Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Christopher

Eu não podia me sentar. Parado na janela, olhando para o estacionamento do hospital, pressionei o número de Dulce novamente. A décima vez desde as seis da manhã e ainda não há resposta.

"Porra!" Rosnei enquanto colocava o telefone de volta no bolso com mais força do que o necessário. Por que ela não respondeu? Eu tinha deixado um bilhete no meu travesseiro. Quando ela acordou e se virou para me procurar, ela veria lá. Telefonei para garantir que ela acordasse a tempo do trabalho. Então tentei novamente antes que ela devesse ter chegado ao trabalho. Sem resposta.

Puxando meu telefone, procurei o número do restaurante. Pressionando no Google, o serviço de merda que eu tinha aqui parou e esperei antes que finalmente acontecesse. Eu deveria ter acabado de acordá-la quando recebi a ligação. Mas, quando você recebe uma ligação às cinco da manhã, dizendo que seu irmãozinho caiu de um mustangue selvagem, ele não tinha nada a ver e ele teve sangramento interno, possível lesão medular, crânio fraturado e teve que ser revivido três vezes na ambulância e está entrando em cirurgia de emergência... Você não pensa. Você reage. Peguei as roupas, coloquei-as e rabisquei rapidamente “Dallas está machucado. Muito. Ligue para mim,” deixei no travesseiro e corri para o meu caminhão. Não tive tempo para acordá-la e explicar qualquer coisa. Eu tive que chegar a Moulton.

"Bright Eyes Diner", respondeu uma mulher com pouco entusiasmo.

"Posso falar com Dulce Espinoza, por favor?" Eu perguntei, ansioso para ouvir a voz dela. Eu precisava explicar por que ela acordou com apenas uma nota.

"Ela não está hoje. Tirando um dia de folga,” disse a senhora, depois a ligação terminou. Nenhuma explicação. Nem mesmo um adeus. Eu segurei o telefone na frente do meu rosto e olhei para ele. Um dia de folga? Ela ligou? Ela estava doente? Porra!

Eu disquei o número novamente.

"Bright Eyes Diner", disse a mesma mulher.

“Este é Christopher Uckermann. Acabei de ligar pedindo Dulce.”

"E eu disse que ela não estava aqui..."

"Eu sei! Não desligue. Eu tenho uma pergunta. Ela está doente?" Eu perguntei.

"Não, ela não está doente. Só cansada.”

Abri a boca para perguntar se ela havia ligado e com quem tinha falado, mas a mulher desligou na minha cara novamente. Que diabos? Isso foi uma piada? Quem fez isso?

Tentei ligar para o celular de Dulce novamente e não obtive resposta.

"Ainda em cirurgia, mas o médico assistente saiu para nos avisar que não há sangramento interno", disse Asher enquanto se posicionava ao meu lado.

Eu queria estar aliviado, mas como diabos eu poderia? Eles o reviveram. Trouxe-o de volta à vida, três vezes. Um já era ruim o suficiente. O fato de ele estar em coma ou paralisado me aterrorizou, mas e se for pior? E se ele não conseguir?

Eu olhei para trás na sala de espera. "Como está a mamãe?" Eu perguntei. Em todos os meus anos, nunca vi minha mãe chorar como tinha visto hoje.

"Ele é o bebê dela, Christopher", foi tudo o que Asher disse. Ele não precisava dizer mais nada. Isso foi o suficiente. Ela não estava lidando com isso. Ela estava desmoronando a cada minuto que o colocavam em cirurgia.

"Você sabe se Dixie teve alguma sorte em receber Dulce no telefone?" Eu perguntei a ele.

Ele balançou a cabeça, franzindo a testa. "Não. Ela ainda não respondeu a você? Você tentou o trabalho dela?”

“Duas vezes e a velha mulher que atende o telefone me responde uma palavra e desliga. Ela não está no trabalho hoje. Tirando um dia de folga. Estou prestes a ligar novamente e perguntar quando eles falaram com ela. Talvez ela esteja indo para cá. Mas por que ela não responde?"

Asher estava estoico enquanto olhava para frente. "Tenho certeza que ela está bem. Provavelmente problemas de telefone.”

Liguei para o restaurante novamente.

"Bright Eye's Diner", disse a mulher. Jesus! Ninguém mais poderia atender o telefone filho da puta?

"A que horas Dulce ligou para o trabalho e com quem ela falou?" Eu perguntei firmemente.

A mulher suspirou como se eu fosse a pessoa irritante. “Alguém por favor pode responder a todas essas malditas perguntas! Tenho pão de milho para fazer!” Ela gritou alto e o telefone soou como se ela o tivesse deixado cair no bar ou na mesa.

Eu esperei, esperando que alguém com algum senso de merda atendesse.

"Posso ajudar?" Perguntou Ethel. Graças a Deus.

"É Christopher Uckermann. Amigo de Dulce,” falei rapidamente. "Não consigo ligar para Dulce e fiquei pensando se você poderia me dizer quando ela ligou e com quem falou com ela?"

“Bem, agora eu liguei para ela. Várias vezes antes de eu a acordar. Passava das oito, acho. Ela estava se desculpando e eu disse a ela para não se preocupar. Eu sabia que todos deveriam ter tido uma noite cheia de aventura. Disse a ela para não entrar. Para tirar um dia de folga. Agora, por que você não está com ela? Não me diga que você fugiu de novo porque garoto, eu peguei uma arma e sei como usá-la.”

Ela dormiu demais. Ela estava bem. Por que ela não estava respondendo?

“Recebi uma ligação às cinco da manhã. Meu irmãozinho caiu de um mustangue selvagem. Ele está em estado crítico e em cirurgia. Não tive tempo de explicar que tinha que chegar aqui. Liguei para ela um milhão de vezes e não recebi resposta. Estou preocupado com ela, mas estou a quatro horas de distância."

“Oh meu Deus! Por que diabos o garoto pegaria um mustangue selvagem?” Ela perguntou.

Não tive tempo de entrar nisso com Ethel. Eu só precisava que ela encontrasse Dulce para mim.

"Não sei senhora. Você pode conferir Dulce?” Eu repeti.

"Certo. Eu vou lá agora. Mas imagino que ela esteja dormindo. A garota não descansa o suficiente. Eu provavelmente deveria levá-la um pouco de comida. Duvido que ela tenha comido uma mordida. E quando eu contar a ela sobre o que aconteceu com seu irmão, ela vai querer seguir por esse caminho. Ela vai precisar de comida. Você continue aí e fique com sua família. Filhos, seus pais ainda estão vivos?"

Por que as pessoas mais velhas queriam conversar tanto? Ela estava perdendo tempo. "Minha mãe sim, senhora."

“Você a abraça forte. Abençoe-a. Isso é assustador. Perdi meu Hugh quando ele era jovem. Mas não vamos falar sobre isso. Você vai ser forte por sua mãe e eu cuidarei de Dulce por você.”

"Obrigado..." A ligação terminou. Balancei a cabeça e enfiei no bolso. Todo o maldito lote naquele restaurante era louco.

"Você conseguiu alguma ajuda desta vez?" Asher perguntou virando a cabeça para me estudar.

"Sim. Ethel. A chefe dela. Ela foi checá-la.”

Ele me deu um aceno de cabeça, em seguida, inalou profundamente e voltou para os outros. "Se ele... Se ele não conseguir,” Asher disse as palavras em baixo, para que ninguém mais o ouvisse. A hesitação continha mais emoção do que qualquer lágrima ou expressão. Asher estava segurando, mas não muito. "Mamãe não poderá viver sem ele. Não acho que ela possa perder um filho e sobreviver.”

Eu não aceitaria a possibilidade de Dallas não conseguir. Asher era o mais velho. Ele assumiu a posição de pai desde que éramos jovens. Depois que papai se foi, foi Asher quem nos ensinou a dirigir o trator, usar a serra, dirigir a caminhonete, construir uma cerca. O fato de ele sentir que precisava se preparar para o pior, porque ele pode ter que nos manter juntos não foi bom.

Steel, Christovão e eu crescemos. Ele não precisou mais assumir a responsabilidade por nós. Mas, na cabeça dele, ele não deixou passar.

"Ele é forte. Um lutador. Ele conseguirá,” eu disse com firmeza. Então, pelo amor de Asher, eu disse: "Mas se ele não o fizer. Isso não está nos seus ombros. Somos homens crescidos, Asher. Não são garotinhos que você precisa reunir e instruir. Todos estaremos lá para mamãe.”

A emoção em seu olhar se libertou por um breve segundo antes de sua máscara estoica retornar. Eu vi o medo dele. Não estávamos prontos para enterrar um irmão. Nós enterramos nosso pai. Mas isso não devemos ter que fazer. Dallas era o mais novo. Ele seria o único a nos enterrar um dia, quando éramos todos velhos carecas e enrugados.