Fanfics Brasil - Stefa #recado# No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Stefa #recado#

509 visualizações Denunciar


Com o Capítulo de hoje nós chegamos na metade da história da primeira temporada, em breve teremos capítulos narrados po William também. Eu queria agradecer muito a Poly por comentar todas as vezes sempre incentivando e dizendo como esta gostando. Eu também estou adorando adaptar esse história pra WyM e em breve as outras temporadas focadas nos outros casais vai chegar. Boa leitura e comentem sempre.


_______________________________________________


Meu ânimo no dia seguinte não estava melhor. Quase não toquei no café da manhã e me mantive na cama. E os outros dois dias que passaram foram da mesma forma. William quase não parou em casa. Eu estava tão chateada, tão abalada, mas ele não pareceu perceber. Ou escolheu ignorar.


No quarto dia após a minha descoberta, Goretti estava longe da minha vista, então, quando a campainha tocou, corri até a porta e abri. Na minha frente tinha uma moça alta e magra com roupas largas e um cabelo ruivo curto. Eu sorri.


— Posso ajudá-la?


— Meu nome é Stefa. — Ela baixou a cabeça, fazendo as curtas mechas ruivas caírem em seu rosto.


— Tudo bem... — eu disse, lentamente.


— Eu queria saber se posso falar com a senhora Herrera.


— Sou eu — respondi, desconfiada.


Ela respirou fundo e finalmente levantou a cabeça.


— Fui revistada na entrada do condomínio e por um segurança ali no portão também. Posso entrar? — Ainda desconfiada, eu concordei,
dando um passo para o lado e fechando a porta logo depois. Me mantive em uma distância segura e cruzei os braços.


— Eu não acho que algum soldado a deixaria entrar aqui. Quem é você?


— Sou uma das garotas da Fascino. Os soldados me conhecem de lá, e eu disse que vim para ver o senhor Herrera. — Ela soltou de uma vez, assim que sentou no sofá.


Eu nunca fui de perder a cabeça, ou julgar alguém, mas o fato de aquela prostituta estar na sala da minha casa me tirou do sério. E não
tinha nada a ver com a profissão dela, mas ela trabalhava em uma das boates do meu marido, e eu sabia que William não era nenhum inocente, nem de longe. Ele já tinha dormido com muitas mulheres por aí, se é que ainda não dormia.


Mesmo com o turbilhão dentro da minha cabeça, forcei-me a agir como a dama educada que sempre fui. Afinal, ela não arriscaria a própria vida entrando na casa do chefe apenas para me afrontar.


— Ok. Há algo que eu possa fazer por você? Com toda certeza não veio bater um papo de funcionário para patrão com meu marido. Principalmente chegando aqui e dizendo que veio vê-lo.


— Sinto muito ter dito isso, mas era a única maneira de me deixarem entrar. E a única coisa que eu quero com meu patrão é o meu salário.


— Então...? — incentivei. A garota ficou quieta, encarando os nós dos dedos, fazendo-me perder o fio da paciência que me restava. — Olha, Stefa, não sei por que você veio aqui e sinceramente não me importo, contanto que vá embora agora. Se você tem no mínimo alguma estima pela sua própria vida, William não vai gostar de saber da sua visita.


— Eu estou grávida. — Fiquei quieta por algum tempo.


— Oh, entendo. Isso é ruim. — Eu não tinha entendido qual a razão de ela estar me falando aquilo, mas tinha a impressão de que iria pedir ajuda. As meninas das boates não podiam ficar grávidas. A Famiglia se certificava de que houvesse muita proteção e anticoncepcional para não haver riscos.


Ela me olhou com lágrimas nos olhos.


— Eu não quero que entenda minha vinda aqui como desrespeito. Por favor, senhora Herrera.


— Calma! Quantos anos você tem?


— Vinte e três. Senhora, eu... eu soube do que aconteceu com o Chefe, e sabia que era minha única chance vir e tentar falar com a senhora enquanto ele não estava. Ele não tem me procurado mais, nem nenhuma das meninas da Fascino, isso aconteceu meses atrás. Então, não, meu bebê não é fruto de uma traição, ele não tem culpa dos meus erros. — Ela soluçou. A mulher falou tão rápido que precisei parar e processar cada letra, depois cada palavra, então, tudo me atingiu.


— Você está esperando um filho do meu marido? — As palavras tinham um gosto ruim na minha boca.


Não.


Eu não podia acreditar naquilo.


Stefa cobriu o rosto com as mãos e chorou.


— Perdoe-me, por favor! É apenas um bebê... o Chefe vai matá-lo assim que souber.


Levantei-me do sofá, tão rápido quanto pensei ser possível, e fiquei de frente pra ela, puxando- a para ficar de pé em dois tempos.


— Ele não esteve com você desde nosso casamento? Quantos meses a criança tem?


— Eu dormi com ele apenas uma vez, três meses atrás. — Afastei-me dela, de repente sentindo falta de ar. Meus olhos arderam com lágrimas. Eu sentia como se houvesse mil lâminas perfurando meu peito. Queria desesperadamente gritar e perguntar a Deus por que estava fazendo aquilo comigo. Seria algum castigo? Será que eu merecia tanto
sofrimento, tanta dor?


Além de não ser capaz de gerar uma vida, eu seria humilhada vendo outra dando um herdeiro ao meu marido?


— Eu não posso... eu...


— Senhora Herrera, não está parecendo bem, há alguém que eu possa chamar?


— Não! — Eu não queria ser grossa, mas aquela situação era no mínimo impossível de se lidar. Sentei-me no sofá e a encarei. Stefacorreu e se ajoelhou na minha frente, com lágrimas escorrendo pelo rosto, assim como eu. — William nunca aceitaria isso. Ele não quer um filho meu, imagina de... — Ela abaixou a cabeça, assentindo e compreendendo o que eu quis dizer.


— Sei disso, e eu provavelmente morrerei antes do meu filho vir ao mundo. Foi por isso que vim até aqui. — Franzindo a testa, encarei-a, ainda não entendendo. — Ouvi por aí o quanto a senhora é boa. Eu jamais poderia ser uma mãe, uma boa mãe. E eu não confiaria a ninguém mais a vida do meu filho.


Mantive meus olhos fixos nela, finalmente compreendendo.


— Quer que eu cuide do seu filho?


— Dizem que mãe é quem cria, não é? Quem cuida, quem dá amor. Eu não sou esse tipo de mulher. Mesmo que eu o ame agora, não seria o que ele precisa. É por isso que peço que a senhora fique com meu filho e seja a mãe que eu não poderia ser. — Eu não poderia estar mais surpresa com aquilo.


— Mesmo que eu esteja morrendo para dizer sim, é impossível. Todos vão tratá-lo como um bastardo. Ele nunca seria respeitado. E como eu vou saber se essa criança é realmente dele?


— Não quero ofendê-la, mas a senhora acredita mesmo que eu viria até aqui, inventar algo assim, colocando minha vida em risco se não fosse? Já vi o Chefe matar um homem bem na minha frente, com meus próprios olhos. Eu jamais provocaria a raiva dele com uma mentira
como essa. — Ela respirou antes de falar novamente. — Estou de três meses. Poderíamos dizer que ele nasceu prematuro. Um tempo compatível ao que você e o chefe estão casados. Ninguém saberia, apenas vocês dois, e se eu ficar viva, o que provavelmente não vai acontecer, nós três saberíamos. A senhora pode usar uma barriga falsa. — Arregalei os olhos, surpresa com sua proposta.


— Jesus! Você tem ideia do que está dizendo? Trair a Famiglia dessa forma... não posso forjar uma gravidez.


Ela respirou fundo e concordou, com mais lágrimas banhando seu rosto.


— Tudo bem, eu... apenas estava desesperada. Posso tentar a adoção, ou... tirar.


Eu me levantei, em choque.


— Certo che no! Ele tem o sangue dos Herrera, não vai pra nenhuma adoção! E você não vai matar um bebê, eu não aceito isso!


— Então diga-me o que fazer! — ela soluçou. — Eu cresci com uma mãe que não me amava, não quero me olhar no espelho daqui a alguns anos e ver que me tornei a mesma pessoa que ela. Sou uma prostituta, isso é o que eu sei fazer. Sei satisfazer homens! Não tenho uma única unha maternal em mim!


Ajoelhei-me ao lado dela, e mesmo ela sendo maior e mais velha, tentei consolá-la.


— Está tudo bem. Não chore. — Olhei-a por um
tempo, enquanto pensava sinceramente naquilo.


Eu podia encarar como uma brincadeira do destino comigo, ou a minha única chance de realizar meu sonho. E, por outro lado, ainda
havia aquela inocente criança. Que culpa ela tinha? Sem pensar demais, eu suspirei e falei as palavras que me colocariam em um problema
gigante:


— Acho que posso conseguir uma barriga falsa em algum lugar. — Ela chorou mais forte e me olhou, sorrindo.


Que Deus me ajudasse, mas eu criaria aquela criança.


 


 


Meu telefone parecia pesado em minhas mãos, como uma bomba que ia explodir a qualquer momento. O nome da minha irmã piscava na tela. Ela, obviamente, queria saber o resultado dos exames, já que garantiu que eu os receberia hoje. Estava me sentindo tão sobrecarregada, queria deitar e dormir por um mês inteiro.


Estava com tantos problemas em meus ombros. Stefa, Lorenzo, a mentira que precisaria nascer junto com aquela criança e o mais preocupante, fazer William concordar comigo.


— O jantar vai ser servido, donna. — Pulei ao ouvir a voz de Goretti.


— Santo Dio, Goretti! Você vai me matar a qualquer momento. — Ela riu e se aproximou. — Venha comer antes que a comida esfrie, sim?


— Sei que a senhora tem coisas a fazer, mas pode jantar comigo esta noite? William não tem hora para voltar, então... — Ela assentiu.


— Claro, senhora. O que quiser. — Eu revirei os olhos para sua formalidade.


— Pare com essa coisa de ‘’senhora’’. — Ela balançou a cabeça, rindo, e começou a me servir na cozinha mesmo.


— Teve notícias de seus filhos recentemente?


— Minha filha continua na mesma. Vendendo o corpo para andar de carro de luxo e roupas bonitas. — De repente seu rosto iluminou.— Meu menino está conhecendo alguém.


— Mesmo?


— Sim. Seu nome é Juliana, menina doce. Trabalha como recepcionista num cassino da Famiglia.


— Ela é de alguma família? — eu perguntei, enquanto mordia minha panqueca de frango.


— O pai dela é um soldado da máfia, ela está dentro, mas não tão dentro. Assim como meu menino. — Eu sorri.


— Fico feliz, ele é bom para você, então, merece uma boa mulher para cuidar dele também.


Nós continuamos comendo e conversando sobre coisas do dia a dia, sobre tudo o que fosse comum em nosso mundo. Mas minha mente não parava de pensar em Stefa. O que ela estaria fazendo? Onde estaria? Será que se alimentou? Será que estava cuidando das necessidades do bebê?


Graças aos céus eu tinha pego o número dela.
A batata que eu comia parou na metade do caminho para a boca. Eu estava louca. Não só prometi a uma mulher que cuidaria do filho dela – filho que no caso era do meu marido –, mas nem o consultei a respeito disso. Stefa não parecia nada maternal, e eu não queria nem pensar qual destino esse bebê teria se não ficasse comigo. A empolgação já crescia
em meu interior.


— Menina — ela balançou a mão na minha frente —, mundo real chamando. — Eu encarei a mulher na minha frente seriamente antes de falar.


— Goretti, você tem trabalhado para a Famiglia por toda sua vida, certo?


— Trabalhei em quatro casas, por quase dez anos em cada uma, graças ao meu bom Deus — o orgulho em sua voz era evidente.


— Certo. E todas essas famílias tinham crianças? Filhos, eu digo.


— Sim! As quatro, na verdade, menos a senhora e o senhor Herrera. Mas é compreensível, são recém-casados, afinal. — Eu assenti.


— Você conheceu algum bastardo? Em seu tempo aqui. — Ela apoiou a mão na mesa, segurando o rosto.


— Que eu me lembre... hum... Não. Eu nunca, mas uma amiga minha trabalhou em uma casa onde aconteceu algo assim. — Ela fez uma careta e balançou a cabeça. — Uma coisa horrível de acontecer.


Eu cutuquei minhas unhas, tentando parecer o mais desinteressada possível.


— Entendi. Eu pergunto, porque tenho curiosidade. Nunca conheci nenhum. — Ela assentiu e olhou para os lados antes de se inclinar em minha direção.


— Eu vou dizer, mas isso não é conversa que se repita. — Concordei, então, ela suspirou. — O homem engravidou a prima da esposa, com quem ele tinha um caso antigo. Nasceu um menino. A prima morreu no parto. Com quem o bebê ficou?


— Com o pai?


— Com o pai e a esposa dele. Cresceu com as duas crianças do casal. O menino tentou a sorte em algum cargo alto, mas ele nunca teria respeito, então, ficou como soldado mesmo.


— Ah. Pelo menos ele foi aceito na Famiglia. — Goretti me lançou um olhar cético antes de responder.


— Menina, ele era uma criança indesejada. Concebida fora do casamento. O pai perdeu toda sua moral e seu respeito, e a esposa perdeu a honra. É desonroso ter um bastardo dentro da Família, a pior coisa na verdade. — Eu assenti, começando a desconfiar que eu estava, com toda certeza, muito ferrada.


 


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): naty_h

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

2:15 da manhã. Meus pensamentos foram direto para William torturando meu irmão para conseguir informações. Eu não era inocente a respeito de como as coisas aconteciam dentro da máfia. As lágrimas já haviam secado no meu rosto, e a compreensão de que nunca mais veria Lorenzo foi dolorosa. Para toda e qualquer ati ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais