Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

Terça-feira, 10:52.

Dulce acordou um pouco melhor que nos últimos 04 dias. Aproveitou a ausência de Christopher e Alexandra, e a presença de Marina, a babá da filha para ir até a casa dos pais, onde ainda moravam a mãe e as irmãs, precisava vê-las.

Assim que Dulce entrou, encontrou a mãe no sofá, Blanca olhava um álbum de fotos, mas o fechou assim percebeu a presença da filha, Dulce estava próximo aos 06 meses de gestação, e tudo o que acontecia próximo aos 07 meses, considerava arriscado.

• Meu amor, como está? – Blanca levantou e a abraçou fortemente.


• Péssima, mas vou melhorar. – Suspirou ao apartarem o abraço.


• Tem que ser forte, meu amor. Por mais difícil que seja. – Segurou as duas mãos de Dulce – Confie em Deus, e peça forças, por você, por Alice e pela bebê que vai nascer. Sabe que a maior tristeza de seu pai era vê-la triste. – A viu assentir – Pois então seja forte.


• Estou fazendo o que posso, mamãe. – Dulce garantiu – Onde estão Blanca e Cláudia? – Estranho o silêncio na casa que indicava a ausência das irmãs.


• Não conseguem voltar para casa. Choram a todo tempo, então, Blanca mandou pintar o apartamento e vão dividir as despesas.


• Te deixaram sozinha? – Dulce espantou-se – Não pode ficar só, mamãe.


• Meu amor, estou muito triste, mas estou bem. – Blanca mentiu, sentia-se tão destroçada quanto a filha, mas jamais a transmitiria tudo o que sentia para a filha grávida.


• Quer se mudar? Não acho saudável que permaneça aqui, essa casa é enorme, não vai ser bom ficar sozinha, pode ir lá pra casa, ou se não quiser, tem o meu apartamento que ainda está fechado, ou podemos...


• Filha, não precisa se preocupar. – Blanca a interrompeu. – Não precisa, de verdade.


• Claro que me preocupo. Ao menos deveriam ter me dito que haviam te deixado só, e não saírem assim. – Gesticulou com indignação – Por favor, vamos lá para casa.


• Dulce, não. Você tem sua vida, seu marido, suas filhas. Não vou morar com vocês, não quero atrapalhar. – Explicou – Não tem nada ver uma coisa com a outra.


• Não acho nada demais, mas como quiser. Pode ao menos pensar em mudar para o apartamento? – a viu assentir – Isso me tranquiliza um pouco mais. Vou pedir a Christopher que vá até lá ver como estão as coisas, vou mandar limpa-lo e a senhora se muda o mais rápido possível.


• Tudo bem, querida... – Blanca sorriu – Não se preocupe, não estou apavorada de ficar aqui, só pretendo me mudar, porque não vejo mais razão para continuar, são muitas lembranças para uma só pessoa, ainda mais sem ter com quem partilha-las.

Dulce ficou com a mãe até o almoço, avisou a Christopher por mensagem onde estava, ela a questionou como tinha chegado até lá, e ao informar-se que havia ido de uber, não demorou a chegar para busca-la.

• Acho uma ótima ideia! Já havia dito a Dulce que é um apartamento muito bom pra ficar lá fechado, posso mandar alguém pra verificar se necessita de algum reparo e podem providenciar a mudança para logo após. – Christopher prontificou-se assim que Dulce lhe informou sobre a mudança da mãe para seu antigo apartamento.

Despediram-se de Blanca e voltaram para casa. Durante do caminho, Dulce telefonou para Blanca, após alguns minutos de conversa, a irmã do meio passou a pedir calma, já que Dulce ficou nitidamente alterada, o que preocupava Christopher ao volante. Cláudia lhe tomou o telefone e passou a dizer-lhe poucas e boas.

• Quem é você pra julgar o que nós sentimos ao voltar pra casa, Dulce? Você foi a primeira a sair de casa. Como sempre priorizando o seu trabalho, mal ia ver nosso pai, agora você quer nos dar lição de moral? Te orienta, or.

Dulce irritou-se e desligou o telefone na cara da irmã. Estava demorando para que Cláudia voltasse a surtar com ela.

• Se acalma, por favor. – Christopher pediu preocupado – O que ela te disse que te deixou assim?


• Ela não sabe de nada. Essa vaca. – Dulce baixou o vidro e jogou o celular pela janela.

Christopher olhou aquilo assustado, parou o carro mais a frente e desceu em busca do aparelho, voltou e a mostrou apenas o que sobrou.  

• Joga essa porcaria longe. – virou o rosto evitando olhar aquele estrago.


• Dul, chega! – ele pediu – Não vai se revoltar com o mundo agora. Seja lá o que suas irmãs te disseram, não acho que vale a pena ficar assim.


• Você acha que eu só priorizo o meu trabalho? – o olhou e Christopher negou – Mas foi isso que ela disse, e essa resposta só quem pode me dá é você.

Christopher suspirou negando com a cabeça, não era possível que depois de tudo, aquela confusão ainda sobraria pra ele.

• Já te disse mil vezes que não, seu trabalho não é um problema pra nós. Já me ouviu reclamar? Não. – Ele mesmo respondeu – Tudo o que faço pra gente levar nosso casamento da melhor maneira, faço porque eu te amo, porque eu quero viver com você pelo resto dos meus dias. Consegue entender? – Ela assentiu olhando pra frente – Então não trás pra gente coisas que não é um problema pra nós dois. E para de dá ouvidos a Cláudia, porque você sabe como ela é.


• Como sabe que foi ela? – o olhou rapidamente.


• Porque Blanca jamais falaria assim com você, ela é maluca, ás vezes se estressa, mas ela te ama muito, e sempre fez de tudo pra te proteger, então acredito que jamais te deixaria assim sabendo que está grávida.


• Fala isso porque ela...


• Falo isso, porque é exatamente assim que as coisas são. – a olhou com toda seriedade necessária para que Dulce o entendesse de uma vez por todas.

Dulce optou por não discutir mais, assim que Christopher percebeu que o assunto havia sido dado por encerrado, ligou o carro e seguiram o caminho para casa.

• Mais tarde vamos comprar outro celular pra você. - Comentou ao entrarem em casa, mais uma vez mostrando o estrago que Dulce havia feito com o próprio aparelho celular. 


• Não precisa. - passou pela porta assim que ele abriu - Não quero.


• Não pode ficar sem celular e não vamos discutir por isso. Vou precisar ir no escritório, mas não demoro, esqueci uma documentação importante lá. - a viu assentir e voltou a sair de casa.  

Christopher dirigiu de volta a seu escritório, dessa vez pegou tudo o que precisava para agilizar seu trabalho em casa, na volta sabendo da teimosia de Dulce e que a mulher não iria querer sair, passou no shopping, comprou outro aparelho, alguns chocolates os quais sabia que eram os preferidos dela e voltou para casa. Sem a pretenção de sair mais aquele dia, estacionou o carro na garagem e desceu. 

• Trouxe presente. - Entrou no quarto chamando atenção de Dulce que assistia tv com a filha no colo. 

Christopher aproximou-se e a entregou as duas sacolas, uma com um iphone novo e outra com seus chocolates favoritos.

• Agora eu sei porque implicam tanto com nosso casamento. - sorriu ao verificar o conteúdo das bolsas - Eu tenho o melhor marido do mundo. - Olhou as sacolas e voltou a olha-lo - Não queria te dá prejuízo. Desculpa. - sorriu de lado, referindo-se ao episódio impulsivo do telefone.


• Não há o que desculpar. Vossa Excelência apenas arrebentou o celular no meio da avenida, mas não foi nada demais, não acha? - Christopher brincou fazendo-a sorrir - Isso, assim que eu gosto. E seu pai também. 


• Eu sei... - ela suspirou recordando o pai - Tem razão, eu preciso encarar tudo isso do jeito que ele sempre ensinou, a vida continua, mesmo sem a presença física, eu sei que de onde ele está, ele está vendo tudo isso, e não deve estar nada satisfeito, eu ainda não consigo entender muita coisa, mas farei todo possível para entende-las. 


• Exatamente. - Christopher sorriu - Fica ainda mais linda assim, sorrindo. - olhou Alice - Está esperta e com uma carinha de quem acabou de acordar e que não vai dormir nem tão cedo. - olhou Alice, em seguida para Dulce que assentiu rindo. - Boa sorte pra gente então! - Riram juntos.