Fanfics Brasil - A felicidade No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: A felicidade

428 visualizações Denunciar


William Herrera


Olhei para uma das poucas mulheres que tinham o meu respeito, sentada à minha frente, e coloquei a caneta sobre o papel, assinando meu nome. Ela sorriu com os olhos marejados.


— Obrigada por tudo o que fez por mim, William. Vou fazer muito bom uso do lugar. — Eu assenti já me levantando.


— Sei que vai.


— Estou feliz por minha irmã ter você. Ela merece ser feliz. Vocês dois merecem. — Saber que eu tinha a aprovação dela não deveria me deixar satisfeito, mas deixou.


— Você merece isso também. — Ela ficou de pé.


— Serei feliz ajudando aquelas pessoas. Tem certeza de que não quer seu nome vinculado?


— Eu estou apenas te dando o lugar, você é quem vai ajudá-los a superar o que passaram. E tenho certeza de que eles lhe ajudarão também.


Uma lágrima escorreu de seus olhos, e ela se aproximou, pegando minha mão direita e dando-lhe um beijo, como apenas meus homens feitos faziam. Era a demonstração máxima de respeito a mim.


— Anahi, não há necessidade... — Ela me interrompeu.


— Eu nunca poderei pagar o que você fez todos esses anos atrás. Eu nunca teria sido livre.


Fechei meus olhos, enquanto a raiva me preenchia, como acontecia toda vez que pensava sobre aquilo. Peguei suas mãos e dei um aperto firme.


— É passado. Um passado distante que nunca mais vai te alcançar.


Ela sorriu sem mostrar os dentes e saiu. Eu não ligava para os sentimentos de ninguém, dar conforto a qualquer pessoa não era do meu feitio, mas aquela menina tinha passado por tanta merda, e sua cabeça estava tão fodida... Eu era a única pessoa que sabia o que tinha acontecido, nem mesmo sua família tinha conhecimento. Então, se eu não estivesse aqui para lhe dizer que tudo ficaria bem, quem faria?


Eu só esperava que ela conseguisse encontrar seu caminho de volta para a luz.


 


/#/


— Precisará de mais alguma coisa por hoje, chefe? — Juliano perguntou, assim que abriu a porta do carro para mim.


— Não.


Lembro-me bem de como era quando eu chegava em casa alguns meses atrás. O silêncio era esmagador, tanto que era possível ouvir quando outra pessoa se movimentava na casa. A decoração – algo que não me importava – era escura e sombria. Eu fumaria tanto quanto pudesse, beberia quantas doses fosse possível e trabalharia nos negócios da Famiglia o restante do tempo. Apenas esperar o dia seguinte chegar para me afundar na minha própria miséria uma e outra vez.


Agora era diferente...


Quando fechei a porta atrás de mim o cheiro de bolo recém assado e café fresco me invadiu, era inebriante. As paredes, antes pretas e escuras, eram agora claras, cheias de fotos por todos os lugares – a maioria do meu filho e da minha bonita esposa –, e o silêncio fora substituído por risadas e latidos.


Era sempre assim.


Deixando minha mala e casaco na pequena mesa do hall, adentrei o corredor, em direção à sala, onde Maite estava sentada no grande tapete felpudo que ela tinha escolhido especialmente para Antony. Boo – o cão minúsculo que eu havia aprendido a até mesmo achar... fofo –, como sempre, estava lá também.


Ela estava tão distraída brincando com os dois que nem me viu chegando. Aproveitei e me encostei no arco, apenas observando o que minha vida tinha se tornado. Ela tinha o cabelo solto, como sempre, e este já alcançava sua cintura fina. Usava um de seus típicos vestidos simples de algodão, com uma alcinha caindo pelo braço, deixando claro o quão à vontade ela se sentia.


Do outro lado do tapete, estava o pequeno bebê de agora oito meses.


Ele estava tão esperto...


Vestia uma das roupas de bichinho – a escolhida daquele dia tinha uma estampa de zebra. Revirei meus olhos, porque discutir com ela sobre essas roupas ridículas era perda de tempo. Pelo menos consegui fazer com que ele as vestisse apenas em casa.


Ele tinha a cabeça um pouco inclinada, rindo e babando, enquanto o cachorro pulava e latia em volta dele. Maite batia palmas, cantando alguma música de aniversário, mesmo que não fosse o dele. Antony apenas adorava que batessem palmas e cantassem parabéns para ele.


Mai se moveu, pegando uma bolinha, colocando-a no meio deles.


Antony parou e ficou olhando para ela.


— Você quer a bolinha, bebê? Vá pegar, ursinho! Boo latiu e correu em suas patas quase inexistentes, e Tony apoiou-se em suas mãos e joelhos para começar a engatinhar. Era como uma tartaruga de tão lento. — Você é tão fofo! Como a mamãe vai aguentar esse bebê? Hum? — Maite falou com uma voz que ela sempre usava, e que ele adorava, antes de puxá-lo do chão e começar a distribuir beijos por todo o seu rosto e pescoço.


Eu fechei os olhos. O caroço na garganta me impediu de respirar por um momento, e eu fiquei apenas ouvindo o som do meu garoto rindo.


Como pude sequer pensar em não o deixar vir ao mundo?


Como pude ser tão bruto e insencivel com a mulher que o amava, e que me amava independente de tudo?


Eu não tinha certeza de quando foi que comecei a amar Maite Saviñón. Mas, eventualmente, descobri. Eu a amei na noite em que tirei sua virgindade. Amor esse que cresceu mais ainda no dia em que ela me contou que era estéril e que cuidaria do meu filho com outra mulher.


Porra do caralho.


Quem fazia isso? As dondocas egoístas da Famiglia com certeza, não.


Mas eu sempre soube que ela não podia ser comparada a qualquer outra. Ela sempre colocaria as necessidades dos outros na frente das necessidades dela.


— Olha quem está em casa, filho — ela falou. Abri meus olhos e encarei a cena à minha frente. Antony começou a sorrir para mim e bater palmas, como se eu estar em casa fosse algo incrível para ele. Porra, aquilo acabava comigo.


— Diga “oi” para o papai, William. — Eu parei quando ela o chamou pelo meu nome. Ela sabia que era algo que sempre me desestabilizava.


Aproximando-me, tirei os sapatos antes de pisar no tapete e sentei-me ao seu lado. Segurando seu cabelo, puxei sua cabeça para perto, dando um beijo que mostrava o quanto estava feliz de voltar para casa, para ela. Beijo esse que não durou muito, pois logo uma mãozinha de um rapaz barulhento se meteu entre nós.


— Você vai continuar nos interrompendo por mais quanto tempo, garoto? — Ele riu mais ainda e esticou os braços para mim.


Ele tinha um grande sorriso banguela no rosto. Segurei-o de pé, dando-lhe livre acesso para passear suas mãozinhas pela minha barba.


— Papapapapapa. Buuuuh. — Arregalando meus olhos, encarei Maite.


— Ele disse... ele disse o que eu penso que disse? — Ela riu, colocando a cabeça no meu ombro.


— Ele consegue falar essas pequenas sílabas, então, não fique animadinho. Sua primeira palavra será mamma! Não é, ursinho? Pode dizer ‘’mamamama’’?


Antony riu como se ela tivesse dito a coisa mais engraçada de todas e começou a pular, seguro em meus braços. Era tudo o que eu precisava. Não me importava qual palavra seria sua primeira, ou com quantos meses ele a diria.


Fui cruel, perverso e desumano desde que me lembrava. Jamais poderia pensar que sou digno de ter a minha família, e eu ainda tinhabum longo caminho pela frente, mas agora não estaria sozinho. Eu tinha os dois pedaços da minha alma e do meu coração para me guiar.


Finalmente encontrei a calmaria. O remédio para o monstro que vivia em mim.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): naty_h

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Algum lugar do mundo Enquanto o vento do lado de fora balançava seu cabelo, ela tentava buscar alguma outra opção além da boate à sua frente. O dinheiro estava curto, sua última refeição tinha sido um pão com manteiga num bar barato de estrada. Estava pronta para deitar lá mesmo e dormir, quando uma bara ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais