Fanfics Brasil - Capítulo 6 Ouro e Prata - Símbolo de uma Promessa

Fanfic: Ouro e Prata - Símbolo de uma Promessa | Tema: Original


Capítulo: Capítulo 6

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Karine


 


Estava me arrumando para dormir quando campainha tocou.


- Quem pode ser uma hora dessas? - Perguntei a Ester.


- Não sei. Fica aí, vou ver quem é. - Vi ela pegando o revólver escondendo no short.


Por já ter colocado muita gente atrás das grades, Ester era sempre precavida. Ouvi seus passos indo até a porta. Ouvi uma voz conhecida, não consegui identificar na hora, pois parecia estar chorando. Me levantei preocupada, antes de sair do quarto ouvi a voz da minha esposa.


- Karine, vem aqui!


Cheguei na sala e vi Aline chorando abraçada a Ester. A tomei em meus braços enquanto  Ester foi fazer um chá. Tentei a todo custo acalmá-la. Ficamos ali por mais de meia hora sentadas, ela agarrada em mim. Ouvia seus soluços e me cortava coração a ver assim.


- O que foi, minha querida? O que aconteceu? - Perguntei quando ela me soltou, parecia mais calma.


- A Gabrielle ela não me ama. Ela tem alguém. Eu sou uma idiota. - Suas lágrimas voltaram a cair enquanto falava.


- Como assim? O que ela te fez?


- Ela tem alguém. E tem até uma aliança igual a sua. Eu vi no pescoço dela.


Ela falava entre os soluços. Olhei para Ester que assistia no canto da cozinha com chá pronto.


- Querida pode ter sido apenas um engano. - Ester tentava acalmá-la.


- Não. Tinha nome dela na aliança. Dela e de outra - Ela parou um pouco recuperando o ar, seus soluços estavam mais fortes. - Ela falou que ama outra…- Aline tentou continuar a falar, mas já não era mais capaz e voltou a esconder seu rosto em meu ombro.


Olhei para minha esposa fazendo sinal para não falar mais nada. Era claro que Aline não suportaria mais falar sobre aquilo.


Ela bebeu o chá depois de se acalmar um pouco novamente. Ficamos lá por mais algum tempo em silêncio. Depois de quase uma hora ela foi para o quarto.


Ver minha sobrinha assim cortava meu coração. Eu nunca tinha visto ela assim, ela realmente amava muito aquela menina e eu sabia que a dor que estava sentindo era devastadora.


Fiquei ao lado dela até ela pegar no sono, o que não demorou. Voltei para meu quarto.


- O que vai fazer? - Ester me perguntou quando deitei ao seu lado.


- Não vou bater nela, não se preocupe. Mas vou falar umas boas para aquela garota nunca mais chegar perto da nossa família.


- Melhor não, ou vai acabar fazendo algo que vai se arrepender depois. Também não sabemos direito o que houve. - Ester me olhava séria.


- Ta defendendo aquela garota?


- Não só estou falando para não se precipitar.


- Você lembra que fui eu que acabei trazendo a Gabrielle aqui. Eu fiz elas se encontrarem. Me sinto culpada.


- Mas você não é culpada. Bem, eu acho que tem mais por trás disso. Você lembra que sua mãe falou que ela escondia alguma coisa e também que ela sofria? Será que tem alguma relação?


- Não sei, mas nada justifica o que ela fez. - Me virei de costas para minha esposa encerrando a conversa.


Na manhã seguinte deixei Aline na casa do meu irmão Tarcísio. Contei o que havia acontecido. Ficaram perplexos. Toda nossa família já gostava muito da Gabrielle.


Ester foi me acalmando pelo caminho, mas meu ódio por aquela garota era imenso. E com certeza ia ter uma conversinha com ela.


Entrei no hospital, e fui perguntando pela Dra. Silver. Me informaram que ela já estava trabalhando. Mas hoje ela não estaria a meu serviço, teria que procurá-la. Pedi que a mandasse falar comigo. Mas provavelmente ela não iria. Então fui atrás dela pelo hospital.


Demorou mas a encontrei na sala de raio x.


Pedi que me acompanhasse, ela veio sem questionar. Procurei um lugar vazio e finalmente encontrei uma sala de sobreaviso. Ela entrou e tranquei porta. Ela me observava em silêncio.


Me aproximei e puxei a gola de sua blusa com certa violência, peguei a corrente que usava e vi as alianças como Aline tinha dito. Me aproximei para ler, ela continuava imóvel sem demonstrar nada. Duas alianças, uma prateada e uma dourada com pequena linha prateada em volta, estavam presas na corrente. Li com pouco de dificuldade os nomes dentro: Gabrielle e Alexis


- Então é verdade. Você estava fazendo minha sobrinha de otária.


 Eu segurei com força seu braço. Queria que ela falasse algo mas permaneceu calada.


- Aline foi o que? Um brinquedo? Era sexo que queria? Porque se for tem uma dúzia de meninas aqui louca pra dar pra você. - Ela continuava sem falar nada ou demonstrar reação.


Eu estava perdendo o controle. Falei mais alto do que devia. E com a raiva apertei seu braço com toda a força que tinha.


- Quem é essa Alexis?


Minhas unhas perfuraram seu braço e nem uma expressão de dor. Ou ela estava tão assustada que não conseguia falar ou ela não se importava com nada.


- Não vai falar?


- Não devo satisfações para você. - Falou num tom completamente normal.


Meu sangue fervia ainda mais com sua palavras ela não se importava.


- Quem você pensa que é?


Soltei seu braço e juntei a gola da sua blusa. A trazendo mais perto de mim.


- Eu me arrependo muito de ter te levado para minha casa, para minha família. - Respirei fundo. Minha vontade era de socar sua cara. - Tenho nojo de você. Nunca mais se aproxime da minha sobrinha ou de qualquer um da minha família, ou juro que quebro sua cara.


Ela continuava me olhando sem medo algum. Soltei sua blusa e vi as marcas vermelhas em seu pescoço. Saí da sala antes que a machucasse ainda mais.


Fui para o banheiro lavar rosto e respirar um pouco. Quando estava abrindo a torneira vi sangue nas minhas unhas. Fiquei ali por quase uma hora. A raiva foi passando e percebi o que tinha feito. Eu havia machucado uma aluna e isso poderia manchar minha carreira. E até mesmo perder meu emprego.


Era 14h quando entrei na cirurgia. Essa foi complicada. O residente que me ajudava só deixava a desejar. Por alguns momentos esqueci o que havia acontecido e desejei que a Dra. Silver estivesse ali.


Após oito horas de operação fui para a sala dos médicos, precisava sentar. Tinha alguns médicos ali já se preparando para ir embora. Outros estavam chegando. Cumprimentei meus colegas e me sentei em um canto. Vinte minutos depois liguei para Ester me buscar.


Contei o que tinha acontecido no caminho. Ela ficou muito nervosa.


- Tem noção que você pode ter jogado tudo fora? Seu emprego! Sua carreira! Amor, você não pensa? Qual exemplo você acha que vai dar para seus sobrinhos?


O caminho todo fui escutando as consequências dos meus atos. Mas ela estava totalmente certa.


- Você tem que pedir desculpas. É o mínimo.


Eu concordei a contragosto, mas sabia que tinha que fazer.


Fomos para casa do meu irmão. Elena e ele estavam no SPA, mas Janaína havia ficado com Aline.


- Ela tá deitada desde cedo tia, não comeu nada. Ficou chorando o dia todo. - Janaína me informou.


Entrei no quarto. Aline estava de baixo das cobertas no escuro. Acendi a luz e fui até a cama.


- Querida, você tem que comer. Vamos descer, Ester tá fazendo uma sopa para você.


- Não estou com fome, tia. - Ela descobriu o rosto.


Ela tinha chorado o dia todo. Seus olhos estavam vermelhos e inchados.


- Vem nos fazer companhia então, por mim. - Falei com jeitinho.


- Tá bom. Só espera eu pôr uma roupa.


- Vou esperar na porta. Seus pais já voltaram? - Perguntei antes de sair.


- Tiveram um problema com o carro. Mas já devem estar chegando.


Sorri e sai do quarto. Pouco tempo depois desci com ela para cozinha. A muito custo ela comeu um pouco, me deixando mais tranquila.


Seus pais chegaram logo depois. Chamei eles e contei o que havia acontecido. Não queria que ela tivesse que contar a história toda de novo para eles. Ficaram chocados. Gabrielle já havia conquistado os dois.


 


**********


 


No dia seguinte fui pro hospital esperando a bomba. Que nunca veio. Tudo estava normal. Foi no horário de almoço que vi a Silver de longe. Ela estava usando camiseta de manga comprida e gola alta por baixo do uniforme. Estava escondendo as marcas. Mas por que ela não tinha me denunciado ainda? Ia usar isso para me chantagear? Era só o que faltava.


Naquele dia não consegui falar com ela.


Ester também não entendeu, mas insistiu que devia me desculpar.


Encontrei a Silver vendo alguns exames no dia seguinte. Me aproximei e pedi para conversar a sós com ela. Aceitou sem problema, ela não tinha medo algum de mim. Mesmo a tendo machucado.


Aline me contou que ela lutava, se ela quisesse teria me impedido de feri-la, mas não impediu.


- Por que não deu queixa? - Perguntei sem rodeios quando estávamos a sós - Vai me chantagear?


- Não vou, se esse é seu medo. - Respondeu friamente.


- Por quê?


- Porque sei que não foi de propósito. E denunciá-la podia destruir sua carreira. Fazendo muitas pessoas deixarem de ser tratada por uma excelente cirurgiã.


Fiquei sem reação, esperava tudo menos aquilo.


- Isso é tudo? - Ela voltou a falar após alguns minutos em silêncio.


Apenas confirmei. Se retirou da sala me pedindo licença. Aquilo não fazia sentido. Ela não me prejudicou por quê? O que ela iria ganhar com aquilo?


Passei o restante do dia pensando naquela conversa. A noite conversei com minha esposa e ela também ficou muito surpresa e aliviada por mim.


Aline voltou para faculdade, mas ainda estava muito abatida.


No hospital só falava com a Silver quando era de muita necessidade. Eu ainda tinha que ensiná-la, era seu último ano como residente.


Estava acompanhando uma tomografia quando me chamaram a pedido da Dra. Silver. Fui até o quarto chamado, ela me esperava na porta.


- Qual o caso? - Demonstrei que não queria conversa.


- Mônica Ribeiro, 42 anos, diagnosticada com melanoma metastático há 4 meses. Recusou tratamento para manter a gestação que está em 35 semanas. Ela apresentou sangramentos...


- Já tem os exames? - A interrompi.


- Sim. - Ela me entregou todos os exames. Como sempre, estava um passo à frente.


- A obstetrícia quer fazer o parto agora?


- Sim, uma obstetra está com ela no quarto. Dra. eu posso estar enganada mas com esses resultados, ela provavelmente não vai sobreviver a cirurgia.


Ela estava certa. O câncer havia espalhado mais rápido do que prevíamos. Olhei para ela e notei que ela estava diferente do normal. Ela é uma cirurgiã talentosa que sabia muito bem como se comportar com os pacientes. Mas ela parecia pouco preocupada dessa vez.


- Os resultados são péssimos, mas temos que seguir em frente.


Entramos no quarto e Dra. Silver explicou tudo para Mônica.


- Doutora, eu não quero medidas extremas. - Mônica falou após ouvir tudo.


- Entendido. Vai ser como desejar. - Respondi a paciente, pois Silver tinha permanecido em silêncio.


Duas horas depois estava entrando na sala de cirurgia com a Silver e a obstetra de plantão.


Foi feita uma cesariana. A menina ainda prematura estava bem.


- Aqui mamãe, sua filha ela é linda. - Gabrielle pediu para obstetra mostrar a mãe.


- Ela é tão bonita. - Mônica estava encantada olhando para filha.


- Temos que levá-la agora, ela ainda precisa de cuidados. - Disse a obstetra.


- Mamãe te ama, meu amor. Mamãe te ama muito. - Mônica estava muito emocionada.


- Doutora, a pressão está caindo. - Silver falou alertando.


- É um coágulo, chamem a cardiologia, agora! Rápido, precisamos abri-la agora, não temos tempo! - Falei acelerando.


- Não quero. - Mônica chorava. Não quero que me abram mais.


- Mônica, se não fizermos isso, você morrerá. - Silver a informou.


- Eu vou morrer mesmo. Não quero ficar mais alguns dias se for para ficar presa em uma cama.


- Mônica, vamos respeitar sua escolha. Todos podem sair da sala.


Todos menos a Dra. Silver e eu deixaram a sala. Silver estava ao lado de Mônica que segurava sua mão.


- Você acha que meu marido vai ficar bem? Ele vai ficar sozinho com a nossa filha. To com medo.


- Ele vai ficar bem. Quando perdemos alguém que amamos muito, é como se estivéssemos nos afogando. Um motivo ou um objetivo é o que nos mantêm na superfície. Você deu a ele um navio gigante para mantê-lo na superfície. Você lhe deu uma filha. Que também é um pouco de você. Ele vai ficar bem, sim.


- Obrigada Gabrielle, você também perdeu alguém, não é?


- Sim, eu perdi. - Ela confirmou emocionada.


- Sinto muito. - A voz de Mônica estava mais fraca - Eu espero que minha filha seja parecida com você. Gentil, inteligente e muito bonita. Apesar dela não ter seu olhos maravilhosos, ela ainda seria bonita. Quero que nome dela seja Gabrielle.


Silver estava quase chorando, era primeira vez que a via assim.


- Você pode me abraçar? - Sua voz quase não saiu.


Silver a abraçou, e ficou lá até o coração da Mônica parar.


- Hora do óbito 17h53min.


 


**********


 


Estava em casa quando Ester chegou.


- Boa noite, amor. - Veio me dar um beijo. - Pela sua cara não foi um bom dia!


- Tive um dia difícil. Mas o que aconteceu? Chegou tarde.


- Burocracia de sempre, muita papelada. O que houve?


Eu contei sobre o meu dia a ela, mas principalmente o caso da Mônica.


- Tem uma coisa que não está encaixando. - Falou me olhando. - Se Gabrielle se importou tanto assim com a paciente e não te prejudicou legalmente. Por que então ela fez mal a Aline?


- Acho que ela esconde alguma coisa. E nós vamos descobrir.


- Amor, só porque sou delegada não significa que posso bancar a detetive particular investigando a ex da minha sobrinha.


- Vou ver o que descubro sobre ela no hospital. E você dá uma olhada se ela tem ficha ou algo do tipo, coisa que a polícia faz.


- Você não me ouve quando quer algo.


Eu a beijei para convencê-la a me ajudar. Era sempre infalível.


Os dias que se seguiram eu banquei a detetive e consegui algumas informações. Qual faculdade tinha se formado, sua cidade natal e algo estranho. Ela havia se afastado do trabalho por 3 meses no começo do seu segundo ano. Mas não tinha informações do motivo.


Contei tudo a Ester.


- Ela não tem ficha na polícia, se isso ajuda.


- Acho que não estamos procurando direito.


- Você não vai desistir né?


- Claro que não. E você como minha delegada também não devia. - A olhei desconfiada.


- Vou dar mais uma olhada e ver que posso fazer.


- É por isso que te amo. - Começamos a rir.


Estava de folga no dia seguinte e fui almoçar na casa da minha mãe. Aline também foi. Ela estava melhor. Tentamos anima-la como podíamos.


Ouvi meu celular tocando. Era Ester. Ela raramente me ligava do trabalho. Atendi um pouco preocupada.


- Oi amor aconteceu algo? - Fui para um lugar mais isolado.


- Você está com alguém?


- Tô na casa da minha mãe, mas ninguém tá ouvindo, por quê?


- Descobri algo da garota.


- O que você descobriu?


Ela me contou rapidamente. Desliguei celular e fui avisar minha mãe que precisava ir pro hospital.


- Já vai tia ? - Aline me olhava triste.


- Preciso muito confirmar uma coisa, mas volto logo.


Cheguei no hospital e pedi para chamarem o Dr. Everton, mas ele estava em cirurgia.


Fui para sala dos médicos. Não sairia dali enquanto ele não chegasse.


 


**********


 


Crystal


 


- Eu não concordo com isso Amabelle.


- Ela quis assim Crystal não podemos interferir.


- Eu sei, mas se Aline soubesse de tudo...


- Mas que tem que contar é a Gabrielle. Não nós, amor.


- Sim. - Concordei a contragosto.


Gabrielle havia nos contado dias antes o que havia acontecido.


Voltei do trabalho cansada. Amabelle chegaria mais tarde, havia chegado muita coisa na loja, ela gostava de organizar.


Fui para apartamento da Gabi, estava preocupada com ela depois do término com Aline. Bati na porta e ninguém atendeu. Provavelmente estava no banho ou dormindo. Tinha conversado com ela antes de sair da delegacia. Procurei a chave do seu apartamento em meu chaveiro. Destranquei a porta e entrei. Ouvi o chuveiro, ela estava no banho.


Me sentei na sala esperando. Levou uns 10 minutos até ela sair do banheiro.


- Oi. - Falei quando a vi. Ela deu um pulinho de susto.


- Você ainda vai me causar um infarto. - Ela falou após se recuperar do susto.


Me levantei e fui em sua direção.


- Estou com fome, você tem alguma coisa fácil ai pra gen... - Percebi as marcas em seu corpo. - Espera aí que houve com você? Que marcas são essas? Quem te machucou?


Havia marcas de unhas em seu braço, seu pescoço também estava machucado. As marcas pareciam ser de dias atrás.


- Não é nada de mais, não se preocupe.


- Claro que é! Como não vou me preocupar? Foi a Aline?


- Não foi ela. Foi um acidente. Não foi por mal.


Insisti até ela me contar o que aconteceu. Eu queria ir lá enfiar minha mão na cara da Karine, mas sabia que não iria resolver. Mas aquilo não podia ficar assim.


Gabrielle me pediu para não fazer nada. Eu aceitei de não ir tirar satisfações, nem falar nada com a esposa dela. Mas eu teria que fazer algo. Minha melhor amiga foi machucada sem motivo.


Amabelle chegou. Jantamos com a Gabi e fomos para o nosso apartamento, onde contei tudo a ela. Ela ficou ainda mais revoltada que eu.


Esperei minha folga para fazer algo que eu sabia que a Gabi não ia gostar. Mas eu não ia conseguir ficar sentada e ver alguém tão importante para mim ser magoada e machucada injustamente.


Amabelle se prontificou a ir comigo. Saímos de casa depois do almoço. Fui na casa dos pais de Aline, mas não havia ninguém. Era sábado e eles devem ter se reunido na casa de algum parente. Perguntei na rua se sabiam onde morava Dona Karme, a única parente deles que eu sabia o nome. Um senhor mostrou 5 casas a frente. A família toda morava na mesma rua. Parei em frente ao portão. Antes mesmo de eu chamar uma menina apareceu.


- Boa tarde. - A cumprimentei. - Aqui é casa da Dona Karme?


- Sim, mas eu não conheço vocês.


- Me chamo Crystal, e essa é Amabelle, minha esposa. - Nos apresentamos. - Eu queria falar com Aline, ela está aí?


- Vou chamá-la. - Saiu correndo para a varanda.


Demorou um pouco, mas Aline apareceu junto com um casal. Ela estava abatida.


- Boa tarde. - Cumprimentei todos, eles fizeram o mesmo.


- O que vocês querem comigo?- Aline perguntou curiosa.


- Queremos conversar com você.


- Pode falar então.


- Não aqui, vamos para outro lugar. - A convidei.


- E se eu não quiser ir?


- Eu sei que estamos pedindo muito, Aline. Mas precisa confiar na gente. - Amabelle se aproximou do portão.


- Foi a Gabrielle que pediu para vocês virem? - Ela perguntou desconfiada.


- Não. - Falei sustentando seu olhar.


A mulher ao lado dela falou algo que não consegui ouvir.


- Se eu for com vocês, vão me responder tudo que eu perguntar depois?


- Sim. O que você quiser saber.


Ela aceitou um pouco receosa. Entramos no carro e saímos. Ela permanecia com a cara fechada.


- Onde estamos indo? Essa parte da cidade eu não conheço.


- Um lugar para conversarmos. Já estamos quase chegando.


Mais alguns minutos e paramos em um estacionamento quase vazio.


- Por que estamos no cemitério? - A confusão e o medo tomaram Aline.


- Está tudo bem. Você já vai entender. - Amabelle tentou acalmá-la sem muito sucesso.


Quanto mais andávamos dentro do cemitério mais apavorada ela ficava.


- Chegamos. - Falei para ela que olhava para todos os lados esperando ser atacada.


- Chegamos aonde? - Ela estava confusa.


Mostrei o túmulo a nossa frente. Ela olhou por um tempo e sua expressão mudou completamente.


- Essa é Alexis Garcia. Ex-noiva da Gabrielle. - Apresentei.



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Autor(a): GolDKler

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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