Fanfics Brasil - "Acidente" No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: "Acidente"

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— Você não ligou, nem mesmo mandou uma mensagem ontem. Eu e Dulce estávamos loucas aqui, nos perguntando por que diabos você sumiu! — Anahi reclamou.


Minha irmã estava no telefone há mais de quinze minutos, tentando arrancar de mim o porquê do bendito irmão do meu marido estar na minha casa, sem que o mesmo estivesse aqui.


— Anahi, eu disse a você, nós conversamos e logo depois William chegou e jantamos juntos. Esqueci de retornar ou mandar uma mensagem. E sobre Christopher, você vai me chamar de maluca, mas não acho que ele seja tão ruim assim.


Minha irmã bufou, descrente.


— Não, ele não é tão ruim, ele deve ser pior. Por Deus, o cara é uma boceta ambulante!


— Não me diz respeito se ele é ou não, a única coisa que me importa é que ele foi... decente comigo — eu garanti, ocultando as incríveis
indecências que Christopher me disse durante toda a tarde do dia anterior.


— Tudo bem, não vou discutir. Sobre William, vocês estão casados há dois dias, e nada ruim aconteceu? — perguntou duvidosa, e eu entendia completamente seus medos, mas isso não significava que eu iria falar.


— Não, irmã, nada ruim. Ele tem sido cortês. Nós não conversamos muito, mas se comportou, eu diria, de forma aceitável — menti,ignorando o caroço na garganta. Porque eu não precisava que minhas irmãs e Bernardo ficassem em casa, preocupando-se em me monitorar apenas por medo do que seria a próxima coisa que meu marido faria comigo. Eu tinha consciência que minha relação era um arranjo. Não nos conhecíamos, e, pelas informações que eu tinha, não foi escolha dele esse casamento. Precisava ter paciência e lutar para conquistá-lo. Enquanto ele apenas fosse rude com as palavras e sentimentos, eu conseguiria suportar.


Ela demorou alguns segundos para responder, antes de finalmente declarar:


— Ok. Olha só, amanhã é o aniversário de Angelique Chavez. Vocês vão, certo? Papai disse que William iria. Já comprou sua roupa? Talvez ele te deixe ir comigo e Dulce! Faz apenas dois dias, mas estou com saudades de nosso tempo juntas — lamentou, e eu sorri.


— Irmã, estou com saudades também. Mas você e Dulce odeiam Angelique, por que
tanta empolgação para ir à sua festa?


— Bem, eu tenho meus interesses e não a odeio, você sabe disso. Mas se é para tomar um partido, que seja o da minha gêmea. — Ela riu. — E, além do mais, você sabe que seria desrespeitoso rejeitar um convite da Famiglia.


— Tudo bem. Vou falar com William. — Santo Dio, o medo que aquela simples frase me proporcionou quase me fez chorar. Eu estava com os meus sentimentos à flor da pele.


— Isso é bom. E podemos combinar a hora de sairmos de casa. Eu não quero ir sozinha com Dulce sem você lá para ajudar; ela provavelmente armará algum barraco e não conseguiríamos passar despercebidas de mais uma cena dela.


Dei risada, pensando em quão louca minha irmã poderia ser quando se tratava de Angelique.


— Falarei com William e aviso você.


Do lado de fora, ouvi o barulho de pneus passando pelos cascalhos e andei até a janela aberta para ver quem tinha chegado.


Assim que coloquei meus olhos no carro preto, avistei o principal soldado de William abrindo a porta de trás para ele. Meu coração pulou.


Medo, angústia, ansiedade.


Respirei fundo e tentei ficar tranquila.


— Irmã, ele está em casa, preciso ir.


— Sim. Bem, não esqueça de perguntar a ele se pode ir conosco! — ela disse apressadamente.


— Perguntarei. Falo com você depois — sussurrei desligando e jogando o telefone no sofá.


Observei-o enquanto andava até a entrada da casa, e assim que passou pela porta eu corri para o espelho mais próximo para me ajeitar.


Olhos vermelhos do meu choro pela noite passada, rosto ligeiramente inchado e o cabelo perfeitamente em ondas. Ótimo. Eu estava um
desastre, mas pelo menos o cabelo parecia bom. Ouvi seus passos na escada, depois no corredor, e meu coração batia mais acelerado cada vez que o sentia mais próximo. Prendi a respiração quando o vi.


Deus, por que tão bonito?


Apesar disso, o temor ainda estava presente.


Ele passou pela porta e não me deu um segundo olhar quando seguiu pelo corredor até o seu escritório. Franzi a testa, confusa. Aquele
homem era bipolar?


No dia anterior me tratara como se eu fosse uma das prostitutas de um de seus clubes, e daquela vez fingia que não existia?


Fiquei por alguns segundos incerta sobre o que fazer, pensando nas escolhas que eu tinha.


Eu poderia fazer o mesmo e ignorar sua existência, enquanto ele queria assim, é claro. Ou eu podia enfrentá-lo. Colocando na balança,
percebi o quão estúpido soava. Ontem eu não disse nem uma frase completa, e isso me causou tamanha humilhação. E agora eu apenas queria perguntar por que ele não me olhava?


Passados mais alguns minutos, eu comecei a pensar o que ele estaria fazendo; se estava trabalhando, planejando algum massacre ou apenas sentado, tomando uma bebida, enquanto pensava qual seria a próxima
forma de me machucar.


Tirando coragem do inferno, levantei-me do sofá e caminhei até seu escritório. Puta decisão de merda, eu sabia, mas não parei.


A porta estava aberta, e eu simplesmente entrei. Precisava mostrar a ele que não sentia medo.


Falhei miseravelmente assim que minhas mãos tremeram e gaguejei ao falar.


— O-olá. — Dei-me um tapa mentalmente e me obriguei a mostrar coragem. Seja forte!


Ele não tirou os olhos de seu computador. Eu poderia pensar que não tinha me ouvido, se não tivesse reparado como sua mandíbula apertou,
e, como naquele filme do exorcista, ele virou a cabeça para me olhar.


Dio.


— Entre aqui sem bater mais uma vez e haverá consequências.


Eu fiquei muda por alguns segundos, não acreditando naquilo.


— Esta é minha casa também — sussurrei descrente. Minha falha coragem indo embora como o diabo fogia da cruz.


Ele parou o que estava fazendo e se levantou lentamente.


— Você acha que porque carrega meu nome tem direitos sobre minhas coisas? Os meus bens? — Fiz menção de falar, mas ele bateu as
duas mãos na mesa. Seus olhos pareciam atirar punhais em mim. — Se eu digo para não entrar, você não questiona, porra!


Um soluço escapou, e eu gritei.


— Fodam-se você e suas ordens ridículas! Só porque estamos casado não significa que eu sou tapete para ser pisado, Senhor grande William Herrera! EU NÃO SOU UM DE SEUS SOLDADOS! — Assim que terminei de falar, em apenas um piscar de olhos, William diminuiu toda a distância entre nós e sua mão envolveu meu pescoço com um aperto firme.


Diante de tudo o que já tinha ouvido falar dele, todas as histórias e casos em que ele sempre foi o vilão, perguntei-me se era naquele momento que tudo acabaria para mim. Seus olhos azuis eram selvagens, encarando-me com uma frieza sem igual, e eu não duvidava de que poderia me tornar mais um capítulo das histórias de terror que contavam sobre ele.


Em uma falha tentativa de impedi-lo, minhas mãos cobriram as dele, tentando afastá-lo, mas era inútil. Ele podia fazer o que quisesse comigo, e eu não poderia impedir.


— William... — minha voz era apenas um sussurro rouco. Meus olhos estavam arregalados, e meu coração batia mais rápido do que em qualquer outro momento.


William piscou; seus olhos firmes se estreitaram levemente, suas narinas se inflaram, e ele me encarava com tamanha intensidade que eu não sabia se realmente queria me matar ou se estava tentando se
controlar, pensando se valia a pena fazer isso.


Como se a luta consigo mesmo tivesse sido resolvida, ele me soltou, apenas para virar-me e grudar minhas costas em seu peito.


— Coloque-se na porra do seu lugar — rosnou em meu ouvido. — Você tem um cheio delicioso, Maite, isso me enlouquece.


Fui pega de surpresa quando ele levantou minha saia e quando suas mãos pressionaram minhas costas, debruçando-me contra a mesa.
Acabei de desequilibrando, tamanha a sua força. Só pude ver a rapidez com que que a madeira se aproximou do meu rosto. Um barulho alto se fez presente, em segundos fiquei zonza e minha vista escureceu, logo
não tive forças nem para manter os olhos abertos.


A primeira coisa que senti quando tomei consciência foi que estava sobre um colchão macio e quente. Depois veio a dor. Tentei abrir os olhos, mas a luz me impediu, o que resultou que eu voltasse caísse novamente na escuridão.


Quando tentei abrir os olhos da segunda vez, consegui. Estava escuro, então, não houve incômodo.


Reparei que encontrava-me em meu quarto. No nosso quarto. Tentei me lembrar de como tinha ido parar lá, mas não conseguia, só me
recordava dos últimos momentos. William havia pegado pesado para valer pelo que parecia, se eu tinha até mesmo desmaiado.


— Grazie a Dio, você acordou! — Olhei lentamente para o lado para ver Anahi. Minha irmã soluçou e me abraçou.


— Aí! — murmurei assim que ela me sacudiu forte demais.


— William ligou para Melissa assim que te encontrou. Estava tão apressada para ir encontrá-lo que tropeçou e rolou a escada — lamentou, soluçando mais uma vez.


Eu franzi a testa, o que me causou uma pontada e me obrigou a levar a mão até o local.


— O que você está falando? — sussurrei.


— O doutor disse que poderia acordar confusa. É normal quando se tem uma concussão, mas você está bem. Me assustou demais nesses dois dias, e tudo que eu quero é lhe dar uma surra por nos deixar doidos!


Meu pulso acelerou, a dor de cabeça aumentando.


— O que quer dizer com assustou por dois dias?


— William te encontrou desacordada no chão, em frente à escada. Ele ligou para o doutor da Famiglia, que conseguiu te salvar a tempo. Você chegou a acordar por alguns instantes, mas o médico preferiu te manter sedada, porque estava muito alterada, chamando pelo nome do seu marido. — Ela fez uma pausa e logo acrescentou: — Melissa queria te
ver quando acordasse, então, vou chamá-la, mas volto logo depois. — Deu-me um beijo na testa e saiu.


Eu fiquei ali, encarando a porta, enquanto tentava ignorar a dor e focava apenas na situação. Ele havia me machucado tanto assim?


Assim que minha sogra apareceu e me olhou com olhos marejados, eu vi. Ela sabia também. Correu para mim e me abraçou.


— Não sei o que eu fiz para que ele me odeie tanto — sussurrei contra seu ombro.


Ela suspirou enquanto passava os dedos por meu cabelo.


— Querida, tudo o que eu queria te dizer é para ter fé, mas sei que não é justo te pedir isso.


Afastei-me e olhei para ela. Melissa era uma mulher tão linda. Não havia nem sinais de idade em seu rosto, e como se não bastasse sua
beleza exterior, era tão boa por dentro. Mas a tristeza em seus olhos não podia ser negada.


Dar-me um colo naquele momento era muito importante para mim, ela jamais saberia disso. Minhas irmãs foram meu ombro e meu único
consolo durante anos, mas agora, independentemente de como tínhamos
chegado até ali, eu cofiava em Melissa. Estávamos unidas por algo que ia além da família, ou dos negócios da máfia, ou do meu casamento com seu filho. As circunstâncias haviam nos colocado juntas, mas o que
sentíamos por William nos unia.


— O que te deu força todos esses anos? — sussurrei.


Ela sorriu tristemente e acariciou meu rosto.


— Ser mãe. — Riu e balançou a cabeça. — Desde quando meus filhos começaram a falar, eu ouvi julgamentos sobre eles. Diga-me,
como ser forte estando sob olhares constantes, ouvir o tempo todo o quanto Christopher é um cafajeste de primeira linha, que William é um assassino horrível, que Alfonso é um morto vivo? Maite, eu os criei. Eu os vi ainda bebês, os ensinei a andar! Como posso virar as costas para meus filhos quando o mundo todo já fez isso antes mesmo que eles dessem seus
primeiros passos? — Fechou os olhos e respirou fundo antes de terminar. — Sei que eles não são bons e não tiro suas culpas, mas, ainda assim, sou mãe.


— Eu não entendo por que não posso simplesmente odiá-lo. Assim ele me mataria e acabaria de vez com isso. Eu apenas... não consigo! — desabafei. Sentia que era tão errado me esforçar por William e por esse
casamento! Precisava que alguém me entendesse. — Olha o que ele fez.


Da última vez eu apenas me senti humilhada, agora eu estou nesta cama.


O que vem depois?


— Eu sinto muito, querida — sussurrou. — Queria poder te dizer que tudo vai ficar bem, mas não quero mentir para você.


— Eu sei.


— Mas estou com você. — Segurou meu rosto, olhando-me profundamente nos olhos. — Eu não tive alguém para me dizer isso quando me casei com Thom, por isso, vou dizer a você. Seja forte, e se você acredita, e acima de tudo, quer que esse casamento dê certo, lute
por ele. Mesmo que lute sozinha. E o meu ombro será seu sempre que for necessário. Eu sempre quis uma filha.


Eu sorri em meio as lágrimas e a abracei.


— Eu preciso de uma mãe.


— Serei honrada por isso, querida.


Abraçada com minha sogra naquele momento, pude ver que mesmo em meio a situações ruins, sempre haveria algo para ajudar, um fio de esperança.


Olhei para cima e sorri, agradecendo por Melissa estar comigo.


Talvez, só talvez, mamãe estivesse olhando por mim.



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Autor(a): naty_h

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— Bem, eu estou feliz que William te encontrou a tempo — meu pai disse, enquanto passava a mão por meu cabelo. Olhou brevemente para trás, onde Lorenzo nos observava. — Nós vamos indo agora, temos uma reunião, mas mantenha suas irmãs informadas, assim eu estarei também. — Ele se inclinou, depositando um r&aacu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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