Fanfics Brasil - Delinquentes. Antes que a lua caia

Fanfic: Antes que a lua caia | Tema: Aventura, ação, suspense, terror


Capítulo: Delinquentes.

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Dave Miller se via trancado em uma casa assustadoramente escura. Tudo que conseguia enxergar eram uma janela e uma porta possivelmente trancada. Andou até a mesma... estava trancada, como o imaginado. Se dirigiu então até a janela, e assim que terminou de abri-la, arrependeu-se na hora. Dave foi atacado por aquilo que pareciam ser mosquitos gigantes. Eles cobriram deu rosto, braços, pernas e tronco, sugando seu sangue até a última gota. Miller podia sentir detalhadamente cada um das dezenas de insetos literalmente o comendo vivo, lentamente. A dor era inimaginável. O homem não conseguia fugir nem gritar, apenas rezar mentalmente para que sua morte chegasse logo.


 


Até que tudo ficou preto.


 


.---~---.


 


Dave acordou com um grito seco e molhado de suor. Suas mãos tremiam e sua respiração estava descontrolada. Tudo que se lembrava era de seu horrível pesadelo, e aquilo lhe dava um pressentimento horroroso. Tinha quase certeza que aquele sonho ruim na verdade viria algum momento a se tornar realidade.


 


Deu uma olhada no local onde estava. Era um lugar escuro, apertado e um pouco fedido. Ao seu lado estava sua mochila, que no momento não estava preenchida com nada. Percebeu que, pela estatura do lugar onde estava, provavelmente se tratava de uma barraca. Não podia estar mais certo. Ao se apertar e sair pela “porta” da barraca, o homem se viu em um deserto quente e isolado. Viu também que a lua estranhamente podia ser vista, mesmo estando de dia, e ela estava mais perto da Terra que o normal. Isso com certeza não era bom sinal.


 


A única coisa a se fazer era ir andando rumo ao infinito. Dave não gostava dessa ideia, mas sabia que ficar parado não ia adiantar em nada. Apenas seguiu em frente, sem saber pra onde ir.


 


Foi andando pelo sol escaldante, até a forma de um muro se formar em sua visão. De primeira vista parecia uma miragem, mas ao chegar mais perto, percebeu que realmente era um muro. Antes de chegar lá, se deparou com uma casa que mais parecia um posto de vigia. Entrou no local e notou apenas documentos inúteis e uma pá. Com preguiça de ler, apenas bateu o olho em uma das folhas que estavam espalhadas na casa. Guardou os documentos em sua mochila, vai que ele precise disso mais tarde. Pegou também a pá.


 


Ao chegar no tal muro, viu que o mesmo era alto demais para ser escalado. Antes que desistisse e procurasse outro caminho, Miller notou que havia um buraco no meio do muro, tapado apenas com pequenas rochas. Alguém com certeza havia passado por ali. Dave pensou na possibilidade de ter sido um sobrevivente ou uma pessoa que poderia o ajudar no meio daquele caos todo, então, com a ajuda de sua mais nova pá, ele removeu as rochas do muro e passou entre o buraco, se deparando com mais um monte de areia. Seria uma longa jornada até achar algum lugar para chamar de lar, mas Dave não desistiria fácil.


 


.---~---.


 


Literalmente quase morrendo de insolação por causa do forte sol do deserto, Miller avistou uma pequena casa no meio do nada. Não era muito bem o que esperava, mas pelo menos servia para se esconder do sol e procurar por suprimentos. Após mais cinco minutos de caminhada, Dave Miller finalmente chegou na casinha. A porta estava trancada, mas a janela não. Cambaleou até chegar na janela, e então a pulou com as últimas forças que lhe restavam. Não ficou surpreso ao notar que o local estava sem nenhuma alma viva, pois sabia que o pós-apocalipse não cooperava com ninguém.


 


O primeiro cômodo do lugar a ser examinado foi a própria sala de estar onde se encontrava. Nela, achou uma caixa cheia de comida enlatada e garrafas de água. Atacou duas garrafas sem piedade. A insolação não o fazia pensar no futuro, apenas no agora, e agora ele estava com muita sede.


 


Ainda com a segunda garrafa meio cheia na mão, foi até a cozinha, onde encontrou um post-it escrito ‘’COMPRAR LEITE’’ na geladeira. Nada muito além disso. A geladeira estava vazia e todos os armários também. Tudo que achou foi uma chave dourada, que trancava a porta da frente e a dos fundos.


 


— Eh, parece que a pessoa que morava aqui nunca chegou a comprar leite. — Pensou alto.


 


Decidiu ir então até o andar de cima. Ao subir as barulhentas escadas de madeira que se localizavam na sala de estar, Dave se encontrou em um quarto pequeno. Perto do teto havia um alçapão que levava pro sótão na qual Miller tentou abrir, mas infelizmente estava fechado. Ao lado do quarto estava um banheiro todo empoeirado que continha uma banheira, uma pia, um espelho e um armarinho. Dentro do pequeno armário estava uma chave de boca e um pequeno mapa que parecia ter sido feito por uma criança. No meio dele estava uma casa que parecia ser a que Dave estava nesse momento. No mapa também havia um posto de gasolina, uma lanchonete e um celeiro. Pegou os dois objetos e os colocou em sua mochila.


 


Dave Miller ficou alguns minutos parado pensando no pesadelo que tivera. Aquilo foi tão... tão real. Ele realmente tinha um pressentimento de que algo ruim iria acontecer. Mas como? Mosquitos gigantes não existem... né?


 


Bem, melhor preparado do que morto. Dave pegou o mapa que havia encontrado no banheiro e viu que o celeiro se localizava bem atrás da casa onde estava. Pegou também a chave que achara na cozinha e abriu a porta dos fundos, trancando-a depois. Nunca se sabe quando um maluco pode invadir a casa que você acabou de se apoderar.


 


Dentro do escuro celeiro havia um carro e um gerador. Miller foi correndo até o gerador, pensando em ligá-lo para poder trazer energia para a casa. Não conseguiu, pois precisava de gasolina, mas notou que, no gerador, haviam dois botões: um para a casa e outro para um irrigador. Não sabia para que o irrigador servia, então não resolveu deixar pra lá.


 


Foi-se então em direção ao carro, que, ao olhar mais de perto, Dave percebeu que era uma caminhonete. Faltava uma roda nela, mas o tanque de gasolina estava cheio. Pensou em transferi-la para o gerador, mas não fez isso por pura preguiça. Não havia mais nada de útil no celeiro, então resolveu sair de lá.


 


Dave Miller pegou novamente o seu mapa e notou um posto de gasolina que se localizava bem à esquerda de sua casa. Após alguns minutos andando, finalmente encontrou o tal posto. O local estava cheio de corpos dilacerados, pelo que pareciam ser picadas. O homem estava certo, seu péssimo sonho estava certo. Teria que se preparar, pois as criaturas gigantes de seu pesadelo poderiam atacar a qualquer momento.


 


Entrou na loja de conveniência e examinou bem o local com os olhos antes de prosseguir adiante.


 


— Vamos ver. Dinheiro dentro da caixa registradora semi-aberta, um caminhão-tanque que podia ser visto através de uma janela, uma escopeta próxima a uma caixa de munição... espera, o quê? — Pegou o dinheiro de dentro da caixa registradora e foi-se em direção à arma de fogo que estava bem na sua frente. Estava em perfeitas condições, sem nem mesmo um arranhão. Parecia que tinha sido deixada lá faz pouco tempo. — Isso vai ser bastante útil.


 


De repente, gritos puderam ser ouvidos de longe, juntamente de um barulho de freio de carro. Quando Dave viu vários homens armados saindo do automóvel, resolveu que deveria se esconder, e rápido. Se posicionou atrás da porta do banheiro e a trancou, ouvindo os gritos se aproximarem mais e mais.


 


— Tem certeza que viu alguém aqui, Phil? — O que parecia ser o mais velho do grupo que estava à sua frente perguntou.


 


— Sim! — O rapaz exclamou — Até pegaram a escopeta que eu deixei aqui!


 


— Que grande merda. — O mais velho rosnou — Vamos, cambada. Procurem esse cara. Ele vai ver que não pode se meter com a nossa gangue.


 


Dave não sabia muito bem o que fazer. Havia muito mais para se explorar naquele posto, porém se ficasse ali, teria grandes chances de ser pego, e até mesmo morto. Se os enfrentasse, haveria mais chances ainda de morrer. Não havia janelas no banheiro onde estava para que Miller pudesse fugir. Ele teria que, ou enfrentar a gangue de delinquentes, ou rezar para tentar ficar vivo.



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Autor(a): sunnysklower

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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