Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

• Não vai jogar? - Christian se aproximou com a raquete de tênis na mão, e viu o amigo negar. - Então fica de olho na derrota do Poncho.

 Christian saiu rindo, Christopher também riu do amigo.

Alfonso os observava da quadra, Christopher não estava 100% alí, mas se estava, era para tentar se distrair, voltou atenção para quadra quando Christian se aproximou e começaram a partida.

Enquanto isso…

Dulce saiu do consultório por volta das 10:40 da manhã, os exames demoraram mais que o previsto para serem realizados, estava em jejum, saiu da clínica direto para o restaurante mais próximo, almoçou sozinha e seguiu para casa. Surpreendeu-se quando encontrou as irmãs em sua sala.

• O que fazem aqui? - Dulce estranhou.


• Precisamos conversar… - Blanca levantou- aonde estava? Estamos aqui desde cedo.


• Fui fazer alguns exames. - Respondeu normalmente - Depois fui almoçar. Quem abriu a porta pra vocês?


• Christopher estava aqui quando chegamos. - Cláudia respondeu. - Mas não é sobre o passado que viemos conversar. - Olhou para Blanca - Explica você.


• Senta, por favor… - Apontou o sofá.


• Não me digam que tem mais alguma coisa que eu não sei. - As olhou pedindo aos céus que não, já estava tendo problemas demais.


• Senta, por favor. - Blanca pediu mais uma vez.


• Descobrimos que… - olhou Cláudia.


• Descobrimos uma coisa muito séria, e que vamos precisar nos unirmos e sermos fortes pra encarar e darmos toda nossa força ao papai. Ele precisa da gente. Ainda que ele pense que não.


• O que houve com ele? - Dulce preocupou-se- Não me poupem de mais nada, por favor.


• Papai está com câncer, Dul. - Blanca por fim conseguiu falar - Está com câncer e não quer que a gente saiba.


• E como descobriram? - Dulce perguntou com a voz embargada.


• Blanca escutou uma conversa dele com a mamãe, onde eles conversavam sobre, e ele a pediu que poupassem a todas nós, principalmente, a você. - Cláudia explicou. - Estamos arrasadas.

Dulce não conseguiu dizer mais nada, apenas chorava, seu pai sempre foi seu maior incentivador, seu protetor e agora poderia ficar sem ele? Chorou descontroladamente e foi abraçada pelas irmãs.

• Fica calma. Por favor! - As irmãs pediram.


• Eu não aguento mais. - Dulce tentava controlar-se, mas era impossível. - Não aguento!


• Sabemos que não tá sendo fácil, Christopher também nos prometeu que não te deixará sozinha. - viu Dulce negar com um sorriso irônico.


• Pelo amor, ele saiu de casa. - Dulce rolou os olhos.


• Sabemos também. Mas nos prometeu que estará sempre com você, assim como nós duas, se nos permitir. - Disse, Cláudia.


• Te amamos, Dul! - Blanca completou - E não vamos te deixar só. Nunca. Nunca.

As duas irmãs a abraçaram, Dulce as retribuiu, entendia que não era mais o momento e nem o caso para manter a desunião entre elas. Seu pai não merecia essa preocupação.

• O que vamos fazer? - Dulce perguntou quando apartaram o abraço.


• Acho melhor a princípio não falarmos nada. - Cláudia opinou. - Mas vamos nos encontrarmos mais, vê-lo mais.


• Mas sempre fizemos isso. - Blanca disse sem entender a sugestão da irmã.


• Sim, eu sei. – Cláudia respondeu – Mas falo de ficarmos ainda mais presentes, entende? Quem sabe assim se sente seguro em conversar conosco.


• Entendi… - olhou para a irmã mais nova - O que acha, Dulce? Vamos lá? - A viu assentir. - Perfeito!

Dulce subiu até o quarto, banhou-se, trocou de roupa e saiu com as irmãs no carro de Blanca.

No clube.

Christian havia ido ao banheiro, quando Alfonso voltou a se aproximar de Christopher em seu mundinho.

• O que tá rolando? - puxou a cadeira pra sentar.


• Tanta coisa que não sei por onde começar. - suspirou. - Decidi dá um tempo pra Dulce, fui pra casa da minha mãe, chego lá, as irmãs dela chegam com outra bomba,.


• O rolou? - Christian sentou pegando o assunto pela metade.


• O pai dela tá com câncer, e parece que não há muito o que fazer. - Christopher desabafou com Poncho e Christian.


• Nossa, cara! Que barra vocês estão passando. - Christian lamentou - O que precisarem de mim, estamos a disposição.


• Claro que sim. - Alfonso também se dispôs.


• Obrigado, gente! - Agradeceu.

Christopher, Christian e Alfonso almoçaram juntos. Dulce foi para a casa dos pais junto as irmãs, Maite e Anahí também foram almoçar com suas famílias.

• Faz tempo que não vem aqui… Mal nos falamos, senti sua a falta. - a mãe de Dulce apartou o abraço.


• Estava corrido lá no trabalho, mamãe. Mas prometo que vou aparecer mais vezes. - Sorriu - Papai está aí? - a mãe assentiu - Vou vê-lo.

Cláudia e Blanca foram para a cozinha ajudar a mãe com o almoço, Dulce subiu para o quarto dos pais, entrou assim que recebeu permissão.

• Bom dia para minhas princesas! - Fernando sorriu.


• Bom dia, papai! - Aproximou-se e o abraçou.

Fernando ainda estava deitado, não sabia se pelo impacto da notícia ou se já era a doença que estava o deixando frágil. Ele e Dulce ficaram um tempo conversando.

Após o almoço, Dulce ajudou as irmãs com a louca, conversaram amigavelmente. Blanca entrou na cozinha e surpreendeu-se, sabia que Cláudia e as irmãs não se davam bem, só nunca soube o porque, mas não importava mais, estavam bem e felizes, apesar dos pesares.

Dulce afastou-se quando seu celular tocou.

Era Christopher…

• Onde está? - Ele perguntou assim que ela atendeu.


• Na casa dos meus pais. - Respondeu afastando-se da cozinha em direção a área da piscina.


• Mas seu carro estava em casa á pouco. - Disse confuso.


• Eu vim a minha irmã. Você foi em casa? - ele respondeu um “sim” - Pegar mais roupas?


• Não. Fui ver como estava. - Disse e de certa forma aquilo a aliviou.


• Estamos bem. Não precisa se preocupar. E…


• Claro que me preocupo. - a interrompeu - Sabe disso.

Dulce não disse mais nada.

• Vai dormir aí? - Christopher perguntou quebrando o silêncio. Ela respondeu que “não” - Posso ir te buscar?


• Não precisa, Blanca me leva. - Disse, mas ele insistiu - Tudo bem, então. Pode vir.

Encerraram a ligação.

Dulce voltou para a cozinha. Apenas sua irmã, Blanca estava.

• Era Christopher? - Perguntou assim que Dulce entrou e a viu assentir - Vocês se amam tanto, não entendo porque…


• Nem eu. - Dulce responde interrompendo-a.


• Ainda está magoada comigo? - Perguntou referindo-se ao fato de ter escondido sobre Christopher e a outra irmã. - Eu…


• Não precisa se desculpar mais, eu não quero mais tratar disso. Esse assunto já morreu pra mim. - disse e a viu assentir - Tem uma bolsa minha no seu carro. Podemos pegar?


• Não vai embora comigo? - Blanca perguntou.


• Não, ele vem me buscar. - disse e a irmã prendeu o riso - Não tem nada ver…


• Nunca mais conversamos. Vocês estão transando? - Blanca perguntou. Dulce rolou os olhos, mas não pôde deixar de rir.


• Ninguém pode te dá um pingo de ousadia, não é? - Dulce negou com a cabeça e as duas saíram juntas, iria levar a bolsa dela no carro da irmã.

Christopher não custou a chegar. Dulce despediu-se da família e foi embora com ele.

• Seu pai está bem? - Ele perguntou sem tirar atenção do trânsito.


• Como sabe? - Ela o olhou.


• Sua irmãs. - Respondeu sem olhá-la. - Elas foram lá e acabaram conversando comigo. Mas não vou falar pra ninguém, não se preocupa.


• Eu sei que não. Ele está aparentemente bem, mas não sabemos por quanto tempo.


• Imagino que não deve ser nada fácil, mas você precisa ser muito mais forte do que vem sendo. Sabe que estou aqui, não sabe? - a olhou e a viu assentir.

Christopher estacionou na frente de casa, Dulce agradeceu e desceu do carro, ele desceu logo após e a seguiu.

• Pegou os resultados dos exames que foi fazer? - Puxou conversa enquanto a via destrancar a porta pela fechadura eletrônica.


• Sim, mas ainda não marquei a consulta pra levá-los. Só na segunda. - Entrou e ele a seguiu.

Dulce quando percebeu que ele ainda a seguia e parou de caminhar, fazendo-o parar também.

• Já te disse que pode ficar tranquilo, está tudo bem.


• Er… É que eu não quero ir. - Disse sem graça e a viu olhá-lo confusa.


• Como quiser, a casa é sua. – Ela deu de ombros.


• Não! A casa é nossa, é sua, é da nossa filha. – A corrigiu – Não fica falando assim. Por favor.


• Tudo bem, como quiser. – Virou-se e caminhou até o quarto.

Como prometido ás cunhadas, não a deixaria sozinha. Enquanto Dulce havia ido para o banho, Christopher desceu, guardou o carro na garagem, acionou os alarmes e subiu.

Entrou no quarto do casal e percebeu que Dulce não estava, provavelmente ela não havia voltado a dormir lá. Tomou banho, vestiu-se e saiu do quarto, levemente abriu a porta do quarto de hóspedes onde Dulce dormia, percebeu que ela chorava baixinho deitada com o rosto afogado no travesseiro, pelo outro lado da cama, ele deitou-se ao lado dela.

• Você não está sozinha. Nunca vai estar sozinha. – A beijou os cabelos e abraçou trazendo-a mais para si, sem maldade. Apenas com a intenção de que ela percebesse que ele estava e sempre iria estar por e para ela.

Com as palavras de Christopher, Dulce desabou de vez no choro. Ele a confortou até que ela pegou no sono, foi quando se levantou e saiu do quarto.

Pensou em continuar alí com ela, mas não queria que pensasse que estava se aproveitando de sua vulnerabilidade ou que ele estava confundindo as coisas, pois de fato não estava.