Fanfic: Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amor | Tema: Dragon Ball Z

2 dias se passaram, sem grandes novidades na corporação capsula: Vegeta treinava sem parar, Yamcha ficava entre seus treinos e comportamentos estranhos acompanhado de Pual, Bulma trabalhava ferozmente junto com seu pai tentando melhorar os robôs de treino do saiyajin e Srª Brief buscava por novas confeitarias e um novo conjunto de chá.

Pela manhã cedo, Bulma acordou e notou que estava sozinha na cama. “Finalmente posso me esticar um pouco sem o espaçoso do Yamcha. Hoje vou dormir até mais tarde.”

Mal deu tempo de Bulma se virar para o lado e alguém bateu em sua porta:

_ Bulma, querida, preciso de sua ajuda no laboratório. _ Falou calmamente o pai de Bulma, Srº Brief.

“Isso só pode ser brincadeira.” Ergueu o corpo, descabelada e sentou-se na cama:

_ Já vou papai.

Levantou, lavou o rosto, se vestiu e desceu as escadas para tomar uma xícara de café preto na tentativa de despertar da preguiça em que se encontrava.

Com seu café, seu cigarro e o jornal do dia, se dirigiu a enorme varanda da cozinha.

Se esticou em uma cadeira confortável e começou a ler despreocupadamente. Observou que Yamcha treinava ao lado da casa, mas o que chamou atenção foi o barulho que vinha da capsula de treinamento.

Durante toda a manhã, Bulma trabalhou ao lado de seu pai. Puderam conversar sobre novos projetos e se divertir um pouco entre uma ideia e outra.

Com um pouco de peso na consciência, Bulma pediu a tarde de folga para seu pai. Estava cansada de trabalhar até tarde. Ele consentiu sem problemas:

_ Claro que sim, minha filha. Só vou consertar esses robôs que Vegeta deixou aqui e tirar o resto do dia de folga também.

Bulma ficou aliviada de não precisar consertar novamente os malditos robôs do saiyajin.

O almoço correu bem. Sem nenhum tipo de incomodo, mas Bulma notou que Vegeta não saiu da capsula de gravidade.

“Esse saiyajin maluco quer se matar?”

Durante a tarde, ela decidiu se distrair e ler algumas revistas cientificas que chegaram na semana, mas seu pensamento estava distante no futuro.

“Em algum lugar desse planeta imenso devem estar surgindo aqueles androides abomináveis. Eu não fico calma pensando nisso.”

A voz alegre de sua mãe interrompeu seus pensamentos:

_ Bulma, Bulma! Tenho uma surpresa: Acabo de descobrir uma nova doceria. Olha! Não são lindos? São tão saborosos, não quer provar? _ Disse feliz com sua doce descoberta enquanto mostrava os quitutes a Bulma.

_ Ai que inveja, mamãe. Nunca tem preocupações?

_ Ora, Bulma, fica mais calma. Não precisa ficar triste só porque Yamcha e Vegeta estão treinando e não ligam pra você. Precisa se animar!

_ Por favor, mamãe. Nem vem com essas piadas de mal gosto, ta bom?

Depois de algumas horas de trabalho, Srº Brief, quase pressentindo que teriam doces gostosos para comer, entra na sala de estar da casa se espreguiçando e dando uma bela bocejada, quase deixando cair da boca seu cigarro:

_ Puxa vida, agora sim fiquei surpreso, Vegeta é um homem obcecado.

_ Quê? _Perguntou Bulma confusa.                     

_ Eu já disse mil vezes pra ele que é impossível treinar com uma gravidade aumentada em 300 vezes, mas ele sempre pede novos robôs para se exercitar e esta sempre quebrando eles.

_ Ah aquele lá é um lunático que só gosta de lutar. _Disse Bulma ao seu pai.

_ Sério?_ Disse Srª Brief_ Pois eu acho ele um moço muito bonito.

_ Querida, da outra vez você disse que Goku era bonito, agora é Vegeta..._ Falou Srº Brief confuso com a esposa.

_ Bom, é... Goku é um moço bonito, mas, Vegeta tem uma enorme energia que faz ele parecer muito viril e inteligente. Nenhuma mulher resistiria._ Seguiu Srª Brief dizendo animadamente_ Ai, aquela testa larga dá a ele um ar diferenciado.

Ela fez uma pausa para tomar um gole de chá e como quem teve uma ideia genial falou:

_ Ah, já sei, da próxima vez vou convida-lo pra sair comigo.

Bulma e seu pai olharam confusos para Srª Brief tendo seus delírios.

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Enquanto isso, Vegeta treinava incansavelmente na capsula de gravidade.

“Essa terráquea fez um ótimo trabalho nos novos robôs. Ela vai conseguir me ajudar a superar o poder de luta de Kakaroto.”

Com a distração de seus pensamentos, Vegeta tomou um golpe forte de um dos robôs e caiu ao chão com a dor. Antes que pudesse se recuperar, mais uma bola de energia veio em sua direção.

Ele revidou com agilidade e raiva.

A força que ele usou no ataque causou o que Bulma temia.

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Mal deu tempo de entender o que aconteceu, a família Brief só conseguiu ouvir a explosão enquanto tomavam seu chá da tarde. Imediatamente Bulma pensou em Vegeta.

A capsula explodiu com a força que o saiyajin usou para revidar o ataque do robô.

Em meio a fumaça e pedaços da nave, Bulma correu até o local preocupada e acompanhada por Yamcha. Seu coração estava disparado. “Vegeta!”. Pararam em frente aos escombros que sobraram. Yamcha afirmou:

_ A nave não aguentava mais. O treinamento era muito perigoso.

Bulma estava em desespero, mal conseguiu ouvir o que seu namorado falou:

_ Vegeta... Ah não...

Rapidamente, começou a mexer nos escombros e retira-los da forma que podia até que, surpreendentemente, a mão de Vegeta surgiu em meio aos pedaços da nave. Com o susto Bulma caiu em cima de Yamcha mas, ao ver o saiyajin levantando, seu coração se acalmou um pouco, apesar de ainda estar assustada. Ele gemia de dor, seu corpo estava completamente machucado:

_ Vegeta, esta vivo!

_ É lógico. _ Falou enquanto se levantava com dificuldade.

Bulma suspirou aliviada, mas logo foi tomada por sua postura tradicional e irritada, o xingou:

_ Escuta aqui, o que é que queria fazer? Quase destruiu minha casa. Tem que se comportar melhor, ta ouvindo?

O saiyajin não tinha forças para revidar o sermão e caiu de costas no chão novamente. Bulma se apavorou e entendeu a gravidade da situação. Rapidamente se levantou e correu até Vegeta.

_ Oh, Vegeta!

Com cuidado e delicadeza, o apoiou no seu colo. Seus olhos, assim como na outra noite, se encontraram. Bulma colocou seu braço em volta de Vegeta e apoiou mão no peito do príncipe que logo retomou a consciência:

_ Nem pense em fazer uma bobagem. Só atrapalha o meu treinamento. _ Falou com dificuldade o saiyajin orgulhoso.

_ Ainda quer continuar treinando? Com esse corpo todo ferido não é possível. _ Afirmou Bulma com preocupação e imperatividade.

_ Esses ferimentos são insignificantes pra mim. Eu sou o saiyajin mais forte de todo o universo. Posso superar o inútil do Kakaroto.

_ Sim, claro, claro. _ Falou Bulma apoiando o príncipe orgulhoso_ Pode superar qualquer pessoa, mas primeiro escuta o que eu vou te dizer...

Bulma falava calmamente e nem percebeu a expressão de Yamcha que olhava para os dois com ciúmes em seu semblante sério. Vegeta por um segundo mergulhou nos braços daquela mulher e se sentiu seguro enquanto trocavam olhares, mas quando deu por si, desviou o olhar e interrompeu a terráquea enquanto tentava se levantar:

_ A mim nenhuma mulher da ordens.

Sem forças, ele foi ao chão novamente.

_ Oh, Vegeta!_ Falou Bulma triste e preocupada.

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A equipe médica da família foi acionada e um quarto especial foi preparado para a recuperação do saiyajin com aparelhos de oxigênio e monitoramento do seu corpo. Os médicos acharam melhor seda-lo para que não tentasse nada que pudesse colocar sua vida em risco.

Bulma estava apavorada ao lado da cama de Vegeta. Sentia uma angustia enorme por vê-lo assim, completamente ferido e apagado. Não conseguia tirar os olhos azuis do príncipe da raça guerreira.

_ Eu só posso dizer que foi um milagre ele se salvar depois dessa grande explosão que houve. Os saiyajins são uma raça muito resistente. _Afirmou Srº Brief

_ Ah, coitadinho do Vegeta!_ Falou Srª Brief enxugando as lagrimas exageradas com um lencinho.

_ Vamos._ Disse Srº Brief consolando a esposa e a guiando para fora do quarto.

Bulma se levantou pensando se foi culpa dela deixar isso acontecer. Quis sair do quarto, mas algo a fazia querer ficar.

_ Kakaroto..._ Falou Vegeta com dificuldade. Bulma se virou no mesmo instante e o observou com carinho e preocupação. O Saiyajin continuou: _ Eu... vou ser mais forte que você. Vou superar seus poderes... Vou ser o primeiro.

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No pesado sono forçado de Vegeta, um pesadelo o assombrava. Ele corria sem parar, cansado, suado, desesperado atrás de Goku, mas nunca o alcançava. Tentava o golpear em vão. O jovem do futuro também apareceu em seu sonho e da mesma forma que Goku, ele não conseguia acerta-lo. De repente os dois, Goku e o jovem do futuro, aparecem em sua frente e como se zombassem do príncipe se transformavam em super saiyajins. Ele tentava se transformar também, mas os dois eram muito mais fortes. A energia e a luz que emanava deles era tão intensa que quase o deixava cego. Ele não entendia porque não conseguia alcança-los.

“Por que, por que, por que não alcanço eles? Por que? Por que?"

Ouvia seu pai falando, lembrando-o de que ele era o príncipe de sua raça. Lembrando das conversas com seu pai falando que ele seria o saiyajin mais forte do universo, que ele seria o lendário super saiyajin.

Isso lhe deu forças para acordar e se livrar do efeito do sedativo.

Acordou assustado jogando pra longe a máscara de oxigênio que tinha em seu rosto e logo recobrou a memória. Deitou novamente a cabeça no travesseiro, ainda se sentindo fraco e cansado.

Ao olhar para o lado, percebeu a presença da moça dos cabelos azuis, gênio forte e do corpo estonteante, debruçada na mesa, dormindo. Parecia cansada também em seu sono profundo.

“O que ela faz aqui? Não tem nada melhor pra fazer, não? Esta preocupada comigo? Por que?”

E mergulhou novamente no sono do cansaço.

“Por que?”

Mais uma vez, o saiyajin começou a sonhar, mas agora não era com Kakaroto ou seu pai. Dessa vez ele só via ela. Via ela na sacada do seu quarto como naquela noite. Voou até ela e mirou seus olhos negros no mar azul da jovem cientista. Sentia seu cheiro, a pele dela brilhando com a luz das estrelas e ela sorriu pra ele. Sem graça, ele não soube como devolver o sorriso meigo da garota terráquea. Sentiu vontade de toca-la, de sentir a pele macia daquela mulher, mas preferiu se afastar e voltar a sua pose fria de sempre. Ela então se aproximou dele e como no dia que ele voltou a terra ela tocou em seu peito. O saiyajin estremeceu como na primeira vez, mas não negou a caricia. Sentiu seu corpo ferver por dentro como nunca antes e tomou coragem para toca-la no rosto com as costas de sua mão. Ela se aproximou mais e ele, dessa vez, não recuou. Quase sentia a respiração da terráquea atrevida se encontrando com a sua e de repente acordou.

“O ar desse maldito planeta deve estar me deixando louco.”

Olhou para o lado, mas ela não estava mais lá.

Jamais admitiria, nem pra si mesmo, mas queria tê-la visto ali.