Fanfic: Charme Texano *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Oito

Anahí entrou no elevador cheio e apertou o botão do décimo-quarto andar. Recostou-se na parede ao fundo e tentou acalmar o coração.

Não pelo que Alfonso havia dito.

Ela ainda estava excitada, porque o tinha visto todo molhado e provocante.

Era apenas atração física. Sexo.

O elevador parou e Anahí viu que ainda estava no terceiro andar.

Algumas pessoas saíram e o elevador ficou mais arejado. As portas se fecharam e o elevador continuou seu percurso.

Ainda custava a Anahí acreditar que havia estado tão intimamente perto de Alfonso.

Tinha sonhado tanto com esse dia, idealizado Alfonso como um amante fantástico, e não estava decepcionada!

Todos sabiam que a fantasia era sempre melhor que a realidade. Mas não naquele caso.

O Alfonso verdadeiro era mil vezes melhor que o da fantasia.

O toque da pele dele era mais quente, as mãos eram mais experientes e decididas. O corpo, mais musculoso e mais poderoso.

O cheiro mais estonteante e envolvente. A voz havia soado mais sexy e sincera como jamais tinha imaginado.

A imagem dele todo molhado na piscina não saía de sua cabeça.

As gotas caindo sobre o torso nu e musculoso de Alfonso era mesmo uma cena erótica.

O elevador parou novamente e acabavam de passar pelo quinto andar. Mais pessoas saíram e poucas entraram. As portas se fecharam outra vez e Anahí voltou para o seu mundo de divagações.

No oitavo andar, os demais passageiros saíram e só restou ela. Um homem vestindo um roupão branco entrou em seguida.

As portas se fecharam e o inusitado aconteceu.

Anahí piscou uma, duas, três vezes, mas aquilo não desaparecia.

No nono andar, o homem saiu com o roupão na mão e a bunda peluda pelo corredor.

Anahí foi depressa para o primeiro andar reportar à segurança do hotel sobre o incidente com o homem nu no elevador.

— Pode me dizer o tamanho dele?

— Foi muito rápido... Eu diria que uns dez centímetros.

— Não estou falando do membro do homem, Srta. Portilla! — o segurança do hotel olhou para ela, pasmo. — Era um homem baixo ou alto?

— Ah, sim, claro... — Anahí ficou corada de vergonha. — Não tive tempo de reparar nesse detalhe.

— Algum detalhe que teve tempo de reparar?

— Bem... — ela tentou se concentrar. — Ele era velho. — lembrou.

— Como sabe?

— Era grisalho. Também vi a bunda cabeluda. — Anahí acrescentou. — Quando ele saiu correndo para fora do elevador... Bem, na verdade, ele não era completamente grisalho. — ela concluiu ao visualizar as nádegas do exibicionista. — Também não posso dizer que era um atleta. Estava meio fora de forma.

— É curioso, Srta. Portilla, porque de acordo com os outros depoimentos que tivemos hoje, sua descrição não faz sentido.

— Quer dizer que ele já abordou outras pessoas?

— Ele não. Ela. Três pessoas viram uma mulher correndo nua pelo hotel, nas duas últimas horas. Uma senhora de cabelos grisalhos foi vista pelada saindo da piscina e mais tarde na praia.

Anahí ficou confusa.

— Sinto muito, mas o que eu vi foi um homem. A não ser que ela estivesse usando uma prótese da melhor qualidade e muito convincente. De qualquer forma, se fosse uma mulher teria seios. — Anahí balançou a cabeça. — Com certeza teria reparado nos seios.

— Obrigado por sua ajuda. — disse o segurança, estendendo a mão para cumprimentar Anahí.

Anahí se levantou.

— Sinto muito por não ter sido muito útil na sua investigação. Espero que encontre o exibicionista. Ou a exibicionista. Enfim, seja lá quem for.