Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni
Eu odiava a aparência morta daquele lugar. Estava deitada no sofá da sala fazendo nada, quando meu bebê começou a latir chamando minha atenção. Fiquei olhando para ele, perguntando o que podia estar querendo.
Precisava urgentemente de um nome para ele.
Peguei-o no colo e fiquei brincando. Pensei que poderia estar querendo fazer alguma necessidade e o levei até o banheiro. Segurei-o em cima da privada uns bons cinco minutos. Será que ele estava envergonhado por eu estar olhando?
— Mamãe vai te colocar no chão para você fazer suas coisas de menino, ok? Pode latir para mim quando terminar.
Eu esperava que ele me entendesse. Esperei uns 10 minutos para entrar no banheiro, pensando que iria encontrar uma bagunça de cocopor todos os lados, mas só vi meu cachorro correndo em círculos, caindoe rolando no chão. Ajoelhei-me perto dele e fiquei rindo de suas gracinhas, mas eu não entendia o que ele queria. Peguei-o de volta eentrei na cozinha, procurando algo para comer. Então deu um estalo na minha cabeça. Eu não o tinha alimentado, e ele era só um bebê. Ah, meu Deus! E se fosse uma criança? Segurei-o novamente nos braços e saí descalça, com lágrimas pelo rosto, em direção à saída de casa.
Antes que eu pudesse dar um passo para fora da propriedade, um dos capangas do meu marido colocou-se à minha frente, criando uma muralha, impedindo-me de dar mais um passo.
— Onde vai, Senhora Herrera?
— Meu cachorrinho não foi alimentado. Eu preciso ir a algum vizinho, pedir comida... eu preciso... eu... — gaguejei, sentindo-me quase sem forças de tão nervosa.
— Não posso permitir que saia sem escolta, senhora. Comecei a trabalhar há pouco tempo para o Sr. Herrera e não posso decepcioná-lo.
— Então vá comigo, por favor. Não posso perder mais tempo!
Ele pareceu hesitar, mas uma lágrima caiu de meus olhos, o que o fez mudar de ideia. Provavelmente assustou-se com meu desespero e assentiu, me seguindo atá a primeira casa que vi, a alguns metros da nossa, onde toquei a campainha. Minutos depois uma morena apareceu. Ela me olhou da cabeça aos pés e quando viu minhas lágrimas franziu a testa.
— Você está bem, moça? — ela perguntou, e sua voz tinha um leve sotaque. O que me fez imaginar que não era realmente italiana.
— E-eu não sei o que fa-fazer. Não o alimen mentei, e ele- ele... — Eu soluçava e não fazia sentido algum.
— Por que você não entra?
Balancei a cabeça em concordância e me virei para o segurança logo atrás de mim, que ainda se mantinha calado, pedindo que esperasse lá fora. A mulher me puxou para dentro, colocando-me sentada num sofá da sala.
— Calma. Marrie! — ela gritou, fazendo-me sobressaltar. Logo uma negra de cabelos cacheados apareceu. Olhou-me confusa, fazendo o mesmo em seguida para a mulher à minha frente, claramente não entendendo nada.
— Ela chegou há uns cinco minutos desse jeito. Está gaguejando mais do que sua tia Lulu e eu não sei o que fazer. A médica aqui é você, então...
A mulher – Marrie – me olhou por alguns segundos, voltou para dentro e logo apareceu com um copo d’água.
— Eu sou Marrie, esta é Cléo, minha noiva. Eu sou médica, vou te ajudar, ok? — Assenti e, ela sorriu. — Sabe me dizer seu nome e como veio parar aqui?
Tomei a água e me acalmei antes de falar.
— Meu nome é Maite, eu estava em casa, e meu bebê começou a latir. Daí percebi que não o alimentei. Provavelmente minha empregada vinha fazendo isso, mas hoje ela saiu para resolver alguns problemas pessoais, e nem sei se ele comeu! Devia ter procurado na despensa, mas fiquei muito desnorteada. Levei-o para passear e ao banheiro, dei privacidade, mas ele não fez trocinhos, então, eu me toquei que podia ser comida. Desculpem-me o transtorno, eu só precisava achar alguém que pudesse ter ração em casa. — Respirei fundo. — Vocês devem estar me achando ridícula, desculpem, foi apenas um sentimento ruim que invadiu meu peito. Eu devia ter me controlado, mas como vou conseguir cuidar de outro bebê se eu não me lembro de alimentar esse?
— Certo, e onde está seu filho agora? — Marrie perguntou.
— Aqui, é o meu cachorro filhote — eu disse, fungando e limpando o rosto com as mãos, apontando meu bebê no colo.
A morena, Cléo, foi a primeira a cair na gargalhada. Marrie tentou se segurar, mas acabou seguindo a noiva. Ótimo, elas estavam fazendo piada com a minha cara. Queria perguntar se iam ou não me dar a comida, e, caso não fossem, eu apenas iria embora. Mas preferi ser educada já que elas me receberam mesmo sem me conhecer.
— Cléo, pegue um pouco da comida do Gato, não deve ser propriamente certa para esse bebê, mas vai servir por enquanto — Marrie disse, passando a mão pela cabecinha dele.
— Muito obrigada por... tudo. — Eu sorri quando a mulher me entregou uma sacola com a comida dentro.
— Não tem problema. Você vai ficar bem sozinha? — Marrie perguntou, meio hesitante.
— Sim, eu só... Vou indo. — Apontei para a porta, e Cléo foi na frente, abrindo-A. — Então, foi... legal conhecer vocês. Se precisarem de alguma coisa podem me procurar naquela casa lá na frente. — Que tipo de coisa se falava naquelas ocasiões? Elas acenaram, e comecei a caminhar de volta para casa. Eu nunca convivi com pessoas que não fizessem parte da máfia; às vezes tinha até medo de parecer estranha perto delas.
Assim que saí, encontrei-me com o homem parado, me esperando. Começamos a caminhar, e ele pigarreou, antes de falar:
— Senhora Herrera, não faça mais isso. Não tente sair da casa sem avisar. A senhora não é uma simples civil.
Eu assenti.
— Tudo bem, só pensei que não tivesse problema, estamos seguros aqui. Os soldados da família estão por toda parte. E eu não vi ninguém do lado de fora quando saí.
— Alguns dos homens se reuniram nos fundos da casa por alguns minutos, pois precisavam tratar de um assunto. Fiquei encarregado de cuidar da porta e da senhora. O único lugar onde está cem por cento segura é sob a proteção da Famiglia. Pode me dizer quando precisar de alguma coisa.
— Preciso de comida para meu cachorro, procurei pela casa e não encontrei. — Eu não tinha procurado realmente, mas foi a única desculpa que encontrei para evitar que ele contasse a William e causasse uma cena maior ainda. Ele apenas assentiu e parou na porta, abrindo para que eu entrasse.
Definitivamente, uma prisioneira.
Goretti havia saído logo de manhã, pois tinha alguns problemas pessoais para resolver. Além dos soldados ao redor da casa, do lado de fora, eu estava sozinha. A fome começou a crescer e logo a ideia de cozinhar veio junto.
Eu adorava cozinhar.
Caminhei pelo lugar procurando os ingredientes para fazer um espaguete rápido. Minha barriga implorava por comida, então, resolvi preparar algo simples. Enquanto moldava as bolinhas de massa, deixei meus pensamentos voarem até minha sogra. Depois de conversarmos, ela quis correr até onde William estava e falar com ele. Fiz de tudo para acalmá-la, mas ela acabou telefonando mesmo assim. Quando ele desligou, Melissa se levantou dizendo que ia embora. Mas me abraçou, agradecendo por ter compartilhado o que sabia com ela.
Eu não vou mentir, dizendo que não estou com medo de que Williamchegue em casa arrebentando com tudo e descontando sua raiva em mim. Afinal, pela primeira vez confiou em mim e, de acordo com seu temperamento, não sei se vai ser fácil entender que eu precisava dar esse passo por ele.
Coloquei a massa pronta na panela com água, deixei fervendo um pouco mais e preparei o molho temperado enquanto finalizava. Virei para alcançar o sal e pulei para trás na hora.
— Jesus — minha voz era quase histérica. — Vocês não podiam fazer algum barulho? — William levantou uma sobrancelha.
— O que está fazendo?
— Almoço. Espaguete. — Uma sombra de surpresa passou pelo seu rosto.
— E por que você está fazendo? Onde estão os empregados dessa casa?
Eu pisquei.
— Goretti teve que sair, e eu realmente não tenho problemas em cozinhar, fazia isso o tempo todo em casa. — William assentiu e começou a se virar quando o chamei de novo. Ele me olhou.
— O quê?
— Você não está com fome?
— Eu vou sair e comer algo na rua.
Ele realmente preferia comer na rua do que se sentar comigo e simplesmente almoçar? Eu suspirei discretamente e sorri. Christopher tinha me avisado que ele parou de se sentar à mesa para as refeições a partir de uma certa idade.
— Podemos comer na sala, se você se sentir mais confortável. — Ele hesitou. — William, por favor, você quase não fica em casa, é apenas um almoço.
Ele pareceu pensar um pouco, depois assentiu. Olhou para o soldado atrás dele e disse:
— Leve o que ela mandar para a sala. — Sem me dar um segundo olhar, virou-se, e saiu andando.
— O que posso fazer, senhora? — No momento em que parei para reparar nele, vi que era um menino novo. Alto, porém muito magro. O terno estava grande demais e mesmo que ele tentasse manter uma postura adulta, os traços quase infantis em seu rosto o entregavam. Vendo que eu estava encarando, ele se mexeu desconfortavelmente em seus pés. — Senhora?
— Qual seu nome?
— Hum... Jimmy — ele respondeu, coçando a cabeça.
— Você não é muito novo para ser um soldado?— Estreitei os olhos para ele.
— Não sou um soldado, senhor William apenas mandou que eu o acompanhasse até aqui. — Seus olhos iam de mim até as panelas.
— Está com fome? — Estranhei o que ele disse, mas não ia questionar. Suas bochechas ficaram vermelhas, e ele negou.
— N-não, senhora.
Eu assenti. Peguei dois pratos e servi uma porção para William e outra para mim.
— Leve na sala, por favor.
Ele concordou, engolindo em seco. Assim que Jimmy saiu, peguei um terceiro prato e servi uma boa quantidade.
— Senhora, algo mais...? — Eu estendi o prato para ele e apontei para o banquinho do balcão.
— Coma. — Ele negou novamente.
— Está tudo bem, não estou com fome e...
— Então por que está olhando para o prato como se fosse pular nele a qualquer momento? Não seja orgulhoso. Coma, pegue suco e, se quiser, repita. — Sorri para ele, deixando-o saber que realmente estava tudo bem, e sai. Respirei profundamente antes de entrar na sala.
William estava sentado numa poltrona, encarando o prato pousado sobre a mesinha de centro. O meu estava do outro lado da mesa. Sentei- me na frente dele e dei uma garfada. Fechei os olhos e gemi; o gosto explodia na minha boca. Jesus. Estava muito bom.
— Parece estar bom. — Abri meus olhos e foquei nele.
— Não quero ser convencida, mas... cozinhar é algo que eu faço desde os 14 anos. Sempre preparava o jantar em casa.
Ele ficou quieto e alcançou seu próprio prato, levando uma garfada do espaguete a boca. William abaixou a cabeça e levantou depois de alguns minutos.
— Parece que a prática levou à perfeição —declarou, olhando para mim.
— Que bom que gostou. — Eu me senti aliviada. Orgulhosa. Sorri para ele e comi mais.
Nós limpamos nosso prato em silêncio, e William nos serviu uma taça de vinho quando terminamos.
— Você nunca pareceu apavorada por ter se casado comigo — ele disse suavemente, pegando-me completamente de surpresa pelo tópico.
— Isso é porque eu nunca estive. — William levantou uma sobrancelha, meio duvidoso.
— Não te assustou? Eu não tenho uma boa fama por aí. — Eu suspirei, tomando mais um gole do vinho.
— A única coisa que me assusta é o que eu sinto por você. — Ele ficou tenso quando eu disse aquilo, então, me apressei a prosseguir, temendo que ele se levantasse e fosse embora, por eu ter, mais uma vez, falado demais. — Você definitivamente não tem uma boa reputação. Mas eu cresci na Famiglia, vi casamentos como este acontecerem o tempo todo. Sabia que uma hora ou outra ia ser a minha vez. Não imaginei que seria com você, mas se não tivesse sido, era com alguém de posição inferior à sua na Famiglia.
— Eu não sou bem o tipo perfeito de marido.
— Nenhum de vocês é. Mas, no final, tudo o que você faz, os outros homens da Famiglia fazem também. Eu e minhas irmãs crescemos numa casa com três assassinos. Por que eu julgaria você e não julgaria meu próprio pai? No final das contas, não há diferença.
Ele me olhou por um tempo, então, levantou-se, sentou no sofá de frente para mim e se inclinou. Eu prendi a respiração quando senti seu hálito soprando meus lábios. Movi meus olhos de sua boca, para aquelas lindas íris e esperei para ver o que William faria. Ele se aproximou mais e me beijou. Na verdade, foi quase isso. Foi mais para um leve contato. Levantei minha mão na intenção de tocá-lo, aproximá-lo, mas ele se afastou e pegou-a, pousando um beijo no nó entre meus dedos. Abaixei meus olhos. Odiava quando ele me afastava, mas, ao mesmo tempo, aquele carinho inesperado me aqueceu. Sua mão veio ao meu rosto, levantando meu queixo.
— Melissa fazia espaguete o tempo todo. Era meu prato preferido quando criança. — Deu-me um selinho e se afastou de novo. — Não vou matar... o bebê.
— O quê? — Encarei-o, duvidando que realmente tivesse ouvido o que pensei ter ouvido.
— Você pode ficar com aquela criança. — Foi como se um peso tivesse sido tirado de cima de mim. Senti-me aliviada. O maior sorriso foi brotando no meu rosto, e eu abri a boca para agradecê-lo, mas ele falou antes: — Mas Stefa não viverá para contar a história. — Minha expressão de alegria foi embora instantaneamente.
— Mas, William, o que...
— Você acha que ela é honesta e boa, mas eu garanto que não é.
— Não é porque ela é uma mulher da vida que é ruim! — Ele se levantou e deixou o vinho de lado, servindo-se de uma dose, tomando-a de uma vez. — Escolha agora. Ela vive, e você fica longe dessa criança, ou elamorre — ele abriu os braços dramaticamente —, e você cuida do... feto. — Eu me levantei, pernas tremendo e olhos quase transbordando de lágrimas.
— Você está me pedindo para escolher entre matar uma pessoa e minha única chance de ser mãe?
— Sim.
— William, ela só quer deixar o bebê com alguém que vá cuidar dele e amá-lo! — Ele deu uma risada sombria e afundou no sofá novamente.
— Dinheiro, Maite! É tudo o que ela quer. Ter o meu filho nada mais era do que um plano ridículo de tentar ganhar dinheiro pelo resto da vida.
— Você está errado — eu respondi meio incerta, quase hesitante.
— Você é ingênua demais para seu próprio bem. — A campainha tocou, e ele pegou um cigarro, acendendo-o e tragando profundamente.
— Parece que temos visita.
Revirando os olhos, dei as costas para ele e fui ver quem estava na porta. Surpreendi-me ao ver o médico da Famiglia parado, olhando para os lados. Coitado. O homem provavelmente vivia desconfiado de que levaria uma bala a qualquer momento.
— Doutor? — Ele estendeu as mãos e me deu um sorriso forçado.
— Senhora Herrera.
— Entre. — Fechei a porta atrás de nós e sorri educadamente. — O senhor veio falar com meu marido?
— Ele me ligou, mas disse que era a senhora quem queria tratar comigo.
— Hum... tudo bem. Vamos até a sala, ele está lá.
William estava do mesmo jeito de quando saí. O médico caminhou até ele e estendeu a mão.
— Senhor, precisa dos meus serviços? —William levantou as sobrancelhas.
— Por que mais eu te chamaria? — Apontou o sofá. — Sente-se. — O homem correu para se acomodar e ajeitou os óculos no rosto.
— Em que posso ser útil, senhor?
— Você é casado, doutor, vai entender meu dilema. Minha esposa nos colocou em uma situação complicada, agora você vai resolver para mim. — O médico me olhou, confuso.
— Senhor Herrera, se for algo que envolva medicina ficarei feliz em ajudar, mas se não for eu não sei se...
— Existe uma mulher. Ela diz estar grávida de um filho meu e vai dar a criança para minha esposa.
Ele arregalou os olhos, abriu e fechou a boca umas três vezes antes de conseguir formar algum som.
— Um filho fora do casamento de vocês? Não quero ser ofensivo, senhor, mas isso não é... ruim?
— Oh, é absolutamente péssimo. Por isso mesmo é que é um segredo. — William se levantou, serviu uma bebida e entregou ao homem.
— Senhor, eu não bebo em horário de trabalho, então...
— Você vai precisar.
O médico tomou o copo e bebeu de uma vez. Não sei como eles conseguiam tomar tudo num gole só, eu provavelmente desmaiaria na hora.
— Querida, por que não explica a situação ao doutor? — Ele fez soar como uma pergunta, mas eu sabia que era uma ordem.
Assenti e olhei para o homem à minha frente. Ele parecia totalmente desconfortável, olhando de mim, para William e para seu copo, nesta ordem.
Não querendo prolongar mais, comecei a dizer a ele que pretendia assumir o bebê, mas não era do meu interesse que as pessoas soubessem que não era meu. A cada palavra ele arregalava mais os olhos; em certo ponto até mesmo se levantou e se serviu de mais uma dose ele mesmo.
Quando terminei de falar, seus olhos estavam tão abertos que eu pensei que fossem pular para fora.
— Realmente não sei o que dizer.
— Diga que pode trazer esta criança ao mundo. Isso é tudo o que precisa fazer.
— Uma criança que vai sair de outra mulher, mas que a senhora precisa que acreditem que é sua — ele falou lentamente, como se ainda estivesse tentando entender.
— Exatamente.
— De quantos meses a mulher está? — Ele suspirou, passando as mãos pelo cabelo.
— Eu acho que três, pelo que me lembro.
— E vocês estão casados há quanto tempo?
Olhei para William, que estava encostado na janela fumando e observando tudo em silêncio.
— Pouco mais de dois meses.
— Ok. Quando ela tiver nove meses completos, vocês terão oito meses de casados. Precisará dizer que o bebê nasceu prematuro, que a senhora teve complicações no parto. O problema será a barriga. Durante os próximos seis meses, todos vão ver que ela não cresce. E, também, espere um tempo antes de deixar as pessoas virem visitá-lo, para não repararem que ele não é prematuro.
Pensei por alguns segundos antes de responder.
— Não tenho problema em ficar em casa, já fico a maioria do tempo mesmo.
— As pessoas vão estranhar.
— Vou inventar algo.
— Isso é ridículo — William reclamou. — Você pode ir embora. Não sei se percebe a gravidade do assunto, doutor, mas se essa história vazar, não hesitarei em ir até você. Fui claro? — O médico assentiu, levantando-se rapidamente e pegando sua maleta.
— Eu jamais causaria esse tipo de situação. Não sou obstetra, mas conheço uma parteira, ela mora em Roma e é uma velha discreta.
— Ótimo. Ela será muito bem paga.
Eu sorri. Levantando-me e esticando a mão para ele. Acompanhei-o até a porta da sala, onde um soldado o levou até a saída da casa. Virei- me, a fim de olhar para meu marido e agradecê-lo, mas só pelo seu semblante vi que não estava de bom humor.
— William, tudo bem? — Ele se aproximou e apontou o dedo para mim.
— Essa criança será uma responsabilidade totalmente sua. Eu nunca a desejei e nunca vou desejar. — Então ele se virou e saiu. Só então eu
percebi que ele não tinha dito uma única palavra sobre eu ter contado a Melissa sobre seu passado. Suspirei de alívio.
Autor(a): naty_h
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— Olá? — Ela atendeu no terceiro toque. — Stefa? — Sou eu, quem está falando? — Hum... É Maite Herrera. — Oh. — É um momento ruim para você falar? — Não! Estou apenas surpresa. Não esperava uma ligação da senhora. — Bem, eu também não esper ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 40
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poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24
Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa
naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21
Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso
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poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30
Aí q fofura esse capítulo. Continuaa
naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41
Momento mais lindo desses dois
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poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34
Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa
naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50
Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW
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poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54
Muito fofa a Melissa. Continuaaa
naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08
Melissa entende ela melhor do que ninguém
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poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17
Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa
naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18
William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa
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poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27
Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa
naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11
Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa
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poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20
Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa
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poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00
Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa
naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05
Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar
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poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26
Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo
naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51
Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos
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poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33
A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa
naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07
Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê