ele não era tão afiado. Além disso, ele não conhecia a nossa história. Ele assumiu que sim. E eu não pedi a opinião dele.

“O cara é um jogador. Ele gosta da perseguição,” ele continuou.

Eu olhei para ele. Forçou um sorriso. "Você tem várias pessoas esperando a torta de graça", eu disse com alegria falsa, depois fui pegar o café do caminhoneiro e deixar a conta dele.

"Posso tomar mais chá doce, Dulce?" Hansel Meyers perguntou. Ele tinha trinta anos e morava com a mãe e usava gravata borboleta. Ele também jantou aqui nas noites de bingo dela. Para a maioria das pessoas, ele era patético ou lamentável, mas tinha uma mãe que o amava. Queria ele por perto. Eu pensei que ele tinha sorte.

Peguei a jarra de chá e a inclinei para lhe dar um refil.

"Obrigado", ele disse timidamente. Ele sempre ficava vermelho vivo desde as raízes de sua linha fina até o peito quando falava comigo.

“De nada, Hansel. Vou deixar sua conta aqui,” respondi.

Comecei a sair e ele deixou escapar: "Se as coisas não derem certo com os outros, estou livre neste fim de semana".

Eu estaria disposto a apostar que Hansel estava livre na maioria dos fins de semana. Eu simplesmente sorri para ele e assenti. Eu não sabia as palavras corretas para dizer lá. Meus olhos rapidamente dispararam para Christopher, que estava cobrindo a boca discretamente com a mão. Seus olhos dançaram de rir. Ele estava rindo... E tentando esconder isso.

O Christopher que eu conheço não se importaria com os sentimentos de Hansel. Eu fiquei lá olhando para ele novamente confusa. O calor em seus olhos quando ele olhou para mim fez meu peito parecer engraçado. Não era algo que eu estava familiarizado. Foi bom. Não... Melhor que legal. Era como se eu tivesse mergulhado em um banho de hortelã-pimenta. Eu estremeci.

"Jesus", Diesel murmurou enojado enquanto se afastava.

Eu o ignorei porque ele não entendeu. Christopher Uckermann não foi apenas o primeiro homem em quem confiei em amar, ele também foi o primeiro em muitas coisas. Ele foi o primeiro homem com quem me senti segura. Aquilo era importante para mim. No momento, eu estava sentindo algo novo e não podia dar um nome a isso. Talvez não precise de um nome ou explicação. Eu só não queria que isso desaparecesse. Com Christopher, você nunca sabia quando ele iria embora.