Fanfics Brasil - Meu bebê No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Meu bebê

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Tinha sido uma manhã tranquila. William veio para casa, e nós almoçamos juntos. Na verdade, eu almocei, e ele fez de mim sua sobremesa — palavras dele —, depois voltou ao “trabalho”.


Eu jamais poderia imaginar que receberia uma ligação da Stefa apavorada, gritando e chorando. Não perdi tempo em mandar um soldado buscá-la e trazê-la para casa. William podia me matar por isso, mas eu não deixaria o bebê correr riscos. Foi assim que me vi diante da pior situação que poderia ocorrer: o bebê estava nascendo e não era a hora. Ela estava com pouco mais de oito meses de gestação, ainda era cedo. Em um dos quartos da casa, Stefa gritava enlouquecida na cama. Éramos apenas nós duas no cômodo; eu queria chegar perto e apertar sua mão, mas ela estava bastante agressiva, então, achei melhor ficar longe.


Queria perguntar o que ela fez para acelerar o processo, se tinha contrariado algo alguma das minhas instruções ou do médico, mas naquele estado de nervos, eu estava sem cabeça para pensar, e ela, com certeza, não teria foco para me responder.


Seu rosto pingava de suor, a pele estava vermelha, e algumas veias, saltadas. Ela sentia dor e não disfarçava isso.


— OH, SANTO DIO! TIRE ESSA COISA DE MIM, ESTÁ ME MATANDO!


Fechei meus olhos, respirando profundamente. Ela vinha gritando pela última meia hora, e eu entendia que estava com dor, mas daria na cara dela se não parasse de ser uma cretina. O bebê não tinha nenhuma culpa.


Stefa continuava chorando enquanto peguei meu celular pronta para chamar Juliano novamente e perguntar onde diabos ele estava quando a porta abriu.


Eu nunca estive tão aliviada.


Uma senhora aparentando uns sessenta anos entrou no quarto. Sem me dar muita atenção além de um aceno rápido, ela foi para Stefa. Sentou-se ao lado dela e começou a revirar uma bolsa de tecido em seu colo. Depois de alguns minutos, estendeu para mim um pano e uma pequena bacia de barro sem me olhar.


— Encha com água quente, molhe o pano e o torça, depois traga de volta.


Eu rapidamente fui fazer o que ela disse e quando voltei, Stefa estava com as pernas abertas de frente para a senhora.


— Vá até ela e passe o pano em sua testa, no pescoço e no busto também. — A senhora se levantou e sentou-se na cama novamente, tocando a barriga de Stefa. — Vou verificar se o bebê está numa posição favorável para o nascimento.


— E SE NÃO ESTIVER? — Stefa urrou.


— Farei uma massagem com óleo para direcioná-lo. Mas, pelo que parece, está praticamente pronta para dar à luz. — Meu sangue gelou de medo.


— Eu não entendo! Não está na hora, ainda falta um mês para ele nascer!


— Não somos nós ou os médicos que decidimos quando é a hora certa, é a própria natureza. Essa criança vem ao mundo hoje. — Ela me olhou, suspirando.


Suas palavras eram seguras, mas o medo de perder o bebê me fazia ficar desesperada.


Stefa gritou novamente, fazendo meus ouvidos doerem. Jesus, era agoniante.


— ME DÊ UMA INJEÇÃO! QUALQUER COISA PARA A DOR, ELE ESTÁ ME RASGANDO!


— Isso não é certo. A dor faz parte de ser mãe, vai valer a pena quando você vir o rosto dele pela primeira vez. — A mulher me olhou.


— Segure a mão dela. — Então olhou para Stefa. — Você vai fazer força, vai empurrar para valer até que ele esteja fora. No três... — Ela contou, e Stefa amassou minha mão enquanto fazia força. Seu rosto transfigurou-se em uma careta, o suor brotava pelo corpo e gritos de pura dor deixavam seus lábios.


— Tem certeza que isso está certo? — eu perguntei, não tendo certeza de como lidar com a situação.


— Faço isso há mais de 40 anos, menina, já trouxe muitas vidas a este mundo com essas mãos, deste mesmo jeito.


— Me desculpe, não quero ser desrespeitosa com sua cultura. Eu só... estou preocupada. Esse bebê é muito importante para mim. — Ela sorriu, seu rosto suavizando um pouco. — Fique calma, ele ficará bem. Esse menino virá ao mundo em pouco tempo.


— Como sabe que é um menino? — Ela deu de ombros.


— Apenas sei. Vamos, mamma, eu posso ver a cabeça, empurre! Tudo aconteceu de maneira natural, sem nenhuma intervenção cirúrgica.


Stefa continuou gritando e apertando minhas mãos por algum tempo, então a mulher, que eu descobri se chamar Elssa, sorriu.


— Empurre uma última vez, Stefa!


Ela gritou e empurrou, seu rosto mais vermelho do que nunca, então, um outro som invadiu o quarto.


Eu soltei sua mão e pulei fora da cama imediatamente, correndo e parando atrás da parteira. Em suas mãos estava o pequeno corpinho, coberto de sangue e chorando. Eu podia ver os fios de cabelo loiros e agradeci aos céus por não serem ruivos como os da “mãe”.


Minha visão embaçou pelas lágrimas, e eu sorri.


— Ele é tão pequeno.


Elssa mediu três dedos acima da barriguinha e cortou o cordão umbilical com uma tesoura. Limpou com um algodão e envolveu com um tecido leve. Ficou de pé e apontou o banheiro.


— Vou limpá-lo, depois cuidarei da mãe.


Mordi a língua para não corrigi-la dizendo que eu era a mãe e apenas assenti.


Voltei para o banheiro e liguei a torneira. Elssa entrou minutos depois para conferir a água, desembrulhando o bebê.


— Darei esse banho nele e então ele deverá mamar.


— Não! — rosnei. Nem no inferno ela o amamentaria.


— É importante, tanto para a saúde dele quanto para o laço materno.— Eu levantei bufando e caminhei até a porta. Juliano estava parado do lado de fora.


— Ligue para o médico da Famiglia, diga a ele para vir agora. E pergunte qual leite o bebê pode tomar. — Juliano assentiu e se afastou sem dizer uma palavra.


Voltei para dentro, fechando a porta atrás de mim. Stefa ainda estava do mesmo jeito, com os olhos fechados, mas seu peito subia e descia. Por um momento senti raiva dela.


Eu podia estar sendo infantil, mas ela não chegaria perto do bebê. Elssa saiu do banheiro, segurando-o no colo e me olhou curiosa.


— Então... para quem eu o entrego? — Sem hesitar, parei em sua frente e estendi os braços.


— Ele é meu — eu disse, e Stefa assentiu.


Virei-me para sair quando Elssa me chamou novamente.


— Você é como uma mãe urso protegendo o filhote. Uma leoa, forte e destemida.


— Isso é um elogio? — perguntei, levantando uma sobrancelha.


— Absolutamente, sim. — Eu sorri.


— Obrigada, dona Elssa, por tudo o que fez hoje.


Quando sai do quarto, William estava lá. Involuntariamente apertei o bebê contra meu peito.


— Você terminou? — ele perguntou. Sua voz não tinha um pingo de emoção. Não deu nem um olhar para o embrulho em meus braços.


— William, sei que falamos sobre isso, mas por favor... ela é tão jovem e...


— Eu perguntei se você terminou. — Fechei meus olhos, assentindo. Não adiantaria nada tentar mudar sua mente.


— Por favor, não a faça sofrer — sussurrei. Ele me lançou um último olhar antes de entrar e fechar a porta.


Olhei para o pequeno bebê no meu colo e pousei um beijo em sua testa.


— Eu vou cuidar de você e vou te proteger até meu último sopro de vida. Meu pequeno ursinho.


 


Ele dormia tranquilamente em meu colo, e seu pequeno peito subia e descia ritmicamente. Eu não conseguia parar de passar a mão por seus
cabelos clarinhos, nem de alisar suas bochechas rosadas, não podia soltar
sua mãozinha. Ainda não tinha visto seus olhos, mas torcia para que fossem como os de William.


Eu estava apaixonada.


Houve uma batida na porta, então, o doutor entrou.


— Senhora Herrera.



— Olá, doutor. — Ela apontou para o bebê e sorriu.


— Fico feliz que tenha dado certo. Ele nasceu antes do tempo, então, as pessoas podem acreditar realmente. — Eu assenti.


— Quanto tempo acha que devo esperar antes de deixar que o conheçam?


— O ideal seria deixá-los pensando por mais dois meses que está grávida e só apresentá-lo daqui a três, mais ou menos. Vou mandar uma enfermeira uma vez ao dia para observá-lo, pelo menos inicialmente, para garantir que está tudo bem.


— Não seria melhor levá-lo a um hospital?


— Senhora, partos eram feitos em casa o tempo todo antigamente. Dona Elssa nunca perdeu nenhum bebê e sabemos como o hospital pode ser arriscado para nós. Vamos colocá-lo em cima do trocador para que eu possa examiná-lo.


Eu levantei e fiz o que o doutor pediu. Ele desembrulhou cuidadosamente o bebê e abriu seu macacão verde. Doutor Penoli passou o estetoscópio do peito para as costas.


— Eu não sou pediatra, mas sou o único médico da Famiglia e sei como examinar uma criança.— Franzi a testa.


— Não estou me opondo aos seus métodos, doutor.


Ele sorriu levemente, enquanto abria a boquinha do bebê, e depois analisou o ouvido dele com uma luz.


— A senhora não está, mas parece pronta para atacar a qualquer momento, caso eu faça algo errado.


Eu não tinha uma resposta para aquilo, então, fiquei quieta, porque ele estava certo – eu acabaria com ele se machucasse a pessoinha que dormia tranquilamente.


— Eu trouxe uma mamadeira, e o soldado que me recebeu guardou as outras. Basta esquentar e dar ao bebê quando ele tiver fome.


— Tudo bem — murmurei. Estava tranquila com relação a cuidar dele. Tive meses para ler tanto quanto podia, passei noites acordada
aprendendo como identificar o choro da fome, ou o da fralda suja, da cólica e até da posição desconfortável. Agora era apenas questão de colocar em prática.


— O leite na mamadeira vai prejudicá-lo de alguma forma?


— Acredito que não. Muitas mães não podem amamentar os filhos e vão para a mamadeira, é normal.


Por fim, ele deu mais algumas dicas e pediu que eu ficasse de olho, apenas para garantir, e se eu visse qualquer coisa estranha, era para ligar. Apesar de que não era necessário nem pedir, eu não pregaria os olhos.


Acompanhei-o até o último degrau da escada e depois segui para a cozinha. Estava equilibrando o bebê num braço e o copo com água na outra mão quando Juliano apareceu.


— Senhora Herrera.


— Sim?


— A parteira já está sendo levada para sua casa em Roma com opagamento em mãos.


— Obrigada, Juliano. Ela foi muito doce.


— O advogado da Famiglia está aqui. O chefe pediu que o registro da criança fosse feito ainda hoje. — Eu assenti.


— Vamos fazer, então. William está com ele?


— Não, senhora, ele saiu alguns minutos atrás.


— Stefa? — pergunteim mesmo com medo da resposta. — Ele abaixou a cabeça.


— Já cuidamos de tudo, senhora, o advogado está nos esperando.


Eu sabia o que “Já cuidamos de tudo” significava. Uma pitada de remorso me bateu, pois não consegui nem falar com ela antes. Não pude agradecer, nem prometer que cuidaria do bebê.


Suspirando, deixei o copo na pia e o segui para fora. Não podia ficar presa pensando no que deixei de fazer, tinha alguém que dependia de mim agora.


Eu não conhecia os associados da Famiglia perfeitamente bem, mas não me lembrava do homem parado no meio da minha sala de estar.


Ele se aproximou e estendeu a mão, sorrindo educadamente.


— Senhora Herrera, é um prazer conhecê-la. Sou Alessio Solinni, estou entrando no lugar do meu pai como advogado da Famiglia.


— Olá — respondi simplesmente e me afastei. —Você tem tudo pronto? — Ele se sentou no sofá e abriu sua maleta, tirando vários papéis de lá.


— A senhora pode colocar o nome dele neste documento, onde está marcado, e deixar sua assinatura. Vou pegar a do senhor Herrera depois.


Eu coloquei primeiro a minha assinatura.


O bebê se remexeu no meu colo e abriu lentamente os olhos. Meu coração explodiu de amor quando os vi. E olhando para aquelas lindas íris cor do céu, eu soube exatamente como chamá-lo.


Pousei um beijo em sua testa e coloquei a caneta sobre o papel.



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Autor(a): naty_h

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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