Fanfic: Irmãos ao sul do Mason Dixon - Vondy(finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, Romance

Christopher

"Você soube da chefe de Dulce?" Christovão me perguntou.

Eu balancei minha cabeça enquanto estava com as mãos enterradas nos bolsos da frente do meu jeans. Dallas estava em cirurgia há mais de seis horas. Tudo o que sabíamos era que não havia sangramento interno. Ethel não respondeu sobre Dulce e, quando liguei novamente, a mulher que respondeu desligou antes que eu conseguisse uma frase completa. Ela simplesmente disse: Estamos ocupados.

“A hora do almoço acabou. Ela provavelmente estava ocupada. Não deve ter sido uma emergência. Dê algum tempo. Tenho certeza que ela ligará." A tentativa de Christovão de tentar me confortar teria sido legal se eu não fosse uma porra de nervos.

Dulce não estava atendendo o telefone. Meu irmão estava em cirurgia lutando por sua vida por causa de um maldito mustangue selvagem que eu disse para ele ficar longe e não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo. Como eu iria embora até saber como Dallas era? Eu não sabia se havia algo errado com Dulce. Ela não respondeu nem ligou. Inferno, ela poderia estar com raiva que eu fugi. Nenhuma dessas coisas me justificava sair do hospital quando minha família estava esperando por notícias sobre Dallas.

"Sim", eu finalmente murmurei. Eu não acreditava nisso. Ethel já deveria ter telefonado agora. Algo estava acontecendo. Algo que ninguém estava me dizendo.

Ficamos em silêncio. Eu assisti enquanto Steel passeava pela janela em que eu estava antes. Mamãe sentou na cadeira com a cabeça abaixada e os lábios se movendo em oração silenciosa. Asher parou em um canto conversando com Dixie em um sussurro. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, mas na nossa frente ela tentou parecer forte.

Peguei meu telefone para verificar mais uma vez. Nada. Não é um texto. Não é uma ligação. Nada.

Mordi a maldição que queria gritar de frustração. Eu precisava saber que Dulce estava a salvo. Eu deveria ter me acalmado e pensado sobre as coisas esta manhã. Essa nota não foi suficiente. Fiquei tão excitado e aterrorizado que corri. Meu único pensamento era que eu tinha que vê-lo. Eu não queria perder meu irmão e com certeza não queria perdê-lo sem vê-lo mais uma vez. Para dizer a merda, eu deveria ter dito a ele quando tive a chance.

O médico entrou na sala de espera enquanto eu lutava para controlar minhas emoções e nada mais importava no momento. Todos nós paramos. Ninguém falou. Com medo de dizer qualquer coisa, esperamos. Oramos. Parei de respirar. Qualquer coisa para salvar Dallas. As próximas palavras ditas sabíamos que seriam as mais poderosas que ouvimos desde que nosso pai morreu.

"Ele veio", disse o médico. Mas isso não foi suficiente. Todos nós permanecemos em nossos lugares. Esperando por mais. Isso significava que ele iria viver? Isso significava que ele ainda estava em estado crítico? Precisávamos de mais detalhes.

“Dallas sofreu uma fratura no crânio. Não é o pior que eu já vi, mas também não há nada para afastar. Ele está em coma induzido por medicação e ficará por algumas horas até alguns dias. O cérebro está se ajustando. Curando. Ele não vai ficar assim."

Meu peito relaxou. O oxigênio começou a fluir mais facilmente. Ainda esperávamos a imagem completa.

“Dallas sofrerá de monoplegia. Não por causa de uma lesão na coluna, mas por causa de uma lesão cerebral. Embora ele esteja dolorido e machucado, não foi um problema na coluna."

"Então ele não ficará paralisado?" Asher perguntou com a esperança que todos nós tínhamos, mas estávamos com muito medo de perguntar.

"Monoplegia é paralisia."

Essas três palavras tiraram o vento de todos nós. Sem som. Silêncio. Dallas nunca aceitaria uma vida em que estivesse paralisado. Inclinando-me na cintura, coloquei as mãos nas coxas e respirei fundo. Ele estava vivo. Eu tive que me concentrar nisso.

“A monoplegia é uma paralisia de um membro. Pelo que vimos antes da cirurgia, Dallas não consegue mover as pernas. Isso pode ser temporário. É muito comum uma lesão cerebral e com a fisioterapia muitas pessoas recuperam o uso dos membros ou pelo menos uma grande quantidade de uso. Se não todos."

Ninguém disse uma palavra. Ficamos ali, observando. Tentando imaginar um mundo em que nosso carismático e lindo irmãozinho estava paralisado. Parecia impossível. Como um pesadelo.

"Ele vai viver?" Mamãe perguntou.

O médico assentiu. “Dallas não está mais em perigo. Ele se recuperará e, sim, sra. Uckermann. Seu filho vai viver.”

Com essas palavras, mamãe soltou um grito e se agarrou a Asher, que estava de pé ao lado dela. O médico olhou para Asher, que assentiu. "Obrigado. Por salvar Dallas”, ele disse. Todos queríamos dizer isso, mas apenas Asher tinha força.

O médico sorriu. “Esse garoto é um lutador. Acho que ele nunca pensou em morrer. Eu nunca vi alguém lutar tanto para viver."

Mamãe chorou mais e Steel apareceu do outro lado dela e a segurou lá. Ela pegou a mão dele e apertou-a. Seus dois filhos mais velhos a seguraram. Apoiou ela. Christovão e eu olhamos um para o outro.

Depois que o médico foi embora, a sala ficou em silêncio, exceto pelos gritos suaves vindos de mamãe. Eu não sabia a coisa certa a dizer. Eu não era bom nesse tipo de coisa.

"Ele vai viver. E com sua determinação, ele estará andando no Natal”, disse Christovão.

O toque do meu telefone interrompeu mais alguma coisa e tirei-o do bolso.

"Olá", eu disse, precisando de boas notícias. Precisando saber que Dulce estava bem.

“Tivemos uma multidão de almoços ocupada. Sem Dulce estar aqui, temos pouco pessoal. Eu tive que ficar. Imaginei que ela estava dormindo. Ela ficaria bem. Depois que o almoço terminou, fui até o trailer dela. Dirigi e seu carro sumiu, mas a porta da frente estava aberta. Para qualquer um entrar. Eu carrego uma arma e agarrei-a. Meu coração estava batendo forte enquanto eu caminhava para a porta. Cheguei lá e vi a bolsa dela sentada ali em cima da mesa com o telefone. Quando liguei para ela, ela não respondeu. Eu olhei por todo o lugar minúsculo e ela não estava lá."

Ethel estava falando sobre chamar a polícia e perguntar aos vizinhos que eu achava que estavam chapados demais para ajudar. Vi Asher se afastar de mamãe e atender um telefonema antes de finalmente parar a sentença interminável de Ethel. "Você não pode encontrá-la e o carro dela se foi?" Eu perguntei, precisando saber se essa era a base do que ela sabia.

"Sim, e os policiais não acham que é jogo sujo, porque a bolsa e o dinheiro dela e tudo estão bem aqui. Ninguém tocou. Mas por que ela deixaria tudo isso? Sair e deixar a porta aberta? Algo não está certo."

Eu concordei. Eu estava prestes a pedir para falar com um oficial quando Asher parou na minha frente. Puxei o telefone da orelha para o caso de Ethel tentar começar a falar novamente sobre merdas sem sentido.

"A delegacia de Moulton tem Dulce", disse ele.

Larguei a mão segurando o telefone e esperei por mais. Como os policiais aqui conseguiram Dulce se ela estava em Robertsdale?

"Por quê?" era tudo que eu conseguia pensar em perguntar enquanto meu cérebro lutava para descobrir.

"Incêndio criminoso", ele disse simplesmente. "Casa dos pais dela."

Essas foram apenas quatro palavras. Mas Asher não tinha ideia do que elas significavam para mim. Eles explicaram tudo.

"Ela está se recusando a vestir as roupas que estão fornecendo. Tudo o que ela estava vestindo quando chegaram lá foi uma camiseta preta de vários tamanhos grandes.” É isso aí, ele terminou de levantar as sobrancelhas.

Eu não precisava de detalhes. Eu só precisava chegar até ela. Estava na hora dela ser protegida. Eu ficaria condenado se deixasse os malditos bastardos que a levantaram fixarem essa merda nela. Ela não sofreria pena de prisão. Eu iria para a prisão por ela, se fosse necessário. Foda-se o maldito sistema. Eles não sabiam o que ela havia vivido.

“O carro dela foi encontrado dentro dos limites da cidade, na beira da estrada, sem combustível. Eles disseram que ela caminhou até a casa dos pais, depois usou fósforos e..." Ele franziu a testa antes de continuar. "Um diário para iniciar o incêndio. Ou algo assim. Agora está cinza, mas a mãe disse que começou o incêndio com um diário."

Meu coração bateu contra o meu peito com essas palavras. Eu comecei a correr Não houve tempo para explicar. As palavras não puderam chegar adequadamente a eles exatamente o que significava o significado das palavras dele. A menos que eu lhes conte os segredos dela e não faria isso. Nunca.

"Christopher!" Christovão chamou. Não parei nem me virei. "Você precisa de mim?" ele adicionou.

Não ‘Ela não vale a pena’ ou ‘Você não pode deixar Dallas’, mas ‘Você precisa de mim?’

Se eu fosse um homem sensível, poderia ter chorado com isso, mas não era. Parei de correr, virei-me para o homem que não era apenas meu irmão, mas meu irmão gêmeo. “Eles merecem. O que quer que ela tenha feito, eles mereceram. Agora ela precisa ser protegida. É isso que eu vou fazer."

Christovão não hesitou. Ele assentiu. "Me liga. Se você precisar de ajuda. Apenas ligue.”

Fiquei ali por um segundo para deixar isso entrar. Não eram apenas palavras. Foi perdão. A única maneira que um garoto de Uckermann sabe como entregá-lo.

"Eu vou", eu disse. Sem mais um momento de folga, continuei correndo até minha caminhonete, depois quebrei todos os limites de velocidade da cidade até estacionar minha caminhonete no estacionamento da delegacia.