Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Christopher

Depois que o jantar esvaziou e Dulce colocou cadeiras em cima de mesas, eu levantei e fiz o mesmo. Ela fez uma pausa e me observou por um momento. Eu sorri e continuei. Ela me deixou para terminar, depois começou a aspirar o chão para poder limpá-los.

Gasoline entrou uma vez, mas se virou e saiu. Dulce não pareceu notar e eu sabia que ele estava decepcionado. Ele queria a atenção dela. Fiquei feliz por ela nem sequer ter que fingir não se importar. Tínhamos o suficiente para trabalhar. Outro cara teria dificultado as coisas. Não que eu não tivesse lutado por ela e vencido, porque eu teria. Fiquei feliz por não ter sido um obstáculo. Eu não queria me concentrar em coisas de drama com outro cara quando soube que Dulce tinha uma vida inteira de danos para se recuperar. O lembrete de tudo que li me fez sentir mal novamente. Engoli em seco e respirei fundo

Eu sabia que agarrá-la e abraçá-la enquanto eu exigia que ela resolvesse isso, chorar, lamentar, me bater, todas as coisas que eu queria que ela fizesse, não eram a maneira de lidar com isso. Até eu sabia disso. Eu tinha certeza de que, uma vez que ela soubesse que eu tinha lido seu diário, ela ficaria furiosa. Descobrir como quebrar isso para ela sem ela me empurrando para fora de sua vida era importante. Não que ela pudesse se livrar de mim, mas lutar para ficar só tornaria isso mais difícil.

"Estou voltando para casa", anunciou a senhora mais velha enquanto entrava na sala de jantar da cozinha. “Depois que isso é limpo, vocês dois continuam. Eu acho que vocês têm coisas para discutir que, espero, terminem em beijos. Diesel vai lidar com toda a parte de trás. Não há necessidade de ajudá-lo esta noite, Dulce.”

Dulce olhou para mim antes de se virar para o chefe dela. “Obrigada Ethel. Mas você tem certeza? Não me importo de ficar para ajudar."

Ethel acenou com a mão e estremeceu. “Vá para casa, criança. Este homem esteve esperando por você a noite toda.”

Dulce finalmente assentiu. "OK."

Ethel então olhou para mim. "Você", ela apontou. "Esta é a sua última chance. Você deixa nossa garota chateada, chorando ou amaldiçoando as pessoas de novo e eu não vou deixar você perto deste lugar. Está na hora de você fazer o que precisa ser feito."

A mulher estava certa, é claro. "Amaldiçoando as pessoas?" Eu perguntei em vez de concordar.

Ethel assentiu. "Sim! Disse Diesel imediatamente. Que ele tenha tudo de bom, então ela tentou sair. Ela estava em condições de ser amarrada quando você saiu. Não tenho tempo para esse drama, exceto nas novelas que assisto. Coloque apenas tudo o que pertence.”

Dulce abaixou a cabeça, sacudindo-a rapidamente. Suas bochechas estavam um pouco rosadas novamente. Eu segurei minha risada. Gostei que ela tenha amaldiçoado Diesel. Ele mereceu. Eu não tinha ideia do que diabos ele tinha dito, mas achei que ele precisava de um bom chega pra lá.

“O balde de esfregão está bem naquele armário, assim como o esfregão. Por que você não para de olhá-la como se quisesse dar uma mordida e começar a esfregar atrás dela enquanto ela aspira. Então vocês dois podem sair daqui mais rápido.”

Eu gostei muito dessa ideia. Sem mais nenhum incentivo, fui ao armário e encontrei exatamente o que ela disse que eu faria.

“Continue agora. Deixe ele fazer isso,” eu a ouvi dizer a Dulce.

Houve alguns sussurros, então a porta se fechou atrás de Ethel.

Parei de encher o balde com água e encontrei Dulce me observando. Seus olhos cheios de perguntas, dúvidas e medos. Eu odiava que ela me olhasse assim, mas o que eu deveria esperar? Ela ficou decepcionada a vida inteira. Negligenciada. Escolhida por último e nem um pouco. Eu não estava melhor.

Mesmo quando estávamos juntos, eu não era capaz de ser exclusivo. Recusei-me a permitir que meu coração pertencesse a uma mulher. Eu dormi por perto e ela ficou esperando qualquer atenção que eu desse a ela. Eu a tomei como certa.

Eu me odiava.

"Você vai aspirar?" Eu perguntei a ela.

Ela suspirou e depois assentiu.

Eu queria dizer muitas coisas, mas não aqui. Não quando é mais provável que tenhamos um ouvinte à porta. Não quando eu não podia segurá-la e prometer-lhe para sempre. Eu sabia que minhas palavras não seriam suficientes. Ela precisaria de ações. E mesmo assim levaria tempo. Mas eu tinha todo o tempo do mundo. Eu provaria a ela que ela podia confiar em mim.

Nós limpamos em silêncio. Não foi até terminar e as coisas foram guardadas que Dulce se virou para mim. "Tudo está pronto", ela disse simplesmente.

"Pronto para ir?" Eu queria que ela andasse comigo na minha caminhonete, mas estava carregada e o diário dela ainda estava no meu banco da frente.

"Sim."

"Eu seguirei você", disse a ela.

Ela olhou por cima do meu ombro para a minha caminhonete estacionada na frente. "Você comprou isso de Joe Kirk, não comprou?"

"Sim. Ele o tinha à venda em seu quintal há cerca de um mês.”

Ela continuou encarando-o por mais alguns segundos, depois voltou a olhar para mim. "Você comprou uma caminhonete." Não era uma pergunta. Foi mais um comentário feito em descrença.

Fechei o espaço entre nós e deslizei minha articulação sob o queixo dela. "Eu vou ficar onde você estiver."

A esperança em seus olhos estava misturada com dor. Eu percebi que sempre houve dor por trás de cada expressão que ela tinha. Mesmo quando ela sorria ou ria estava lá. Ninguém nunca notou. Nem Dixie. Nem eu.

Ela queria que a gente visse? Outra pergunta para a qual eu precisava de resposta, mas não tinha certeza de que poderia lidar. No momento, meu ódio era forte. Toda ação, toda decisão egoísta que eu já tomei sobre Dulce me assombrou. A vida foi longa o suficiente para acertar? Eu não tinha certeza se isso era possível. Mas dane-se se eu não tentaria.

"Vejo você no trailer", disse ela lentamente. Mesmo agora eu podia ver a incerteza. Como se ela pensasse que eu poderia ir embora. Mais merda que eu trouxe para mim.

Eu a segui pela porta da frente e vi como ela a trancou atrás dela. Eu sabia que ela estava estacionada nos fundos, mas propositalmente não estava saindo dessa maneira para evitar Diesel. Eu a teria seguido se ela tivesse. Ela provavelmente sabia disso. Eu não lutaria com ele. Não importa o que ele disse. Minha raiva estava concentrada apenas em um grupo de pessoas. Eu não tinha mais nada contra para mais ninguém. Especialmente alguém que viu que Dulce valia a pena proteger.

Ela parou na calçada. "Meu carro está lá atrás."

Eu fiquei ao lado dela. "Eu sei."

Ela esperou um momento, depois acenou com a cabeça na minha caminhonete. "Você está estacionado lá."

"Eu estou. Mas se você acha que não vou levá-lo até o seu carro, sou um filho da puta ainda maior do que me dar crédito.”

Ela torceu o nariz como se estivesse confusa, depois deu de ombros. Quando ela começou a andar de novo, dei um passo ao lado dela. Eu podia ouvir as perguntas silenciosas se agitando em sua mente. As perguntas queriam irromper, mas ela as controlava.

Quando chegamos ao carro dela, eu abri a porta para ela quando ela clicou nas fechaduras do controle remoto na mão. "Vejo você em alguns minutos", assegurei que ela inclinou a cabeça para pressionar um beijo em seus lábios. Uma simples pressão da minha boca na dela. Nada apaixonado ou exigente. Apenas a conexão. Promessas não ditas.