Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

Uma semana depois...

A semana de Dulce havia sido corrida ao ponto de precisar remarcar todos seus compromissos pessoais. Christopher chegou do trabalho e Alice já dormia, enquanto Dulce estava deitada encolhida, foi até ela que garantiu sentir-se melhor, apesar de não aparentar nada. Ele foi para o banho, apressou-se e voltou para deitar ao lado dela.

A abraçou e ficou assim por alguns minutos, até que o celular de Dulce despertou e ela levantou-se, Christopher sentou a observando.

• Que remédio é esse? – Ele a questionou.


• Te falei que ia voltar a tomar. – ela o recordou.


• Não pode tomar anticoncepcional. – Christopher levantou e foi até ela.


• Por quê não? – riu confusa com o comprimido na mão.


• Eu pensei que tivesse voltado a consulta e não quis te tirar o direito de me contar outra vez, por isso estava esperando que me falasse. Me dá isso aqui. – pegou o comprimido da mão dela – Você tá grávida, Dulce.


• Deixa de palhaçada. – pediu o comprimido e ele negou – Da onde tirou isso?


• Dos seus exames que você não se deu ao menos o trabalho de abrir. – Christopher disse e ela negou – Não estou brincando, é sério. Pega lá.


• Não estão aqui, os levei pra o escritório. – o olhou intrigada – Está brincando, não é? – ele negou – Você que sabe, se não me der o remédio, vou perder a cartela e aí você não vai gostar. – Piscou.


• Vai me deixar sem sexo? – Ele perguntou e ela assentiu – Você não seria capaz.


• Você que não brinque comigo. – Ela garantiu fechando a garrafa d’água. – Você não guardaria isso a tantos dias.


• Claro que sim, porque primeiro fiquei com medo de como reagiria, e depois quando pensei em falar, pensei que já pudesse estar sabendo e fosse esperar pra contar, mas eu não vou te ver tomar remédio que pode fazer mal pra o bebê e ficar quieto.

Dulce o olhou com desconfiança, ele realmente parecia falar sério.

•  Não está brincando? – Perguntou esperançosa, mas ele negou. – Por quê não me disse logo?


• Já te disse, quis deixar você decidir quando trataríamos sobre. – a viu passar as mãos pelo rosto – Não fica assim, amor.


• Não estou chateada, estou preocupada. – Disse sendo abraçada por ele.


• Não se preocupa, eu estou aqui! – Garantiu – Estamos bem, melhores que nunca, e nada fará com que isso mude, não dessa vez.


• Ainda quero acreditar que não está falando sério. – o viu sorrir – é brincadeira, não é? Porque eu me lembro de ir comprar remédio, e eu tomei certinho.


• Mas das outras vezes não, e você não estava tomando remédio. – Ele deu de ombros e acariciou o rosto – Fica tranquila.


• Minha mãe vai me matar. – Disse preocupada e o viu gargalhar.


• Parece uma adolescente falando assim. – Disse controlando-se – Somos casados, amor. E assumimos nossas responsabilidades. Tá, eu acho que elas podem falar algo sim, mas não precisa ficar assim. – a segurou pelo queixo – Eu te amo, e esse bebê é só o segundo dos dez que ainda vamos ter.


• Que dez o quê, tá maluco? – O empurrou de leve – Eu hein! Dois são suficientes. Nem vem com essa.

Christopher deitou, Dulce foi para o banheiro, voltou em seguida e se acomodou a ele, ficaram conversando até ela pegar no sono, e Christopher logo em seguida.

Semana seguinte. Segunda-feira, 09:45.

Após o final de semana pensando se tudo não passava de uma brincadeira de Christopher, encontrar os exames e abri-los era tudo o que Dulce queria. O abriu, procurou pelo exame o qual o marido havia se referido, e não, ele não havia mentido.

Descansou o corpo na cadeira por alguns minutos, por fim estava processando a informação. Não queria nem pensar em tudo que iria escutar de sua mãe, por essa razão optou por esconder por mais um tempo de sua família.

• Dul, Guillermo me ligou e não está... – Maite parou de falar quando percebeu que Dulce estava em outro mundo – Está tudo bem?


• Preciso te contar uma coisa. – disse acordando de seus devaneios – Olha isso. – a entregou o papel, Maite o leu e levou uma das mãos a boca em sinal de surpresa – Ah gente, eu não acredito! – ela riu e deu a volta na mesa – Que notícia incrível!


• Incrível, Mai? – riu ao ser abraçada pela amiga – Alice fez dois meses esse final de semana, como crer?


• Um filho sempre é uma benção, Dul. – disse enfática, era o que acreditava fielmente, apesar de ainda não ter decidido engravidar – E eu tenho certeza que serão pais incríveis pra esse bebê, como são para nossa pequenina.


• Christopher falou o mesmo. Ele fica muito feliz sempre, por ele é saindo um e entrando outro. – disse e a amiga gargalhou – Mas fiquei meio assim por conta do concurso e de tudo que estava planejando para daqui pra frente.


• Isso não vai atrapalhar nada, Dul. – Maite negou – Ao contrário, ficará ainda mais forte para tudo o que aparecer, de bom ou de ruim. E quem sabe essa é a oportunidade de aproveitarem mais essa gestação, com mais calma, fazerem tudo que não tiveram a oportunidade de fazer, porque na sua gestação da Alice se separaram, voltaram, aí teve o lance do seu pai, o suicídio da outra lá, vocês não tiveram um minuto de paz, você e Alice principalmente. – Maite deu a volta e sentou na cadeira a frente da mesa de Dulce – Hoje vendo a pequena bem, saudável podemos dizer que ela foi extremamente forte também, e que só Deus para a ter livrado de nascer com algum problema, porque que barbaridade, quanta coisa vocês passaram.


• Você tem razão. – Dulce respirou mais aliviada – Mas precisava reviver assim, em tão curto espaço de tempo?


• Ué, a oportunidade veio e vocês facilitaram, mas se chegou é porque é pra ser vivida, e sabe que tem a Christopher, a mim, Poncho, Annie, Christian com a loucura dele, e sua família, que dona Blanca irá surtar, com certeza, mas que ficará muito feliz, seu pai também, então, fica tranquila e não começa a se martirizar ou tentar entender um porque diferente, porque te digo, é isto!


• Você é muito sabia, Mai! – sorriu para a amiga – Acho que precisava dessa conversa, porque honestamente, não estava sequer conseguindo raciocinar sobre.

 Maite despediu-se de Dulce, com a novidade havia até esquecido sobre o que havia ido falar, então seguiu para sua sala.