Fanfic: Vida Adulta | Tema: RBD; Amor; Amizade; Romance; LGBT

Capítulo 81

Chegando no consultório, Maite faz vários exames pra ver se estava tudo bem com o menino e por fim acaba chegando à conclusão de que não tinha acontecido nada. 

- E então tia? Já posso ir embora? - pergunta Rodrigo impaciente.

- Pode sim, está tudo bem com você! Mas não vai querer que eu te pague o lanche que eu prometi? - pergunta Maite.

- Quero sim! - ele fala com os olhos brilhando.

Maite não consegue deixar de rir.

***

Ela leva o menino até o McDonald's mais próximo e compra o lanche com batata frita que ele escolhe. Ele come com tanta vontade que Maite pensa que ele poderia se engasgar.

- Nossa, você tava mesmo com fome né?

- É que já fazia algum tempo que eu não comia, desde que eu fugi… - ele começa a falar, mas logo para.

- Você o que? - pergunta Maite querendo saber o resto da história.

- Nada não. - ele fala tentando encerrar o assunto e logo volta a comer.

Ele termina de comer e Maite, vendo que ele tinha devorado o lanche, pergunta: 

- Quer mais um? 

- Querer eu quero, mas não quero abusar… - ele fala envergonhado.

- Imagina! Não tem problema! Eu te compro mais um lanche. Mas com uma condição.

- Qual? - ele pergunta interessado.

- Se você me contar direitinho como foi parar na rua e de onde você fugiu.

Rodrigo hesita por um momento e fica apenas olhando para Maite, mas como a fome que ele estava sentindo era maior, ele decide contar tudo para ela.

- Eu fugi do orfanato.

- Como assim? Mas você não pode fugir, você não pode ficar na rua. Eu vou ter que falar pra algum assistente social…

- Não, não fala nada por favor! Era por isso que eu não queria contar. Eu não posso voltar pra lá. - ele fala quase chorando.

Maite fica com pena dele, afinal era só uma criança e pensa que ele deveria ter algum motivo pra ter fugido.

- Tá, tudo bem. Mas por que você fugiu de lá? - ela pergunta.

- Porque eles não me tratam bem e eu ia ser adotado.

- Eu não entendo, você ia ser adotado. Não é algo bom?

- Não, porque eu não quero ser adotado por aquela família. Eu passei alguns dias com eles e eles não foram legais comigo também, por isso eu fugi.

- Entendo. Mas o que eu faço com você então. Não posso te deixar sozinho.

- Não é a primeira vez que eu fujo, eu conheço um alojamento aqui perto e vou pra lá.

Maite não estava muito convencida de que o menino falava a verdade, mas não via muita alternativa a não ser acreditar nele.

- Tudo bem então, me promete que vai mesmo até esse alojamento? - ela pede. 

- Prometo! - ele responde sorrindo.

Maite pega um de seus cartões de dentro de sua bolsa e entrega ao menino, falando:

- Toma meu cartão, não sei se você vai conseguir ligar, mas se precisar de alguma coisa pode me ligar. Esse é o telefone do consultório e vou anotar o meu celular atrás e também você sabe onde fica meu consultório, pode aparecer em qualquer momento, ok?

- Ok! Obrigado, tia.

Maite então pede o segundo lanche para ele que devora novamente e depois compra um sorvete pra ele de sobremesa. Logo que o menino termina de comer, eles se despedem e ela sente um aperto no coração ao vê-lo indo embora.

Continua...