Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

Christopher desligou o chuveiro, Dulce assim que ouviu entrou e deixou suas roupas lá, uma bermuda e a bata do hospital, saindo do banheiro em seguida, sem mira-lo.

Alguns minutos depois...

Christopher saiu do banheiro e voltou a deitar-se, no banho, o curativo havia descolado, quando ele sentou na cama, Dulce pôde ver a espessura do que o havia ferido. Porém, não disse nada. A enfermeira entrou no quarto, limpou a região e refez o curativo.

Fim de tarde do dia seguinte...

Christopher recebeu alta, Christian os buscou no hospital e os deixou em casa.

• Se cuida, assim que voltar da casa dos meus pais, volto pra te ver. – despediu-se do amigo, acenou para Dulce e deu partida.

Em casa, Christopher foi para o quarto, Dulce entrou em seguida com a mochila de roupas dele, alguma delas já haviam sido levadas por Alexandra, as poucas que tinha, colocou no cesto de roupa suja, e quando ia saindo ele a chamou.

• Não vai ficar aqui? – Ele perguntou e a viu negar – Por quê? Pensei que estivéssemos bem. – A olhou confuso.


• Não confunde as coisas, por favor. – Pediu e viu o semblante de Christopher mudar – Estarei aqui para o que precisar, sabe disso. Mas por enquanto, vamos continuar como estávamos.


• Por favor, peço eu. O que mais eu preciso fazer pra que a gente possa ficar numa boa? – Sentou na cama, seu semblante era de inconformismo.


• Percebo que já está bem, já está se exaltando... – ironizou.


• Não é isso, é que não vejo necessidade para estarmos assim, sério. Já passou, acabou, todos os ciclos estão encerrados. – negou – Não sei mais o que fazer...


• Não estou te pedindo pra fazer nada, não em relação a mim, em relação a você peço sim, peço para que se deite e descanse, se não cuidar, esses pontos podem se abrir, e não será nada bom. Você precisa se recuperar, nem dirigir pode, já sabe, não é? – ele assentiu.


• Vai mesmo ignorar tudo e mudar de assunto? – a viu se aproximar – Hein?

Dulce segurou o rosto dele, ele inclinou-se para beija-la, mas ela se afastou, ainda o segurando.

• Estou te pedindo pra ficar bem, antes de qualquer coisa... Entendeu? – O viu assentir – Então, por favor se deita e descansa, e precisando de mim, estou logo alí. Entendeu? – Ele negou – Eu não aguento quando age assim, está sendo infantil. Para com isso.


• Eu te amo, Dulce. Pelo amor de Deus! Eu não estou bem, você não está bem. – Segurou as mãos dela tirando-as de seu rosto – Por favor...


• Para de pedir por favor. – Tirou suas mãos das dele – Vai ficar tudo bem, uma hora ou outra... – não tinha certeza, mas no fundo, era o que ela também esperava.

Ele levantou, caminhou até ela e a envolveu pela cintura.

• Fica aqui comigo? – A trouxe mais para perto – Por... favor!

Christopher tentou beija-la mais uma vez, porém, outra vez ela se esquivou, ele então a beijou o pescoço e sorriu quando ela se arrepiou.

• Viu? Você ainda me ama. – Disse no ouvido dela.


• São meus hormônios. – Afastou-se dele, antes que não conseguisse se controlar. – Hormônios. Só isso. E nem se eu quisesse aconteceria nada, você não pode, então fica quieto, por favor.


• A porta vai continuar aberta, como sempre, então caso mude de ideia. – Ele riu e ela rolou os olhos.


• Não irei, não se preocupe. – Saiu fechando a porta do quarto.

Dulce entrou no quarto de hóspedes foi direto para o banho, não pode deixar de notar a mudança em seu corpo, sorriu na mesma proporção em que sentiu remorso. As situações as quais havia sido submetida desde a descoberta da gravidez a fizeram agir como se alí não existisse um pequeno ser que dependia dela, exclusivamente dela. Suspirou e entrou no banho, dentre milhões de pensamentos, fechou o chuveiro decidida a ser uma nova mulher, e de agora em diante seria apenas ela e o bebê.

Saiu do banho, vestiu-se e ligou para Anahí que se surpreendeu quando Dulce a chamou para ir ao shopping. Combinaram de se encontrarem lá, e assim aconteceu.

• Que milagre foi esse? – Anahí sorriu ao encontrar com Dulce, estava animada.


• Pensei em chamar a Mai, mas o Chris chegou e não parou, não quis incomoda-los. – Anahí entendeu perfeitamente – Preciso comprar algumas coisas pra o bebê. Ainda não tive tempo de focar em nada, desde aquela compra que fizemos juntas, e isso foi quando descobri. Me sinto uma péssima mãe.


• Não fala isso, esse bebê já é muito amado e esperado, principalmente por você. Nunca mais repita isso. – A repreendeu – Fico feliz que tenha lembrado de mim, eu amo poder ajudar.


• Eu sei disso... – sorriu agradecida.

Anahí entrelaçou seu braço ao da amiga e passaram a caminhar juntas pelo shopping.

• Olha que amor... – Anahí mostrou o macacãozinho rosa a Dulce – Preciso levar.


• Nem sabemos o sexo ainda, Annie. – Dulce tirou das mãos dela – Coloca lá.


• Seu bebê é uma menina, Dul. – Piscou – Você vai ver.


• Como tem tanta certeza? – A encarou rindo, Anahí era uma figura.


• Por dois motivos – fez dois com os dedos – Motivo número um, Christopher precisa de uma outra mulher que...


• Não chega de mulheres na vida dele. Pelo amor de Deus. – Dulce conseguiu brincar com aquele assunto, e as duas riram.


• Sério, me escuta. – Anahí riu – É sério. Ele precisa de uma outra mulher que o deixe mais besta que é, e que ao mesmo tempo faça ele pastar um bocado, e motivo número dois, seu cabelo e seu rosto. – Disse e tapou a boca com uma das mãos.


• O que tem meu cabelo? – Dulce o pegou analisando-o – Me diz.


• Seu cabelo está caindo e seu rosto está ficando manchado. Mas não leva pra o coração, meninas fazem isso com as mães, com Marichello foi bem pior. – Recordou-se e riu da irmã.


• Obrigada, Anahí! Você acabou de tombar a minha autoestima. – Disse num tom divertido, entendia, e sabia que não havia dito por mal.


• Desculpa, amiga! É normal, Matteo também não foi um amorzinho, me maltratou bastante durante a gravidez. – Rolou os olhos – Bom, mas no final tudo vale a pena. E... Sim, vou levar o macacãozinho, é muito lindo e eu não vou aguentar descobrir que vão ter uma menina e eu não o comprei.

Dulce apenas riu da amiga, não conseguiria ir contra Anahí, então deixou de mão. Saindo da loja de bebês, seguiram até a loja de peças intimas.

- Ó, é desse aqui que tem que comprar. – Annie mostrava o sutiã de amamentação para Dulce – Os meus estão lá novinhos, não consegui amamentar por muito tempo, então sequer cheguei a usar todos. – Dulce prestava atenção em tudo – Mas também não recomendo que compre agora, seus seios vão ficar ainda maiores.

- Ainda vai me acompanhar muito por aqui. – Dulce riu do tanto de informações que Anahí havia lhe passado em segundos.

- Mas é claro que sim. Quando e a hora que quiser. – Piscou.

No setor infantil, Anahí comprou algumas meias para Matteo, saindo da loja seguiram para a praça de alimentação, lancharam, pagaram seus tickets e seguiram para o estacionamento no subsolo.

Anahí ajudou Dulce a colocar as compras no carro, fechou a porta traseira e foi até a do motorista.

• Poncho me mandou mensagem, ele e Matteo estão na sua casa, então nos vemos lá de todo jeito. – Riu.


• Te espero então, só vou... – Foi interrompida.


• Preciso falar com você! – A voz feminina chamou atenção de Dulce e Anahí.

• Quem é você? – Annie perguntou.

• Não é possível. – Dulce encostou a cabeça ao volante.

Anahí olhou a amiga confusa, em seguida voltou a olhar para a determinada mulher.

• Ou você me escuta, ou faço com você pior que o que fiz com seu marido. – Beatriz olhava Dulce desafiando.

Anahí já sabia do que de fato havia ocorrido com Christopher, então logo percebeu de quem se tratava.

• Vem cá, vocês não cansam não? Deixa ela em paz, senhora. Por favor. – Pediu pacientemente.


• Não, eu não deixo. – Beatriz deu um passo à frente, sua intenção era aproximar-se de Dulce, mas Anahí colocou-se a frente.


• Vai embora daqui ou eu vou chamar a polícia. – Anahí a enfrentou.


• Escuta aqui! – Beatriz se impôs, mas Anahí a interrompeu.


• Escuta aqui você! – Anahí empurrou a ex sogra de Christopher contra o carro de Dulce e cravou as unhas em seu pescoço – Deixa a Dulce e o Christopher em paz, ou eu mesma vou dá um jeito em você, em você e naquela sua filha louca perturbada. – Beatriz tentava tirar a mão de Anahí de seu pescoço.


• Annie, calma! Solta ela, por favor. Você não precisa... – Dulce tentava acalma-la, mas Anahí estava tão farta daquelas duas quanto ela, sequer a escutava.


• Chega, Dul! Não me pede calma, alguém precisa parar essas duas.


• Annie, por favor... Não! – Por fim, Dulce conseguiu livrar Beatriz das garras de Anahí.


• Engraçado, não era você que não tinha dinheiro para nada, mas sempre encontra com a Dul no shopping, será mesmo que você não tem dinheiro, ou só estava usurpando aquele outro babaca. – Olhou para Dulce – Desculpa, amiga.


• Calma, Annie. Vamos embora. – Segurou o braço de Anahí – Vamos, por favor.

Dulce estava assustada, sabia do temperamento de Anahí, mas nunca havia visto a amiga tão irada como naquele momento, e olha que se conhecem desde pequenas.

• Estupida! Sai daqui... – Anahí disse soltando-a.

Beatriz a olhava com fúria, mas sequer se importou.

• Sinto muito que tenha passado por isso. – Dulce lamentou – Está bem?


• Eu que pergunto. Está tranquila? – Dulce negou – Pois pode ficar, porque estou radiante de ter podido falar tudo que eu penso na cara dessa filha da puta, se ela não tivesse incentivado a loucura da filha, ela não estaria onde está hoje, e onde em breve irá fazer companhia, se não for pra cadeia.


• Obrigada por nos defender. – Dulce não pode deixar de sorrir e abraça-la – Me garante que está bem? – Apartou o abraçou e então viu a amiga assentir – Vamos, então!

Dulce esperou Anahí entrar em seu carro, não muito distante, então entrou no seu e a seguiu com o carro. Chegando no condomínio, Anahí deixou seu carro na porta de casa e seguiu a pé para casa de Dulce que a esperava na porta.

Anahí entrou na frente e viu o filho brincando no tapete da sala, onde estavam Alfonso e Christopher.

• Vou te falar, a próxima vez que aquela vaca velha se meter com vocês, eu mesma vou arrebentar ela. – Viu Alfonso e Christopher a olharem com espanto – Conta para eles, Dul.


• Não aconteceu nada. – Dulce fuzilou Anahí.


• Claro que aconteceu, sua ex-sogra maldita tentou atacar a Dul mais uma vez, acredita? – Viu o olhar de Christopher cair em Dulce.


• O que aconteceu? – Sentiu seu ombro latejar, mas levantou-se.


• Está tudo bem. – Disse séria, fazendo-o permanecer onde estava.


• Fica tranquilo, Uckermann. Ela não vai mais se meter com vocês, pelo menos por um bom tempo. – Anahí garantiu.


• O que você fez? – Alfonso perguntou assustado.

Anahí contou tudo o que aconteceu, a todo tempo Christopher lançava olhares para Dulce, temia que isso os afastassem ainda mais. Os amigos foram embora com Matteo, Dulce fechou a porta e quando se virou deparou-se com Christopher a sua frente.

• Parece uma assombração. – Tentou passar dele, mas ele a deteve.


• Está tudo bem mesmo? – Ele precisava ouvir que sim, não se perdoaria por mais essa.


• Já disse que sim! Ela não me intimida em nada, apesar das loucuras que faz. – Tentou passar mais uma vez – Pode me deixar passar?


• Não quer ir fazer um boletim de ocorrência?


• Claro que não! – Respondeu de imediato – Só pra ser mais um na coleção? Sem falar que Annie acabou a deixando marcada, sabemos que ela não vai à delegacia, temendo que já exista denúncia, e se formos e ela for chamada, pode prejudicar a Annie, não quero isso.


• Tem razão. – Concordou.


• Agora me deixa passar, por favor. – Pediu mais uma vez.

Christopher não respondeu nada, apenas a encarou olhando-a nos olhos. O olhar lançado por Christopher a fez perder as forças de passar por ele, e ele a conhecia, e percebeu isso.

• Por quê você fica fazendo isso? – Ela passou as mãos pelo rosto impaciente.


• Isso o que? – Christopher prendeu o riso.


• Você sabe muito bem o que. Não se faça de bobo. – Passou por ele, que a seguiu.

Dulce entrou no quarto que era do casal, Christopher entrou em seguida. Ela pegou suas roupas, como de costume e quando saiu do closet o viu sentado, tentando tocar seu curativo.

• Vai tirar? – Perguntou e o viu negar – Vai tomar banho, se estiver fechando, já pode ficar só com os pontos.

Ele assentiu, a viu sair do quarto, suspirou e foi para o banho.

Após alguns minutos, quando já vestido, viu Dulce entrar no quarto, em poucos minutos ela terminou o curativo nas costas dele.

• Pronto! – Passou a mão, verificando se havia colado direitinho – Amanhã precisa ir tirar esses pontos, depois, acredito que não vai mais precisar de gase.


• – Assentiu – Obrigado, tá?


• Não foi nada. – Sorriu sem graça, a forma com a qual ele a olhava, deixava nítido o quanto ele a desejava. Conhecia aquele olhar, e queria render-se a ele, mas era difícil...


• Vou dormir.... Qualquer coisa me chama.


• Dulce, espera! – Ele pediu – Podemos conversar um minuto?


• Sobre? – Fez menção para que ele continuasse.


• Sobre nós três. – Disse incluindo o bebê, obviamente.


• Christopher, por favor... – Estava cansada, e aquele assunto a desgastava e não era pouco. – Pode ser rápido?


• Senta aqui... – bateu na cama a seu lado, ela negou-se, ele insistiu e por fim ela sentou ao seu lado, virando-se para ele.


• ..


• Acha que um dia ainda vai me perdoar por tudo? – Ela a olhou nos olhos e ele nada mais disse, só esperou pela resposta – Hein?


• Por quê está me perguntando isso?


• Porque eu preciso saber... Eu sei que posso está sendo chato, mas é que de fato eu quero te reconquistar, ter outra vez sua confiança, viver sua gravidez com você, como nós sempre imaginamos que seria.

Dulce levantou...

• Melhor deixarmos essa conversa pra depois... – foi até a porta.


• Vai mesmo me deixar falando só? – Perguntou incrédulo.


• Depois conversamos. – Foi tudo o que ela disse.

Christopher rolou os olhos quando a viu passar pela porta fechando-a em seguida.