Fanfic: Realeza | Tema: Rebelde, Realeza
— Anahí Giovanna Puente Portilla!
A garota, que acabara de completar 17 anos, apenas resmungou alguma coisa e se cobriu com seus grossos cobertores. Lucero abominou a atitude da filha, fez um sinal impaciente com a mão para que a serviçal abrisse todas as cortinas. E assim foi feito.
— Caraca hein, mãe, qual seu problema? — a menina colocou apenas metade do rosto para fora do cobertor, sua visão incomodada com toda aquela claridade.
— Olha o respeito, mocinha! — o tom usado por sua mãe era ríspido, a atual rainha era conhecida por ser bem calma, menos quando tinha que resolver as confusões que sua primogênita se metia. — Seu lindo rostinho já está estampado em todos os jornais do país, a sua irresponsabilidade e desleixo para com sua imagem me irritam ao extremo! Mas sua alegria por nos envergonhar vai acabar!
A mulher atirou uma revista na direção da filha, que na mesma hora a pegou e olhou atentamente o conteúdo da mesma.
“A primogênita Portilla bebeu demais e mais uma vez passou dos limites; fotos exclusivas nas páginas 11 e 12”
Anahí rapidamente folheou a revista, procurando pelas páginas citadas, não demorou a encontrá-las, e bem, a fotos não eram nada agradáveis. Agora entendia o surto de sua querida mãe.
Na primeira foto, ela estava seminua, dançando em cima de algum desconhecido, que parecia tão bêbado quanto ela. Na segunda, ela segurava dois copos, as quais o conteúdo havia sido censurado, mas ela sabia bem do que se tratava. Fechou rapidamente a revista, não queria ver mais nada, sabia que só piorava.
— Espero que esteja satisfeita, está jogando o nome da realeza na lama!
— É só com isso que você se importa, né? Sua reputaçãozinha — retrucou a menina, num tom de ironia.
— Eu estou cuidando do seu futuro, do seu reino, ou do seu antigo reino.
A mulher analisou bem a expressão da filha, e então, vendo que a tinha atingido de alguma forma, prosseguiu:
— Eu e seu pai tomamos uma decisão, claro que a mesma não vai te agradar, mas eu deixei de me importar com a sua opinião — andou de um lado para o outro, com um sorriso mínimo nos lábios. — Nós nunca fomos pais maus, sempre te demos liberdade, mas você a usou da maneira errada, apenas para envergonhar o nosso nome. Mas isso acabou.
Lucero deu uma última olhada para a filha e se retirou do quarto, sendo seguida por sua dama de companhia. Anahí ficou pensativa, mas logo relaxou, sabia que sua mãe só queria a assustar, talvez receberia só algum castigo bobo e logo estaria de volta na farra.
Já estava quase dormindo de novo, mas logo um grito pôde ser ouvido vindo do corredor.
— LEVANTA AGORA!
Parecia sério, já que sua mãe raramente elevava sua voz. Com muito custo, deixou sua cama e seguiu para o banheiro, logo suas servas vieram ajudar. Costumava ficar bons minutos na sua banheira de mármore, mas como sua mãe estava mais irritada que o normal, resolveu ser breve no seu banho.
— Você é maluca.
Foi a primeira coisa que ouviu ao sair do banheiro, estreitou os olhos e tentou enxergar quem estava na sua cama. Era um segredo real, mas Anahí tinha um pequeno problema de visão, ela enxergava quase nada sem suas lentes, ou óculos, mas esse ela só usava quando estava sozinha e sem perigo de ninguém ver.
— Eu sei, eu gosto — se limitou a responder.
Alcançou seus óculos na escrivaninha e logo sua visão ficou clara, a pessoa na sua cama, era ninguém menos que sua prima, María.
— Você não deveria estar na creche? Fala sério — disse, revirando os olhos.
— Ah vai, me conta, finalmente perdeu o bv? — perguntou, se roendo de curiosidade, e também doidinha para dedurar a prima para sua tia.
— Hahaha, não caio mais na sua coversinha, Fuzz, eu sei que no momento que eu abrir a minha linda boquinha, você irá correndo contar tudinho pra minha mãe. — A garota se direcionou para seu closet e foi diretamente onde ficava os conjuntinhos bregas que sua mãe tanto adorava, vestiria um deles só pra agradar sua velha.
— Assim me ofende, priminha. — Colocou a mão no peito, fingindo falsa mágoa.
Anahí não a respondeu mais, pegou um conjuntinho cor-de-rosa e o vestiu, o conjuntinho era composto por uma saia, blazer e a blusa branca de seda. Mais brega, impossível. Calçou um sapato preto de saltinho e saiu do closet, vendo que sua prima folheava uma revista de fofocas.
— Está interessante? — perguntou, colocando as mãos na cintura e atraindo o olhar da garota loira baixinha.
— Você tá parecendo uma velha, nem minha vó se veste assim.
Anahí andou até um espelho que se encontrava próximo à sua cama, analisou atentamente sua roupa, parecia mesmo uma velha, e com aqueles óculos então. Não pensou duas vezes antes de substituí-los por suas lentes.
— Cadê a May?
Pegou seu celular e olhou as horas, Maite nunca se atrasava, aquilo era inédito.
— A mosca morta deve ter se perdido nas ruas esboracadas do bairro imundo que ela mora — desdenhou a baixinha, daquele jeitinho venenoso só dela.
— Ai garota — Anahí foi até a prima, agarrou seu braço e a arrastou até a porta, a jogando para fora de seu quarto. — Vai encher a paciência de outro.
Fuzz resmungou alguma coisa, mas Anahí pouco se importou, já seguindo seu caminho para a sala de jantar, onde sua família deveria estar reunida. No caminho encontrou Maite arrumando seu vestido em frente a um espelho em um dos muitos corredores daquele castelo, ao ver a amiga, abriu o maior sorriso, que foi logo retribuído por Anahí.
— Onde você se meteu durante toda a manhã? Perdeu o surto da rainha Lucero, ela acordou inspirada pra me atazanar — disse tudo de uma vez, nem dando tempo da Maite assimilar muito bem.
— Bom, não é como se eu já não tivesse acostumada com os surtos da sua mãe, mas você bem que dá motivo de sobra pra ela agir assim,
Anahí suspirou e entrelaçou seu braço no braço da amiga, e andaram assim até estarem próximas a sala de jantar, logo tiveram que se separar, porque a rainha Lucero implicava com qualquer afeto que sua filha pudesse ter com sua subordinada.
— Bom dia.
Tomou assento na mesa e começou a se servir, mas parou ao perceber que todos os olhares estavam voltados para si. estaria com alguma coisa no rosto?
— Anahí, talvez você não tenha reparado, mas temos convidados. — sua mãe foi a primeira a se pronunciar.
Então, seu olhar foi atraído para um rosto desconhecido entre aqueles as quais ela já estava acostumada, a pessoa em questão tinha um olhar penetrante, e que também a incomodava um pouco.
— Bom dia, senhorita Portilla.
A voz dele também era bonita, mas algo nele incomodava Anahí, ela sentia que ele era uma ameaça.
— Posso saber de quem você se trata?
— Oh, desculpe, onde estão meus modos? — Ele soltou risadinha. — Alfonso Herrera Rodriguez.
Então tudo começou a fazer sentido na sua cabeça, se era mesmo o que estava pensando.
— E seu futuro marido — sua mãe completou.
— Não f@d3!
Autor(a): miablueberry
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