Fanfics Brasil - O que dividimos... À Prova de Som (Portinon) AyD

Fanfic: À Prova de Som (Portinon) AyD | Tema: Portinon


Capítulo: O que dividimos...

32 visualizações Denunciar


8 anos de idade


Anahí bateu a casa de Dulce, abraçando sua nova aquisição com firmeza, como se o objeto pudesse ganhar vida e fugir dela se não o mantivesse bem seguro.


- Olha quem está aqui! - Fernando sorriu. - Olá Anahí, como está passando nessas férias de verão?


A loirinha sorriu. - Maravilhosa tio Fernando... Dulce está em casa?- Perguntou tentando ver através dele que estava na porta.


- Sim, ela está pintando na sala de estar... Vamos, entre! - Deu espaço para ela e Anahí saiu correndo até a sala de estar, encontrando a sua melhor amiga sentada no chão entre cadernos e lápis de cor.


- Dulce! - Chamou, tentando conter sua emoção. - Olha o que tenho! - Obviamente não houve resposta e revirou os olhos. Depois de dois anos conseguiu esquecer que Dulce não podia ouvir. - DULCE!- Gritou mais alto batendo com força o pé no piso de madeira fazendo vibrar, e sorriu quando a cabeça de sua amiga virou em direção dela.


Os olhos castanhos de Dulce se abriram mais e olhou ao seu redor como se quisesse encontrar uma razão para o mini terremoto que acabara de sentir. Anahí pulou até ela e sentou-se ao seu lado.


- Olha o que tenho! - A loirinha falou precariamente através de sinais, com uma só mão enquanto que a outra sustentava sua mais recente cópia de Funny Girl.


Dulce olhou a caixa, estava impressionada. Não conhecia muitos filmes, não era muito divertido para ela ver assistir à televisão em silêncio, com exceção dos desenhos animados que sempre eram divertidos.


- Podemos assistir?- A loirinha olhou com olhos esperançosos. - Por Favor! - Falando em voz alta e fazendo sinais de forma exagerada.


Anahí sabia que Dulce não gostava de assistir filmes porque eram difíceis de entender sem áudio, mas era seu musical favorito no mundo. Sem contar que a televisão de Dulce era maior do que a que tinha em sua casa, e não queria perder a oportunidade de ver a Bárbara em uma tv gigante.


Dulce olhou para o teto tentando fazer cara de falsa chateação, mas sorrindo ao mesmo tempo, mesmo assim foi gracioso ver Anahí implorar mais uma vez para assistir.


- Podemos também comer pipocas?


Dulce concordou rapidamente e abraçou com força o pescoço de sua melhor amiga.


Anahí levantou e colocou o dvd no aparelho antes de correr até a cozinha.


- Tia Blanca! - Gritou assustando a senhora que colocou a mão no peito enquanto segurava uma colher na outra mão. - Dulce quer pipocas! Pode fazer algumas para a gente?


Blanca negou com a cabeça.


- Está quase na hora da janta e...


- Por favor! Só um pouquinho?- Ou então Dulce não vai ver o filme comigo. - Colocou uma mão sobre o balcão pulando. - É importante para mim... - Disse em voz baixa, com a voz que sempre fazia para convencer aos seus pais a fazer o que ela queria.


 Blanca suspirou.


- Está bem! Mas só algumas e só dessa vez!


- Oba!!!- Disse Anahí. - A senhora é a melhor tia Blanca! - Deu lhe um abraço antes de voltar correndo para a sala.


- Onde estão minhas pipocas?


- Levam um tempo para fazer, você sabe... - Sentou se apoiando as costas contra o sofá e iniciou o filme. - Vou colocar o subtítulo para que você possa entender também...


Dulce assentiu com a cabeça, aconchegando-se ao lado de Anahí e sorrindo um pouco ao sentir a pequena mão de Anahí sobre a sua. Tentou com todas as forças prestar atenção no filme, mas os subtítulos eram muito rápidos e mesmo que ela já soubesse ler, não conseguia acompanhar o que diziam. E honestamente, não reconhecia a maioria das palavras.


Então sua mãe chegou com as pipocas e ela deixou de tentar entender a história, contentando-se só em contemplar o rosto de sua amiga e a forma que parecia expressar uma enorme emoção. Esticou as pernas e as cruzou outra vez antes de deitar para ver o filme, que já não fazia nenhum sentido.


Ficou olhando para a senhora com o nariz grande que estava na tv e era óbvio que ela estava cantando, ou estava tratando de aspirar todo o ar das outras pessoas, ninguém fala com a boca tão aberta como ela. Levantou até a televisão e colocou a mão na saída de som, sentindo as pequenas vibrações da música é fechando os olhos por um segundo, fingindo que realmente podia ouvir.


- O que está fazendo?- Perguntou Anahí, enquanto voltava a abrir seus olhos.


- Escutando a música!- Fez os sinais.


A loirinha ficou confusa.


- Traduz para mim o que a senhora de nariz grande disse? - Dulce pediu, ficando de pé e apoiando contra a saída de som. Sentindo os pequenos buracos vibrar contra as suas costas.


- Ela não é “a senhora de nariz grande” é a Bárbara, e seu nariz é perfeitamente normal.


- Igual ao seu.


A loirinha a olhou.


- Não estou brincando contigo e também não vou traduzir nada se não deixar de ser má!


Dulce mordeu o lábio. Era terrível em saber quando dizer as coisas e quando manter a boca (ou as mãos) fechadas, já que as vezes as pessoas se ofendiam.


- Desculpa! Eu gosto do seu nariz. Agora traduz pra mim por favor!


Anahí mordeu o interior de sua bochecha, ela não conseguia ficar chateada com Dulce por muito tempo. Pausou o filme e tirou os sapatos, subiu no sofá e fingiu que estava em um palco. Limpou a garganta e começou a cantar uma versão mais lenta, com a intenção de traduzir, de Don’t rain on my parade.


Sua voz era impecável e desejou que, só por um momento, Dulce pudesse ouvi-la. Fazendo a linguagem de sinais naturalmente, soletrando as palavras que não sabia como traduzir e fazendo Dulce sorrir, apesar de achar a letra completamente estranha e surreal, porque sabia que o sol não era uma bola de manteiga e as pessoas não podiam voar.


10 anos de idade


- Quero aproveitar para ir lá embaixo com a Dulce, sei que ainda não está pronto e que tem cabos no chão, poeira e tudo mais... Mas o senhor disse que o sistema de som está pronto, queria provar e mostrar para Dulce, além de o piso ser de madeira e dá para sentir a música, e sabe que ela gosta muito disso. - Por favor papai! Prometo que vou lavar a louça todos os dias dessa semana. - Levantou a mão balançando de um lado para o outro. Enquanto isso, Dulce olhava a cena tentando imaginar o que sua amiga podia estar dizendo e tentando ler seus lábios, mas Anahí sempre falava tão rápido que era quase impossível de entender, mesmo para quem não é surdo. - É importante para mim!- Ela fez um beicinho.


Enrique suspirou. Sua filha sabia como conseguir o que queria. Olhou para Dulce que estava com uma expressão tranquila. Ele sempre achou engraçado como as duas meninas pareciam ser o equilíbrio uma da outra.


- Está bem... Mas tenham cuidado!


- Teremos papai, eu prometo!- Anahí afirmou e saiu arrastando a sua Dulce até a porta do sótão.


- E lavará a louça durante todo o mês!- Disse logo antes da porta do sótão se fechar.


...


- Nossa velho sótão agora é uma sala de música!- Anahí falou, acendendo as luzes e rodando a Dulce antes de traduzir o que acabara de dizer. O lugar não estava totalmente pronto, haviam cabos espalhados pelo piso, assim como uma grossa camada de poeira, ainda não haviam limpado.


O sistema de som tinha sido colocado de manhã e Anahí estava extremamente feliz por isso. Não via a hora de chegar seu microfone rosa, com ele seria capaz de cantar como uma verdadeira “super estrela”.


- Senta aqui!- Fazendo sinais para Dulce, traçando um círculo no centro do palco com o pé. O círculo ficou realmente visível por causa da poeira.


Dulce franziu a testa.


- Está sujo!


- É só poeira.


Dulce olhou para seu vestido de cor azul bebê.


- Se a mamãe brigar comigo vou dizer que a culpa é sua!


Anahí colocou uma mão na cintura.


- Senta! Quero te mostrar algo.


Dulce fechou os olhos e sentou de má vontade, tentando não pensar no que dirá sua mãe quando chegar em casa com o vestido sujo. A pequena levantou os olhos encontrando sua amiga que ajoelhou-se frente a ela com um controle remoto nas mãos.


Anahí sorriu e apertou o botão de ligar fazendo eco em toda a sala de música a todo volume. Os olhos de Dulce se arregalaram. O espaço era feito de madeira e as caixas de som estavam dos dois lados, o som que saia delas fazia com que toda a estrutura vibrasse.


- Música!- Disse Anahí, olhando a surpresa na cara de Dulce e abrindo um enorme sorriso, tocando as mãos no chão sujo. A loirinha escutava Dulce soltando alguns sons, como sempre fazia quando estava feliz ou entusiasmada com alguma coisa. Anahí estava certa de que ela nem se deu conta dos sons que estava fazendo.


A loirinha se levantou e se colocou à frente de Dulce começando a dançar e a traduzir a música que estava tocando na rádio. Mas Dulce não estava prestando atenção em sua amiga, estava muito surpreendida com as vibrações e muita vontade de ser capaz de sentir melhor.


Todo mundo falava o quanto gostavam de música, e tudo que ela queria era entender o mistério detrás da música, e também porque sua mãe sempre chorava quando escutava cantar uma mulher chamada Celine Dion. Sentiu a mudança de ritmo com a música, que agora estava agitada. As vibrações eram mais definidas e intensas, se deitaram no chão esquecendo por completo da sujeira.


Uns segundos passaram e logo Anahí pulou em cima dela, sentando em suas pernas e olhando um pouco chateada.


- Eu estava traduzindo para você!- Reclamou cruzando os braços, mas logo sorriu ao ver o brilho nos olhos de Dulce. Ela se inclinou e começou a fazer cosquinhas nas costelas e pescoço de Dulce, fazendo com que ela se retorcesse.


Dulce fechou os olhos com uma sobredose de sensações. A música, as cosquinhas e a leveza de Anahí que estava sentada em suas pernas. Sentiu seu peito esquentar e seus lábios se abriram soltando uma risada.


Anahí parou de se mover e ficou olhando para ela surpreendida com o que acabara de ouvir. Se deu conta de que em quatro anos nunca tinha ouvido o sorriso de Dulce, a pequena sempre soltava sons ou gritava quando estava feliz, mas o som do seu sorriso era totalmente novo e inesperado. Seu coração deu um salto, como na primeira vez que conheceu Dulce e agora ela se encontrava rindo também. Sem se dar conta, que o sorriso suave e doce de Dulce tornou-se a sua canção favorita.


13 anos de idade


- Eu vou com vocês!


- Não, não vai! Os hospitais não são lugares para crianças.


- Já tenho 13 anos! Quero ver a Cláudia!


Fernando observou a discussão entre sua filha e sua esposa durante uns minutos antes de intervir.


- Você vai ficar na casa de Anahí e ponto final!- Exclamou fazendo os sinais ao mesmo tempo. - Não é momento para Brigar. Tua irmã está em um hospital e eu tenho que ir agora.- Colocou a mão sobre o ombro de sua filha mais nova. - Prometo que vou ligar quando tivermos notícias.


Os olhos de Dulce se encheram de lágrimas, mas ela sabia que não devia discutir com seu pai. Somente o abraçou e concordou.


- Tenho medo...


- Vai ficar tudo bem... O doutor disse que não era tão grave e que estava consciente quando chegou ao hospital.- Fazia alguns minutos que o telefone da casa dos Espinozas havia tocado trazendo más notícias. Ao que parece, Cláudia estava envolvida em um acidente de carro e havia sido levada ao hospital.


Blanca e Fernando se dirigiram para lá, porém não queriam levar Dulce com eles. Era tarde e a menina tinha aula de manhã, Além do mais estava muito nervosa e o hospital não faria acalmá-la. Explicaram a situação aos Puentes e que Dulce passaria a noite com eles.


Anahí saiu do seu banhos para encontrar uma Dulce cabisbaixa sentada em sua cama. Se aproximou dela e se deu conta que umas pequenas lágrimas brotavam de seus olhos. Parou de frente para ela e limpou as lágrimas antes de perguntar o que tinha acontecido.


Dulce contou, chorando enquanto fazia a linguagem de sinais. Estava nervosa e assustada, porque o pai de um amigo da escola havia morrido em um acidente de carro no início do ano. Não queria que acontecesse o mesmo com sua irmã.


- Não vai acontecer o mesmo com ela. Tudo vai ficar bem!- Anahí respondeu abraçando-a com cuidado antes de ir ao quarto de seus pais para pedir que ligasse para Fernando e ver como estavam as coisas.


Cláudia estava na sala de cirurgia.


Informou a Dulce enquanto pensava em algo que pudesse fazer e que fosse útil para distraí-la. Mordeu o lábio e olhou ao redor do seu quarto encontrando com Wall-E. Anahí pegou o dvd e suspendeu à frente do rosto de Dulce, vendo como se formava um pequeno sorriso nos lábios de sua amiga.


Wall-E era o filme favorito de Dulce, porque quase não falavam e ela podia entender a história sem ter que ler os subtítulos que eram muito rápidos. Deitaram embaixo da coberta e Anahí começou a acariciar o cabelo de Dulce enquanto assistiam ao filme. Sempre quando estava triste, se sentia melhor quando acariciava seu cabelo, esperava que esse gesto a fizesse sentir bem.


O cabelo dela tinha um cheiro muito bom, doce suave. E o peito de Anahí ficou quente, Dulce podia sentir o calor em sua bochecha junto com a forte batida do coração de Anahí, e uma ligeira vibração por causa da sua respiração.


As vezes Dulce imaginava o quão maravilhoso seria poder escutar realmente as coisas, mas logo pensava o maravilhoso que era sentir... Sabia que por ser surda, podia sentir melhor que os outros. Perceber os sons, inclusive sem escutar e perceber mudanças sutis que a maioria dos ouvintes não, tais como o ritmo do coração e respiração de Anahí com cada mudança de seus movimentos.


...


Uma hora mais tarde, Enrique entrou no quarto de sua filha para ver como Dulce estava e oferecer-lhes um pouco de chocolate quente. Sorriu quando encontrou com as duas já dormindo, completamente emaranhadas entre si. Dulce apoiando a cabeça no peito de Anahí com uma expressão tensa em seu rosto, que contrastava com o suave sorriso que aparecia nos lábios de Anahí.


Desligou a televisão e estendeu o cobertor de fadas até cobrir as duas, beijando suas cabeças antes de se retirar.


Eram duas da manhã quando voltou a entrar no quarto segurando o telefone, acendeu as luzes e Dulce se mexeu, enterrando seu rosto no pescoço de Anahí.


Enrique se aproximou e chamou Anahí em voz baixa, a loirinha passou a mão no rosto e piscou algumas vezes despertando.


- Pequena estrela, o pai de Dulce acaba de ligar. Dice que Cláudia passou por uma cirurgia e está bem. - Anahí assentiu e mordeu o lábio, gostava muito de Cláudia e também estava preocupada com ela. E não gostava de ver sua melhor amiga triste. - Pode dizer a Dulce?


Anahí assentiu e se deu conta de que o rosto de Dulce estava pressionado contra seu pescoço, sua respiração era delicada e por alguma razão a loirinha corou. Levantou um pouco e sacudiu o ombro de Dulce suavemente. Seu coração batia na garganta enquanto os olhos de Dulce se abria. Esses olhos que um dia foram somente castanhos, mas com o tempo havia se tornado mel e brilhantes como as estrelas que Anahí tanto amava.


Uma de suas mãos estavam presas de baixo de Dulce, então falou com sua própria boca, lentamente para que ela pudesse ler seus lábios.


- Tio Fernando ligou, Cláudia vai ficar bem!- Levantou sua mão livre e levou até a têmpora fazendo o sinal de “entendeu?”


Dulce suspirou e relaxou com alívio. - Sim!- Disse tranquilamente.


O som de sua voz fez com que ela sorrisse. Sempre era uma surpresa quando Dulce fazia uso de sua voz e Anahí ficava encantada quando era surpreendida dessa maneira, mesmo que suas palavras fossem sempre curtas e simples.


- Obrigada!- Ela murmurou e voltou a enterrar seu rosto no pescoço de Anahí.


Anahí sentiu as lágrimas quentes sobre sua pele e passou com delicadeza os dedos pelos cabelos de Dulce antes de chamar seu pai para apagar a luz e voltar a dormir.


15 anos de idade


Era meados de setembro, uma quarta feira. As duas meninas estavam cruzando o centro comercial até a praça de alimentação enquanto falavam animadamente. Bem, Anahí falava e Dulce tratava de andar e prestar atenção nas mãos de Anahí sem tropeçar .


Anahí estava feliz, era seu segundo ano na escola secundária e ao que parece finalmente havia conseguido fazer parte do clube Glee, falou dos outros integrantes e contou a forma que foram legais com ela, incluindo um menino chamado Alfonso que cantava muito bem.


- E se juntarmos membros suficientes vamos ser capazes de competir nas regionais e se ganharmos a regionais podemos classificar para estaduais e logo nacionais. E o troféu é enorme e muito bonito, todo em ouro. Eu quero ganhar!


- Vai ganhar! Tem a voz mais linda...


Anahí sorriu grande e entrelaçou o braço com Dulce aceitando o elogio. Apesar de Dulce não saber o som de sua voz, isso era irrelevante para ela.


Só chegar na sorveteria, Dulce foi sentar em uma mesa enquanto Anahí comprava os dois sorvetes de casquinha. Dulce pegou sua casquinha e tomou uma grande quantidade de sorvete, melando os lábios antes de pressionar um beijo gelado na bochecha de sua melhor amiga.


Anahí riu, passando a mão no rosto e sentindo o melado de sorvete. Dulce sempre fazia isso, desde que eram pequenas.


Comeram e falaram sobre a escola de Dulce e seus novos amigos, seu novo professor de história que apesar de surdo, sabia menos sinais que Marichelo, e isso era muito porque os Puentes tiveram bastante dificuldade em aprender a língua.


- Você aprendeu muito rápido...


- Tive a melhor professora! - Piscou o olho com um sorriso tímido no rosto. Dulce corou e seu coração acelerou.


Dulce olhou para outro lado, sentindo suas mãos suadas, isso vinha acontecendo há algum tempo, sempre que Anahí estava perto dela e era muito inquietante. Olhou ao redor em busca de uma distração necessária, quando viu um cabelo castanho conhecido e depois fez sinais para cumprimentar a Christopher, o menino novo que tinha entrado em sua turma este ano.


Ele sorriu inocentemente e devolveu o cumprimento. Christopher vinha em direção delas com um sorvete na mão.


- Olá!- Fez um gesto a Anahí antes de sentar na cadeira vazia em frente a elas, sem pedir permissão.


Dulce os apresentou rapidamente e a loirinha se sentiu um pouco irritada pela presença do menino, porque supunha que a tarde era “sua” tarde com Dulce, porque as aulas estavam cada vez mais difíceis e não tinham muito tempo para estar juntas como antes. E também não gostava da forma que ele olhava para sua amiga, e o sorriso tímido que ela lhe oferecia.


Sentiu um aperto no estômago quando se deu conta que era ciúme que sentia.


Desde quando tinha ciúmes de Dulce?


Anahí era muito possessiva e era plenamente ciente disso, mas nunca havia sentido isso antes. Geralmente se sentia um pouco fora de lugar quando sua amiga falava com outras pessoas, mas normalmente não levava muito tempo para entrar na conversa.


Dessa vez foi diferente, não sentia nenhuma vontade de falar com Christopher. Na verdade queria era pegar as mãos de Dulce para que deixasse de falar com ele.


Viu que Christopher movia as mãos no ar fazendo alguns sinais e tentava não gargalhar. Estava claro que não era inteligente suficiente para Dulce. Então seu sorriso se desfez e cobriu o rosto com as mãos, perdida em seus sentimentos que não estava preparada para entender.


Uma cálida mão apertou suavemente sua pena e olhou para cima encontrando os olhos de chocolate que tanto amava.


- Está tudo bem?- Perguntou Dulce apertando sua perna.


Anahí assentiu, consciente da suave mão contra a sua pele. Respirou fundo, pensando que seu amigo Tony talvez tivesse razão: ela realmente deveria arrumar um namorado.


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): siempreportinon

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

16 anos de idade Pouco tempo havia se passado depois do pequeno encontro entre elas e Christopher. Além do mais, apesar de serem vizinhas, as duas meninas não conseguiam se ver muito. Anahí estava envolvido no clube Glee, que por incrível que pareça, conseguiu reunir um número suficiente de participantes para competir nas regionais. ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • NoExistente Postado em 25/06/2021 - 18:52:34

    Fiquei completamente soft. Essa leitura me deixou completamente leve, então muito obrigada.

  • Ardilla Postado em 30/06/2020 - 18:17:14

    Maravilhosa, uma das melhores que já li!

  • _mariaruth Postado em 22/06/2020 - 02:52:35

    Meu deus continua, perfeitaaaaaa essa web. Tô apaixonada

  • Lene Jauregui Postado em 21/06/2020 - 10:14:10

    Tão fofo meu Deus. Eu amei amoré. Continua.

  • candy1896 Postado em 20/06/2020 - 13:37:54

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 19/06/2020 - 12:18:56

    Continuaa, adorei o capitulo

  • dada Postado em 19/06/2020 - 08:42:18

    Cont.....

  • Lene Jauregui Postado em 19/06/2020 - 08:18:03

    Oh meu Deus, que fofo. Eu já adorei baby. Continua logo viu.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais