Fanfic: As consequências de te amar perroyer adaptada | Tema: perroyer
Pov Dulce
Minha casa estava virando um verdadeiro cenário de guerra fria. Meu pai e minha irmã viviam conversando sobre o único assunto que parecia interessa-lo naqueles dias: o casamento de Maite e Angelique. Sr. Carlos tentava convencer Maite em aceitar aquela ideia fadada ao fracasso e confesso estava sendo mais difícil do que imaginei. Minha irmã sempre estava disposta a se sacrificar em nome da família. Muitas vezes eu enxergava a tristeza que consumia os olhos de Maite, ela não parecia ser verdadeiramente feliz e por mais que eu tentasse fazê-la enxergar o quanto ela precisava aprender a viver além da nossa família, o retrocesso vinha sempre em evidência.
Ao contrário da minha irmã eu sempre busquei ser eu mesma e realizar aquilo que fizesse me sentir preenchida de felicidade. Por mais que fosse desejo do meu pai seguir o ramo empresarial, optei pelo o que me fazia feliz: Moda. Meu mudo profissional era a moda e isso eu jamais permitiria que alguém tirasse de mim. Não que eu não amasse a minha família, mas sempre fiz questão de deixar claro que não estou nessa vida para servir de marionete de uma sociedade doente. Por mais que meus pais sempre viessem com o mesmo papo de que nós éramos pessoas públicas e deveríamos nos policiar em nossos atos, eu escolhia viver intensamente sem me preocupar com os julgamentos aos quais fosse apontada. Claro que eu não chegava ao padrão de rebeldia de Angelique, eu não fazia questão de agir com inconsequência, mas não me privava dos desejos e sonhos que tinha, sempre lutava até o fim para conquistar aquilo que queria e isso incluía Anahí Portilla, a melhor amiga da minha irmã que por sinal não me dava à mínima bola. Nos últimos tempos esse tornou-se meu principal obstáculo a ser vencido. Anahí por ser mais velha tinha a mim e Maite como suas irmãs mais novas, era super protetora e eu não poderia negar que a delegada era difícil, mas sempre acreditei que o impossível é apenas uma questão de perspectiva.
Já passava das 03hrs da madrugada quando sai da boate onde estava curtindo uma festa com uns amigos da faculdade, a maioria já estava bêbados e a morena com quem eu estava ficando naquela noite já passava dos limites de tentar me levar para cama.
Estávamos no estacionamento onde eu tentava a todo custo entrar em meu carro, mas era impedida pela garota que estava para lá de bêbada.
– Vamos lá ruivinha, você não ficou comigo a noite inteira para no fim fazer doce, né?
– Qual o seu problema? – Perguntei já esquentando a cabeça. Paciência nunca foi bem uma característica que cultivei. – Dar uns beijos em você não significa que necessariamente eu vou para cama com você.
– Eu acho que você não entendeu muito bem. – A morena se revelava abusiva e sem controle. – Lugares como esse não são frequentados por criancinhas como você, se não está disposta a agir como mulher deveria procurar ficar com alguém da sua idade.
A mulher parecia disposta a forçar a barra, eu nunca consegui compreender muito bem qual é a desse pessoal que tem em mente que só pelo fato de ficar com uma garota na balada já são proprietários da pessoa, que vão para cama ou que podem ficar atrás no dia seguinte como se tivesse um compromisso sério, isso chega a ser tão ridículo. Não saber compreender que não é não e que toda mulher tem direito a fazer suas escolhas sem serem questionadas é algo realmente que deve ser mais discutido no dia a dia.
– Algum problema aqui?
Ouvi a voz de Anahí no mesmo instante que eu me debatia nos braços fortes da morena que me imprensava contra o carro, uma sensação de alivio tomou meu corpo. A mulher que ainda me segurava firme revirou os olhos impaciente se voltando para Anahí que tinha um olhar indecifrável.
– Quem é você hein? Não está vendo que está atrapalhando meu rolé com minha garota?
– Pelo o que observei a “SUA GAROTA” não estava nem um pouco satisfeita com suas atitudes.
A voz rouca de Anahí me dava um calafrio muito louco. Eu sei que a situação era trágica, mas foi impossível não sorrir com a cena.
– E quem você pensa que é para se meter nisso hein? – A morena deu um passo à frente. – Acho bom você sair daqui antes que...
– Antes que você o quê? Mais uma palavra e eu te prendo por desacato a autoridade e de quebra ainda a acuso de comportamento abusivo com a garota ai.
Anahí mostrou o distintivo para a outra que empalideceu, por um momento me questionei onde tinha ido parar todo o álcool que ela tinha no sangue já que de repente seu comportamento embriagado foi substituído por alguém sóbria.
– Desculpa, senhora Portilla. – A morena disse olhando o nome de Anahí. – Passei um pouco dos limites, mas está tudo certo entre mim e minha garota, nós já estávamos de saída não é mesmo amor?
Eu sequer tive chances para responder.
– Ela não vai a lugar algum com você. – Anahí disse firme.
– Mas nós...
– Eu acho bom você sair da minha frente agora antes que eu perca a paciência. – Anahí me olhou com fúria. – E você, entra no carro e me espera.
– O quê? – Odiava aquele jeito mandão dela.
– Entra logo, Dulce Maria!
Eu sabia os limites de Anahí, ela odiava ser contrariada e naquele momento seus olhos revelavam o quanto se esforçava para não perder o controle. Resolvi fazer o que mandou mesmo que estivesse odiando o fato de obedecê-la como se fosse uma criança pega em flagrante pela mãe enquanto fazia algo errado.
Sentei no banco do carona já imaginando que Anahí iria fazer questão de dirigir. Passei a observá-la enquanto ela falava com a mulher que até pouco tempo estava em minha companhia. Percebi que tinham mais dois policiais ao seu lado, ela parecia dar algumas ordens para os mesmos e logo veio em direção ao meu carro. Sexy!
– Coloca o cinto! – Ela mandou assim que entrou no carro e eu bufei de raiva.
– Você não precisa ficar me falando o que tenho que fazer. – Coloquei o cinto. – Aliás, você pode me dizer da onde você surgiu?
– Você deveria agradecer por eu ter aparecido. – Deu partida no carro sem ao menos olhar para meu rosto. – Se não fosse por mim sabe Deus o que tinha acontecido com você.
Revirei os olhos, mas no fundo eu sabia que ela tinha razão, a mulher que estava comigo já se mostrava alterada demais e eu realmente não sei o que poderia ter acontecido.
– Obrigada. – Fui sincera e dessa vez atraí seu olhar para mim. – Eu só queria saber como apareceu bem naquele momento.
– Estávamos fazendo ronda e conheci seu carro. Observei você com sua amiguinha e ela parecia nervosa. – Não ia interromper, mas vi que as coisas estavam fugindo do controle.
– Minha heroína! – Sorri e me permiti colocar a mão na coxa de Anahí que rapidamente me olhou, mas não fez nada.
O resto do caminho foi feito em silêncio. Annie estava séria demais e compreendi que esse era um sinal para não fazer nenhuma gracinha. O carro parou diante da minha casa então resolvi falar.
– Leva o meu carro amanhã você traz aqui, não quero que vá sozinha e a pé para a delegacia.
– Obrigada. – Sua resposta saiu sem que ela me olhasse.
– Bom, eu vou entrar.
Desci do carro sentindo meu coração bater forte. Sempre que eu estava diante da Anahí as coisas pareciam meio que fugir do controle, eu costumava brincar com a situação para não deixar transparecer como ela tinha o poder de me afetar. Até hoje eu não sabia ao certo identificar o que sentia por Annie, se era apenas desejo alimentado pela rejeição, se era o gosto por aventura e desafios, paixão aflorada pela proximidade diária, admiração, gratidão ou amor, mas o fato é que isso a cada dia vinha me deixando ainda mais louca.
Antes que eu pudesse alcançar a porta fui surpreendida pela mão de Anahí me segurando pelo braço.
– Por que você faz isso? Será que não vai deixar nunca de agir como uma garotinha inconsequente?
Suas palavras me atingiram em cheio.
– Você está louca? – Fitei seus olhos sem medo. – Solte meu braço AGORA!
Rapidamente ela fez o que pedi, sua expressão de raiva foi substituída por uma clara confusão no olhar.
– Desculpa, eu juro que não queria te machucar, eu só... – Ela parecia desesperada. – Droga Dulce, por que você tinha que estar ali? Você sequer conhecia direito aquela mulher e ela poderia ter... Droga, só de pensar me dá uma raiva, eu deveria ter quebrado a cara dela.
– Ei, calma. – Minha mão alcançou seu rosto onde fiz um carinho vendo-a me olhar intensamente. – Não aconteceu nada, eu estou bem.
– Mas poderia não estar. Será que não percebe o quanto isso é sério?
– Ok, Anahí, eu já entendi, mas não é por isso que vou me martirizar do jeito que você deseja.
– No dia que eu te pegar em situação parecida de novo eu juro que...
– Que o quê? – Enfrentei sabendo que era um sério risco a correr. – Você não vai fazer nada além de me trazer para a casa, senhora delegada.
Pisquei para Anahí que me olhava deixando transparecer o quanto estava furiosa com minhas palavras. Às vezes eu tinha vontade de agarrá-la sem ao menos tentar entender os motivos, mas apesar de tudo eu precisava ser cautelosa com minha impulsividade. Eu não conseguia descrever o que sentia por Annie, eu não poderia colocar em risco toda a nossa relação desse jeito, sem falar que iria assustá-la.
Entrei em casa e encostei na porta percebendo que um sorriso surgiu em meus lábios quando lembrei da forma como fui defendida por Anahí.
Autor(a): maluzinha12
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Pov Anahí Dulce sempre foi muito diferente de Maite, mas tornou-se uma jovem mulher impossível, a mais jovem das Perroni Savinõn era do tipo que me fazia odia-la e desejar protege-la no mesmo instante, quando o assunto era Dulce eu vivia um verdadeiro conflito interno que estava me levando a loucura nos últimos tempos. – Dra, vamos ficar s ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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AndC Postado em 18/07/2020 - 02:40:05
Confesso q estou curiosa apesar de nunca ter nem imaginado esse casal kkkk
maluzinha12 Postado em 20/07/2020 - 19:48:52
fico feliz que esteja gostando,eu adoro as duas ai resolvir adaptata-la espero q goste