Fanfics Brasil - Reunião No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Reunião

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William Herrera


Assim que entrei no lugar, o cheiro de sexo, bebida e drogas invadiu minhas narinas. Era praticamente um albergue. Eu odiava aquela merda. Pagava meus homens bem o suficiente para que cada um tivesse uma vida pelo menos decente. Mas o nosso mundo não era o melhor conceito de decencia, e todos eles sabiam os riscos de construir uma família, ter seu próprio lugar e ter uma vida conciliada com a máfia. Então alguns deles apenas viviam juntos, podiam acordar e comer qualquer merda, se exercitar juntos, conversar sobre o que quer que fosse e de vez em quando se afundar em uma boceta quente.


Para mim, era um risco.


Eu não gostava da ideia de que qualquer inimigo pudesse simplesmente colocar uma bomba lá, o que me faria perder mais de trinta homens de uma só vez.


— Chefe — um soldado acenou enquanto eu passava pelo estreito corredor, ouvindo as vozes deles por todo o canto. Acenei de volta e
continuei caminhando para onde minha atual fonte de irritação estava.


Quando abri a porta de acesso ao porão, já podia ouvir os gritos. O cheiro de urina era algo que eu já tinha me costumado a sentir.


— Você acabou com meu melhor carro, o meu preferido. Talvez eu tire o seu brinquedinho favorito em troca? — O homem soltou um grito de puro terror. Típico. Como Consigliere da Famiglia, a principal função de Christopher era garantir a paz entre as famílias do círculo. Mas o que ele realmente gostava era de estar em ação. Não havia nada que o alegrasse mais do que torturar um homem em busca de informação. Talvez uma boceta apertada fosse concorrência, mas eu duvidava. O cheiro da morte era irresistível para ele.


Suspirando, aproximei-me dando uma boa olhada no homem sentado e amarrado na cadeira.


— Christopher, acredito que você deu a ele incentivos suficientes para falar. — Movi meus olhos para meu irmão. — Termine depois.


— Você precisa de mim agora? Irmão, era a minha Ferrari. Isso não é brincadeira! — Eu sabia que o carro pouco importava para ele. Christopher queria sangue.


Abri a boca para ameaçá-lo, mas seu celular vibrou no bolso. Pegando-o, Christopher franziu a testa olhando a tela antes de atender.


— Estou no meio de uma coisa agora, mamma. — Ele tirou o celular da orelha, depois de alguns segundos, e o estendeu para mim.


Tomei-o de sua mão e virei as costas.


— Melissa.


— Você nunca foi um fardo, William Herrera! Está me ouvindo? Eu amei você desde que o tive em meus braços pela primeira vez! — Ela soluçou. — Não posso acreditar que durante todos esses anos você tenha sofrido desse jeito, e eu, egoísta, preocupada apenas comigo mesma e com uma forma de ter meu bebê de volta... por favor, perdoe-me por não ter sido uma mãe melhor... — sua voz quebrou.


Cerrando os dentes, tentei soar o mais calmo possível.


— Maite te contou, com certeza.


— O que ela poderia fazer? Está tão chocada quanto eu! Nunca fui a favor de violência, mas prometo a você que vou matar seu pai. Eu o detestei por um longo tempo, mas agora... eu o odeio pelo o que ele fez, William! — ela continuou falando e falando sem parar. Lamentando-se.


Porra, eu odiava aquela merda.


— Preciso desligar. — Ela soltou uma respiração profunda e pude ouvir um soluço. — Quando eu não atender ao telefone é porque não quero falar. Não ligue para outras pessoas para me procurar.


Quando desliguei, a adrenalina começou a pulsar junto com a fúria e os pensamentos esmagadores que foram tomando conta da minha cabeça. Eu não tinha tempo para lamentações do passado. Era apenas isso, passado. Estava lá atrás.


Caminhei até meu irmão, que segurava uma faca posicionada sobre o dedo indicador do homem, pronto para cortá-lo a qualquer minuto.


— Christopher, reunião, agora. Eu quero todos os Capos aqui.


Ele jogou a cabeça para trás e fechou os olhos. Depois focou no homem novamente e sussurrou próximo a ele.


— Acho que Deus está a seu favor. — Ele levantou a faca, e o homem suspirou aliviado. — É uma pena que o diabo tenha mais influência sobre mim. — Então ele desceu a faça sobre os quatro dedos do cara. Um sorriso diabólico cresceu em seu rosto, enquanto o outro gritava e se debatia. — Isto é por quase ter me matado. Creio que será uma motivação para que esteja disposto a abrir a boca quando eu voltar. — Ele me olhou novamente, limpando a faca na blusa do homem e guardando-a depois. — Vou preparar a reunião, chefe.


Sai de lá já não aguentando mais ouvir os gritos. Caminhei pelo lugar e quando cheguei na sala de reuniões, afundei na minha cadeira. Ainda era de manhã, mas eu já sabia que seria um dia de merda.


Peguei o maço de cigarros no bolso do paletó e acendi um, tragando profundamente. Eu odiava cigarros. O cheiro, o gosto e o quão debilitante poderiam ser. E aquela era provavelmente a razão pela qual fumava tanto, era algo que iria me destruir lentamente.


Peguei minha pasta e tirei alguns documentos dos cassinos e dos bordéis que precisava analisar. Passei a hora seguinte fazendo aquilo.


Logo meus Capos foram começando a chegar, um por um. Cada um pousou um beijo na minha mão e tomou seu próprio assento.


Alfonso chegou e sentou-se no seu lugar, na cadeira ao meu lado. Christopher se posicionou de pé, atrás de mim. Logo um soldado entrou, serviu a cada um de nós uma dose de uísque e colocou uma caixa de charutos no centro da mesa. Quando ele saiu, acenei para Christopher.


Meu irmão mais novo sempre começava as reuniões, pois eu não gostava de falar mais do que o necessário. Christopher era o simpático, então, ele fazia as honras.


— Amigos, é bom tê-los aqui. Todos sabem a importância de nossas reuniões semanais. É bom que o horário tenha permitido que todos estejam presentes. — Ele caminhou até um dos cofres da sala e digitou a senha, tirando uma pequena caixa dourada que me foi entregue. — Aqui estão seus pertences. — Peguei meu anel preto com as iniciais da família Herrera e coloquei-o no dedo, passando a caixa para Alfonso, que pegou um anel igual ao meu, apenas de uma cor diferente. Ele passou para Éder, que estava ao seu lado, e assim por diante. Até que todos portassem seus anéis.


A máfia tinha aquele pequeno costume. Nós não começávamos uma reunião sem as marcas de nossas famílias. Quando me tornei o chefe, Thom insistiu que eu acabasse com aquilo. Nem lhe dei atenção. O primeiro chefe da família Herrera usou aquele anel, há tantos anos que eu nem podia precisar. Era uma tradição que eu faria o possível para manter, pelo menos enquanto me sentasse naquela cadeira.


Assim que todos estavam com seus anéis, levantamos a mão direita e declaramos em uníssono:


— Prometo pelo sangue e a honra. Me mato ou deixo que um irmão me mate antes de trair a Famiglia.


Era a mais pura verdade. Eu pensei, enquanto tomava um gole do meu uísque. Se for trair a Família, é melhor que coloque uma arma na boca e aperte o gatilho ou corte os próprios pulsos.


— Simone — eu chamei.


O referido acenou do outro lado da mesa.


— Chefe.


— Na última reunião você disse que estava tendo problemas com os policiais de Nova York.


— Ainda estou. Eles cobraram um milhão a mais do que o combinado. As famílias de Nova York se recusaram a pagar, e, para piorar, soube agora há pouco que Santino Legali foi preso. Parece que o pegaram negociando cocaína pelo telefone. Miami está alvoroçada.


— Devo supor que vocês já estão em contato com o nosso pessoal dentro da polícia? — perguntei.


— Fiz algumas ligações assim que soube, mas ele foi pego pelo FBI. O pessoal em NY está frenético, ninguém sabe se ele vai falar.


— Se ele tiver sido inserido no programa de proteção a testemunhas, descubra onde ele está. Garanta que não abrirá a boca nunca mais.


— Ratos! — Ciro Gianni exclamou irritado. Ele era sempre o primeiro a perder a paciência nas reuniões de controle.


Pablo Fraccele assentiu.


— Estão por toda a parte.


— Esses filhos da mãe andam em carros de milhões e comem as melhores vadias, tudo graças à Famiglia. Mas na hora que a polícia aperta, eles quebram a promessa sem pensar duas vezes. Eu me lembro da época em que nossos homens feitos não tinham medo de nada — Graziano Ferrare resmungou, enquanto acendia um charuto.


Aquilo viraria um debate.


— Basta. — Olhei para Simone. — Não quero meu nome ou meu rosto estampados nos jornais. De nenhum de nós. Então faça com que Santino não fale. Você deveria ter os policiais nas mãos da Famiglia, mas vejo que está falhando. — Usei todo meu autocontrole para não colocar uma bala no cérebro de Simone. Ele me tirava do sério. Sem contar que eu não tinha certeza se era totalmente leal a mim.


— Vai dizer que você não adoraria dar uma entrevista, chefe? — Éder brincou.


— Ser uma prostituta da mídia? Minha promessa vale mais do que isso.


— Tem alguém vendendo no território da Famiglia. Cocaína pela metade do preço, mais química do que pó — Leon falou.


Eu levantei as sobrancelhas para ele.


— E você quer o quê? Que nós resolvamos isso para você? Sua família cuida do tráfico, Leon. Se não dá conta, passe a cadeira. — Ele ficou vermelho de raiva.


— Meu menino mais velho cuidava disso. E não o tenho mais. — Eu quase ri.


— Deveria ficar feliz por ter se livrado da escória. — Encaramo-nos por um tempo.


Continuei desafiando-o a me responder. Estava louco para saber se ele fizera parte no ridículo plano de Lorenzo. Mas ele apenas abaixou os olhos e acenou.


— Vou arrumar alguém para cuidar disso. Pelas próximas duas horas, nós cuidamos dos negócios da Famiglia.


Foram citados apenas problemas comuns, o de sempre. A concorrência, o FBI, inimigos calmos demais. Eu estava acostumado. Os anos de prática como chefe da máfia me treinaram bem o suficiente para saber quando algo estava chegando.


 



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Autor(a): naty_h

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William Herrera Quando acabou, eles foram colocando os anéis na caixa e saindo. Apenas Leon ficou. Eu sabia bem o que ele queria, mas precisava ver qual atitude tomaria. — Você pode sair, Leon. — Ele era o meu filho mais velho. — Ele ia trair a Famiglia — respondi num tom de voz calmo, porém, cortante. Meus irmãos estava ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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