Fanfics Brasil - Apenas um álibi No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Apenas um álibi

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Depois de eu e minha irmã termos mutuamente nos acalmado juntas, fiquei sentada lá fora, pensando na grande merda que era meu irmão ter que se casar com a pior pessoa que podíamos conhecer. Eu não duvidava que ele já tivesse tido relações com ela, afinal, quem não teve? Mas daí para casar? Absurdo total.


Nossa preocupação não era apenas a pessoa com quem ele iria ter que se casar, mas o fato de que o pai dela quis meu irmão, apenas porque nós somos agora – consequência do meu casamento com um Herrera – a segunda família mais importante do nosso círculo.


Bernardo odiava ser um fantoche, uma peça nos negócios da Famiglia. Se eu pudesse me transportava para lá agora mesmo e garantiria que meu irmão estivesse bem.


Suspirando, levantei-me e entrei no quarto. Pediria um bom café da manhã para tentar me recompor. O volume da TV estava alto, e assim que peguei o controle para desligá-la apareceu o vídeo de uma explosão. Aumentei ainda mais o volume e colei o rosto na tela.


" A Policia Sueca investiga o segundo ataque entre ontem, aproximadamente nove da noite, e hoje pela manhã. O Parlamento e a Catedral foram completamente reduzidos a cinzas. O país lamenta a perda de dois lugares históricos e referências para cultura Sueca. Existem suspeitas de um ataque terrorista, mas nada confirmado. Continue acompanhando as notícias para saber mais informações"


 


Desliguei a televisão e cai sobre a cama. Suspeitei na hora o que realmente tinha acontecido.


Não. Ele não faria aquilo.


William entrou no quarto naquele exato momento. Olhou para mim brevemente e seguiu até a estante, onde habitual garrafa o esperava.


— William — chamei calmamente. Seria errado da minha parte acusá-lo.


— Estou ouvindo — respondeu, seco.


— Talvez seja apenas coincidência, mas você viu o jornal hoje? A TV, eu digo. — Ele virou lentamente e inclinou a cabeça para me olhar.


— Esta é realmente a pergunta que você quer fazer? — Eu fechei os olhos, negando-me a acreditar.


— Por quê?


— Negócios.


— É a vida de milhares de pessoas! Pessoas que agora perderam o emprego, crianças que vão crescer e não terão esses lugares cheios de história para visitar e conhecer. — Ele franziu a testa.


— Não me venha com essas merdas. Eu não me importo com a porcaria da história deste país imundo; eles fodem a Itália, estão fodendo a Famiglia. Ninguém nos prejudica e sai ileso.


— Ah, não? Então, você, o chefe da Famiglia, aparece nos dois dias em que estes ataques acontecem. Eles vão revidar! — Aproximando-se, ele pegou uma mecha do meu cabelo e colocou atrás da orelha, lançando-me um olhar zombeteiro.


— Eu já te disse que não sou idiota. Por que eu atacaria a cidade onde estou em lua de mel com a minha esposa? — Então, eu percebi.


— Você me usou — declarei.


Ele me olhou por um tempo.


— Se você quer chamar assim. Eu prefiro dizer que os dois aproveitaram. Você conheceu uma bela cidade, e eu fiz o que vim fazer. Satisfação mútua. Agora arrume suas malas. Tenho coisas a resolver na Itália.


Ele se virou para sair, mas eu corri atrás. Enquanto lágrimas iam caindo pelo meu rosto, comecei a desferir socos em seu peito. Chorando e gritando.


— Você não me convidou porque queria passar um tempo comigo, eu era um álibi, fui uma desculpa o tempo todo. Você não tem coração, William? Eu te odeio! Você é um monstro! Eu odeio você! Odeio você! — Eventualmente ele segurou meus braços e empurrou-me contra a parede.


Eu ainda estava com o roupão pós banho, então, não houve dificuldade alguma quando ele desfez o nó que me mantinha coberta, me segurou contra a parede gelada e, erguendo minha perna, me penetrou. Eu gemi, com o prazer de tê-lo e a dor de saber que eu nunca entraria em seu coração.


Nós buscamos um ao outro com uma fome arrebatadora. Eu precisava daquilo, precisava sentí-lo novamente. Bocas famintas e corpos lutando em uma corrida pelo ápice. Quando acabou, ele saiu de mim e me deitou na cama.


— Agora que você acordou e percebeu que sou realmente um monstro, pare de sonhar. Nós vamos embora em uma hora.


 


 


Coloquei meus óculos escuros, para tentar esconder meus olhos inchados e vermelhos do choro, e não olhei para William durante todo o
caminho do hotel até o aeroporto de Estocolmo, nem de lá até o aeroporto de Palermo. Quando chegamos na cidade, pedi a ele que me deixasse na casa do meu pai, e aquele foi o máximo de contato que tivemos. Saí do carro fazendo questão de bater a porta. Toquei a campainha e esperei que alguém atendesse. Reparei que o carro se afastou assim que Gian, um antigo soldado de papai, abriu-a.


— Olá, Gian. Tem alguém em casa?


— Senhora Herrera — acenou, e eu revirei os olhos pela formalidade, per l’amor di Dio, o homem me viu crescer!


— Seu pai e Lorenzo estão no escritório, Bernardo esta no jardim e suas irmãs provavelmente também estão lá.


— Obrigada. — Passei por ele e segui até os fundos, em direção ao local onde meus irmãos conversavam. Não me preocupei em parar no
escritório, pois estava – ainda – chateada com papai e Lorenzo.


De longe, avistei Bernardo sentado em um dos balanços nos quais eu e minhas irmãs costumavamos brincar. Ele raramente podia ir até lá e se divertir conosco, apenas quando tinha tempo para ser criança.


Cheguei por trás dele e abracei-o. Ele alcançou minhas mãos em seu pescoço e apertou-as levemente.


— Perguntava-me quando você ia aparecer e completar o trio na nova missão “Como salvar Bernardo”. — Eu ri e fiquei de frente para ele. — Isso em nenhum momento passou pela minha cabeça! — Bernardo me acompanhou no sorriso e apertou meu nariz.


— Sua pequena mentirosa. — Ficamos em silêncio por algum tempo, e o riso havia desaparecido.


— Como você está? — sussurrei.


Ele deu de ombros.


— Eu sabia que isso ia acontecer em algum momento. Se não fosse pelos negócios, seria pelo papai querendo me dar uma lição sobre quem manda.


— Eu odeio o que ele faz com você.


— Não se preocupe com isso, pequenina. Ele só não consegue aceitar que eu não seja um chupa bolas como Lorenzo é. — Um sorriso irônico se formou em seu rosto. — Pense pelo lado bom, vou poder comer aquela bunda doce da Angelique todos os dias. — Eu lhe dei um tapa no braço e tentei – já falhando – segurar o riso.


— Você é um cretino nojento.


— O quê? Ela pode ser uma cobra, mas fode como uma deusa — declarou, ainda rindo de mim.


— Vale a pena o bom sexo, se você vai ter que passar o resto da vida convivendo com aquela boca venenosa dela?


— Eu posso sempre dar algo para ocupar aquela boca quando ela falar demais. — Eu grunhi e me levantei.


— Eu desisto de falar com você! — Ele se pôs de pé também e me abraçou, amassando-me.


— Eu estou brincando. Parece que rir é a única forma de me distrair de toda essa merda. Mas e você? Voltou cedo da viagem, como foi? — Eu o olhei por alguns segundos antes de vestir a minha máscara de felicidade.


— Foi maravilhosa. Voltamos cedo, porque William tinha trabalho aqui, e eu também estava preocupada com você.


— Certeza que é isso? — questionou, desconfiado.


A vontade de me agarrar ao meu irmão e deixá-lo me proteger do mundo, como ele sempre fez, bateu forte. Mas ele já tinha seus próprios problemas com os quais lidar.


— É claro! Bom, eu vou falar com nossas irmãs.


— Sim, isso será bom. Ajude Anahi a acalmar Dulce. — Eu bufei.


— Vou tentar. — Caminhei para longe dele, entrando na casa, e subi as escadas.


No corredor, meus olhos bateram direto em meu antigo quarto. Uma mistura de emoções me atravessou. Tantas lembranças e pura saudade.


Abri a porta, olhando minha pequena cama, a decoração de solteira e os detalhes, e a única coisa que passou pela minha cabeça foi: lar. Aquilo era certo? Conseguir chamar uma casa que nem era mais minha de lar, e a minha própria, não? Fechei a porta atrás de mim e deitei na cama. Afundei o rosto no travesseiro e fiquei.


A primeira lágrima veio na percepção de que a minha vida seria assim para sempre, dor, tristeza, decepções, mentiras. Quando me casei com William, estava completamente certa de que podia fazer dar certo, que com o tempo ele iria me amar. Que dali a um ou dois anos, quando tivéssemos o primeiro filho, ele ficaria mais feliz ainda.


Ele teria orgulho de me chamar de sua esposa.


Mas aquilo não ia acontecer.


E se ele não podia me amar, eu conviveria com isso. Mas não podia deixar de ter uma vida.


Ouvi a campainha tocar e me levantei. Corri até o banheiro e tentei ao máximo disfarçar a cara de choro.


Quando cheguei no meio da escada, já podia ouvir uma comoção lá embaixo. Desci os degraus correndo, meus saltos ecoando pela casa, e parei quando vi minha irmã segurando Dulce.


— Você não é bem-vindo nesta casa! Queira se retirar. — Christopher riu e se virou para meu pai.


— Eu gosto de um show, você sabe, mas tenho assuntos mais importantes a tratar. Então, se você puder levar essa garota problemática daqui, antes que eu mesmo a leve, serei grato.


— Não sou problemática, seu imbecil!


— Dulce! Você está ofendendo o Consigliere da Famiglia e nosso convidado sem nenhum motivo. Saia agora! — papai quase gritava.


— Eu só saio quando este desgraçado sair, eu…


Eu já tinha visto o bastante.


— Christopher— entrei na sala e acenei para ele.


Um sorriso explodiu em seu rosto, e ele se aproximou, abraçando-me.


— Oh, você! Como vai a mais linda de toda a Itália?


Eu abri boca para responder, mas minha atenção foi para minha irmã, que agora saia praticamente correndo dali.


Voltei-me para Christopher, que franzia a testa, olhando na mesma direção.


— Eu acho melhor isso não ser nada do que estou pensando. — Cerrei os olhos.


Ele me olhou e sorriu, irônico.


— Ciúme? — Revirei os olhos e me afastei, andando até meu pai e cumprimentando-o, depois fiz o mesmo com Lorenzo e, por fim, sentei- me ao lado de Bernardo.


— O que faz aqui?


— Oh, você sabe! — Jogou a mão no ar com falso desdém. — Desempenhando meu importante papel do dia. — respondeu, irônico.


— William mandou me vigiar outra vez?


— Antes fosse. Estou aqui como oficial casamenteiro. É nessas horas que eu tenho toda a certeza de que ele me odeia, quando me manda cuidar de merdas como essa. — Apontou para Bernardo. — O casamento do irmão rebelde com a prostituta de pedigree da Famiglia.


Eu me levantei num pulo, ficando no meio de um irritado Bernardo e um Christopher que claramente queria briga. Empurrei meu irmão, afastando-o do outro homem atrás de mim, e tentei controlar os dois.


— Christopher, seu cargo não lhe dá o direito de ofender a honra da noiva de meu filho — papai declarou, aproximando-o.


Christopher bufou com uma gargalhada. Até mesmo eu me controlei para não revirar os olhos diante das palavras de meu pai.


Bernardo o ignorou e aproximou-se novamente de Christopher. Rosnando.


— Foda-se como fala daquela puta. Mas você não entra na minha casa, desrespeita uma de minhas irmãs, flerta com a outra que, além de
tudo é sua cunhada, e ainda me ofende, rotulando-me de rebelde. — Christopher encarou com um sorriso perverso no rosto e deu uma risadinha.


— Devo dizer que sempre gostei mais de você do que daquele ali. — Apontou para Lorenzo.


O sorriso foi embora de seu rosto, e ele encarou meu irmão, que estava sério.


— Peça-me desculpa pela forma como acabou de falar comigo, desculpe-se pelo o que insinuou de Maite, e eu cancelo esse casamento.


Bernardo era presunçoso demais e nunca se desculparia, Christopher sabia disso. Homens eram orgulhosos por natureza. Homens da Famiglia eram mil vezes mais.


— Eu não preciso da sua ajuda para nada - Bernardo declarou calmamente, e Christopher sorriu de volta.


Suspirando, ele deu um beijo em minha cabeça e foi em direção à porta, mas, antes de sair, virou-se e disse:


— Parabéns, noivo do ano! E se não se importar, pode me avisar a data do casamento? Eu gostaria de visitar sua futura esposa antes de ela se tornar oficialmente uma Saviñón. — Ele fingiu estar desapontado quando disse. — Vou sentir falta da boca de aspirador que ela tem.


Quando a porta bateu, eu não me movi. Bernardo saiu da sala pisando fundo, e eu pensei que era melhor deixá-lo sozinho naquele momento.


O que Christopher disse era um absurdo, e eu prometi a mim mesma que iria dar uma bronca nele por isso. Mas mesmo que fosse ruim ter ouvido, era algo que meu irmão iria escutar muito.


E mesmo se não fosse na sua frente, seria pelas costas.


Tentei falar com minhas irmãs antes de ir embora, mas Anahi não estava em casa, e Dulce se trancou no quarto. Não abriu a porta nem mesmo para mim.


A suspeita que estava na minha cabeça era assustadora, mas eu não tinha dúvidas de que algo estava acontecendo entre eles. Ou havia acontecido.


Despedi-me de Bernardo rapidamente e saí da casa.


Logo quando estava agradecendo aos céus por poder passar um tempo longe da máfia, de soldados e do meu… marido, vi o carro que Juliano usava aproximar-se.


Suspirei, derrotada, e entrei quando ele abriu a porta.


— Eu poderia pegar um táxi, Juliano. Ou apenas ir andando — murmurei, brava.


— Com todo o respeito, Senhora Herrera, mas pode dizer isso ao chefe, porque ele só me passa as coordenadas. — Eu bufei.


— Ele está em casa?


— Não, senhora. — Suspirando, encostei a cabeça no banco e fechei os olhos. Pelo menos eu poderia chegar em casa e ficar um tempo
sozinha antes que ele voltasse



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Autor(a): naty_h

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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