Fanfic: As consequências de te amar perroyer adaptada | Tema: perroyer

Pov Maite

Estava em minha sala analisando alguns documentos quando vi a porta sendo aberta com violência. O susto pelo barulho ocasionado foi grande, mas não tive nenhuma surpresa quando vi a figura de Angelique parada na minha frente com os olhos consumidos por ódio. Confesso que nunca tinha visto a mulher daquele jeito em minha frente. Agradeci internamente por está tranquila diante da outra, depois da informação inusitada que meu pai havia me dado eu sabia que cedo ou tarde um furacão chamado Angelique viria atrás de mim.

– Só fala que você não vai aceitar essa barbaridade. – Sua voz era carregada pela a fúria que seus olhos estampavam.

– Bom dia para você também, Angelique. – Depois de ouvir sua voz tentei manter a calma de outra hora. – Da próxima vez que desejar entrar em minha sala faça o favor de não esquecer a educação em casa porque aqui não é igual os botecos que você está acostumada a andar.

Enfrentar Angelique de igual para igual era quase uma tarefa impossível, mas eu não poderia jamais deixá-la acreditar que tinha o controle da situação naquele momento ou então seria um caminho sem fim.

– Garota, não me provoca.

Seus olhos eram capazes de matar se ela tivesse qualquer tipo de poder. Ainda bem que sempre acreditei que cão que muito late não morde.

– Não tenho a menor intenção de provocá-la, já você... – Me levantei para fitá-la sem medo da mesma forma que ela fazia. – O que você quer aqui?

Ela sorriu sem humor. Eu sabia o que ela queria, mas tentava ganhar tempo, eu não estava preparada para tratar sobre aquele assunto com Angelique, não ainda.

– Não se faça de boba, Maite. – Suas palavras eram quase beirando ao desespero. – Você sabe perfeitamente sobre o que estou falando ou você quer mesmo que eu acredite que já não foi comunicada dessa palhaçada? Até onde eu saiba quem sempre fica sabendo das coisas por último aqui sou eu.

Respirei e resolvi não evitá-la mais.

– Sim Angelique, eu já estou sabendo e se serve de consolo saiba que não me agrada em nada essa ideia.

– Ótimo, assim posso acreditar que apesar de ser puritana você tem juízo suficiente para recusar essa loucura.

Eu não estava bem certa se ela estava perguntando ou afirmando, mas uma coisa era certa, ela estava enlouquecida com a hipótese de se tornar uma senhora Perroni.

– Como eu disse, eu odiei a ideia, mas ainda não dei minha resposta, Angelique. – Seus olhos demonstravam sua indignação diante das minhas palavras. – É tudo muito novo, muito recente e eu preciso pensar a respeito, a mim também não agrada nada a história de me prender a você, mas pelo o que me consta não é como se tivéssemos muito o que fazer, alias, parabéns pelo o seu feito extraordinário.

– Você só pode ter enlouquecido. – Ela começou a andar de um lado para o outro. – Isso não é algo que deve ser analisado, Maite. Isso é uma barbaridade. Será que ninguém pensa nesse lugar? E o que quer dizer com isso de “meu feito”?

A essa altura angelique já estava dando seu show de histerismo e como consequência me deixando nervosa, normalmente eu não sou do tipo que funciona bem sob pressão.

– Simples minha querida, nós não estaríamos nessa situação se não fosse por culpa sua. – Quase berrei vendo pela primeira vez uma Angelique assustada.

– Você está mesmo querendo me culpar por nossos pais serem idiotas suficiente a ponto de ter uma ideia absurda como esta?

– Não, eu estou te culpando por você ser mimada, irresponsável, egoísta e imatura o suficiente para levar o nome da nossa empresa às páginas policiais. Você viu a última notícia que saiu sobre você? A grande Angelique Boyer é detida por dirigir alcoolizada colocando não apenas a sua vida em risco mas também a de várias outras pessoas, inclusive suas peguetes que estavam dentro do carro.

– O que eu faço ou deixo de fazer fora da empresa é problema meu. – Ela gritava e eu juro que poderia sentir as paredes quase tremerem. – Minha vida particular não diz respeito a você ou qualquer outra pessoa.

– Deixa de ser um problema exclusivamente seu quando seu nome surge como “a herdeira da B&P Construtora”, você deveria saber o quanto nossa empresa hoje é referência nesse país, qualquer coisa que nós fazemos deixa de ser um problema particular. E não pense você que gosto dessa realidade, se você não percebeu, ao contrário de você, eu procuro me manter longe da mídia.

– Isso significa que você está cogitando aceitar essa proposta absurda? – Ela ria desesperada.

– Eu já disse que não tenho uma resposta formulada e você gritar feito doida não vai ajudar em nada. – Fui firme.

– Claro que está pensando sim, está na cara. – Sua mão passou pelo rosto claramente buscando paciência. – Óbvio que a puritana da empresa Boyer Perroni não iria negar o desejo do papaizinho, aliás, devo lhe dizer o quanto você se torna ridícula por sempre ser submissa aos desejos dos nossos pais. Você é patética, Maite Perroni, e eu te odeio!

– Prefiro ser patética a ser desequilibrada, agora saia da minha sala.

Apontei para porta usando meu habitual tom de voz calmo, mas as palavras saíram de forma venenosa.

– Eu vou porque não aguento ficar olhando para sua cara de sonsa, mas não pense que se essa barbaridade chegará a ser concretizada, não existe a menor possibilidade de se tornar algo real.

Angeliue saiu da mesma forma que entrou, batendo a porta e me deixando com uma sensação de ódio invadindo meu coração, não que eu cogitasse ter algo real com alguém como Angeliqur, mas por um momento meu lado feminino falou mais alto, me senti ofendida e incapaz.