Fanfics Brasil - Atentado No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Atentado

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William não estava em casa quando cheguei, e eu realmente fiquei grata por aquilo.


Fui até a cozinha falar com dona Goretti e a encontrei conversando com o senhor Jaros, nosso jardineiro.


— Humm... Será que esse cheiro maravilhoso é de um de seus bolos, dona Goretti? — perguntei entrando no cômodo.


Seu Jaros se pôs de pé num pulo e tirou o chapéu.


— Senhora Herrera. — Eu sorri e acenei.


— Aquele jardim está cada dia mais bonito, suas mãos são mágicas.


— Muito obrigado, senhora. Eu faço o melhor que posso.


— Menina, eu não sabia onde colocar seu novo mascotinho, então, acomodei-o no menor quarto da casa. Tem umas caixas guardadas lá. E eu estou fazendo bolo, sim. De chocolate. — Bati palmas, empolgada, e dei um beijo na bochecha da senhora.


— Vocês são as melhores pessoas! Vou tomar um banho. Pode levar um pedaço dessa maravilha em meu quarto quando esfriar?


— Vou demorar um pouco ainda, falta a cobertura, mas levarei.


— Obrigada! E sobre meu lindo cãozinho, para qual eu ainda nem mesmo escolhi o nome, vou encomendar pela Internet as coisas dele.


Ela assentiu sorrindo, e eu rapidamente sai de lá. Estava sonhando com a banheira.


 


Acordei deitada no meio de dois corpos. Dulce alisando meu cabelo, e Anahi olhando para o teto.


— Que bela forma de acordar alguém. Sei que vocês me amam, mas não precisa de tanto. — Eu brinquei enquanto me sentava.


Fiquei em alerta assim que vi que Dulce não sorria nem brincava como de costume, e Anahi nem me olhava nos olhos.


— Impressão minha ou algo está errado? — Dulce apertou os lábios juntos e se sentou de frente para mim. Pegou minhas mãos e apertou.


— Irmã... precisamos falar algo com você.


Enquanto esperava nervosamente para ouvi-la, pulei da cama, de repente lembrando que William já deveria ter chegado e que estaria, muito provavelmente, louco de raiva pela minha pequena saída daquela tarde.


— Dio, vocês podem esperar um minuto? — perguntei, enquanto colocava um roupão. — Eu preciso falar com meu marido, saí essa tarde e nem sequer falei com ele, preciso...


— Irmã... — Anahi parou na minha frente e segurou meus ombros. — Sente-se aqui, está bem? E vamos conversar.


— Sim, Anahi, nós podemos conversar, eu só preciso...


— MAI! — Dulce gritou. — William não está aqui! — Eu suspirei aliviada e sorri para elas.


— Bem, então vamos falar agora. — Caminhei até a cama e sentei- me, enquanto as duas ainda estavam paradas de pé, olhando para qualquer lugar menos para mim. O sorriso foi lentamente se desfazendo em meu rosto quando comecei a juntar as coisas. — Sobre o que vocês querem falar? — Não tendo nenhuma resposta, perguntei mais alto daquela vez.


— Irmã, o carro dele... — Anahi começou. E eu pude sentir minha garganta começando a apertar.


— O quê? — sussurrei, mesmo tendo certeza de que eu não gostaria de ouvir.


Dulce se aproximou e sentou-se perto de mim novamente.


— São quase sete da manhã, Goretti nos disse que você dormiu logo que chegou... ontem.


Eu fiquei espantada com o quanto tinha dormido, mas minha atenção ainda estava sobre o carro.


— O que houve? Com o carro? O carro... e-ele, William está...


— O carro que ele estava com Juliano explodiu, junto com um dos armazéns da Famiglia nesta madrugada. Eles o estão procurando, irmã, mas tudo indica... — Anahi não terminou a frase quando um soluço me escapou, e eu deixei minha cabeça cair sobre o colchão. Não podia
acreditar naquilo. Não. Mesmo.


— Tem que ser um engano, precisam encontrá-lo, ele é o dono de tudo isso! Como pode... C co-mo? Oh, Dio! Meu William. Não.


Elas caíram do meu lado, segurando-me enquanto eu chorava. Mesmo que não entendessem o porquê das minhas lágrimas – e nem eu entendia, elas ficaram comigo.


— Shh, querida... Christopher e Alfonso estão em contato conosco. Vamos saber quando o encontrarem. — Eu segurei seu rosto, olhando
profundamente em seus olhos azuis.


— Vivo, irmã. Eu preciso dele vivo, comigo! V-você t-tem que m-me promet-ter! — Ela deixou uma lágrima escapar e fechou os olhos.


— Eu prometo.


— Eu preciso dele! — supliquei a ela, porque era verdade. A mais dolorida, mas eu precisava dele comigo. Sem nem ao menos entender direito os meus sentimentos, uma certeza invadia meu peito: eu precisava de mais tempo para mostrar a ele que podíamos ser bons
juntos, que ele podia aprender a ser feliz outra vez, mas para isso... precisava dele comigo.


— Eu sei, eu prometo. — Anahi olhou para Dulce, sabendo que era uma promessa já quebrada. Ela não podia me prometer aquilo.


Nenhuma delas podia. Ninguém podia.


 


Quando minhas lágrimas e os soluços já não eram tão intensos, Dulce buscou um copo de água. Elas queriam que eu tomasse um calmante, mas qual era o sentido? Eu acordaria sabendo que ele não estaria aqui.


— Eu sei que vocês estão pensando em como sou idiota por estar chorando por isso.


Dulce suspirou.


— Não entendo, mas não vou te julgar. Imagino que não haja como mandar no coração.


— Dul — Anahi interrompeu. — Todos sabemos sua opinião sobre William, este não é o momento.


— Tudo bem — sussurrei. — Eu não entendo por que não posso simplesmente pular de felicidade com a possibilidade de ele estar... — respirei fundo. Não podia nem mesmo dizer a palavra. Era como se uma faca fosse cravada no meu coração.


— É o seu coração, Mai. Ninguém pode condená-la por seus sentimentos.


— Ele é a pior pessoa que já conheci em toda minha vida — eu disse, ignorando o que Anahi tinha dito.


A sensação era de que eu iria explodir com tudo o que vinha guardando. Estava sentada diante das duas pessoas a quem eu confiria
até a mesmo minha vida de olhos fechados e não podia lidar com tudo aquilo por muito mais tempo. Senti os olhos das duas em mim, apenas esperando. Eu as conhecia, mas elas me conheciam ainda mais, e sabiam que algo estava por vir.


Não aguentando mais, falei sobre nossa primeira vez. Do que eu esperava que não aconteceu, falei que pra ele o que fazemos não é amor, da sensação do toque dele na minha pele – como fogo. Contei sobre o jantar e como me senti humilhada, além da fatídica noite em que discutimos e ele me machucou. Desabafei sobre tudo.


— Se ele não estiver morto, vou matá-lo — Dulce declarou um tempo depois de eu finalmente ficar em silêncio.


— Senti hesitação uma vez nos olhos dele, como se a dor que viu em mim o incomodasse. Mas foi tão rápido que às vezes me pergunto se foi real ou só parte da minha fantasia ridícula de que ele poderia se importar comigo. — Anahi suspirou.


— Ele se importa irmã. — Eu bufei e ela me olhou seriamente. — Você é minha irmãzinha e, acredite em mim, eu o mataria se não achasse que se importa com você. Todos têm uma história, eu não sei quão distorcida a dele é para que seja assim hoje, mas há algo de bom lá. Eu já vi. — Franzi a testa olhando para ela.


— Como assim? — Ela balançou a cabeça e suspirou, desviando o olhar.


— Não importa, mas me escute. Quanto maior for a sua luta, maior será a vitória. Então, não desista.


Eu olhei para Dulce, que estava cerrando os olhos para nossa irmã, tão curiosa quanto eu sobre suas palavras. Por fim, Anahi levantou-se e pegou seu celular antes de sair do quarto. — Vou tentar falar com Christopher.



Dulce olhou para a porta alguns segundos antes de virar-se para mim.


— O que essa louca está querendo dizer? — Eu dei de ombros, também querendo saber.


— Eu não faço ideia. — Ela me encarou por um tempo, então, apontou o dedo.


— Não me esconda mais merdas como essas que você acabou de vomitar aqui.


Eu revirei os olhos e levantei-me da cama, decidida a tomar um banho e ficar pronta para qualquer coisa que o dia jogasse para cima de mim.


Coloquei os pés no chão e quase cai quando minha visão ficou escura, em uma tontura de arder o cérebro.


— Uou, linda, vai com calma.


— Eu tenho tido essas tonturas, é um saco. — Dulce me segurou.


— O que quer dizer com tem tido?


— Tonturas, pela manhã.


— Você vomitou? — Eu a olhei confusa.


— Apenas uma vez, o que isso tem a ver? Preciso de um banho, Dulce.


— Você tem tido tonturas, vomitou e dormiu da tarde de ontem até agora. Diga-me que sua menstruação veio desde que se casou — ela desafiou com as mãos na cintura.


— O que você...


— Diga. — Revirando os olhos, passei por ela e entrei no banheiro.


— Não, mas isso não me preocupa, eu já fiquei meses sem meu ciclo, não é novidade.


— Mas antes você não tinha um pênis gozando em você. — Eu a olhei escandalizada.


— Dulce! Não importa quanto tempo eu passe com você, nunca vou achar essa linguagem normal. Enfim, essas coisas são particulares minhas, e eu não...


— Eu aposto meus lindos seios enormes e naturais que você está grávida. — Parei o que estava fazendo e arregalei os olhos para ela.


— Não diga isso nem de brincadeira!


— É um fato.


Voltei para meu banho, jogando suas palavras para o fundo da memória e fingi que ela não estava lá.


— Eu estou ligando agora para um consultório no centro. É melhor prevenir do que remediar. — Ignorei-a novamente e me neguei a pensar por um segundo no que ela disse. Ouvi seus passos se distanciando e respirei fundo. Deixei meu olhar cair em minha barriga, e meu coração acelerou.


— Por favor, não faça isso comigo.


Saí do banheiro mais tensa do que nunca, mas estava confiante de que iria esquecer a loucura que Dulce jogou para cima de mim.


— Horário marcado.


Eu gritei, colocando a mão no coração pelo susto.


— Santo Dio! Você quer me matar? — Ela riu e se jogou na cama.


— Temos uma hora e meia para chegar lá. Anahi não pode ir, e eu não a convidei. na verdade.


— Eu não quero! Você perdeu a parte que eu falei que William ameaçou uma futura criança? Ele vai nos matar se sequer existir algo além de mim neste corpo. — Dulce revirou os olhos e levantou-se.


— Eu quero você pronta em meia hora.


— Dulce...


— Você prefere já saber ou ser pega de surpresa depois?


Eu a olhei, pensando seriamente naquilo. Fui até o closet, coloquei um vestido e qualquer sapato, e voltei para o quarto.


Respirei fundo e assenti.


Deus, por favor... não.


 


 


— Não acredito que você me convenceu a isso — lamentei, mais do que arrependida, sentada na recepção do consultório médico.


— Oh, por favor, irmã! Não seja tão covarde, eu adoraria que você tivesse um bebê.


— Bebê esse que morreria igual a mim assim que seu pai soubesse de sua existência. — Ela franziu a sobrancelha.


— Ele não faria isso, eu já te disse. Cão que late demais só quer assustar, mas, no fim, não morde. Esse é o seu marido.


— Você não sabe sobre isso — resmunguei.


Bufando, ela segurou meu rosto antes de falar calmamente.


— Querida, vocês têm fodido por semanas, um mês, eu não sei. E vocês não têm se protegido de nenhuma forma, pelo que me disse. William é um cretino, mas não é idiota, ele sabe como não fazer bebês e não tem evitado isso com você. Agora relaxa!


— Ele mandou eu tomar as pílulas.


Voltei a olhar para frente quando ela me soltou e não tive tempo de pensar sobre aquilo, pois a médica já estava me chamando.


Dulce ficou de pé e me estendeu a mão, encorajando-me. Respirei profundamente antes de me levantar e começar a caminhar para dentro da sala. A coisa toda foi um borrão para mim. A médica tentou ser o máximo simpática possível, mas com meus pensamentos divididos entre o perigo que William poderia estar correndo e a possibilidade de uma gravidez, eu estava aérea e nem um pouco amigável. Dulce era a única que conversava com a mulher e segurava a minha mão todo o tempo. Eu tirei sangue, fiz xixi num palito e até mesmo abri as pernas em cima da maca, enquanto a doutora enfiava algo, que eu nem mesmo quis saber o que era, dentro de mim.


Quando, enfim, me vesti, minha irmã depositou um bolo de dinheiro em cima da mesa e sorriu docemente para mulher, dizendo que nós tínhamos pressa. Saímos de lá com a garantia de que no dia seguinte de tarde, no máximo, eu receberia os resultados. Enfim podia ir para casa, mais do que aliviada.


Só precisava que ele voltasse, e rápido.



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Autor(a): naty_h

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Deitada na cama, eu olhava para o relógio constantemente, 1h17min. Quase 18 horas de agonia sem fim, desde que eu soube que meu marido poderia não voltar mais para casa. Nem mesmo a possibilidade de um bebê acalmou a tempestade dentro de mim. Pelo contrário, assustou-me mais ainda. Não só porque se realmente houvesse um bebê, eu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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