Fanfics Brasil - Seu filho No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Seu filho

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2:15 da manhã.


Meus pensamentos foram direto para William torturando meu irmão para conseguir informações. Eu não era inocente a respeito de como as coisas aconteciam dentro da máfia. As lágrimas já haviam secado no meu rosto, e a compreensão de que nunca mais veria Lorenzo foi dolorosa. Para toda e qualquer atitude que foge às regras há sempre uma punição. E a violação de algumas leva à morte.


Meu irmão não só saiu com a noiva de um membro, ele conspirou contra o poder real da coisa. William tinha a obrigação de matá-lo, assim como Bernardo tinha o “direito” de matar Angelique. Ser um homem feito significava ser um soldado, um capo ou um chefe da Famiglia. Na idade certa, quando os pais dos meninos da nossa sociedade acreditavam ter chegado o momento, eles passavam por um ritual de iniciação, onde um simples filho com um sobrenome se tornava um alguém de poder. Mais um mafioso. E Lorenzo tramou contra não só um homem feito, mas vários. Não podia acreditar no que tinha ouvido. Meu irmão estava planejando o assassinato do meu marido apenas por poder?


Eu nunca enxerguei meu irmão daquele jeito, nunca imaginei aquele tipo de coisa vinda dele. Lorenzo sempre foi muito ambicioso, e isso o condenou. Ninguém tramava contra o poder, contra qualquer homem da Famiglia e vivia para contar a história. Aquele tipo de complô envolvia muito mais do que uma pessoa querendo o lugar de William; comecei a suspeitar que era algo bem maior do que eu podia imaginar. Quando éramos crianças, Lorenzo, sendo o mais velho, era ausente em nossas brincadeiras e momentos juntos. Mas isso não era motivo para que simplesmente não o amasse, porque eu amava. Muito. E o pior de tudo era que eu não conseguia colocar a culpa só nele. Desde pequeno, foi completamente inserido na sua cabeça que o poder, o dinheiro, a influência, eram as coisas mais importantes na vida. Eu só podia pensar que aquelas ideias haviam criado raízes profundas no cérebro do meu irmão.


Tramar a morte do chefe da Famiglia era o nível mais alto de traição que existia dentro da máfia. Meu irmão estava insano. Eu não era insensível ou imune ao que ia acontecer. E amava o meu irmão. Mas era algo que eu não podia evitar, e não podia pedir a meu marido que não o eliminasse. Lorenzo, uma hora ou outra, encontraria uma forma de concluir seu plano.


Fechei os olhos e tentei me concentrar no sono que sentia.


— Você é tão lindo. Menino bonzinho! — Eu sorria, com meu cachorro no colo na manhã seguinte, enquanto descia a escada. — Mamãe ainda não te deu um nome, você tem cara de quê, hein?


—Tenho quase certeza de que ele não vai responder a isso. Sobressaltei-me.


— William! Cazzo! Que susto!


— Venha ao meu escritório. Sem o cachorro.


Dando um beijo no meu pequenino, deixei-o no chão e segui atrás de meu marido. Ele ficou fora por todo o dia, e eu estava uma pilha de ansiedade. Sentia que ia ter um colapso a qualquer momento. Será que ele tinha mudado de ideia? Será que resolvera dar uma segunda chance a Lorenzo?


Assim que entramos, ele se serviu de uma bebida e tomou num gole só. Encostei a porta e afundei na cadeira à sua frente. Esperei pacientemente que falasse algo, mas William apenas se aproximou, pegou minhas duas mãos e me colocou de pé. Então ele baixou a sua boca sobre a minha, e eu separei os meus lábios para ele. Sua língua entrou, e tudo ao meu redor desapareceu enquanto o provava. Ele chupou o meu lábio inferior em sua boca, então a minha língua. Era inebriante. Sugou levemente e se afastou, fitando meus olhos.


— O que foi isso? — Sua expressão era impassível, mas ele acariciou meu rosto.


— Você é minha esposa. Não vejo problema em beijá-la quando quero. — Eu franzi a testa, e um lado da boca de William se inclinou, fazendo surgir um sorriso. — Há um problema nisso?


— Não.


— Muito bem.


— Meu irmão? — perguntei subitamente. William ficou tenso. Soltou-me e sentou-se em sua própria cadeira.


— Você sabe o que aconteceu, por que quer ouvir em detalhes?


— Eu tenho o direito de saber. — Envolvi os braços em torno de mim mesma. — Ele é meu irmão.


— Ele era seu irmão. E era um traidor, recebeu a consequência disso.


Ele não parecia afetado, nem mesmo com remorso pelo que fez. Mas é claro que não sentiria. De quantos homens já teria tirado a vida? Quantas vidas a máfia já levou? Deus nos deu a vida, e Ele deveria ser o único a tirá-la de nós, mas homens poderosos como William, seus irmãos e todos da máfia gostavam de agir como se fossem os donos do mundo, e, ali, eles eram. Olhei para o belo rosto do meu marido e de repente senti meu estômago embrulhar; a risada de Lorenzo veio como um trovão em meus ouvidos.


Cobri meu rosto com a mão e solucei. Em um segundo saí correndo para nosso quarto e me afundei na cama. O rosto de Lorenzo invadiu minha mente. Meu corpo todo tremia. Todo o dinheiro que tínhamos não era o suficiente? Comandar nossa família não era o bastante?


Ele era tão jovem, tinha toda a vida pela frente. Mas não a viveria.


Eu esperei que William me seguisse, que fosse até mim para me consolar, para pelo menos me abraçar, mas ele não o fez.


E por que eu ainda esperava aquele tipo de solidariedade? Todo o nosso casamento não tinha sido uma prova de que eu não receberia nada de bom?


Amar sozinha, cuidar sozinha, venerar e querer... isso era o que eu faria.


As batidas do meu coração imploravam por algo dele. Por alguém que se tinha um coração também, há muito tempo deveria ter parado de bater.


Levantei-me da cama, pois, depois de não sei quanto tempo, minha garganta grudava e minhas mãos tremiam. Fui ao banheiro lavar o rosto. Joguei a água gelada sobre minha pele e me encarei pelo espelho. Rosto e olhos vermelhos e inchados. Descabelada. Lábios tremendo. Droga, eu ia chorar de novo. Respirando profundamente, abri a porta e saí.


Surpreendi-me ao vê-lo de pé no meio do quarto, seus olhos fixos em mim. Um olhar assassino que eu só tinha visto quando atacou o fotógrafo em nosso casamento. Abri a boca para falar, mas ele rugiu antes de mim.


— Eu vou perguntar uma vez apenas.


Um arrepio correu pela minha espinha. Há muito tempo eu não sentia medo dele, mas o pânico novamente me tomou.


— William, você...


— Isso é algum tipo de vingança? — ele rosnou enquanto se aproximava, fazendo-me ir para trás até bater na parede. — Porque eu matei seu irmão traidor, acha que pode ficar escondendo as coisas de mim?!


— E-eu não... — William bateu na parede ao lado da minha cabeça, assustando-me.


— Uma mulher esteve aqui ontem, e eu descobri apenas porque um dos meus soldados a reconheceu. O que tem a me dizer? — Ele levantou o celular, mostrando uma foto de Stefa parada em frente à nossa porta, e depois outra, de eu a recebendo. Fechei os olhos. Minha boca ficou seca de repente.


— Por que você está tão bravo? É apenas uma mulher me visitando.— Era perigoso mentir para ele, mas pior ainda seria arriscar a vida de Stefa. William era muito explosivo.


— Não é apenas uma mulher, é uma das prostitutas de um dos bordéis da Famiglia. E eu não estou bravo, estou fodidamente furioso! O quê. Ela. Queria?


— Eu não posso falar — sussurrei. William juntou as sobrancelhas, quase arregalou os olhos e sustentou uma expressão incrédula no rosto.


— Você não percebe como isso pode ser perigoso? Aquelas mulheres não são boas como você, Maite. Se ela estiver aprontando algo, eu preciso saber o quanto antes.


Fechei meus olhos. Ele nunca me deixaria em paz se eu não dissesse.


— Prometa-me que não vai matá-la.


— O quê? — Eu encontrei seus olhos e segurei seu rosto com as duas mãos. Ficando na ponta dos pés, selei nossos lábios.


— O que eu disse. Prometa-me que não vai matar essa mulher.


— Eu não posso te prometer isso.


— William, por favor... — Ele pegou meus pulsos e tirou-os de seu rosto, quebrando nosso contato.


— Se você não me disser, eu vou atrás dela, da família dela e...


— Ela está grávida! — Ele pareceu atordoado, como se não fizesse sentido.


— Por que seria da sua conta que ela esteja grávida? Puta fodida, ela quer sua ajuda para se livrar de uma conversa comigo, é isso? Não vou poupá-la de punições apenas...


— O bebê é seu — respondi com uma voz dura, até mesmo amargurada.


William me encarou. Sem piscar. Por alguns minutos ele apenas me olhou como se eu fosse uma criatura de outro mundo. Sua mandíbula trincou.


— Besteira. Você é ingênua o suficiente para acreditar nisso? Eu não dei um filho nem a você, não daria a uma prostituta qualquer.


— Ninguém seria louco o suficiente de tentar te enganar dessa maneira, William.


— Bobagem.


— É seu, e você sabe disso. Acredite em mim, saber que meu marido seria pai e que o filho não é meu não foi a melhor notícia que recebi.


— Não é meu, impossível.


Ele estava me irritando.


— É seu. Você será pai! — minha voz se alterou.


— Eu disse a você, não quero filhos. — Olhei em seus olhos azuis determinados. — Sei exatamente quem é essa vagabunda e vou acabar com isso. — Ele ameaçou. Virou as costas e saiu pela porta. Demorei apenas um segundo para sair atrás dele, gritando seu nome pedindo para parar. Mas ele não me ouviu. Soltou-se dos meus braços e mandou que um dos soldados que estava ali me segurasse.


Assim que a porta bateu, debati-me contra o homem, até que ele me soltou, e corri para o nosso quarto atrás do meu celular. Só havia uma pessoa a que eu confiaria aquilo. Chamou três vezes antes de ele atender.


— Você está bem? — ele perguntou imediatamente, cheio de preocupação na voz.


— S-sim, você pode falar agora ou é um mal momento? — Eu estava ofegante. Em pânico.


— Pela sua voz você não parece bem. Eu posso falar, o que houve?


— Preciso da sua ajuda — sussurrei.


— Você está me preocupando, Maite. Diga de uma vez.


— Você se lembra quando me fez aquela proposta? Sobre uma nova vida e ir embora?


— Sim... lembro-me perfeitamente — ele disse pausadamente.


— Preciso que você estenda a oferta a outra pessoa. — Ele ficou quieto por uns minutos antes de falar novamente.


— O que você está tramando, Maite? — Eu soltei a respiração que nem percebi estar prendendo.


— Dio, Alfonso... Você não faz ideia.


Se ele não me ajudasse, eu encontraria outra maneira, qualquer uma. Mas William não mataria Stefa e o bebê, nem por cima do meu cadáver.



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Autor(a): naty_h

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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