Fanfics Brasil - Edge - A beira do conhecido Two Horizons - Horizontes do coração

Fanfic:  Two Horizons - Horizontes do coração | Tema: Original, Índio, Pocahontas, Genderbender


Capítulo: Edge - A beira do conhecido

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– Sai, sai, sai !!! – Foi a primeira coisa que Mrs. Kathleen ouviu de manhã e um baque CATAPLOFT ali no chão do segundo andar, esta estava na cozinha do andar de baixo. Ela sorriu. Sabia o que havia acontecido. Ela mesma levou os dois rapazes para a cama de Aaron. Uma cama, dois rapazes.



Aaron havia acordado e estava seminu apenas com suas roupas de baixo e John na mesma situação mas jogado para fora da cama. O homem então se deitou de lado ali mesmo no chão de madeira, seu corpo musculoso, com poucos pelos no peito, o peitoril bem definido e com a cabeça deitada sobre uma das palmas da mão cujo cotovelo recostava no chão, olhava para Aaron e ria.


– O que há? Sempre dormimos juntos quando criança. – Ele disse num tom brincalhão e sorrindo com aquela mesma vivacidade como a de um garoto.


– Quando criança! Somos homens adultos agora, ora pois. – Aaron retrucou todo envergonhado, seu cabelo loiro meio longo todo bagunçado e o resquício do que aconteceu ainda estava nele: Quando acordou, viu-se nos braços do melhor amigo, abraçados, sentiu o peito quente e forte dele contra o seu, e o seu perfume de lavanda suave ainda em sua pele e até o coração do mesmo batendo junto ao seu mesmo que fora de sincronia; Aaron reagiu impulsivamente expulsando John da cama com as mãos e pés até o rapaz cair no chão. Logo levou as mãos à cabeça e sentiu só agora os efeitos da bebida da noite anterior, a ressaca caiu como uma âncora direto em sua cabeça.


John se levantou e sentou-se ao lado dele na cama, cobriu a cabeça do rapaz com o lençol para que a luz do sol não batesse mais ainda em seu rosto.


– Pega leve, você é bem mais fraco do que eu na bebida mesmo sendo meio irlandês. – John riu e levantou-se da cama, se esticando todo e espreguiçando, deixando seus músculos muito bem definidos ainda mais a mostra em pura luz do sol e saiu do quarto. – Vá se arrumar, temos de embarcar daqui a pouco.


Nisso, Aaron deu um pulo da cama, esquecendo da dor de cabeça e caiu de cara no chão quando ela veio com tudo novamente. Levou um tempo então para ambos se arrumarem, mas conseguiram perfeitamente apesar de Mr. Rice recusar-se a sair de cima das roupas de John no chão e assim o rapaz ter conseguido alguns pelos brancos de brinde em sua roupa azulada. Arrumaram suas bagagens e a carruagem de transporte já estava para chegar, conseguiram se alimentar de um delicioso banquete matutino feito por Mrs. Kathleen. A carruagem enfim chegou a tempo e John foi prontamente carregá-la com as bagagens dando tempo para Aaron conferir e checar se tudo estava OK, despediram-se de Mrs. Kathleen que beijou-lhes a testa, maternalmente, e saíram da casa. Aaron vestira suas roupas de explorador: Um conjunto marrom com camisa de algodão por dentro, o casaco cortava-se logo acima da barriga e um colete franjado marrom-claro por cima, calças marrom e pesadas botas, dois cintos com seus equipamentos de exploração.


Subiram para dentro da cabina da carruagem e acomodaram-se no banco macio, conseguiram então ouvir de fora algumas moças conversando.


– Só sei que esses dois formam um casal muito lindo, adoraria saber o que aconteceu ontem a noite pois voltaram juntos e meio altos de álcool. – Falou uma.


– Sabemos muito bem o que ocorreu ontem a noite, não é? Está tão na cara que os cavalheiros divertiram-se entre eles.


Aaron pousou a mão na testa e pressionou os dedos contra os olhos, envergonhado com o papo das garotas. John, curioso e fitando as duas por fora da janela, perguntou:


– Quem são as duas criativas mulheres?


– Madame Craveiro e senhorita Fairbanks, estrangeiras de longínquas terras onde parece que o couro é o material principal dos artesãos. – Aaron respondeu e deu um risinho enquanto a carruagem começava a se movimentar.


Rumo ao porto, viam que as pessoas estavam começando a acordar plenamente agora, lojas e artesãos se preparavam para iniciar seu expediente diário e parece que muitas ainda estavam exaustas do dia anterior. Crianças corriam para fora de casa já para brincar e ajudar seus pais com os deveres da manhã. A medida que se aproximavam do porto, já conseguiam sentir o cheiro do mar e a brisa adentrando pela janela da cabine cuja visão era preenchida logo pelo mar e pelo navio. Saíram desta e coletaram suas bagagens, levando já para dentro do navio após subir pela ponte. Os tripulantes estavam ocupados com seus respectivos trabalhos de bordo já preparando a embarcação para sua nova e misteriosa jornada rumo a um inexplorado continente. Aaron e John foram para suas respectivas cabines onde deixaram lá suas bagagens e equipamentos.


– Por enquanto a gente se separa por aqui, meu amigo, está na hora de irmos. – Disse John para Aaron, como um soldado a reportar para seu tenente. – Até breve e não se esqueça de reportar ao Reichert. – E saiu rumo aos seus deveres de capitão, pôde sentir, em alguns momentos, o navio começar a se mover.


Aaron saiu da cabina e foi para o convés aonde deu uma última olhada para Londres, abaixou a cabeça para olhar o porto e conseguiu ver uma figura avermelhada ali, lá estava o capitão Angus McNeil que aos poucos tornava-se menor a medida que o navio se distanciava.


– O senhor não virá? – Disse Aaron em voz alta, debruçando-se.


Angus juntou as mãos ao redor da boca para falar mais alto, desnecessário o ato pois sua voz era poderosa o suficiente e qualquer poderia ouvi-lo mesmo se ele fosse falar normalmente e sem elevar a voz.


– Primeiramente, Senhor ta no céu. Não devo embarcar nesta jornada, não ainda, pelo menos. Mas vá lá, divirta-se e tome cuidado. – Angus respondeu, risonho.


– Ethel. – Aaron ouviu alguém chamá-lo, uma voz fria e polida. Ele se virou e viu o governador Vincent Reichert que o fitava com os olhos quase prateados e os cabelos de mesma cor mas voltada ao loiro platinado já batia sendo levado pela brisa marítima. Ele estava parado na frente da cabine principal de onde a pessoa responsável pela expedição ficava.


Angus conseguiu ver a figura do governador e este pareceu ficar meio chocado, só ouviu o irlandês falar “Cuidado”.


O explorador não conseguiu ouvir direito a última palavra de Angus e, ao se virar, não conseguia mais vê-lo tanto quanto antes e Aaron acenou para ele, despedindo-se assim e novamente voltou-se a Reichert e foi até ele.


– Governador. – Disse e fez uma reverência a ele. – Aaron Ethel, o explorador pródigo, se apresentando.


– Muito bem. – Ressoou a voz fria do líder, este vestia um sobretudo cinza escuro que não deixava a mostra sua roupa interior. – Apresente-se em minha cabine após o tardar. – E se retirou para dentro da cabine que logo sua porta era fechada.


Ao tardar, uma tarde com nuvens escuras que indicavam chance de chuva ou até tempestade, Aaron compareceu na cabine do governador, como combinado. Antes mesmo de encostar a mão na porta, a voz fria e autoritária já o chamava para entre, logo abrindo a porta devagar, dando acesso a uma pequena escadaria e assim logo enxergando o interior da cabine que era muito maior que a própria. Sua mesa de mogno estava ao fundo da cabine bem na frente de um enorme quadro de um rapaz muito similar ao líder, a cama vermelho-sangue do mesmo estava recostado a uma das janelas em vitrine e mosaico que dava vista ao mar à direita. Reichert estava sentado ao sofá avermelhado a esquerda da mesa do centro, com as pernas cruzadas e o braço esquerdo sobre o encosto do sofá; este não usava mais o sobretudo, vestia elegantes vestes pretas com uma camisa social de linho embaixo de um colete preto com gola de pele de arminho na parte da nuca, calças pretas quase que brilhavam de tão negras e sapatos também negros. Seus cabelos pratedourados amarrados com uma fita mas uma mecha de cabelo lhe caia sobre a face de pele tão pálida.


– Pois não, governador? – Disse Aaron, polidamente a alguns metros de distância dele. Na mesma hora, John adentrou a cabine também e se pôs ao lado do amigo.


– Devemos falar de negócios agora. Estamos indo a este novo continente denominado Novo Mundo para a procura de ouro para a coroa da Inglaterra. Quaisquer coisas de valor encontradas nas novas terras pertencem á coroa real. Caso encontremos vidas ali como selvagens, deveremos exterminá-los. – Disse com tanto requinte de frieza que até fez Aaron tremer e este retrucou:


– Mas, caso haja nativos no novo continente, pode ser que sejam pacíficos. Não é necessário o derramamento de sangue, meu senhor, nem o desperdício de munição que pode ser-lhe útil depois. O povo da terra só é agressivo caso sintam-se ameaçados e, como nós, irão se defender.


Reichert fitou o explorador, apertando um pouco os olhos e olhando-o dos pés a cabeça e logo se levantou. Caminhou para os dois e também fitou John, levou a pálida e firme mão direita até a veste dele e tirou um pelo de gato.


– Ethel está certo, governador. Nosso suprimento de armamentos é bastante limitado, caso seja necessário reabastecimento então levará muito tempo para o pedido chegar a Inglaterra e todo o processo restante ser feito. – Ele disse e parou de falar quando os olhos gélidos do líder fitaram os deles.


– Sim, está certo. No entanto eu estarei pensando a respeito, devemos, sobretudo, pensar no benefício da coroa primeiramente. Caso vejam algum selvagem, observem seu comportamento. Pedirei para Ethel localizá-los e estudá-los quando firmarmos campo no terreno, estou falado claramente?


John e Aaron assentiram e logo o navio se deu com um solavanco que fez os dois quase perderem seu equilíbrio mas a vítima foi, claro, Aaron que acabou caindo com tudo no chão. John, capitão, correu para fora da cabine para ajudar a tripulação. Pela janela era possível ver que a tempestade havia chegado e esta brigava com o mar de maneira um pouco violenta, fazendo com que a embarcação sofresse dos acessos da briga entre céu e mar.


Reichert ofereceu a mão direita para Aaron, que aceitou, e levantou-lhe facilmente deixando-o logo de pé mas girando-o fazendo o rapaz bater com as costas no peito magro porém forte do governador que logo lhe abraçou a cintura por trás, e uma das mãos deste seguravam as duas mãos do explorador. Ele podia sentir a respiração ali por trás e também o cheiro muito atraente do governador, era um aroma desconhecido mas muito bom, lembrava algo forte e agressivo com toques exóticos.


– Ainda não terminamos de falar sobre negócios, há algo mais que eu quero. – Vincent Reichert disse e mordeu-lhe a orelha maliciosamente, em um tom também malicioso que quebrava aquela voz fria mas ainda até meio polida.


– O que está fazendo? Pare. Preciso ajudar... John. – Aaron dizia, relutante, tentando sair do muito forte abraço.


– Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Eu selecionei apenas os... melhores... profissionais. – Aaron podia sentir a pele dele roçando contra a sua, e logo sua língua deslizando vagarosamente pelo seu pescoço, a mão livre do líder deslizava pelo peito do rapaz rumo para baixo da camisa dele, lhe tocando por cima do umbigo com a mão fria e até o peito, sentiu aquelas unhas roçando contra sua pele sensível e suave feito pêssego e próximo a um de seus mamilos. Aaron gemeu em reação aquelas novas e estranhas sensações.


– Não, por favor, eu não... não... aaah... – Gemeu, se eriçando arrepiado com as carícias que o maior lhe fazia em seu tronco e soltou um gemido mais alto ainda ao sentir aquela mordida forte, mas não tão forte, em seu pescoço. Logo foi jogado para o sofá onde Reichert estivera sentado mais cedo, o líder se prostrou no meio das pernas dele e Aaron se viu com o próprio colete aberto e a camisa levantada com as marcas de unhas ali que aos poucos pareciam sumir.


– Lembre-se de quem eu sou e do que posso fazer. Eu o farei meu. – Disse Reichert com aqueles olhos prateados e maliciosos que pareciam se aproximar mais e mais, este forçou com a virilha agora com um maior volume contra o meio das pernas também vestidas de Aaron, em meio a uma tempestade lá fora e contra uma tempestade violenta no cômodo do navio e, sobretudo, no coração do rapaz.



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Autor(a): Ciaran

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