Fanfics Brasil - Capitulo 3 parte 3 As consequências de te amar perroyer adaptada

Fanfic: As consequências de te amar perroyer adaptada | Tema: perroyer


Capítulo: Capitulo 3 parte 3

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Do outro lado da cidade


 


Pov Angelique


 


– Que saco Angelique, fecha essas cortinas!


 


Débora reclamava ainda largada na cama onde o lençol fino de cor branca lhe cobria apenas metade do corpo deixando à mostra os arranhões que fiz em suas costas denunciando o quanto a noite de sexo havia sido prazerosa.


 


Débora era o que eu costumava chamar de amizade colorida. Ela e Ana Brenda eram minhas melhores amigas. As duas eram seres de personalidades completamente diferentes, enquanto Ana Brenda era aquela que se dedicava a me chamar atenção e dizer o quanto preciso aprender a ser responsável, Débora me carregava para as baladas e me proporcionava curtir o melhor que a vida nos oferecia.  Débora também era a única com quem eu costumava ficar mais de uma vez, porém não existiam sentimentos entre nós que ultrapassassem amizade e desejo. Sempre deixamos claro uma para a outra que aqueles momentos eram apenas curtição e jurávamos que não deixaríamos nada atrapalhar nossa amizade. Eu gostava da companhia de Débora, com ela eu me sentia menos solitária e admitia que ela conseguia me enlouquecer como ninguém jamais conseguiu. Mesmo quando eu estava disposta a dizer não Débora me tinha nas mãos, mas tínhamos um acordo. Ninguém além de Ana jamais poderia saber do nosso envolvimento que, aliás, era prontamente reprovado por nossa outra amiga. Ana é romântica, acredita na foça poderosa do amor e segundo ela, dependendo de como o encaramos, o amor é capaz de nos levar do céu ao inferno, por isso ela sempre fazia questão de nos alertar dizendo que aquela relação sem rótulo ainda nos afastaria.


 


– Não começa com frescura, Débora. Você sabe que hoje é o dia que preciso me reunir com meus pais e a família Perroni.


 


Minha amiga despertou bufando.


 


– Eu ainda não estou acreditando que você vai mesmo fazer essa loucura. Casar com aquela sem sal da Maite. É sério isso?


 


– Nós duas sabemos que ela não é sem sal. Talvez um pouco sonsa, mas ela é muito bonita e isso você não pode negar. – Débora revirou os olhos e me esforcei para não rir. – Poxa Débora, você sabe que eu preciso fazer isso, por mais que eu queira dizer não, como vou enfrentá-los? Estão todos unidos com a ideia que esse plano ridículo dará certo, meu pai já está prestes a se afastar dos negócios para focar nos trabalhos eleitorais e ele precisa que eu esteja na direção da empresa.


 


– Seu desejo sempre não foi destruir seu pai? Tai uma boa oportunidade.


 


– Por que não para de fazer questionamentos e só me apoia? É tão difícil assim ser uma amiga compreensiva?


 


– Eu só acho que essa é uma condição patética que lhe foi exposta e você está sendo burra em aceitar. – Olhei mortalmente para Débora. – Angel, são dois anos não dois dias, isso é tempo suficiente para muita coisa acontecer.


 


– Tipo?


 


– Você se apaixonar, por exemplo.


 


Gargalhei com aquele pensamento tosco de Débora. Eu jamais me permitiria me apaixonar e me tornar refém de um sentimento bobo, ainda mais por Maite que era uma mulher completamente diferente de mim.


 


– Você só pode estar brincando, – Falei ainda entre sorrisos. – Desde quando você deixou de me conhecer? Eu não sou mulher para me apaixonar e aconselho ninguém a se apaixonar por mim também.


 


– Então o que nós temos nunca significou nada para você?


 


Débora costumava ser sempre muito determinada, ela até parecia comigo em muitas coisas. Não era o tipo de mulher que se conformava com limitações e obstáculos, ela sempre luta por aquilo que acredita ou quer e isso é uma das coisas que mais admiro nela. Mas não, eu nunca nutri qualquer sentimento por ela que não fosse amizade e gratidão pelas noites divertidas que me proporcionava.


 


– Meu bem, o que vivemos sempre foi muito divertido e você sabe disso, mas nem eu e nem você temos esse lado sentimental. Nenhuma de nós conhecemos o amor, a paixão. – Vi seu olhar magoado e por um momento passei a encará-la me perguntando o que estava acontecendo. – Ou estou errada?


 


Minha amiga se levantou da cama cobrindo seu corpo com o lençol, passou por mim tocando em meu queixo e adotando aquela postura arrogante que sempre conheci tão bem.


 


– Claro que não minha querida. – Ela me olhava bem intensamente. – Você acha mesmo que Débora Menezes cairia em seus encantos cafajestes? Não sou mulher para me prender a ninguém, nem mesmo à Angelique Boyer.  – Débora deu uma piscadela com deboche.


 


– Foi o que pensei.


 


Sorrimos em cumplicidade, ela entrou no banheiro já gritando para que fechasse a porta quando saísse do seu apartamento.


 


Terminei de me arrumar e segui para a empresa onde quase nunca pisava. Durante o caminho eu me perguntava o que poderia aguardar daquela reunião, afinal aquela seria a primeira vez que veria Maite depois da briga que tivemos em sua sala. Eu sabia exatamente o porquê iria concordar com isso, mas e ela... Por que concordaria?


 


Estacionei meu carro na vaga de costume, olhei no relógio de pulso constatando que já estava vinte minutos atrasada. Droga, ouvir sermão logo cedo não era o que eu queria.


 


Logo que entrei no ambiente muitos olhares direcionaram-se para mim. Eu sabia que muitos estavam cochichando se perguntando se as fofocas que surgiram na mídia eram verídicas, esse parecia ser o assunto do momento. Alguns homens mais afoitos me olhavam com veneração. Eu sabia da beleza que possuía, mas isso era uma das coisas que mais eu detestava nos homens, seu modo invasivo com as mulheres. Já outros me encaravam com um claro temor no rosto, o que me fazia lembrar da má fama que tinha com os empregados daquele lugar.


 


Segui em silêncio sem cumprimentar nenhum dos funcionários que avistava pelo o caminho, entrei no elevador que dava acesso à sala do meu pai e só parei para cumprimentar a senhora Margareth, secretária antiga do Sr. Augusto.


 


– Bom dia dona Margareth, tudo bem com a senhora? – Simpatia não era muito meu forte, mas eu gostava da senhora.


 


– Menina Angelique, que bom vê-la por aqui! – Seu sorriso era sincero, talvez um dos poucos sorrisos sinceros que eu costumava receber.


 


– Por favor, Margareth, eu não sou mais aquela menina que você costumava prometer doces para que eu me comportasse nessa empresa. – Sorri com carinho.


 


– Você sempre será minha menina. – Era impossível não me sentir querida por ela.


 


– Eu tenho uma reunião marcada com minha família. Será que posso entrar?


 


Ela me encaminhou para entrar na sala e já foi informando que todos os demais já estavam presentes, incluindo a família Perroni.


 


Tomei fôlego antes de abrir a porta daquela sala e me deparar com cinco rostos familiares me encarando, alguns com alivio outros com surpresa. Isso provavelmente devia-se ao fato de que prometi aparecer para dar a minha resposta, mas certamente achavam que eu não apareceria. 


 


Cumprimentei a todos de forma geral com apenas um bom dia, mas parei diante da minha mãe para deixar um beijo em seu rosto.


 


– Filha, você está atrasada. Pensei que não viria.


 


– Eu costumo honrar com minha palavra dona Soraya.


 


Meu tom não era raivoso. Confesso que até eu estava surpresa com minha calma naquele instante.


 


Me virei e então dei de cara com ela. Maite estava visivelmente incomodada, eu diria até que nervosa, mas ainda assim seus traços davam vida a um belo rosto. Por um instante nossos olhos prenderam-se um no outro, eu me questionava o que estaria se passando em sua cabeça.


 


– Bom dia, Maite.


 


Tive a ousadia de me colocar diante da mulher que levantou-se para apertar com formalidade a mão que estendi em sua direção.


 


– Bom dia, Angelique.


 


Nos encarávamos como se buscássemos respostas nos olhos uma da outra, ela estava ilegível e isso me intrigou. Maite costumava ser sempre muito fácil de ler, mas não naquele momento. O silêncio na sala foi quebrado pela voz rouca do meu pai que tinha um pequeno sorriso de canto nos lábios.


 


– Já que honrou sua palavra vindo até aqui Angelique, acho que agora podemos começar a conversar, mas antes precisamos saber qual foi sua decisão a respeito do nosso acordo.


 


Me sentei de frente para Maite que evitava me olhar. Qual o problema dessa mulher? Ela não costumava evitar me olhar, talvez durante a nossa briga na última vez que nos vimos em sua sala eu tenha pego um pouco pesado e isso deve ter assustado a outra.


 


 


 


 


 



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Autor(a): maluzinha12

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • AndC Postado em 18/07/2020 - 02:40:05

    Confesso q estou curiosa apesar de nunca ter nem imaginado esse casal kkkk

    • maluzinha12 Postado em 20/07/2020 - 19:48:52

      fico feliz que esteja gostando,eu adoro as duas ai resolvir adaptata-la espero q goste


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