Fanfics Brasil - A cerimônia No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA

Fanfic: No berço da Máfia - (1° temp ) adaptada MyW, DyC, AyA - FINALIZADA | Tema: Levyrroni


Capítulo: A cerimônia

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Viramos de frente um para o outro e esperamos o padre começar a cerimônia.


Meu coração batia violentamente. William me encarava como se não houvesse amanhã. Mais de duzentos pares de olhos estavam fixos em
nós.


— Estamos aqui hoje para o matrimônio de William Herrera e Maite Saviñón...


O padre continuou falando, mas eu não podia ouvir nenhuma palavra. Estava hipnotizada diante do olhar firme de William.


Quando ele citou os votos, fiquei observando com mais fascínio ainda. Mesmo que fosse uma encenação, eu percebi que gostava de
ouvi-lo dizer palavras bonitas para mim.


Então eu fiz os meus votos; a diferença é que eu fazia com meu
coração.


— Eu, Maite Saviñón, recebo-te como meu esposo, William Herrera, e prometo ser fiel, te amar e te respeitar, na alegria e na tristeza, na
saúde e na doença, até que a morte nos separe.


O padre alcançou nossas alianças, abençoando-as rapidamente, e nos entregou.


— Maite, esta aliança representa minha fidelidade e meu amor, a receba em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo — sua voz
profunda ecoou na minha cabeça, fazendo-me tremer.


— William... — sussurrei, de repente me sentindo confusa com aquilo tudo. Nós não tínhamos mesmo terminado, e eu estava um caos. Ele levantou uma sobrancelha, lançando-me um olhar severo. Rapidamente
me recompus e repeti as palavras, colocando no dedo dele a aliança.


— Pelo poder concedido a mim, eu os abençoo e os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.


William pegou minha outra mão, colocando a direita dele sobre meu coração e a minha direita sobre o coração dele. Então, declarou.


— Prometo pela Famiglia e pela honra. — A sensação de seu toque em minha pele nua sob o decote e os batimentos de seu coração debaixo dos meus dedos me deixaram muda por um momento.


— Prometo pela Famiglia e pela honra — finalmente disse.


Ele levantou sua mão, pegou minha nuca e, puxando-me em sua direção, selou nossos lábios. O mundo girou.


De repente eu não era mais Maite, a noiva em perigo, e ele, o meu medo. Com seus lábios sobre os meus, nós éramos apenas... Nós.


Mas o beijo terminou tão rápido quanto começou.


Quando nos afastamos, continuei de olhos fechados por alguns segundos e, quando os abri, William me encarava com uma intensidade
agonizante. Pelo que pareceram horas, ficamos ali, apenas nos olhando. Então ele desviou o olhar, quebrando totalmente o encanto. Reparei que os convidados já tinham começado a entrar para o salão onde aconteceria a recepção e a festa. Anahi se aproximou com um fotógrafo ao lado.


— Irmã! — Sorriu para mim, abraçando-me e acenou para William.


— Anahi. — Ele acenou de volta.


— Vamos tirar algumas fotos aqui enquanto os convidados se ajeitam lá dentro. — William franziu a testa, mas concordou.


— Sorriam como recém-casados apaixonados.— Minha irmã estava louca. Lancei-lhe um olhar de advertência que ela ignorou, continuando
a nos dizer o que fazer para ter suas malditas fotos.


Enquanto eu sorria, William apenas mantinha a expressão séria.


Recém-casados apaixonados, totalmente.


Não demorou cinco cliques a mais, e ele avançou, arrancando a câmera da mão do homem, fazendo o coitado arregalar os olhos e se encolher de medo.


Corri para frente, colocando-me entre os dois.


— William! O que está fazendo? — Ele fechou os olhos e jogou a câmera no chão.


— Tire o filho da puta da minha frente antes que eu o esfole vivo.


— Ele está apenas fazendo o trabalho dele! — exclamei, exaltada. Como assim tirar o fotógrafo de lá? Eu queria aquelas fotos, mesmo que fossem de uma merda de casamento!


Ele abriu os olhos, lançando adagas em minha direção, virou-se para o homem e o agarrou pela garganta. O fotógrafo começou a ficar roxo, suas mãos voaram para os braços de William, tentando inutilmente afastá- lo, enquanto Anahi gritava, indo para cima deles. Mas com a música, duvidava que alguém pudesse ouvi-la.


Eu estava tão horrorizada vendo aquilo que não me movi.


Continuei olhando para frente, onde meu agora marido estava prestes a matar um homem. Minha irmã continuava batendo nas costas dele, tentando afastá-lo, mas de nada adiantava. William tinha os olhos distantes, apenas o corpo estava ali, preso num momento só dele. Então, de repente a cena diante de mim mudou. Alfonso e Christopher o afastavam – Alfonso gritando algo em seu ouvido, Christopher socorrendo o homem no chão, garantindo que voltasse a respirar. William, saindo de seu torpor, olhou para o fotógrafo, que agora tossia e recuperava o ar, olhou para minha irmã, que estava ajoelhada ao lado de Christopher, e, por último, olhou para mim.


Seus olhos frios de repente estavam observando-me, e eu apenas o fitei de volta. Ele fez um movimento para se aproximar, mas vacilei, dando um passo para trás, fazendo com que sua fúria voltasse. Como se ele tivesse acabado de acordar de um sonho, pegou em meu braço, perfurando-me com seu olhar.


— Eu disse para tirá-lo de perto de mim!


— Você ia matá-lo só porque ele estava trabalhando! Ele foi contratado para isso! Você está louco! — gritei, tentando sair de suas
mãos.


— Sim, eu ia matá-lo, mas não matei, conforme-se. Agora nós vamos entrar e acabar com essa palhaçada, ou você quer ficar e ser a próxima a
lidar com as consequências de me irritar?


— Irmão — Alfonso disse ao fundo, sua voz beirando advertência.


William o ignorou.


— Então? Não entendo por que está tão chocada, afinal, sou um monstro, não sou? — questionou, apertando meu braço mais ainda.


Continuei olhando-o, tentando entender a centelha de emoção que cruzou seus olhos quando jogou em mim meu desabafo pelo meu deslize da noite anterior.


— Mai, seus convidados estão te esperando. Vá — a voz firme de minha irmã me surpreendeu.


— Mas, Anahi, ele quase...


— Quase — cortou-me. — Frederick está bem para continuar. - Continuar de longe. Sim? — Olhou para o fotógrafo, que tremia, mas
concordou.


— Ótimo — William rosnou, inclinando-se para me pegar no colo.


Levantou-me fácil e rápidamente, fazendo-me ficar tensa quando nossos corpos se chocaram. Por puro reflexo, grudei meus braços ao redor de seu pescoço. Mesmo que uma parte de mim ainda quisesse encostar a
cabeça em seu ombro, eu não o fiz.


Perguntei-me o que seria da minha vida, como eu conquistaria a confiança de William, como faria com que me respeitasse, e, quem sabe
até gostar um pouco de mim, para que pudéssemos viver pelo menos em
paz, sem essa tensão toda e o medo que me acompanhava. O quão fodida eu estava? Por que, mesmo diante de toda essa situação, eu tinha tanta esperança? Não conseguia parar de me questionar, mas, ainda assim, não havia nenhuma resposta.


Olhei para William para vê-lo cerrando a mandíbula. Por que ele tinha ficado tão furioso com o fotógrafo? Por que essas pequenas coisas o irritavam? Será que ainda estava bravo por minha irresponsável aventura da noite anterior? Afastando o pensamento, comecei a pedir silenciosamente que não, porque seria desastroso.


Atravessamos o tapete e, assim que cruzamos a porta do salão de festas, William me colocou sobre meus pés delicadamente, fazendo meu
corpo arrastar ao longo do seu, enquanto me descia. Então, segurou minha cintura firmemente antes de soltar-me e pegar minha mão. Ele não me deu um segundo olhar enquanto caminhávamos até a mesa
reservada para nós, nossos pais e irmãos. Os convidados, de pé, aplaudiam e urravam em entusiasmo. Colei o perfeito sorriso ensaiado
no rosto, e William sustentava a mesma expressão mortal de sempre. Será que ele não podia dar sequer um sorriso fingido também?


Fomos recebidos com abraços e comprimentos em nossa mesa. Logo ele puxou minha cadeira e afundou graciosamente na sua.


Por fim, todos levantaram suas taças e brindaram à nossa felicidade.


[...]


Durante a última hora, me preparei psicologicamente para o restante do casamento. O jantar foi servido durante o brinde, e eu me distrai comendo tanto quanto podia. É claro que a comida não tinha gosto de nada. Minha ansiedade mal me deixava prestar atenção nas conversas aleatórias ao meu lado.


Todos ao redor conversavam.


Na nossa mesa, Dulce se manteve em silêncio, fazendo questão de aparentar todo o seu tédio, atraindo olhares de advertência de Lorenzo e
papai, como sempre. Anahi conversou com Melissa, já que nas poucas tentativas de puxar assunto comigo fui rasa.


William às vezes respondia quando nossos pais ou seus irmãos falavam com ele, mas na maioria das vezes dedicou seu tempo a me encarar. Eu estava tão desconfortável quanto possível, e ele não parava. Por isso, quando papai me tirou para dançar, quase fiquei aliviada.


Dançamos rapidamente, e ele pareceu entender que eu não queria conversa. Com Lorenzo foi a mesma coisa. Bernardo, como sempre, foi
doce e gentil, apenas me segurando firme. Alfonso me intrigava, porque me fazia sentir como Bernardo, segura, tranquila. Passava-me uma sensação de paz, por isso, nossa dança foi da mesma forma. E, tão cavalheiro quanto podia ser, beijou castamente minha mão antes de entregar-me a Christopher.


Christopher era o típico cara que completava um grupo. Um canalha, cheio de piadas obscenas sem nenhum filtro ou timidez. No momento da dança mesmo, já tinha um sorriso cheio de intenções no rosto.


Ele segurou minha mão e deu uma volta pela pista, girando-me.


— Eles disseram para onde vocês vão? - Christopher perguntou, assim que bati de volta contra ele.


— Você quer dizer... para a nossa noite? — engasguei, não conseguindo terminar a frase.


Ele riu e balançou a cabeça para mim.


— Sim, para seu último sacrifício.


— O quê? — perguntei, parando de dançar.


— Querida, não pare de dançar, meu irmão já está doido para tirá-la de mim, não dê a ele uma brecha para isso. — Olhei para o lado, não
acreditando nas suas palavras, mas William já estava de pé, com as mãos nos bolsos, encarando-nos como um falcão a cada movimento.


Corei, desviando o olhar.


— Pare de tentar me assustar.


— Bem, quero apenas prepará-la. — Deu de ombros. — Não posso ser culpado por tentar.


— Por que você não pode ser como Alfonso? — quase rosnei a pergunta.


— Isso nos daria uma chance? — Ele sorriu torto, mexendo sugestivamente as sobrancelhas. Não pude evitar uma risada.


— Você é impossível.


Ele abriu a boca para falar, mas de repente fui arrancada de seus braços, colidindo direto com o peitoral firme do meu marido.


Assim que sua mão tocou a minha, me arrepiei da cabeça aos pés. A outra segurou minha cintura, e ele começou a guiar na dança. A música tocava, e a letra me fazia questionar por que diabos minha irmã tinha escolhido aquela.


Sam Smith cantando sobre arriscar tudo, ser assombrado pelo passado e um amor destinado não era nem no inferno a música que eu pensaria para dançar com William.


Não preparada para encontrar seus olhos, apoiei a testa em seu peito permitindo tal intimidade por apenas um momento. Seu cheiro invadiu meu cérebro, e a sensação de seus músculos rígidos me segurando foi
quase demais. Enquanto dançávamos e a letra da música penetrava em meus ouvidos, minha mente gritava com cada verso cantado.


Ele não tem um coração!


“Mas com você estou sentindo algo que me faz querer ficar”


Ele é um mentiroso!


“Como posso viver? Como posso respirar? Quando você não está aqui, estou sufocando”


Nunca haverá uma chance!


“Eu quero sentir o amor correndo pelo meu sangue, diga-me se é aqui que eu desisto de tudo?”


Ele é um assassino!


“Milhões de cacos de vidro me perseguem do passado”


Ele quebrará você!


“Quando começarem a perder a esperança, saiba que não tereimedo”


Não vale a pena!
“Se eu arriscar tudo, você poderia amenizar minha queda?”


Naquele momento ele me girou, e eu voltei tão rápido quanto podia para ele, olhando em seus olhos, quando Sam Smith ecoou uma última
vez.


“Por você eu tenho que arriscar tudo, porque já está escrito...”


Os convidados aplaudiram, e William me apertou mais forte ainda, descendo seus lábios sobre os meus.


Depois da nossa dança, que realmente me abalou, William sumiu. Voltou apenas para avisar que estávamos indo.


Abracei minhas irmãs, Bernardo e Melissa, evitando o contato com nossos pais e irmãos.


Os convidados fizeram um corredor da saída até onde uma limusine nos aguardava e nos jogaram arroz, conforme passávamos por eles. Eu tremia. Todos sabiam que eu era virgem, e era chegado o momento no qual ele poderia fazer o que quisesse comigo. Todos sabiam por sua fama, que ele seria capaz de fazer qualquer coisa, eu sabia também.


William abriu a porta da limusine e esperou que eu entrasse, então, fechou-a, sentando-se na minha frente.


— Para onde vamos? — perguntei, temendo a resposta.


Ele me olhou com tanta intensidade que quase tirou meu ar.


— Nossa casa.


Nossa. Casa.



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Autor(a): naty_h

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • poly_ Postado em 21/07/2020 - 11:32:24

    Tenho certeza que William vai conseguir sair dessa, ele não se pode deixar abalar pelas coisas que esse homem fala. Continuaa

    • naty_h Postado em 21/07/2020 - 16:45:21

      Ele apenas está inseguro ainda sobre se tornar um bom pai, mas ele ama o filho e a Mai sabe disso

  • poly_ Postado em 16/07/2020 - 12:35:30

    Aí q fofura esse capítulo. Continuaa

    • naty_h Postado em 16/07/2020 - 18:18:41

      Momento mais lindo desses dois

  • poly_ Postado em 14/07/2020 - 11:32:34

    Pena que está acabando, eu amo essa fic. Comtinuaa

    • naty_h Postado em 14/07/2020 - 14:30:50

      Ainda falta alguns dias, mas se você gostar de vondy pode ler a segunda temporada e ainda acompanhar um pouco da vida de MyW

  • poly_ Postado em 11/07/2020 - 12:37:54

    Muito fofa a Melissa. Continuaaa

    • naty_h Postado em 11/07/2020 - 18:01:08

      Melissa entende ela melhor do que ninguém

  • poly_ Postado em 10/07/2020 - 12:04:17

    Aí gente q dó do Christopher, será que o William não aceita fazer um triângulo amoroso? Hahahahaha. Continuaa

    • naty_h Postado em 10/07/2020 - 15:35:18

      William é muito ciumento kkkkkkkk a última coisa que vai fazer na vida é dividir a Mai com outra pessoa

  • poly_ Postado em 09/07/2020 - 13:02:27

    Ai q fofo os dois juntos, e tenho certeza que Maite será uma mãe maravilhosa. Continuaa

    • naty_h Postado em 09/07/2020 - 17:37:11

      Ela já está sendo protegendo o bebê de todos, muito fofa

  • poly_ Postado em 08/07/2020 - 08:33:20

    Agora William acha ruim, mas quando nascer tenho certeza que ele irá ceder, ninguém resiste a um bebê hahaha. Continuaa

  • poly_ Postado em 07/07/2020 - 10:39:00

    Alfonso e Christopher merecem o mundo, amo eles hahahah. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 07/07/2020 - 15:59:05

      Já já eles entram em apuros com a 2° e 3° temporada deles kkkkkkkk nenhum dos irmãos Herrera é fácil de lidar

  • poly_ Postado em 06/07/2020 - 11:52:26

    Imaginei que William havia sofrido, mas não tanto. Mas ele podia tentar encarar isso, e fazer diferente, para não se tornar um Thom também. Continua logoooo

    • naty_h Postado em 06/07/2020 - 12:04:51

      Por isso ele não que filho, ele n quer correr o risco de ser como o pai dele já que o William se considera um monstro, mas agora a criança ta feita né? Tem que assumir os pulos

  • poly_ Postado em 05/07/2020 - 17:49:33

    A Mai que se cuide, porque o William vai ficar ainda mais bravo quando descobrir que ela ajudou a garota a fugir. Continuaaaa

    • naty_h Postado em 05/07/2020 - 19:25:07

      Mai podia até parecer boba perto do William, mas agora tem alguém mais importante que ele na vida dela, tenho certeza q ela vai fazer de tudo pra defender o bebê


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