Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Dulce

Mesmo que ele esperasse até que eu saísse do trabalho, depois esfregasse o chão, eu ainda tinha visto os faróis no meu espelho retrovisor esperando que ele partisse a qualquer segundo. Eu pensei em vê-lo se virar e sair correndo. Christopher era bom em mudar de ideia. Como esta manhã, por exemplo. Recusei-me a acreditar que ele desistiu de planejar comprar sua própria caminhonete, largou o emprego e se mudou para Robertsdale.

Essa ideia teve que surgir durante o caminho de volta para casa. Ele não seria feliz aqui. Ficar excitado era perigoso e eu não faria isso. Eu deveria mandá-lo para casa agora. Salve-me a dor no coração. Eu não achava que tinha o poder de afastá-lo. O que eu queria agora era envolver meus braços em volta dele e me segurar. Finja que ele estava lá para sempre, como ele disse que estava.

Balançando a cabeça com o pensamento bobo que eu me olhei no espelho desta vez. "Coloque sua cabeça em linha reta, Dulce." Eu sussurrei, depois desliguei o carro e saí.

Christopher já estava estacionado e parecia que ele estava descarregando sua caminhonete. Fiz uma pausa e vi como ele carregava duas caixas de papelão em minha direção. “Eu trouxe o que você é... Mãe... Não doou". Eu fiquei tensa quando ele disse mãe não porque a menção a ela me afetou assim, mas a maneira como ele disse. Quase como se dizer que a palavra era tão desagradável que era difícil dizer. O que ela disse a ele?

"Por que você foi lá?" Eu perguntei um pouco em pânico com todas as coisas cruéis que minha mãe poderia ter dito a ele sobre mim.

Ele parou na minha frente. Seu olhar firme. Havia segurança em seus olhos. Como se ele soubesse que eu precisava disso agora. "Porque se essa cadela tinha alguma coisa sua, eu queria que você a tivesse."

Ela disse algo para ele. Não havia aversão em sua voz. Isso foi ódio e nojo. "Oque ela disse para você?" Eu deixei escapar a pergunta enquanto o medo começou a me arranhar. Ela poderia lhe dizer coisas terríveis. Se ela tivesse, ele não estaria aqui, estaria?

“Nada vale a pena repetir. Ela é uma pessoa doente, egoísta e nojenta. Estou feliz que você tenha escapado dela. Entendo sua afeição por esse,” ele acenou com a cabeça para o trailer, “local”. Ele terminou sem bater desta vez. "Eu preferiria isso também. Inferno, eu prefiro uma dessas caixas e um beco escuro do que morar na mesma casa que ela."

A ideia me fez rir. Não era engraçado, mas era exatamente como eu me sentia. O canto da boca dele se levantou, mas a tristeza em seus olhos não combinou. De onde isso veio?

"Vamos colocar isso lá dentro. Eu tenho outro, então minhas coisas. Eu quero fazer isso para que eu possa te abraçar.”

Comecei a caminhar em direção ao trailer quando ele começou a falar, mas seu último comentário me fez parar no meio do caminho. Eu quase tropecei. Me abraçar? Eu estava dormindo? Eu acordaria logo e tudo isso seria um sonho. Nesse caso, eu ficaria arrasada.

Forçando-me a continuar andando, destranquei a porta e Christopher sentou as caixas lá dentro. Quando ele passou por mim no caminho de volta para fora, ele parou, inclinou-se e deu um beijo nos meus lábios novamente. Nada exigente. Apenas um beijo. Um beijo dolorosamente doce.

Foi depois que ele estava pegando as outras coisas do caminhão que eu finalmente ofeguei por ar. Eu estava prendendo a respiração. Minhas pontas dos dedos tocaram meus lábios e eles estavam formigando. Foi uma nova sensação. Christopher Uckermann estava sendo... Doce. Sem exigências. Sem exigências sexuais brutas. Apenas toques suaves. E estava balançando o meu mundo. Eu não me senti equilibrada.

As caixas estavam no meio da pequena área e eu vi um grande D escrito na frente. Eu não tinha ideia do que ela decidiu não dar para caridade. Eu estava quase com medo de olhar para dentro. Mas eu tive que encarar isso. O que quer que ela guardasse, eu precisava decidir se eu ia ficar. Não com Christopher aqui me observando. Eu teria que encontrar tempo sozinha.

Christopher voltou com outra caixa e sentou-a. Então, a mochila em seu braço, ele caiu sobre a mesa que estava embutida na parede esquerda do campista.

"O resto pode esperar", disse ele com a voz baixa.

Abri minha boca para perguntar quais eram seus planos, mas suas mãos apertaram minha cintura e ele me puxou para perto dele. Não é difícil. Não é áspero. Mas com mais gentileza do que eu esperava dele. Muito parecido com os beijos dele hoje à noite.

Os olhos de Christopher seguravam algo que eu não conhecia. Eu não conseguia desviar o olhar deles. Eles fizeram meu interior parecer macio e mole. O desejo de se enroscar contra Christopher e se agarrar a ele era esmagador.

Ele recuou e sentou no pequeno sofá atrás de nós, trazendo-me com ele. Como se ele lesse meus pensamentos, ele me puxou para seu colo e me segurou. Eu disse isso em voz alta? Eu esperava que não... Mas, novamente, ele estava fazendo exatamente o que eu queria. E foi incrível. Com Christopher, qualquer toque no passado levou ao sexo. Eu nunca senti que ele não estava trabalhando para tirar minha calcinha. Não que ele já tenha tentado muito. Nesse momento, a tensão sexual havia sido substituída por outra coisa, mas igualmente poderosa.

Sua mão veio e segurou o lado da minha cabeça e a pressionou contra seu peito. Suspirei enquanto descansava lá. Ouvindo as batidas do seu coração. Conteúdo. Seguro. Era como se os demônios na minha cabeça não pudessem me trazer aqui. Tudo o que eu queria pensar era em como ele se sentia bem, em quanto eu gostava de ouvir o som dele respirando e em quanto poder ele tinha para me esmagar.

"Dulce", ele disse baixinho, sua boca tão perto do meu ouvido que senti o calor de sua respiração.

"Hmm?" Eu perguntei, incapaz de formar palavras enquanto tremia de arrepios a sensação dele me segurando e dizendo que meu nome me dava.

"Eu te amo."

Três palavras. Três palavras simples. Ouvir Christopher Uckermann diz que eu sabia... Eu sabia que não era possível. Eu temia que isso fosse um sonho. Um dos muitos que eu havia escapado na minha vida. Muitas vezes, eles eram mais fortes que outros. Era como se minha psique soubesse quando eu precisava escapar da realidade e me segurasse no meu sonho por mais tempo.

Este foi um daqueles sonhos. Eu queria acreditar que era real, mas o sonho arruinou tudo ao fazer Christopher dizer palavras impossíveis. Lágrimas picaram meus olhos e soluços começaram a fazer meu peito tremer. Eu acordaria agora. Chorando sozinha na minha cama.

Os braços de Christopher se apertaram mais ao meu redor e as lágrimas ficaram mais fortes. O ofegar por ar enquanto eu esperava que isso fosse arrancado de mim. Minha vida jogada de volta na minha cara. Por mais que eu confiasse nesses sonhos para me dar felicidade, quando eles terminassem, era difícil desistir.

Estendi a mão e agarrei seus braços e segurei firme. Como se o sonho não pudesse me afastar dele, se eu o segurasse. Seus músculos flexionaram sob o meu toque e sua mão roçou minha bochecha. Os soluços só pioraram. Como eu faria isso depois de ter experimentado isso? Que injusto. Meu subconsciente não estava pensando em como isso arruinaria o progresso que eu tinha feito vivendo sozinho.

"Dulce", a voz de Christopher me assustou. Ele ainda estava aqui. Eu ainda não estava acordada. Antes que o sonho acabasse, eu me endireitei em seu colo, agarrei seu rosto e pressionei minha boca na dele. Desesperada para prová-lo. Se eu tivesse que acordar sozinha, pelo menos teria a memória remanescente de Christopher nos lábios.

Ele não abriu a boca imediatamente, mas com a ponta da minha língua eu tracei seu lábio inferior e com um gemido, sua boca se abriu. O sal do meu rosto cheio de lágrimas se misturou com a hortelã e o refrigerante em seu hálito. Movendo-me sobre ele, eu montei em seu colo e passei minhas mãos em seus cabelos com fome de tocar o máximo que pude antes que terminasse.

A relutância não era como Christopher, e, embora tenha notado, eu não conseguia desacelerar o tempo suficiente para descobrir o que estava errado. Eu não confiava no meu cérebro. Se eu parasse, abriria os olhos e isso terminaria.

A ereção de Christopher pressionou seu jeans. Esfreguei-o desejando ter pensado em ficar nua nesse sonho e ainda não estar usando minhas roupas de trabalho fedorentas. Meus shorts não eram longos, mas tinham tecido suficiente para manter minha área sensível bloqueada pela conexão pela qual estava doendo.

"Dulce", sua voz estava tensa quando ele se afastou do meu ataque em sua boca.

Eu lutei para travar minha boca na dele novamente, mordendo seu lábio inferior quando ele gemeu novamente, levantando seus quadris para esfregar sua ereção contra mim. Eu gemia de prazer e comecei a balançar contra ele.

Um grunhido veio de seu peito, e então sua boca se foi e ele também. Eu olhei para ele ofegando enquanto ele me segurava pela cintura no comprimento do braço Não era assim que eu queria que esse sonho fosse.

"Jesus", disse ele, olhando para mim enquanto seu peito subia e descia rápido e duro.

"Não pare", eu disse lutando para alcançá-lo novamente.

"Dulce, espere, não, apenas espere." Ele parecia dolorido. Isso chamou minha atenção. Havia dor nos olhos dele antes. Por que eu estava sonhando que Christopher estava sofrendo ou triste? Isso não se encaixou.

Fechei os olhos e balancei a cabeça.

"Dulce." A mão de Christopher tocou minha bochecha. "Baby, você está bem?"

Abri lentamente os olhos e ele estava lá.

"Eu não sei. Não vou acordar,” falei para ele.

Ele franziu a testa. "Acordar?" ele perguntou.

Eu assenti. "Sim. Eu não consigo acordar. Enquanto estou dormindo, quero você dentro de mim. Você se foi quando eu acordar.”

Seus olhos se arregalaram, então ele se moveu e se ajoelhou na minha frente. Seu olhar me segurando como se ele nunca fosse embora. "Por que você acha que está dormindo?"

Isso foi simples. "Você disse que me amava. Você só diz isso quando estou sonhando.”