Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni
— Bem, eu estou feliz que William te encontrou a tempo — meu pai disse, enquanto passava a mão por meu cabelo. Olhou brevemente para trás, onde Lorenzo nos observava. — Nós vamos indo agora, temos uma reunião, mas mantenha suas irmãs informadas, assim eu estarei também. — Ele se inclinou, depositando um rápido beijo em minha testa. Meu irmão repetiu o gesto, e eles logo saíram voando porta afora.
Eu queria gritar a eles que não precisavam se sentir obrigados a virem me ver, principalmente se iriam, além de ignorar que sabiam a verdade
por trás do meu “acidente”, ainda transformariam William em um herói por ter chamado um médico.
Seria ridículo da minha parte apenas querer que meu próprio pai e meu irmão me defendessem? Que perguntassem se eu não gostaria de
voltar para casa por um tempo e refletir? Bufei com aquele simples pensamento. Sim, seria ridículo. Porque se havia uma coisa da qual eu
tinha certeza era que no meu casamento não existiria espaço para separação, pausa no relacionamento, ou até mesmo deixar que alguém de fora soubesse o que acontecia entre as paredes de nossa casa.
Enquanto eu crescia, vi esse círculo se repetir muitas e muitas vezes, e nunca foi um problema para mim. Afinal, o que havia de errado na união de um amor? Quando eu era pequena, não entendia por que as noivas
deixavam o sorriso desaparecer do rosto quando pensavam não ter ninguém olhando. Eu nunca tinha entendido. Não até que ser eu com um belo vestido de noiva e o véu na cabeça pronta para dizer sim.
Aprendi com 16 anos o verdadeiro motivo dos casamentos da Famiglia. Negócios, dinheiro e poder. Algo unicamente feito por conveniência. Mas mesmo naquela idade, e com aquele conhecimento, eu não perdi a esperança no amor, na fé de viver meu conto de fadas.
Sim, e olhe só o que o meu havia trazido de brinde.
Eu tinha 14 anos quando ouvi falar sobre William Herrera pela primeira vez. Estava brincando de esconde-esconde com as filhas
pequenas de duas mulheres que tinham ido jantar em nosas casa com seus maridos, e resolvi que era uma boa ideia me esconder delas no escritório de papai.
Eu é claro, só não contava que eles iriam fazer uma reunião lá, minutos depois de eu ter entrado. Lembro-me de ter ficado imóvel,
sentada e completamente espremida dentro da lareira, que tinha uma pequena porta de correr, pedindo desesperadamente que eles não
resolvessem acendê-la.
Fiquei muito aliviada quando se sentaram para falar. Eu nunca dei muita bola para seus assuntos, pois papai sempre dizia que quando ele entrava no escritório era para falar sobre coisas que não deveríamos saber. Aprendemos a lição quando Dulce espionou uma vez, e as
consequências não foram nada boas para ela.
— O garoto sabe usar uma arma — um deles comentou. Eu tinha pavor de armas ou qualquer ferramenta que pudesse fazer mal a alguém,
então, tentei com mais afinco pensar em qualquer coisa que tirasse o foco dos meus ouvidos de lá.
— Sim, uma arma, uma faca e qualquer coisa que você der a ele. Não é o que ele usa, é ele. Apenas nasceu para matar. — Eu tremi quando
meu pai disse aquilo.
— Ainda assim, William Herrera é apenas uma criança que não oferece perigo a nenhum de nós.
Um deles bufou.
— Uma criança que embrulhou a cabeça de um candidato e enviou à sua família, só porque o homem não cumpriu seu acordo com a máfia.
Repense sua frase, Simone.
— Eu sugiro que nos mantenhamos de olhos abertos. Thom fará de tudo para não perder a cadeira de chefe — meu pai declarou.
— Nos também faríamos! — Simone exaltou-se.
— Sim, faríamos. Mas ainda nos importamos com algo além disso; eu tenho minhas filhas a quem devo proteger. Vocês também. Thom quer manter o poder dele sobre a Famiglia e não se importará com o que tiver de fazer no caminho para conseguir.
Eles se moveram para fora da sala momentos depois, e eu aproveitei para fugir de lá. O nome William Herrera não saiu da minha cabeça desde então.
Eu o vi pessoalmente, pela primeira vez, aos 15 anos. Lembro-me de tê-lo achado um príncipe, e minha imaginação de adolescente simplesmente criou sonhos e imagens na mesma hora.
Sonhos esses que acabaram logo que eu me sentei na mesa para jantar com minha família em casa, na noite seguinte, e meu pai nos contou que nosso tio Frank havia falecido. A notícia não nos abalou tanto, pois não
éramos muito próximos. Às vezes nos visitava, mas logo ia embora, e eu nunca tinha simpatizado com ele, mas, mesmo assim, era meu tio.
O pior não foi isso, mas, sim, quando papai disse que William tinha se levantado no meio de uma reunião da Famiglia, e simplesmente cortou sua garganta, na frente de todo mundo.
Na época, lágrimas de decepção correram por meu rosto, como se a realidade de o homem dos meus sonhos ser capaz de tamanha crueldade estivesse me apunhalado sem dó.
Pobre criança ingênua.
Olhando agora para o meu rosto no pequeno espelho de mão, vendo um hematoma tomando conta de um lado da minha face, além do corte
no lábio inchado, quase senti aquela mesma decepção.
Eu não fui boba e ingênua apenas naquela época.
Depois de Melissa ter saído do quarto no dia anterior, minha irmã veio e me deu dois comprimidos, um para dor e outro para dormir, que logo fez efeito. Acordei na manhã seguinte só para encontrar o quarto vazio e uma insuportável dor de cabeça.
Anahi tinha me visitado novamente, levou-me café na cama e, minutos depois, Bernardo entrou. Ficaram por um tempo me mimando e garantindo que eu estava bem antes de o furacão Dulce aparecer, com uma ira quase indomável para cima de William.
— Filho de uma vaca velha! — Colocou a mão na boca e pulou. — Dio Santo, Melissa perdonami! COMO ELE OUSA DIZER QUE FOI UM ACIDENTE? ACIDENTE SERÁ O ÁCIDO QUE VOU
COLOCAR EM SEU SHAMPOO. Estragar aquele bonito rosto cínico! — exclamou.
Depois de longos minutos ela parou de falar e caiu ao meu lado, abraçando-me.
— Desculpa não ter vindo antes, papai não permitiu, achou que eu faria um escândalo. Acredita que deixou os soldados me mantendo
praticamente em cativeiro em casa?
— Ele achou que você estaria mais calma depois de alguns dias?
— Acho que sim, parece até que não me conhece.
Ela ainda se mantinha grudada a mim quando alguém bateu na porta. Meu coração quase saiu pela boca, com os rins e tudo, quando vi Alfonso. O medo de que William estivesse com ele me paralisou por alguns segundos. Fechei os olhos e esperei que algo ruim acontecesse.
— Que porra você quer? — Dulce rosnou.
— Dulce... — Anahi advertiu, já se levantando, pronta para segurar nossa irmã.
— Por que você não some? Como o covarde do seu irmão fez? — Boquiaberta por minha irmã tinha dito aquilo, abri os olhos, temendo que Alfonso pudesse perder a paciência com ela.
Surpreendi-me ao vê-lo me olhando, ignorando totalmente a onça à sua frente, que rosnava, pronta para fazer uma burrada maior do que
ofendê-lo.
— Eu gostaria de falar com você — declarou calmamente, com sua voz forte, grave e rouca, fazendo-me lembrar de como me senti segura
com ele enquanto dançávamos em meu casamento. Mesmo que seu irmão não perdesse uma oportunidade de me fazer mal, eu sabia que Alfonso não era daquela mesma forma.
Se nem Christopher, que era Christopher, fora tão ruim, Alfonso também não seria.
Assim eu esperava.
Bernardo olhou para mim, esperando uma resposta, e assim que assenti ele levou minhas irmãs para fora, enquanto Dulce protestava e
Anahi o ajudava a tirá-la de lá. Ele deu um último olhar para o grande homem na porta antes de sair e fechar a mesma.
Fiquei olhando-o enquanto continuava parado, esperando para ver qual seria seu próximo movimento. De repente, ele baixou os olhos para o chão e respirou fundo antes de caminhar e se ajoelhar ao meu lado na cama.
Ainda com os olhos baixos, pegou minha mão entre as suas e girou minha aliança.
— Você está bem? Emocionalmente, quero dizer.
A doçura em sua voz me surpreendeu. A resposta que passou por minha garganta foi “Que pergunta é essa?”. Mas eu a engoli e sorri
fracamente, ou tentei sorrir.
— Tudo bem — sussurrei.
— Foi uma pergunta estúpida, perdoe-me. — Depois disso ficamos em silêncio.
Ele soltou minha mão e encostou a testa na cama, praticamente jogando-se lá.
— Thom gostava que todos em casa ouvissem o que ele fazia com mamãe. William tinha 8 anos, eu tinha 6, e Christopher apenas 4, quando a ouvimos gritar mais alto que das outras vezes. Christopher começou a chorar
em desespero, e nós sabíamos que se Thom o visse chorando seria muito pior. Nós sempre aprendemos que homens não deviam chorar.
Meu coração doeu pela imagem que passou por minha cabeça. Três pequenos meninos vendo sua doce mãe sofrer nas mãos do carrasco que era o próprio pai.
— Vocês não eram homens, eram apenas crianças — lamentei por ele, demonstrando na voz o quanto sentia.
Ele levantou a cabeça e me olhou.
— Quando você nasce menino, dentro da máfia, não tem permissão para ser uma criança. Lembro-me de William ter me mandado tapar a boca de Christopher que nosso pai não ouvisse, daí ele se levantou do canto onde estávamos no quarto e pegou um taco de basebol com o qual nós raramente brincávamos. Foi andando devagar até a porta, deu-nos uma última olhada e saiu. Christopher começou a se debater em meus braços. Eu não era muito maior, então, ele logo escapou. Meu irmão tentou abrir a
porta, mas William a tinha trancado por fora. — Ele respirou por um momento antes de continuar. — Um tempo depois, os gritos de mamãe pararam. Eu esperei que William voltasse, mas o sono acabou vencendo e
dormimos encostados na porta, depois de muito esperar. William não voltou naquela noite, nem na manhã seguinte. Apenas duas semanas depois.
— Então? — perguntei, ansiosa para conhecer o resto da história.
Imaginava que logo ele estaria de volta, e fora seus irmãos e sua mãe, eu não iria descobrir nada sobre ele da boca de mais ninguém, dele
menos ainda. Então poderia muito bem aproveitar a chance.
— Então seu corpo voltou, mas não meu irmão. Ele não estava lá. Não era mais o mesmo. Não brincava mais escondido comigo e Christopher,
não conversava mais com a gente. Lembro-me que depois de ele ter voltado, todo o seu comportamento havia mudado. Melissa sofreu
demais, eu podia vê-la chorando pelos cantos da casa. William, é claro, nunca me disse o que foram aquelas semanas, eu nem consigo imaginar. Mas Thom começou a passar um tempo com ele, tempo até demais. Eu
raramente o via sorrir ou agir como uma criança normal, como era antes. Então, ele apenas cresceu dessa forma.
Àquela altura eu já sentia lágrimas pelas minhas bochechas. Alfonso tinha um olhar tão perdido, como se aquelas lembranças fossem mais profundas e dolorosas do que pareciam. Eu quase podia sentir sua dor. Não sei o que faria se apenas “perdesse” algum de meus irmãos daquela forma. E com certeza ele não tinha me contado um terço da história.
— Alfonso, você acha que... que eu posso fazer algo? — Ele balançou a cabeça e levantou-se, caminhando pelo quarto até a janela que dava para o jardim.
— Quando eu soube que você seria sua noiva, pensei que talvez... Apenas pensei sobre isso. Mas vendo o que ele fez... William não tem
noção de sua força. Está sempre tão furioso que acabou machucando até mesmo você. Olhe seu rosto. Ele te estuprou, Maite! Nunca imaginei que meu irmão pudesse fazer isso. Isso, não!
— Nós discutimos, e... eu não me lembro bem do que aconteceu, mas ele estava confuso, com raiva... quando começou a me tocar, achei que tudo ficaria bem... mas não sei...ele...ele... me bateu e me estuprou desacordada? — perguntei, confusa, já chorando. Não podia acreditar nisso.
Alfonso virou-se bruscamente, sua voz indo de calma a severa quando falou.
— Você o está defendendo?
— Não! — afirmei rapidamente. — Só estou dizendo que eu não me lembro com exatidão do que aconteceu, por Dio.
— Sim, então isso torna a situação melhor? — Bufou, incrédulo. — Ele é meu sangue, mas vendo como você estava, e sabendo que ele
apenas foi ao clube e trepou com tantas prostitutas quanto podia, quero
matá-lo.
Eu estava pronta para responder quando suas palavras me machucaram profundamente.
— Ele estava no clube? Com outras... — sussurrei, a garganta fechando.
Dio, como podia fazer aquilo? Coloquei a mão sobre a boca para abafar um soluço. Eu era tão estúpida!
— Onde ele está agora? — questionei, com a voz falhando.
— Ele foi a uma viagem para a Famiglia, a negócios. Eu devia estar lá, mas não podia olhar para a cara dele, então, Christopher foi em meu lugar. Querida, por favor, não chore por isso. Você não merecia, é tão jovem,
não posso perdoar William por ter te prendido a uma vida miserável com ele. Não desta vez.
— O que quer dizer? — Calmamente, Alfonso se sentou na minha frente e olhou em meus olhos.
— Eu tenho documentos prontos para que você suma agora mesmo. Fique escondida por uns meses, eu vou manter uma conta abastecida
para que você viva sem preocupações por toda a sua vida.
Eu travei com aquilo. Comecei a olhar para os lados, procurando uma câmera, porque aquilo era uma cilada do meu marido, eu tinha certeza. Ele estava me testando, e assim que eu dissesse que sim, que queria ir embora, ele iria aparecer e terminar o serviço. E dessa vez eu tinha certeza que iria para o saco.
Olhei de forma acusadora para o homem à minha frente e rosnei.
— Você, grande idiota, está com ele nessa, não é? — Ele arregalou os olhos e se afastou um pouco, chocado com minha atitude.
— O quê?
— Vocês estão apenas esperando que eu concorde para que ele entre e desça o inferno sobre este lugar não é? — Cruzei os braços sobre o peito e me xinguei de todos os nomes possíveis por acreditar na historinha fiada que Alfonso tinha contado, só para claramente ganhar minha confiança. — Eu passo.
Ele franziu a testa, pensou um pouco, e então me olhou mais uma vez antes de pegar o telefone no bolso e discar.
— Olá, boneca — a voz debochada de Christopher veio do outro lado da linha. Eu quis rir do apelido ridículo e que, claramente, não combinava com Alfonso. Mas mantive a postura séria.
— Não estou para brincadeiras, Christopher, onde vocês estão agora?
— Essa sua mania de controle está ficando chata. Vou te dar algemas e cordas, senhor mestre. — Riu da própria piada, fazendo seu irmão revirar os olhos.
— Continue, tenho certeza de que Maite está se divertindo. — Isso o fez ficar em silêncio por alguns segundos.
— Você está com ela?
— Viva-voz, irmão.
— Como você está, bonita? Me sinto uma péssima babá por não estar aí. — Ele tentou brincar, mas ouvi a preocupação em sua voz.
— Bem... eu sobrevivi. Ele precisará tentar mais da próxima vez.
— Não diga isso, sua insolente. Estamos afastados agora, e ele está num humor do cão, então, vou desligar. Vou visitá-la quando estivermos de volta à Itália, sim?
— Tudo bem — respondi, comovida que meus cunhados estivessem mais preocupados comigo do que até mesmo meu irmão mais velho e meu próprio pai.
— Você acredita em mim agora? — a voz de Alfonso me tirou de meus
pensamentos. Olhei para meu bonito cunhado, pensando sobre sua proposta, no mínimo, insana. — Eu jamais trairia você, ou alguém com quem me importo dessa forma.
— Como ele era antes daquela noite?
— William? — Assenti esperançosa de que ele me diria mais. Por um momento, os lábios dele se curvaram, fazendo-o parecer ainda mais
bonito. — Ele sorria o tempo todo, adorava brincar de piratas conosco; colocava um tampão no olho e dizia ser o caçador de tesouros mais temido de todo o mar. Ele gostava de abraços, era carinhoso e gentil.
Sentávamos à mesa com nossa mãe e fazíamos nossas refeições. Um de nós servia suco a ela, que sorria com olhos brilhando. — Balançou a cabeça, como se saísse de um transe, e focou em mim novamente, mais
sério do que da última vez. — Mas esse não é mais quem William é, aquele era um garotinho de muito tempo atrás, não há nada dele em meu irmão. Você precisa decidir agora. Eu vou sair e deixar que você pense, mas voltarei em breve. — Ele se levantou, e antes que pudesse sair, chamei-o de volta.
— Há alguma fotografia? — Dante franziu o cenho, confuso por minha dúvida, mas assentiu.
— Sim, mamãe gostava de registrar os momentos em casa.
— Há alguma dele?
Ele pegou a carteira do bolso e se aproximou de mim, mostrando-me um pequeno cartão.
Na fotografia desgastada havia três meninos, todos pequenos. O primeiro sorria de boca fechada, tinha um boné na cabeça e o braço sobre o pescoço do menor, que estava no
meio. Este parecia estar dando uma gargalhada na hora em que bateram a foto e sua cabeça repousava no ombro do último.
Este, que tinha olhos azuis brilhantes, cabelo preto bagunçado e a mão esticada para frente em um joinha.
Ao ver aquela foto eu tinha minha resposta.
Eu não tomei minha decisão porque estava com medo de fugir e sofrer as consequências.
Não tomei minha decisão porque não queria ser um desgosto e uma vergonha para minha família.
Eu tomei minha decisão pelo simples sorriso no rosto do terceiro menino. A janelinha do dente faltando na boca, a forma como se agarrava a seus irmãos, como olhava com adoração para cima da foto, onde provavelmente sua mãe segurava a câmera. Pelo simples fato de que já houve um bonito sorriso naquele rosto.
Naquele momento, sentada em nossa cama, lembrando de quanta coisa havia passado naquele dia, refleti e compreendi que tomei a
decisão certa quando recusei a oferta de Alfonso de fugir, começar uma nova vida e fazer o que diabos eu quisesse.
Ele tinha ficado surpreso por eu não ter pulado sobre as passagens de avião e identidades falsas, mas respeitou.
Quando pensei em fazer o casamento dar certo, era porque seria o mais perto que eu poderia chegar de realizar meu sonho, ter minha família e ainda honrar meus deveres com a Famiglia, já que não havia como sair dela. Mas depois de ouvir tudo aquilo de Alfonso, deixei meus sonhos de lado e estabeleci uma nova meta.
Eu iria ajudar William. Não conseguia entender como duas semanas com o próprio pai puderam mudar toda uma personalidade e alterá-lo de forma tão bruta, deixando-o daquele jeito. Mas eu descobriria.
Então, joguei para o fundo da minha mente as humilhações, a incerteza sobre o que havia me colocado naquela cama por três dias e a
forma como William me tratava. Também tentei não pensar no que ainda poderia estar por vir. Não tinha como esquecer, um dia elas seriam
cobradas de alguma forma, mas eu não desistiria agora, não depois de ter conhecimento de um pouquinho da sua história.
Afinal, a única coisa que poderia dar errado era... Cristo, tudo.
Mas valeria a pena se, no fim, o sorriso daquele garotinho brilhasse mais uma vez.
Autor(a): naty_h
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 40
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poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24
Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa
naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21
Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso
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poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30
Aí q fofura esse capítulo. Continuaa
naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41
Momento mais lindo desses dois
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poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34
Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa
naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50
Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW
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poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54
Muito fofa a Melissa. Continuaaa
naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08
Melissa entende ela melhor do que ninguém
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poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17
Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa
naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18
William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa
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poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27
Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa
naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11
Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa
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poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20
Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa
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poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00
Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa
naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05
Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar
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poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26
Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo
naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51
Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos
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poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33
A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa
naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07
Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê