Fanfic: Two Horizons - Horizontes do coração | Tema: Original, Índio, Pocahontas, Genderbender
“Sombras se dissiparão, o que é oculto revelar-se-á e enxergar além da comum visão” – É o que o explorador Aaron mais refletia ao partir das verdes e fantásticas terras da Irlanda rumo a Inglaterra. A sentença fora dita por um dos druidas modernos da época após o rapaz compartilhar de seus conhecimentos com o idoso e este sabia, sabiamente, que nunca deve-se ignorar o conselho de um sábio vivido e experiente.
– Comissário, que vês daí? – Uma voz grossa entoou e Aaron só fora desperto quando uma rajada de água bateu contra seu rosto, assustando-o. Ele estivera se apoiando com ambos os braços bem na proa da embarcação. Virou-se para trás assustado e deu de cara com o capitão McNeil, um irlandês alto, de físico avantajado e longos cabelos ruivos; este ria com o que acabara de presenciar. – Acredito que a noite não foi boa o suficiente para descansar. Quem consegue trilhar de Killiney a Dublin em tão pouco tempo assim e a pé?
– Eu. – Aaron respondeu, secando o rosto com a manga do casaco, sorrindo meio desconcertado com a situação. – Consegui dormir bem, eu apenas me distraí, perdão.
– Tudo bem, essas coisas acontecem. Caso não esteja se sentindo bem, pode voltar para sua cabine. – Respondeu McNeil, assentindo com movimentos da cabeça e virando-se para voltar ao leme.
– Estou ótimo! – Aaron disse correndo pelo convés e logo escalando, facilmente, o mastro principal até chegar ao topo e assim poder observar mais claramente o horizonte. Já podia ver sua amada Inglaterra dali mesmo, aproximando-se cada vez mais. Abriu um sorriso e logo desceu, caindo de pé ao lado de um membro da equipe que tirava um cochilo e assim acordando-o assustado e fazendo-o gritar “CELTAS !! “ . Aaron riu e disse:
– Período errado, amigo, volte alguns séculos.
Entrou na embarcação, desceu as escadas e atravessou o cômodo repleto de barris de bebidas irlandesas entre outros objetos importados do país que saíra fazia alguns tempos já. Apesar do navio já ter boa idade, o cheiro fresco de madeira continuava a cercar aqueles cômodos e corredores, Aaron adorava essas essências tão distintas e naturais. Fora para sua cabine arrumar-se para quando desembarcasse em casa, fora surpreendido quando logo o capitão entrara logo atrás dele, gatuno como sempre.
– Haverá uma celebração, no Royal Hall, a realeza exige nossa presença. – Ele disse, com sua voz poderosa e cheia do sotaque irlandês. Direto e até muito próximo do rapaz, tanto que este podia ver sua barba ruiva por fazer e seus olhos muito verdes, tanto que fizera Aaron recuar e cair sentado na cama.
– Um local tão refinado para uma simples equipe de importação? Que haverá lá? – O rapaz disse, olhando para o capitão.
McNeil riu e logo o puxou de volta e foi com tanta força que o rapaz bateu contra o corpo forte e rígido do mais velho.
– Um capitão de renome internacional estará no país a trabalho de expedição, e pode ser que precisem ainda de um explorador. De qualquer jeito, nos querem lá então lá estaremos. – Ele disse, dando uma piscada.
– Um capitão de mais renome do que Argus McNeil, o famoso pirata barba ruiva das entidades celtas? – Aaron entoou em voz de admiração e brincadeira até cair na gargalhada e dando reação similar ao capitão.
– Certo, certo, mas o lisonjeio não fará acréscimo no seu salário. – Ele disse rindo e retirando-se da cabine, deixando para trás seu distinto cheio de almíscar.
Aaron fechou a porta da cabine e pôde, finalmente, arrumar sua pequena bagagem. Este logo se debruçou contra a pequena janela da cabine e pôde ver a diminuta paisagem agora maior do que antes, Londres já estava lá pronta para recebê-los. Foi ao convés e, novamente, divagou contra a proa, olhando para seu reflexo. Em seus recém chegados 30 anos, ele ainda estava em ótima forma, loiro dos olhos azuis, pele branca e macia que ninguém diria que ele é mais um bicho do mato do que uma pessoa da cidade e muitos ainda achavam que ele era um garoto disfarçado de homem, com seus 1,70 de altura e sua musculatura atlética e magra apenas davam mais força a esse tipo de boato, mas era apenas boa genética e muito vinho.
Apenas retornou de seus pensamentos muito distantes e penetrantes quando o barco deu um solavanco anunciando que já haviam chegado e até mesmo abaixado a ponte, carregou sua bagagem no ombro e adentrou a cidade. Apesar de amar aquele lugar, não sentia como se lá fosse seu lugar e logo uma brisa incomum bateu pelo seu rosto, levantando seus cabelos loiros como se acariciasse seu rosto, tanto que o fez olhar em direção aonde o vento fluía e viu pequenas folhas amareladas do outono e plumas brancas que logo sumiram ao se encontrar com a intensa esfera de luz que reinava no céu muito azul.
Autor(a): Ciaran
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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“É o vento... Novamente... O que ele quer ? “ – Aaron pensou, sabia que estava sonhando, só conseguia olhar para cima, via o céu azul e ouvia o farfalhar de folhas e sentia novamente aquela mesma brisa lhe acariciando o corpo nu, alguns galhos ricos delas pareciam arranhar o céu, parecia querer alcançá-lo e fundir s ...
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