Fanfics Brasil - Discussão No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: Discussão

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Resolvi que Boo e eu deveríamos agradecer às duas mulheres do andar de baixo pela comida. Obriguei-me também a me esquecer do fato
de que elas tinham realmente rido da minha situação. Sabia que pensariam que eu tinha algum tipo de problema, mas não via nenhum problema nisso.


No final das contas, eu passei uma tarde realmente ótima com as duas.


Boo ficou louco, correndo pela casa com Gato, que era, na verdade, o Yorkshire delas, e Antony dormiu a maior parte do tempo, com Marrie e Cléo revezando para segurá-lo. Assim como eu, elas estavam apaixonadas pelo meu ursinho.


O dia passou voando, e quando vi já passava das quatro horas da tarde. Despedi-me delas e trocamos números de telefone. Foi divertido.


 


Sentia-me ansiosa. Nossa família estava esperando na sala, enquanto eu preparava o pequeno bebê.


Antony, agora com seus três meses de vida, continuava me encantando a cada minuto. Cada nova descoberta era incrível para mim. Todas as vezes que ele sorria, era como se o mundo todo estivesse aos meus pés. Seus olhos idênticos aos de seu pai tinham um brilho inocente que só uma criança poderia ter, e eu sempre me perguntava se William fora assim alguma vez.


Seu pequeno punho apertou meu dedo indicador com força, enquanto ele sorria, fazendo seus barulhos de bebê.


— Você parece animado esta manhã, está animado? — Ele balançou as perninhas no ar e continuou me olhando. — Eu sei, meu amor,
mamma também ama você. — Dei-lhe um beijo na bochecha gordinha.


Era naqueles momentos que eu me pegava perguntando como William conseguia não gostar de Tony. Melissa havia dito que o bebê parecia cada dia mais com o pai, mas eu duvidava que William tinha percebido isso. Afinal, nunca dera nem dois minutos de atenção a ele. Antony tinha três meses de vida e não conhecia seu progenitor.


Depois de ajeitar seus cabelos loiros para o lado, coisa que Dulce sempre reclamava, dizendo que ele ficava parecendo um manézinho, peguei-o no colo e saí do quarto.


Fiquei parada no topo da escada por um tempo, apertando-o contra mim. Seu pequeno corpinho se encaixava no meu colo tão perfeitamente, seu cheirinho gostoso de bebê impregnava em mim por toda parte... Como era possível amar tanto alguém daquela forma?


Quando cheguei na sala, a conversa imediatamente parou e meus olhos foram direto para meu marido. William, como todos os outros homens, estava de preto.


Aquele era um momento muito importante e simbólico, onde Antony era reconhecido por seus nonni. Os avôs geram os filhos, e os filhos
geram os netos. É claro que eles não sabiam, e nunca saberiam, que eu não tinha qualquer participação em sua concepção, mas  isso não era importante para mim, afinal, eu era mais mãe do que Stefa jamais teria sido e nem mesmo pensava nele como algo diferente do que meu filho.


Meu pai se aproximou e pegou Antony dos meus braços, enquanto Thom abria a garrafa do vinho seco mais antiga que havia na casa. Vestindo somente suas fraldas, meu bebê teve seu pré-batizado. O avô parteno despejou o líquido em uma colher e colocou na pequena boca de Tony, gritando “Uva!”, e nós respondemos com “Vida!”, seguido por palmas.


Não conversamos muito, porque domingos de missa eram sagrados para nós.


Seguimos para a pequena igreja onde o batizado real aconteceria. Muitos carros já estavam lá para ver a coisa toda. Para mim, era um dos momentos mais importantes da vida do meu bebê, onde ele seria abençoado, iniciaria sua fé e sua vida cristã, e se tornaria um filho de Deus. Mas para a máfia, aquilo era algo como o evento do ano. Até pedi para William para fazermos algo mais íntimo, com apenas nossa família, mas ele nem pensou e respondeu um não.


Então, assim que descemos do carro, passamos a meia hora seguinte recebendo os cumprimentos dos Capos de Miami, Chicago e Nova York.


Primeiro iríamos assistir à missa normal, como em todos os domingos. Depois Antony seria finalmente batizado. Nós nos sentamos nas primeiras fileiras. Dulce, com o afilhado no colo, e Christopher sentado a contragosto ao seu lado. Pelo pouco que eu tinha visto, aqueles dois brigavam mais do que tudo, e eu esperava que Antony pudesse fazer com que dessem uma trégua.


William não disse uma palavra a manhã toda. Ele observava tudo com seus olhos de falcão, mas permanecia calado. Antony dormiu por quase todo o processo. Eu não me aguentei de emoção quando o padre começou a fazer as rezas, e minha irmã e cunhado seguraram meu bebê, vestido na mesma camisola branca que William tinha usado, enquanto o padre o batizava. Só quando a água bateu em sua pele, ele acordou. Seu chorinho ecoou pelas paredes antigas enquanto o coro entoava uma
canção.


Aquilo me tranquilizava um pouco. Apesar da certeza de que tínhamos muitos inimigos, sabia que meu filho estava guardado, e eu tinha certeza de que Deus o protegeria de todo o mal.


Na porta da igreja, Anahi entregou um celular a um soldado para que tirássemos uma foto.


Eu vi a expressão de William mudar instantaneamente. Segurei seu braço e lhe dei um olhar suplicante. Eu queria que ele fizesse parte daquilo. Ainda esperava que algum dia visse aquela foto e se arrependesse daquele comportamento.


— William, segure Antony e fique com minha irmã no meio de nós — Anahi pediu, entregando-lhe o bebê.


Ele cerrou a mandíbula, nem sequer olhando para Antony.


— Deixe-o com a sua irmã e tire logo a maldita foto, Anahi.


Ela levantou uma sobrancelha e o encarou por alguns minutos, antes de me dar o bebê.


William continuou do mesmo jeito, e assim nós tiramos a fotografia.


 


Quando chegamos em casa, William murmurou um “tenho assuntos a resolver” e seguiu até seu escritório.


Eu era esperta o suficiente para entender que a missão de sua vida era ignorar o filho. E por mais que eu quisesse dizer que não me importava, não era verdade. Aquilo me incomodava demais. Mas eu queria que
William fosse um pai. O pai do nosso filho.


Tinha certeza absoluta de que ter tido um pai terrível, contribuía para que ele fosse daquele jeito, e eu sentia que Antony podia ajudá-lo a superar grande parte da dor. Ele só precisava nos deixar entrar.


Antes que se afastasse mais, eu falei.


— Estou cansada disso! Você não pode pegar  seu filho nem mesmo para tirar uma foto!


Ele parou, com suas mãos fechando em punho nas laterais do corpo.


— Baixe o tom.


— Ou o quê? — Não sabia de onde vinha aquela coragem, mas enquanto a sentisse, iria aproveitá-la.


Ele se virou, e seus olhos lentamente se moveram para mim.


— Está me desafiando, Maite?


Tremendo de raiva, comecei a subir as escadas, ainda falando.


— E se eu estiver, o que vai fazer? Vai me bater aqui, na frente do seu filho? Faça isso!
— Maite! — Ele rugiu, seus passos me seguindo até o andar de cima. Coloquei Antony no berço e o ajeitei, antes de encarar meu marido, que estava muito bravo.


— Eu não aguento mais isso! Eu não vou admitir mais isso! Você quer ser igual ao seu pai? Porque isso é tudo o que posso pensar. Então ou você se torna logo a cópia dele de vez, e faça com que seu filho veja você me batendo, ou comece a ser um pai para ele. Aliás... não quer ser, tudo bem, mas pare de ignorá-lo. Ele não é seu inimigo. Ele é seu filho!


— Eu não pedi para ele estar aqui.


— MAS QUE INFERNO! — gritei, fazendo Antony se assustar e começar a chorar. Caminhei até o berço pegando-o e tentando acalmá-lo.


— Está vendo? É isso o que quer? — Ele me encarou com fúria nos olhos. Em nenhum momento olhou para o bebê. — Faça-o parar.


Era suficiente, eu estava farta. Ele podia gritar o quanto quisesse e fazer qualquer coisa comigo, mas iria me ouvir.


— Eu aceitei sua ignorância, seu egoísmo, aceitei toda a violência e abuso que jogou em mim. Nunca te questionei sobre suas traições e vivi como se as constantes humilhações nunca tivessem acontecido. Mas isso... você viver fingindo que este bebê não existe, eu não vou aceitar. Na verdade não vou aceitar mais nada. Não seja um cretino com ele ou nunca vou te perdoar. — Virei-me para sair, mas o olhei uma última vez. — A escolha é sua.



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Autor(a): naty_h

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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