Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

Enquanto isso...

Christopher acordou sonolento, olhou para o lado e viu sua mãe sentada logo alí, assim que Alexandra percebeu, levantou-se e foi até ele.

• Meu amor, que bom que acordou. – Alexandra acariciou o rosto de Christopher. – Como se sente? O que aconteceu?


• Depois conversamos, mamãe. Estou sentindo dor. – Resmungou ao tentar movimentar-se – O que o médico falou?


• Está fora de perigo, filho. – Sorriu, estava grata a Deus e ao universo. – Fica tranquilo que logo receberá alta.


• Dulce já sabe do que aconteceu? – A viu assentir – Quem contou?


• Não se preocupa, meu amor. As meninas a contaram da forma mais tranquila, ela está bem, não tem muito tempo que saiu daqui. Queria ficar, mas achei incomodo para ela dormir aqui, por isso decidi ficar. – Explicou.

Christopher sentiu-se melhor quando ouviu que Dulce havia ido vê-lo, e que queria ter ficado, respirou aliviado com a informação.

• Descansa, meu amor. – Pediu Alexandra que o acariciou o rosto.


• Estou bem, mamãe. – A tranquilizou – Fica tranquila.

Com Maite e Dulce.

As duas conversavam no quarto de hóspedes onde Dulce dormiria aquela noite.

• O que será que rolou, hein? – Dulce perguntou a Maite – Foram tantas mentiras nos últimos dias que acho que não acredito mais em nada.


• Não fica assim, Dul. – A confortou – O mundo inteiro está violento, e Christopher foi mais uma vítima.


• Ninguém falou nada de onde foi? – Maite negou – Que estranho. – Ficou pensativa em seguida fitou Maite – Poncho estava com ele?


• Não, o que Annie me disse foi que Poncho estranhou ele não estar no escritório, quando já havia combinado antes de se encontrarem lá, sabe como seu marido é pontual. – Disse e a amiga assentiu – Então começou a telefonar, e acabou que já foi uma enfermeira que atendeu e contou do ocorrido, passou para Poncho o endereço de onde iam leva-lo, tudo direitinho.


• Será que ele reagiu? – Dulce perguntou tentando entender.


• Foi nas costas, Dul. Foi a traição... – disse e as duas se olharam – Está pensando o mesmo que eu? – Dulce negou – Por quê não? Deve ter sido aquela louca que saiu da clínica ou a própria mãe. Por quê não seria?


• Porque a parte de tudo que vocês não sabem, é que Christopher vem há meses custeando o tratamento, a medicação e sabe-se lá mais o que.

Maite ficou boquiaberta com a informação recebida.

• Está brincando, não está? – Negou-se a acreditar.


• Olha, Mai. Eu gostaria que fosse mentira, mas não é. Eu e Christopher não estamos assim só porque ele deitou com a minha irmã debaixo do meu nariz. Ele mesmo me contou... E é isso que me destrói mais ainda, essa atitude é como assinar embaixo o atestado de amante, de... enfim, você sabe de tudo que elas me chamam.


• Cara, não posso acreditar! Por quê ele fez isso? – olhou Dulce que deu de ombros, ela era quem menos entendia.


• Me disse que sentiu pena, porque Beatriz, a mãe da sujeita lá, o procurou, contou toda uma lamuria e ele sentiu-se culpado, enfim... Foi o que me disse, mas diante de tanta mentira, não sei, de verdade, não sei mesmo.


• Não, desculpa. Eu me nego acreditar...

Dulce riu da cara de Maite.

• Pois é, Mai! Estou te falando, não foi pouca coisa. Esse lance da minha irmã, eu fico mais triste com ela, mas não falo nada para que não diga que estou defendendo-o, sabe?


• Eu te entendo... – sorriu.


• Ela é minha irmã, eu jamais faria isso com ele. – Recordou-se da irmã com mágoa – Ambos têm culpa, mas nesse ponto, vindo dela me dói mais. E quanto a outra questão, eu honestamente, não consigo ver ou sentir bondade naquelas duas, tenho certeza que criou todo um drama pra que se sentisse culpado e arcasse com tudo.

Maite riu discretamente, Dulce não queria defender Christopher, mas em fração de segundos, havia o defendido duas vezes.

• Eu tenho certeza que vai acontecer o que tiver de acontecer, e acredito sim que possam retomar tudo, mas tudo tem que ser minimamente pontual e principalmente perdoado. – Maite emitiu sua opinião e Dulce concordou, ela tinha razão.

Manhã seguinte...

Dulce acordou, Maite a aguardava para tomar café, manhã de sábado para sorte de ambas.

• Bom dia, Dul! – Maite sorriu quando Dulce entrou na cozinha. – Preparei um café da manhã pra gente. Não vai sair antes de comer alguma coisa.


• Bom dia! – Sorriu – Não tinha nada que se preocupar, já me emprestou suas roupas. – Apontou o pijama que vestia, era de Maite.


• Pelo amor de Deus, hein? Não tem nada demais. E ficou bem melhor em você. – Dulce sorriu – É extremamente confortável.


• – Dulce concordou e sentou junto a Maite.

Tomaram café. A contragosto de Maite, Dulce a ajudou com a louça, enquanto conversavam.

• Chris vem hoje? – Dulce perguntou enquanto lavava as xícaras.


• Sim, saiu cedo de lá, já deve estar a caminho.


• Ele sabe do que aconteceu? – Maite negou – Melhor assim.


• Não quis preocupa-lo, sabe da união desses garotos, um morre pelo outro, precisava ver no dia do acidente, até agora não sei como ele desceu aquele barranco tão rápido. – Comentou impressionada – Nem me ouviu falar para ele não se aproximar, não sabíamos se tinha algum vazamento, o que poderia acontecer.


• Meu Deus! Eu vi as fotos, quem os viu daquele jeito aquele dia, certeza que não imagina que estão bem e vivos. – Disse e Dulce concordou.


• Foi horrível, mas também foi um milagre.

Encerraram o assunto quando Christian chegou, Dulce foi tomar banho, Maite chamou Christian para conversar e contou o que havia acontecido com Christopher.

• Tinha que ter me contado ontem, eu teria vindo. – Disse preocupado.


• Não, não devia. Ele está bem, está fora de perigo. Inclusive, daqui á pouco estamos indo pra o hospital. – Maite explicou e Christian assentiu, iria também.

Assim que os três ficaram prontos, Christian dirigiu até o condomínio de Dulce e Christopher, Maite seguiu com Dulce para a casa dela, onde pegaria suas roupas, ficaria no hospital com ele, Christian foi até a casa de AyA, foi recebido por Anahí com Matteo no colo.

• Vem cá, amor do dindo. – pegou Matteo – Você tem uma bola? – O pequeno assentiu – E quando vamos brincar?


• “Agola” – o menino respondeu.


• Primeiro seu leitinho, meu amor. – Anahí o mostrou a mamadeira – Depois do tio brinca com você.

Matteo fez bico de choro, Christian pegou a mamadeira e sentou com o pequeno em sua perna.

• Primeiro seu leite, vem. – Destampou a mamadeira – Olha, parece bom... – Christian brincava tentando distrai-lo, Matteo gargalhou e aceitou a mamadeira, Anahí sorriu com a cena.

Alfonso desceu.

• E aí, cara! – Acenou para o amigo – Chegou hoje?


• Sim, agora pela manhã. Já estou sabendo o que aconteceu. – Suspirou – Parece que estamos todo de peso. - Repreendeu.


• Nossa, nem nos fala. – Anahí negou com a cabeça.


• Ninguém falou nada sobre como foi? – Christian perguntou curioso e intrigado.


• É uma longa história... – olhou para Anahí que o olhava espantada, ele sabia de algo e não havia a contado.


• Dulce ainda não sabe, e não acho que deva saber agora, ela tem passado por muitas coisas... – sentou e Anahí sentou a seu lado, Christian o olhava atento – Christopher vinha a meses custeando o tratamento, a medicação da Laura, e...


• Mas como, por ordem judicial? – Christian perguntou confuso, Alfonso negou – Então não entendo.


• Com o coração besta que tem, e a cabeça que falta um parafuso, isso sim. Enfim, depois de todas as brigas dele e da Dulce, por outros motivos que não me perguntem quais, porque não sei. – Disse a verdade, Alfonso e Christian não sabiam da história da irmã de Dulce.


• Conta logo... – Anahí pediu.


• Sim, continuando... Depois de todas essas brigas com Dulce, ela pediu pra ele dizer se escondia algo mais, e acabou que ele contou pra ela, a situação entre os dois só piorou, então pelo que entendi de ontem, ele foi até a clínica ver como estava a situação, e suspender o pagamento, parece que ainda deixou uns meses pagos, mas então a mãe dela não gostou e o pegou a traição com uma faca. – Disse e viu Christian olha-lo horrorizado.


• Que filha da... – olhou Matteo em seu colo e não terminou a frase – Nossa, que raiva dessa gente. É o tipo de gente que quando a gente ver morrendo, acaba de matar.


• Não discordo em nada. – Completou Anahí – Desde a primeira tentativa contra a vida dele, eu já não iria querer mais papo.

Alfonso os olhou...

• Sabem como Christopher é mão aberta pra dinheiro, sem falar na chantagem emocional que a mãe dela fez, ele passou a se sentir culpado por tudo, e cedeu a chantagem... – Explicou.


• Tomara que se foda! – Christian disse irritado – Que bando de mulher louca.


• Tomara mesmo. – Anahí respondeu, compartilhava o mesmo sentimento que Christian. – Espero que apodreçam na cadeia, no manicômio, onde for, Deus nos livre! – Repreendeu.

Christian, Maite e Dulce chegaram ao hospital, Alexandra passou algumas orientações para Dulce, enquanto Christian e Maite conversavam com o amigo.

• De 03 em 03 horas eles vêm e dão a medicação, a previsão de alta é para amanhã, mas não comentei com ele, pra que não fique ansioso. – Alexandra explicou e Dulce assentiu, havia entendido tudo. – Agora preciso de um banho, mas se precisar, pode me chamar, ficarei preocupada por dois agora.


• Fica tranquila, ficaremos bem. – Sorriu tentando tranquiliza-la.

Alexandra foi a primeira a ir embora, em seguida Christian e Maite despediram-se de Christopher, Maite chamou Dulce discretamente.

• Qualquer coisa pode me ligar, sabe né? – Dulce assentiu – Eu e Christian estamos à disposição.


• Obrigada, Mai! – Sorriu – Qualquer coisa te falo.


• Vou confiar... – Maite piscou, e a abraçou – Se cuida.

Maite saiu, Christian em seguida, Dulce fechou a porta e finalmente aproximou-se de Christopher.

• Como se sente? – Dulce parou em pé ao lado da cama.


• Agora bem, mas ás vezes sinto dor. – Christopher respondeu sem mira-la.


• Por quê não está me olhando? – Estranhou.


• Porque você está aqui... – Respondeu mais uma vez sem olha-la. – E...


• É pra eu ir embora? – Dulce perguntou.


• Claro que não... Me envergonha que eu te magoe tanto e que você ainda se preocupe comigo, venha aqui... – Suspirou.


• Não se preocupa com isso agora. – Dulce pediu – Só quero que fique bem.

Ficaram alguns minutos em silêncio...

• Como foi isso? – Dulce perguntou. – Foi mesmo um assalto?


• Eu não disse a ninguém que havia sido um assalto. – estranhou – Sequer conversei com ninguém.


• É o que estão falando, mas ninguém falou que ouviu de você. Mas isso não importa, o que importa é saber o que de fato aconteceu... – disse e fez menção para que ele falasse.


• Fui rescindir o contrato do... Bom, você sabe do quê... – ela assentiu, havia entendido, e não queria ouvir aquilo novamente da boca dele – Chegando lá, Beatriz estava, eu falei pra ela que não queria mais me envolver em nada em relação a elas, me falou um monte, me esbofeteou, ignorei e quando me virei pra sair, deu nisso... – referiu-se ao machucado.


• Não sei o que dizer... – disse em choque – Será que agora percebe com que tipo de gente está lidando? – Ele assentiu – Mais uma vez te feriram, e eu quero só ver se ainda vai sentir pena de qualquer uma delas.


• Me desculpa... – abaixou a cabeça.


• Deve desculpas a si dessa vez, olha como e onde você está, por Deus! Não sei se realmente é tolo, ou se só apenas é bem burro. – O olhou com reprovação, Christopher acabou rindo, foi engraçada a forma como ela falou.

Dulce afastou-se quando a enfermeira chegou com a medicação de Christopher. O perguntou se já poderia fazer a troca do curativo, mas ele optou por banhar-se primeiro, a enfermeira saiu, e ele colocou os pés para fora da cama do hospital.

• Consegue sozinho? – Dulce aproximou-se tentando ajuda-lo.


• Consigo, mas se quiser... – Insinuou.


• Não banque o engraçadinho. Vai para o banheiro. – Ele sorriu, estava feliz por ela está alí – Para de graça, vai! – O varreu com a mão e o entregou a toalha – Quando acabar me avisa que te dou sua roupa.

Christopher entrou no banheiro e Dulce voltou a sentar-se, respondeu Alexandra e os amigos enquanto Christopher tomava banho.